Arquivos tag-Palestra - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-palestra/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Mon, 26 Aug 2019 18:45:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 Obrigado, Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/obrigado-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/obrigado-palmeiras/#respond Mon, 26 Aug 2019 18:45:11 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/08/26/obrigado-palmeiras/

É impossível dar uma festa-surpresa ao Palmeiras. Porque surpresa é não fazer festa ao campeão do século. Fazer um desejo ao cortar o bolo é desnecessário. Porque nossos desejos são sempre satisfeitos. Dar os parabéns também não precisa. Porque “obrigado” é a melhor palavra há 105 anos preciosos. No dia do meu aniversário só eu […]

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É impossível dar uma festa-surpresa ao Palmeiras. Porque surpresa é não fazer festa ao campeão do século. Fazer um desejo ao cortar o bolo é desnecessário. Porque nossos desejos são sempre satisfeitos. Dar os parabéns também não precisa. Porque “obrigado” é a melhor palavra há 105 anos preciosos.
No dia do meu aniversário só eu faço festa. As pessoas me dão parabéns. Às vezes até ganho um bolo nesta vida que a gente mais recebe é bolo dos outros. Mas em 26 de agosto é muito melhor. A gente só diz mesmo obrigado. Até porque ninguém vai nos dar parabéns por sermos o que somos. E muitas vezes eles não são mais por nossa causa.
O Palestra faz 105 anos. Mas quem ganha mesmo o passado somos nós. O nosso presente é o futuro. Não só pelos títulos. Estrutura. Elenco. Economia. Estádio. EEEE!
Também pelos parceiros dessa sociedade cada vez mais esportiva. Dessa torcida barulhenta e briguenta. Desse clube que há 105 anos não se cansa. Porque feito por gente que se casa com ele para ser palmeirense para sempre.
O que a gente realmente ganha neste 26 de agosto é olhar pra trás e saber que lá pra frente vai ser sempre assim. Não “igual” que nada se parece. Mas vai ser Palmeiras. Muitas vezes a primeira palavra que nossos pais nos ensinam. Quase sempre a profissão de paixão que professamos pra sempre.
Tudo que tenho só não devo ao Palmeiras porque quem ama não deve. Mas eu fico imaginando sempre se não desse certo aquela reunião há 105 anos… E se não existisse o Palestra? Por quem eu torceria?

Pros meus filhos. Pra minha mulher. Pra minha família. Pros amigos e colegas.
Ou seja. Sem saber, eu torceria sempre pelo nosso Palmeiras.

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Feliz adversário, Palestra https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/feliz-adversario-palestra/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/feliz-adversario-palestra/#respond Mon, 26 Aug 2019 13:14:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/08/26/feliz-adversario-palestra/

Não sei o que dar de presente ao Palmeiras. Mas já sei o que muitos escreveram só de ler a primeira linha. Eu daria a Copa Rio simbolizando o mundo, mas eles dizem que não é. Eu daria o século XX campeão, mas dizem que não somos. Eu daria o Brasil que ninguém tem mais, […]

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Não sei o que dar de presente ao Palmeiras. Mas já sei o que muitos escreveram só de ler a primeira linha. Eu daria a Copa Rio simbolizando o mundo, mas eles dizem que não é. Eu daria o século XX campeão, mas dizem que não somos. Eu daria o Brasil que ninguém tem mais, mas eles dizem que os fatos e feitos são fax… Perdoai-os, Ademir da Guia. Eles não sabem o que fazem e nem falam porque não fizeram melhor.

Eu daria apenas 1993, mas eles dizem que a má arbitragem só os prejudicou. Eu levantaria os dedos como São Marcos, mas eles vão dizer que foram eles que erraram. Como em 1974. Vão de 8 em 1933 a 0800 para reclamar.
Eu daria a América, mas você já ganhou. Mercosul também. Copa do Brasil já tem. Taça Brasil também tem e quem nunca jogou ainda não sabe o que é. Como o Robertão jogou e não ganhou.

Eu não daria um belo estádio que esse já ganhamos do parceiro WTorre. Porque aqui é sociedade esportiva. Por isso ganhou a Parmalat. Agora a Crefisa. Porque futebol é equipe. E s gente bem sabe que ninguém ganha nada sozinho.
Por isso sempre fomos um. Embora com três nomes. Porque eles também não nos deixaram manter o nosso de batismo. O que hoje completa 105 anos.
Já sei o que te dar e quem te dar de presente, Palmeiras, pelo meu passado palestrino, pelo meu futuro palmeirense: eu vou te dar quem nos dá muita atenção e respeito. Quem pensa o dia todo em você. Quem vai citar você em tudo. Não vai viver sem você.

Palmeiras, vou te dar de presente quem mais te acompanha em qualquer divisão e discussão. Copa ou Copinha. Quem mais esteve perto de você nas conquistas. Quem nunca te esquece!

Palmeiras, eu vou te de dar de presente o torcedor adversário. Ninguém é mais presente e fiel nas nossas conquistas do que ele. Ninguém nos faz tão feliz ao nos dizer que ele sorri quando pensa na gente.

De fato, rimos bastante com o Palmeiras. E com quem mais se importa com o Palmeiras: quem não é palmeirense. Feliz aniversario. E adversário, Palmeiras.

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Especial Libertadores-99: Palmeiras 4 x 2 Flamengo, em 21/5/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-4-x-2-flamengo-em-21-5-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-4-x-2-flamengo-em-21-5-99/#respond Mon, 21 May 2018 09:35:17 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/05/21/especial-libertadores-99-palmeiras-4-x-2-flamengo-em-21-5-99/ Capítulo do livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS. Lançamento da Maquinária Editora, em 2013. Ele conta um diálogo entre o avô de Angelo, o Nonno Beppe, e amigos conhecedores da história do Palmeiras. ANGELO – Duvido, Nonno, que a torcida do Palmeiras tenha um dia jogado melhor que naquela partida da Libertadores de 2013 contra […]

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Capítulo do livro 20 JOGOS ETERNOS DO PALMEIRAS. Lançamento da Maquinária Editora, em 2013. Ele conta um diálogo entre o avô de Angelo, o Nonno Beppe, e amigos conhecedores da história do Palmeiras.

ANGELO – Duvido, Nonno, que a torcida do Palmeiras tenha um dia jogado melhor que naquela partida da Libertadores de 2013 contra o Libertad. Nosso time era limitado, tinha doze desfalques, e a torcida carregou a equipe com uma paixão ilimitada.

NONNO BEPPE – Aquela noite no Pacaembu foi uma das maiores vitórias de um dos menores times do Palmeiras. A gente ainda estava distante de ser campeão mais uma vez. Mas não estava mais distante do Palmeiras como passamos uns anos terríveis nesta década. Até quando vencemos a Copa do Brasil de 2012 contra o Coritiba, também com um time fraco. Mas uma vez mais que se superou sob o comando do Felipão.

ANGELO – Ele foi o melhor técnico da nossa história?

NB – Até nisso somos privilegiados. O Brandão começou a carreira de treinador campeão estadual em 1947 com “a defesa que ninguém passa”. Luxemburgo montou algumas Vias Lácteas com as vacas gordas das estrelas dadas pela Parmalat, nossa cogestora, de 1992 a 2000. E o Felipão ganhou quase tudo, de 1997 até 2000, antes de ser campeão mundial pelo Brasil em 2002. Naquela seleção tinha São Marcos no gol, Cafu e Roberto Carlos nas alas, Roque Júnior na zaga, Rivaldo na armação. E Júnior, Juninho Paulista, Edmilson, Luizão, Edilson e Denilson, que haviam jogado ou jogariam no Palmeiras. Para o Brasil ser campeão do mundo precisa ter pelo menos um palmeirense em campo. Ou no banco. Como foi o Felipão na Ásia. Como foi muito importante o Luxemburgo em 1993. ANGELO – Mas por que a torcida muitas vezes pega no pé dele? NB – Futebol é assim. Criticaram muito o Luxemburgo quando saiu no fim de 1996, depois de fazer um time espetacular no primeiro semestre. Mais ainda quando deixou o clube no começo do Brasileirão de 2002, quando… Bem, quando… Ele só foi demitido do Palmeiras no começo do Brasileirão de 2009. Não sei se era o caso. Mas, enfim, o torcedor muitas vezes é ingrato. É só ver o que cobraram o Felipão depois de dois anos com um elenco modesto, de 2010 a 2012. Mesmo ganhando a Copa do Brasil invicto no último ano, ainda reclamavam o tempo todo dele – ainda que com alguma razão por erros que ele cometera. ANGELO – Nossa turma do amendoim não é fácil…

NB – Todo craque, no Palmeiras, é um bagrecáfelo para a torcida. Somos assim. Muito corneteiros. Muito exigentes. Mas também porque o Campeão do Século não se contenta com pouco. Sempre exigimos muito. Jamais demais. É muito amor. Incondicional. O Felipão foi um treinador que conseguiu incutir no clube um outro tipo de jogo. Não mais apenas “acadêmico”. Ele também fez borbulhar nosso sangue verde como se fosse San Gennaro. Em 1999, ele não só treinou muito bem um elenco muito bem preparado fisicamente pelo Paulo Paixão. Ele também treinou a imprensa para falar o que ele queria. Mais que tudo: ele treinou o palmeirense a ser ainda mais palmeirense. Como ele mesmo, gremista histórico, também virou palestrino.

JOSÉ EZEQUIEL FILHO – Poucas vezes vi um Palestra tão lindo. Poucas vezes vi virada espetacular como aquela das quartas de final da Copa do Brasil de 1999. Era nosso 41o jogo na temporada! E era apenas o mês de maio.

FERNANDO GALUPPO – Mas parecia ser o último jogo de nossas vidas. Acabou mesmo sendo o primeiro jogo da conquista da Libertadores. Naquela virada sobre o Flamengo sentimos que podíamos tudo.

JOTA CHRISTIANINI – A Copa do Brasil de 1999, assim como o Paulistão, não era prioridade. Queríamos a Libertadores que conquistaríamos um mês depois. Também pelo modo como viramos o Flamengo. E fizemos história.

NB – Cléber, com lesão muscular, era desfalque na zaga. Como Júnior Baiano. Atuamos com Roque Júnior e Agnaldo Liz à frente do Marcos. Arce e Júnior eram os laterais que atacavam sempre, especialmente o baiano. Ele saía driblando todo mundo e criava lances pela esquerda com o Zinho. César Sampaio era o cabeça-de-área. Rogério também marcava pela direita. Na esquerda, armando e cercando, o incansável Zinho. Na ponta mais ofensiva do losango na intermediária, o craque Alex – que não fez um grande jogo. Diferentemente do que faria uma semana depois, comandando a goleada e o show contra o River Plate, no jogo de volta da semifinal da Libertadores.

NB – No ataque, Paulo Nunes corria pelos cantos, e Oseás era o pivô no comando de ataque. Um ótimo time que se superou e fez daquela virada na Copa do Brasil o mote para conquistar a América.

JC – E você cornetando o Alex… Com 30 segundos, ele deu um chapéu para mostrar quem mandava no Palestra!

JEF – O problema é que, 20 segundos depois, o Rodrigo Mendes aproveitou bobeada defensiva nossa e fez o primeiro gol de pé direito dele pelo Flamengo.

FG – O jogo de ida no Maracanã havia sido 2 a 1 para eles. Precisaríamos de um 3 a 1 para classificar sem pênaltis. Não seria fácil. Eles tinham um ótimo time, com o Romário no comando do ataque e jovens talentosos como Athirson pela lateral esquerda.

NB – Nossa torcida começou incentivando muito. E também não é fácil superar o entusiasmo do rubro-negro. O Flamengo levou muita gente ao Palestra.

JC – Eles marcaram muito bem a gente no primeiro tempo. Chegamos mais nas bolas paradas que nas construídas. Teve uma cabeçada do Sampaio no travessão, aos 14. Alex também mandou uma bola no travessão, aos 19 minutos. Ainda era pouco.

JEF – Eu estava preocupadíssimo. O Flamengo bem em campo e com ótima vantagem. A gente chegando só de longe, ou na bola parada. E aquela questão: não seria melhor parar por ali na Copa do Brasil? Poupar o elenco para a Libertadores e, se não atrapalhasse, para a disputa do Paulistão?

NB – Só sei que estava meio me conformando com a eliminação no final do primeiro tempo. Afinal, tivemos oito chances de gols e não fizemos. Eles chegaram só três vezes e, na primeira, fizeram a vantagem. Lembro de estar com amigos quando, meio desanimado, olhei para o gramado. Vi uma placa de publicidade que estava perto da ponta direita do nosso ataque no primeiro tempo. Estava escrito: “São João da Barra, o Conhaque do Milagre”. Era um sinal!

FG – Sou mais São Marcos.

NB – Vocês podem rir de mim. Mas comecei a achar que dava para virar e vencer naquela hora. Eu sempre acreditei na mística das meias brancas em jogos decisivos. Em outras coisas que tenho vergonha de contar até…

ANGELO – Sei! Quando você pedia para a Nonna ficar passando na frente da TV para sair gol do Palmeiras!

NB – Pois é. Coitada dela! O pior é que isso começou nos tempos da Taça de Prata, em 1981. Ela ficou todos os anos 1980 andando de um lado pra outro, na sala, na frente do televisor!

JC – Para ser campeão é preciso time. Elenco. Planejamento. Competência. Dinheiro. Nunca vencemos nada com times mais ou menos.

NB – Vencemos sim! Em 2012 ganhamos a Copa do Brasil com um time bem fraco. O mesmo que depois, no final do ano…

ANGELO – Não fala, Nonno!

JC – Mas eram times que se superavam. Como aquele de 1999. NB – Um time de grandes jogadores, claro. E grandes palmeirenses. Que viraram o jogo. Viraram história. De fato, ninguém fez uma partida soberba naquele primeiro tempo. A equipe esteve abaixo da média. Eles tinham um bom time e jogaram bem. Era aquela equipe que acabaria tricampeã estadual até 2001. Começaram melhor que a gente no segundo tempo, também.

FG – Parecia que a gente pensava na outra semana, na volta contra o River Plate. Ou mesmo no jogo no fim de semana pelo Paulistão contra a Matonense.

JC – Eles tiveram outra chance aos 8, com o Athirson, que estava bem solto no segundo tempo. O Carlinhos, treinador deles, avançara o lateral como se fosse um ala. Felipão respondeu rápido e colocou, aos 11 minutos, o Euller. Saiu o Arce, que era um dos que mais haviam jogado em 1999. O Rogério, que jogou muito, foi para a lateral direita. O Zinho ficou mais preso e mais atrás pela esquerda. Quase como um volante. O Alex encostou mais no Oséas, que passou a ter o apoio pelas pontas do Paulo Nunes e do Euller. Do 4-3-1-2 passamos ao 4-2-1-3.

JEF – O meia-atacante Rodrigo Mendes sentiu a perna. Era o quarto jogo deles em sete dias! Eles nem tinham sete reservas para o clássico. A maratona também era pesada para o Flamengo.

FG – Mas nós sofríamos mais que eles. Jogávamos a Libertadores, o Paulista, a Copa do Brasil e também tínhamos disputado o Rio–São Paulo no começo do ano!

NB – Esse cansaço me fazia crer que não daria para a gente correr atrás deles.

JC – Mas ali era Palmeiras! Aos 11 minutos empatamos. Zinho bateu, o goleiro Clemer não segurou, e o nosso armador ajeitou com categoria para o Júnior cruzar da esquerda. A bola desviou no Fabão e sobrou limpa para o Oséas finalizar de canhota.

NB – Faltava só um gol para os pênaltis. Ou dois nossos para a classificação!

JEF – Mas não deu um minuto e uma falta inexistente foi marcada pelo goiano Antonio Pereira da Silva. A bola bateu na mão do Agnaldo, na meia direita. Não foi mão na bola. Não foi nada!

NB – Acabou sendo um golaço do Rodrigo Mendes de falta. E ele estava sentindo a perna…

FG – Dois a um para eles, exatamente 2 minutos e 20 segundos depois do nosso gol.

NB – Para mim, acabou tudo ali. Tínhamos de vencer por 4 a 2, pelo critério do gol marcado fora de casa. Nem a saída do Romário, por lesão, nos ajudava muito naquele instante.

JEF – O Carlinhos fechou o Flamengo ainda mais. Deixou o Rodrigo Mendes na frente com o Caio e encheu de volante atrás, com o Beto para armar.

NB – Mas, aos 15 minutos, em um chute de longe do Júnior, a bola bateu no gramado e tirou o Clemer da jogada. 2 a 2! Pelo menos, acabamos com aquela festa de título mundial da torcida deles.

JC – Mas ainda faltavam dois gols!

NB – Então, com 15 minutos, o Palestra voltou a pegar fogo. O Júnior largou a lateral de vez e foi armar pela esquerda. Mas ainda estávamos nervosos. Paulo Nunes e Euller trocaram de lado.

JC – O Diabo Loiro estava nervoso como eu. Levou cartão amarelo bobo, por reclamação.

JEF – Era um time bem pilhado pelo Felipão. Também pela torcida.

NB – Com a entrada do Euller pela direita, o Athirson teve de só marcar. O Flamengo perdeu o contragolpe. Mais ainda aos 24, quando o atacante Caio saiu lesionado. Entrou o volante Bruno Quadros pela direita, só para tentar conter o Júnior. Eles passaram a jogar no 4-1-4-1, só com o Rodrigo Mendes no ataque.

JC – O juizão parava o jogo por qualquer coisa. Ele picotava a partida que não andava. Já o relógio…

NB – Até olhei para ele nessa hora quando o Felipão botou o Evair para aquecer. O Euller fez bom lance e mandou de canhota para a defesa do Clemer. Eram 28 minutos.

FG – Mesmo todo fechado, o Flamengo estava mais perigoso no contragolpe.Nossa torcida estava ficando quieta. A deles berrando “Mengo”.

NB – Mas, aos 31, Matador em campo!

JEF – Saiu o César Sampaio. O Zinho ficou como cabeça de área!

NB – Alex foi para a meia direita, o Evair entrou com enorme raça e disposição na meia esquerda. Que jogador! Euller e Paulo Nunes pelas pontas, Oséas no comando do ataque. Era um 4-3-3 com dois pontas de ofício, dois centroavantes e dois meias!

FG – Era o tudo ou nada. Com o Evair, eu me sentia mais tranquilo. Ou mais esperançoso. Sei lá.

NB – Mas teve uma virada de jogo que o Rogério mandou lá na arquibancada. Eu até sentei… Sabe aquela jogada para o torcedor sair do estádio que mais nada vai acontecer?

JEF – Não naquele dia. A gente não acreditava que pudesse virar. Mas algo nos mantinha lá. Não era só o Palmeiras. Era algo superior.

NB – Isso. Tipo o Ademir da Guia. São Marcos. Evair…

FG – Mas havia algo maior a favor do Flamengo. Aos 35, o Rodrigo Mendes driblou dois até ser desarmado pelo Alex. Nosso 10 avançou, passou por dois e chutou de pé direito, de fora da área, na trave do Clemer! No rebote, o Euller emendou de canhota. No travessão!

JEF – O Oséas tentou de cabeça o novo rebote e não deu. Que zica! Duas na trave em um só lance.

NB – O Clemer ainda espalmou aquela primeira bola. Mas seria demais um gol de pé direito do Alex, né?

FG – Tanto quanto um gol de canhota do destro Euller, né? Estava tudo virado naquele jogo.

JEF – Mas ficaria tudo virada logo depois. E com gols de cabeça de um cara baixinho… E que não era o Romário!

JC – As duas bolas na trave mexeram com tudo. O Palestra pegou fogo.

NB – Era um time que sabia trabalhar bem as bolas. Mas era muito forte no jogo aéreo.

FG – No escanteio pela esquerda, o Júnior bateu aberto, o Oséas se agachou para cabecear no meio da área. O Euller apareceu sozinho e cabeceou na pequena área para o Paulo Nunes. No meio do caminho, o Athirson salvou com o peito. No rebote, o Euller cabeceou para dentro. 3 a 2!

NB – Eu não vi mais nada. Me emocionei tanto que perdi o fôlego.

JC – Como o garoto Enzo que foi filmado pela TV Globo vibrando muito.

NB – Mas ainda não era nada. Faltava um gol. Eram 41 minutos. JEF – Ainda faltava 1 minuto e 31 segundos.

NB – Noventa e um segundos? Para mim foram mais 90 minutos!

FG – Ainda faltava um gol. Ainda sobrava gás e alma para nós. JC – Euller avançou pela ponta esquerda e cavou um escanteio pelo setor. Ele foi para a área de novo.

NB – O Júnior cobrou mais forte que da primeira vez Desta vez no segundo pau. Para onde estava o Evair. O matador cabeceou. A bola bateu no Roque Júnior e numa montanha de flamenguistas. O Clemer estava bem fora do gol. FG – O rebote procurou quem sabe. O Evair bateu de canhota, o Clemer desviou e a bola pegou na canela do Agnaldo, dentro da pequena área. Ela pegou efeito e subiu quase em cima da risca. Oséas subiu para testar, mas o zagueiro Fabão conseguiu dividir e afastar pra frente.

NB – Na corrida, o Euller se antecipou ao Clemer e, meio de lado, sabe lá como Ademir da Guia, o Euller tocou cruzado, no canto esquerdo deles.

JC – Só de contar me emociono de novo. Foi um daqueles gols que a gente não consegue gritar.

JEF – Poucas vezes não consegui me mexer numa celebração. Estava catatônico.

FG – Os rivais também.

NB – Deve ter sido um dos gols mais celebrados da história do Palmeiras e do Palestra. Um dos gols em que as pessoas menos conseguiram gritar. Aos 42 minutos e 53 segundos. FG – Um dos jogadores do Flamengo perguntou a um dos nossos se o 4 a 2 levava aos pênaltis. Nosso craque, esperto, disse que sim, que seria melhor eles tocarem a bola… Hahahaha!

NB – Eu fiquei ainda mais lesado que o nosso rival, na sequência. No primeiro ataque, quase o Rodrigo Mendes faz. No segundo, aos 45minutos e 46segundos, ele cruzou da esquerda, a bola passou por nossa zaga e, no segundo pau, o Pimentel entrou de carrinho e mandou a bola na trave esquerda do Marcos!

JC – Eu não via mais nada.

NB – Eu não acreditava nem na virada e nem nos ataques deles. No lance seguinte, de novo, o Rodrigo cruzou da esquerda, de novo o Pimentel apareceu livre, mas ele dominou mal a bola na coxa.

FG – Só consegui ver alguma coisa no apito final. Quando o Felipão atirou o boné dele para a torcida e ficou celebrando feito louco. Feito palmeirense no Palestra e no Brasil.

JEF – Não ganhamos a Copa do Brasil. Fomos eliminados nos pênaltis pelo Botafogo, no Maracanã, na semifinal. Mas, naquela classificação, começamos a ganhar a Libertadores. NB – Ali vimos que não havia limite para sonhar e lutar. Ali era Palmeiras. Com um time ótimo. E uma torcida de raça.

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Dia dos goleiros da Academia do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/#respond Thu, 26 Apr 2018 13:37:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/26/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/

Hoje é dia de Primo. Tinha de ser esse o nome do primeiro craque da nossa meta e do nosso primeiro título. “Primeiro” na língua da Itália, Palestra. O número um que virou 12 em 1999 pelas mãos e milagres do anjo-guardião Marcos. Primo. Primeiro nome de todo time. Primeiro nome de um clube de […]

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Hoje é dia de Primo. Tinha de ser esse o nome do primeiro craque da nossa meta e do nosso primeiro título. “Primeiro” na língua da Itália, Palestra. O número um que virou 12 em 1999 pelas mãos e milagres do anjo-guardião Marcos.

Primo. Primeiro nome de todo time. Primeiro nome de um clube de dois nomes. Palestra de Primo. Palmeiras de Prass. P de porteiro. Pioneiro. Primeiro. Poder. Prazer. Pra frente como Oberdan carregando o pendão da pátria na Arrancada de 1942. Pra cima como os dedos de Marcos negando os pênaltis deles. Pros lados como Prass. Pros céus de Nascimento. Outro dos primeiros dos nossos primazes da meta.

Pro Panteão de Oberdan que catava tudo desde 1940. Cattani com espírito de periquito e de porco. Tudo Palmeiras. Todo o Palestra. As maiores mãos que nos defenderam. O Bicho era o apelido. Animal. Como o rei deles. Leão. Rei de Copas. Senhor das feras que nos guardam.

Jurandyr antes de Oberdan. Fábio Crippa ganhando o maior Rio do mundo em 1951. Laércio substituindo o insubstituível Oberdan. Valdir de Morais. Plural de moral. Goleiro da primeira Academia. Preparador da academia de goleiros palmeirenses. Exemplo de tudo.

Meta que é objetivo de vida palmeirense. Aquarela de craques de seleção do Brasil como Picasso. Do Uruguai como Maidana. Do Paraguai como Gato Fernández. Reservas do clube que viram goleiros de seleção como João Marcos em 1983 e até Marcos, em 1996. Clube que não consegue lançar pratas da casa. Mas que finca traves no berço de ouro como Gilmar e Zetti. Reservas de moral e caráter campeoníssimos como Sergio, o número um do 12 de junho e da tríplice coroa de 1993. Torcedores que vieram da massa como Jailsão para defender como a Pantera Verde. Craques de outras metas como Velloso.

Tantos números 1 e um 12 que jogou por todos que explicam tantos primeiros lugares.

Se todo grande time começa por um grande goleiro, o clube que tem essa escola só pode dar aula.

Palmeiras pode não ser o número um de tantos. Mas únicos são os números um do Palmeiras.

(Arte de Ilustramurilo)

#palestranosensinapalmeirasénossasina

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Netos do vento: Palmeiras 2 x 0 Alianza Lima https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/netos-do-vento-palmeiras-2-x-0-alianza-lima/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/netos-do-vento-palmeiras-2-x-0-alianza-lima/#respond Tue, 03 Apr 2018 23:59:35 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/03/netos-do-vento-palmeiras-2-x-0-alianza-lima/

Resultado justo que poderia ser ainda maior. Como o preço do ingresso que é injusto para a realidade brasileira e que deixa espaços vazios num estádio que precisa de mais gente contra o Boca. Nem a chuva e as manifestações justificam o preço e os pouco mais de 30 mil presentes que poderiam ser muitos […]

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Resultado justo que poderia ser ainda maior. Como o preço do ingresso que é injusto para a realidade brasileira e que deixa espaços vazios num estádio que precisa de mais gente contra o Boca. Nem a chuva e as manifestações justificam o preço e os pouco mais de 30 mil presentes que poderiam ser muitos mais.

Não se faz futebol sem dinheiro. Mas não se faz nada sem gente. Não adianta nadar em dinheiro com espaços sem ninguém. Um pouco menos de preço não tem valor para o tanto de gente que queria ir e não pôde por falta de dinheiro e sobra de apetite.

Tem como fazer alguns ingressos mais baratos no Allianz. Até 4 mil mais populares. E não mais de milhares impopulares com as medidas contra o bolso da torcida. O Palmeiras precisa de gente e da sua gente. Tem como baratear alguns lugares. Tem como levar mais gente pra dentro.

Para ter mais público e um pouco menos de dinheiro vale o investimento. Palmeiras não perderia renda. Deixaria de ganhar e receberia apoio que não tem preço.

Quanto ao jogo caríssimo…

Keno escapou pela ponta-esquerda no primeiro ataque do segundo tempo, foi ao fundo tocando e rabiscand e bateu pra área como se fosse o Euller de 1999. O goleiro Prieto se atrapalhou com a bola como se fosse um goleiro peruano desde o Império Inca e Borja, que muitas vezes também faz o mesmo, fez o nono gol dele em 13 jogos em 2018. O Borja que eu não escalaria em Itaquera e…

Não foi só com o colombiano que eu queimei a língua. Entendia que era mais um jogo contra o frágil rival peruano para Edu Dracena ganhar minutos e ritmo. Para ir conquistando um lugar que é dele ao lado do cada vez melhor Antonio Carlos – talvez a melhor surpresa do Palmeiras em 2018. Edu não jogou. Thiago Martins teve a felicidade de aproveitar o rebote na trave do cabeceio do companheiro de zaga na cobrança de Dudu para abrir o placar, aos 10.

Mais um para quebrar a minha cara em uma equipe que não está mais quebrando a bola. Alguns passes e inversões de jogo muito bonitas foram dadas na primeira etapa de 10 chances verdes contra apenas uma chegada do Alianza. Também pelo relaxo natural do excesso de jogos. E da partida duríssima do próximo domingo.

Depois do gol de oportunismo de Borja, o Palmeiras empilhou mais duas chegadas perigosas. Foram 15 ao todo. Muitas em lances bem bolados em treinos. O Alianza criou quatro depois. Mas não merecia melhor sorte. Roger foi sacando titulares como corretamente poupou Marcos Rocha, Bruno Henrique e Willian. Não tinha como apostar em Victor Luís até porque Diogo Barbosa foi muito bem. Moisés precisava jogar 90 minutos que não jogava desde novembro. E mostrou ser ótima opção para a decisão do Paulista quando Felipe Melo fará falta pela bola que joga e pela defesa que organiza.

Justa vitória do Palmeiras de Keno que vai ao fundo e faz gols como Euller, o Filho do Vento da Famiglia Scolari que conquistou a América em 1999.

Vale a lembrança.

Não é forçar barra e nem polêmica. Nem cantar vitória. É só um jeito de contar história. Sem distorcer e criar fatos.

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Divino, 76 – como Ademir foi no SP-76 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/divino-76-como-ademir-foi-no-sp-76/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/divino-76-como-ademir-foi-no-sp-76/#respond Tue, 03 Apr 2018 18:05:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/03/divino-76-como-ademir-foi-no-sp-76/

Foi o melhor ano Dele. O do último título Dele. 1976. Quando Ele parou de flutuar, em setembro de 1977, o campeonato paulista fez a idade que Ele completou no ano passado. 75 anos. Quando Ele parou de jogar o que jogava desde 1961 pelo Palmeiras, não deu um mês e o maior rival voltou […]

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Foi o melhor ano Dele. O do último título Dele. 1976.

Quando Ele parou de flutuar, em setembro de 1977, o campeonato paulista fez a idade que Ele completou no ano passado. 75 anos. Quando Ele parou de jogar o que jogava desde 1961 pelo Palmeiras, não deu um mês e o maior rival voltou a ser o que não era desde 1954. Quando Ele jogou, pelo Bangu, Palmeiras e Brasil, o Corinthians onde o pai Dele brilhou não conquistou título algum. Como maldição, o Palmeiras Dele ficou 16 anos sem títulos. Até o dia em que Ele voltou ao Morumbi. Palco do último jogo Dele em 1977. Contra o mesmo Corinthians. Ele tinha ficado de setembro de 1977 a junho de 1993 sem voltar ao estádio. Quando voltou para pisar no gramado antes da decisão, Ele ajudou a inspirar o Palmeiras Dele. 4 a 0 no rival. Palmeiras de novo campeão.

Teria sido obra do Divino?

Talvez não. Mas é sagrado que o segredo de Pai Domingos para o Filho Ademir da família que nos da Guia nos conduziu com maestria e elegância em títulos desde 1963. Por duas vezes nos fez Academia. Por mais vezes que qualquer outro em 103 anos nos vestiu de verde e de orgulho.

Ademir é quem mais jogou pelo Palmeiras. Em qualquer sentido. Divino é quem mais nos inspira e ilumina em todos os sensos. Da Guia é escola e estirpe. Academia. Virou poesia de João Cabral. Sinônimo de genial. Redundância de celestial.

Ademir da Guia é respeito dos rivais, reverência dos nossos. É um que não nasceu verde. Cresceu no quintal do rival. E vai levando a mesma vidinha humilde de gênio ensinando que sabedoria é guia. Para ser o maior e melhor não precisa gritar e nem bater no peito. Basta dominar uma bola no peito e sair em passadas largas pelo campo. “Lento” para os celerados. Perfeito para os letrados.

Ademir da Guia, 76 anos. Tudo se discute no Palestra há 103 anos. Menos o que é Divino. (Na foto, Joelmir Beting, Ele, Waldemar Fiúme e Oberdan. Três dos nossos seis bustos).

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Especial Libertadores-99: Palmeiras 3 x 1 São Raimundo, Copa do Brasil, em 21/2/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-3-x-1-sao-raimundo-copa-do-brasil-em-21-2-99/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-palmeiras-3-x-1-sao-raimundo-copa-do-brasil-em-21-2-99/#respond Wed, 21 Feb 2018 14:45:04 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/21/especial-libertadores-99-palmeiras-3-x-1-sao-raimundo-copa-do-brasil-em-21-2-99/

https://youtu.be/9eQvd3wTfUw O Palmeiras perdia por 1 a 0 no Palestra até os 24 minutos do segundo tempo. Ainda se classificava para a segunda fase da Copa do Brasil pelo critério do gol marcado fora de casa. O jogo de ida em Manaus havia sido 2 a 1 para o campeão da Copa do Brasil de […]

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https://youtu.be/9eQvd3wTfUw

O Palmeiras perdia por 1 a 0 no Palestra até os 24 minutos do segundo tempo. Ainda se classificava para a segunda fase da Copa do Brasil pelo critério do gol marcado fora de casa. O jogo de ida em Manaus havia sido 2 a 1 para o campeão da Copa do Brasil de 1998. A torcida estava insatisfeita. Felipão, mais ainda. O São Raimundo tinha um jogador a menos desde o primeiro tempo. E levou os gols da virada por 3 a 1 em falhas do goleiro reserva.

– Se o Palmeiras não melhorar em uma semana, vamos levar uma lambada na Libertadores…

Era necessário mesmo muito mais futebol para vencer o Corinthians, seis dias depois, no Morumbi.

O Palmeiras quase completo levou 1 a 0 aos 10 minutos. Murica fez de cabeça, depois de cobrança de escanteio. O Verdão já havia perdido alguns gols e desperdiçaria ainda mais até o intervalo. Méritos também do goleiro Nailton.

Poderia ter sido pior. Houve um pênalti discutível cometido por Velloso não marcado. Aos 40, Marquinhos foi corretamente expulso depois de derrubar Júnior.

Na segunda etapa, o bombardeio palmeirense não surtiu efeito. Felipão trocou Alex por Evair mais recuado. E nada de a bola entrar.

Aos 10, o goleiro milagreiro do São Raimundo trombou com a trave e saiu lesionado. O reserva Manuel entrou e foi o azar da equipe visitante. Aos 24, Arce arriscou de longe e empatou. Manuel não foi bem na bola. E bobearia de novo nos gols da virada de Roque Júnior, aos 37, de cabeça, e de novo ele, também de cabeça, aos 50, quando a chuva forte já atrapalhava demais a partida.

Velloso igualou a marca de Oberdan de 447 jogos com a camisa do Palmeiras, 10 anos depois de estrear.

Mesmo com dores no tornozelo, Paulo Nunes não foi poupado e foi ao jogo.

PALMEIRAS 3 X 1 SÃO RAIMUNDO-AM

Competição: Copa do Brasil/Primeira Fase

Data: domingo, 21/fevereiro (tarde)

Palestra Italia

Juiz: Evandro Rogério Roman (PR)

Renda: não disponível

Público: não disponível

PALMEIRAS: Velloso; Arce (Pedrinho), Roque Júnior, Cléber e Júnior; César Sampaio, Rogério e Zinho; Alex (Evair); Paulo Nunes e Oséas (Juliano).

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Murica 10 do 1º; Arce 23, Roque Júnior 37 e Roque Júnior 49 do 2º

Expulsão: Marquinhos

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Amor é exagerado, ele é gerado, não tem ex https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amor-e-exagerado-ele-e-gerado-nao-tem-ex/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amor-e-exagerado-ele-e-gerado-nao-tem-ex/#respond Thu, 01 Feb 2018 18:12:34 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/01/amor-e-exagerado-ele-e-gerado-nao-tem-ex/

Quanto foi? Quando foi? Onde foi? Quem foi? Não importa. Muito menos contra quem foi. RelacionadasAbel se derrete por Estêvão e pede permanência no Palmeiras até 2027: ‘Diferente de tudo que já vi’Finalmente conheci e convivi com Família Palmeiras: relato do forasteiro que se sentiu em casaCoordenador de serviço social e psicóloga detalham desafios na […]

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Quanto foi? Quando foi? Onde foi? Quem foi?

Não importa. Muito menos contra quem foi.

O que vale é que foi. E será sempre a favor.

Muito provavelmente o avô não sabe quais são as músicas do neto. Nem como ele faz para escutar. O que ele vê na TV – se é que vê TV. O que tanto ele mexe no celular!? Que língua ele está falando? Como é que pode responder assim para o pai? Como que esse menino nem responde para a mãe!

Eu não conheço os amigos dele. Eu não sei qual é o mundo dele.

O que a gente sabe é que esse jogo eles não vão esquecer. Ou melhor. Até vão. O gol. A partida. O placar. O campeonato. Eles vão misturar tudo no futuro. Vão ser até mais lindos, heróicos os momentos. A memória é seletiva.

A geração, nem sempre. Mas tem algo aí que é legado. Desde a concepção. Qual a chance de o avô não ter falado com esse bebê no colo todas as conquistas reais e irreais do time da família? Essa criança vai crescer talvez nem sabendo de onde o avô veio. Mas eles sabem para onde vão todos os jogos da paixão hereditária. Genética. Familiar.

Quem não gosta vai achar que é exagero. Tudo isso por causa de um jogo?

Não. Tudo isso é amor. É sangue. Família. Tradição. História.

Vai de geração a geração. Mesmo que seja geração espontânea, mesmo que o avô tenha virado torcedor vindo de outro credo.

Isso não é só futebol. É uma camisa. Cor. Distintivo. Nação. Família.

Esses dois têm décadas de distância. Esses dois são um só pela emoção infantil. Pueril. De berço.

Esse avô sonhava mesmo com esse tempo, o sorriso, os abraços.

Meu mais velho e meu caçula são muito família e muito se deve à família que é o Palmeiras. Muito do que sabem aprenderam por abraçar o Nonno deles em cada gol nosso. Em ser abraçado por ele em cada gol dos outros.

O avô deles adorava falar de tudo. E principalmente de Palmeiras. Não sei se um dia serei avô. Não sei se um dia meus netos serão Palmeiras. Mas se uma tarde eu puder sentir com eles o que já sinto a cada abraço de gol com meus filhos e meu amor que tem olhos e coração verde e uma filhinha que dorme com camisetas do Palmeiras, a cada grito de gol, a cada Whatsapp de gol, a cada silêncio de gol contra, a cada PQP de gol a favor ou contra da SEP, eu vou saber que posso não ter educado tão bem os meus. Mas se eles forem nossos eu já serei o que sou. O cara mais velho que borra os óculos só de saber que a minha alegria agora é nossa.

Pensando bem, é mesmo um exagero. Amor é exagerado. Ele é gerado. Não tem ex.

(Este texto não tem clube)

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A maior vitória em 75 anos de Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-maior-vitoria-em-75-anos-de-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-maior-vitoria-em-75-anos-de-palmeiras/#respond Wed, 20 Sep 2017 14:47:29 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/20/a-maior-vitoria-em-75-anos-de-palmeiras/

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Arte da taça de Dani Resende

Arte do pênalti de Thiago Rocha

Em 103 anos de Palestra, 75 anos hoje de Palmeiras, títulos do Campeão do Século XX sobram. Vitórias épicas do maior campeão nacional do país mais vezes campeão mundial também não faltam.

Mas a Arrancada Heroica vai muito além da vitória que mais celebrei, por Zinho mais Evair, no Dia da Paixão Palmeirense, em 1993. É do tamanho da América que São Marcos nos guardou. É do tamanho do Rio da Copa de 1951 que conquistamos ao empatar com a Juventus da Itália do Palestra.

Além de mandar pra fora de campo a ignorância, intolerância e violência da ditadura que mudou nosso nome, palestrinos e palmeirenses conseguiram ser campeões no primeiro jogo que não foi até os 90 minutos por desistência do adversário que antes tentou tirar Echevarrieta do campeonato, o Palestra de campo, o campo do Palestra, o torcedor do sério, os italianos das ruas e das suas e, depois, ainda tentou anular o campeonato.

A Arrancada Heroica começa muito fora de campo e vai muito além do tempo.

Não é a maior vitória ou título do Palmeiras. Mas é a vitória de uma associação de pessoas e ideais sobre as ideias dissociadas da realidade e distantes do respeito.

Não foi o clube que arrancou heroicamente o título. Foi o respeito pelo berço que ganhamos no braço, nos pés, na cabeça e no coração.

O Palestra nunca foi tão Brasil, Itália, São Paulo e tão nosso quando foi Palmeiras pela primeira vez.

Só o Palmeiras para conseguir durante os anos superar o nosso primeiro jogo. Nossa partida rumo à vitória definitiva: sermos o que somos. Nem mais, nem menos. Apenas Palmeiras. Há 75 anos transformando lealdade em perdão.

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-maior-vitoria-em-75-anos-de-palmeiras/feed/ 0 Especial Libertadores-99: Palmeiras era o time mais faltoso do Paulistão
Espírito de Porco: Especial museu de Oberdan Cattani https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/espirito-de-porco-especial-museu-de-oberdan-cattani/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/espirito-de-porco-especial-museu-de-oberdan-cattani/#respond Tue, 19 Sep 2017 13:10:14 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/19/espirito-de-porco-especial-museu-de-oberdan-cattani/

Se o Palmeiras pudesse ser personificado em alguém, este alguém seria Oberdan Cattani. Apaixonado, vibrante, orgulhoso e generoso. Italiano de alma, mas brasileiro de coração. Se hoje somos o que somos, o maior campeão do Brasil, devemos muito ao goleiro que tanto fez por nós. Mais que um atleta, Oberdan é um símbolo. A resistência […]

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Se o Palmeiras pudesse ser personificado em alguém, este alguém seria Oberdan Cattani. Apaixonado, vibrante, orgulhoso e generoso. Italiano de alma, mas brasileiro de coração. Se hoje somos o que somos, o maior campeão do Brasil, devemos muito ao goleiro que tanto fez por nós. Mais que um atleta, Oberdan é um símbolo. A resistência do Palestra Itália ao Palmeiras. O amor pelo clube alviverde. O sentimento de ser uma família.

Em 20 de junho de 2014, aos 95 anos, Oberdan nos deixou, vítima de complicações cardíacas causadas por uma pneumonia. Entretanto, a imagem icônica do atleta de bigode fino, cabelos penteados para trás com gel e mãos enormes segue viva. O antigo lar do arqueiro, onde viveu entre 1945 e 2014, na zona oeste de São Paulo, virou um museu, repleto de objetos pessoais e relíquias dos tempos de jogador.

Walkyria Cattani, filha mais velha de Oberdan e que mora na casa desde que nasceu, em 1948, idealizou o projeto ao lado de seu marido, Roberto.  O inconfundível sobrado verde, em Perdizes, agora tem sua parte de cima ocupada quase que exclusivamente por um acervo do goleiro. Um lugar que emociona qualquer torcedor do time alviverde. Um pedaço do Palmeiras fora do Palmeiras.

“Aqui está um pedacinho dos tempos vividos pelo meu pai. Resolvemos aumentar o que ele já tinha, e acabou resultando neste espaço maravilhoso. Todo dia, quando entramos neste lugar, pensamos: ‘o Oberdan ainda está aqui”, afirma.

Para criar o museu, Walkyria precisou fazer uma reforma completa na casa. Antes, os objetos ficavam expostos em um pequeno quarto, também no segundo andar. Após a morte de Oberdan, Walkyria notou que aquele espaço já não era suficiente para comportar toda a brilhante memória de seu pai. Foi então que pensou em ampliar a área, expandindo para um local que, anteriormente, era um jardim.

“Pensei: ‘o que vamos fazer com tantos quadros, troféus e material dele?’. Não podíamos simplesmente acumular e deixar guardados. Resolvemos mudar a casa. E, olha, eu achei que ficou espetacular”, explica.

Entre os objetos expostos, há muitos troféus. Melhor goleiro, melhor jogador e jogos especiais. Há também chapéus e sapatos. Esses últimos, inclusive, são guardados de maneira especial por Walkyria: “ele não gostaria de ver nos pés de mais ninguém”. Um objeto, em particular, chama a atenção. Um relógio dado aos campeões da Copa Rio de 1951, anteriormente planejado para ser entregue aos atletas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950. Contudo, com a derrota para o Uruguai na final, o presente acabou sendo dado aos palmeirenses, durante um banquete de comemoração no clube.

“Certa vez, uma empregada roubou este relógio e tentou vender em uma joalheria. Por sorte, a loja ficava próxima ao Palestra Itália. Como o dono do local viu o nome do meu pai gravado na parte de trás do relógio, telefonou para ele na hora e perguntou se o relógio estava sendo vendido mesmo”, relembra.

Mais que um museu, a casa é um pedaço da história de Oberdan Cattani. Foi para lá que ele se mudou ao casar com Marcília, em 11 de outubro de 1945, e onde criou seus três filhos: Walkyria, Mônica e Oberdan Cattani Júnior. Em Perdizes, conhecia cada rua como a palma de sua grande mão. E não havia quem não conhecesse e gostasse do mito palestrino. Até mesmo Laudo Natel, ex-governador do Estado e presidente do São Paulo, que era um de seus vizinhos. Tardes de conversas na calçada e em casa.

“Ele e minha mãe viveram muito felizes aqui. Isso aqui era tudo para ele. Ele tinha orgulho de ter esta casa. Pelo o que ganhava, ele podia comprar esta residência. Ele morou em outros lugares, mas aqui era realmente o lar dele. Ele sempre disse que nunca queria se desfazer da casa. Por isso, estamos aqui. Não vamos nos desfazer dela enquanto vivermos. Quem não tem história, não tem vida”, relembra.

Em casa, Oberdan era um homem de hábitos simples. Passava horas e mais horas assistindo Chaves. Quando resolvia fazer algo especial para os familiares comerem, ia para cozinha e preparava um inconfundível doce de abóbora. Para beber, nada em especial. Apenas nos momentos de festa, como o famoso Jantar dos Veteranos, que ele fundou, o mito palestrino  optava por um drink como Campari ou batida de maracujá. Para ouvir e dançar, não dispensava o clássico estilo tango.

Atleta do Palmeiras entre 1941 e 1954, o goleiro dedicou sua vida ao clube. 351 jogos, 207 vitórias, 76 empates e 68 derrotas Tetracampeão paulista (1942, 1944, 1947 e 1950), campeão da Copa Rio (1951) e do Rio-São Paulo (1951). Carregou a bandeira do Brasil na histórica Arrancada Heroica, em 20 de setembro de 1942, no Pacaembu. Fez de ícones palestrinos, como Waldemar Fiúme, Junqueira, Jair da Rosa Pinto, Romeu Pellicciari e Turcão uma verdadeira família. Inclusive, na final da Copa Libertadores da América de 1999, contra o Deportivo Cali, ficou abraçado aos bustos de Fiúme e Junqueira, pedindo por ajuda durante a disputa de pênaltis.

“Quando um precisasse de alguma coisa, o outro já estava pronto. Meu pai sempre foi o cabeça de todo mundo. Era o apaziguador das brigas e dono da palavra final. Se a decisão não fosse dele, não dava certo”, exalta.

Tardiamente, após sua morte, Oberdan foi homenageado pelo Palmeiras com um busto de bronze nas alamedas do Palestra Itália, em 12 de junho de 2015. O fato é que sua memória vai muito além da estátua ou dos objetos que estão expostos em sua casa. Enquanto houver Palmeiras, haverá Oberdan Cattani. Amor, paixão, vibração, sorrisos, entrega, alegrias e tristezas. Todos os sentimentos intensos. Isso é o nosso Palestra. Isso é Oberdan Cattani, o cidadão de Sorocaba (SP) que conquistou o mundo.

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