Arquivos tag-SP-74 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-74/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 12 Apr 2018 11:10:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Ninguém é obrigado a ganhar, mas é obrigatório ser Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ninguem-e-obrigado-a-ganhar-mas-e-obrigatorio-ser-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ninguem-e-obrigado-a-ganhar-mas-e-obrigatorio-ser-palmeiras/#respond Thu, 12 Apr 2018 11:10:14 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/12/ninguem-e-obrigado-a-ganhar-mas-e-obrigatorio-ser-palmeiras/

O Santos de Pelé não era “obrigado” a ser campeão de tudo. As Academias do Palmeiras não eram obrigadas – aliás, no SP-74, parecia para o mundo e para a mídia que era ela a zebra que estava 20 anos sem títulos, e não o Corinthians por ela derrotado. Flamengo de Zico 80-82, São Paulo […]

O post Ninguém é obrigado a ganhar, mas é obrigatório ser Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O Santos de Pelé não era “obrigado” a ser campeão de tudo. As Academias do Palmeiras não eram obrigadas – aliás, no SP-74, parecia para o mundo e para a mídia que era ela a zebra que estava 20 anos sem títulos, e não o Corinthians por ela derrotado. Flamengo de Zico 80-82, São Paulo de Telê 91-93, Palmeiras da Parmalat. Ninguém era obrigado. Ninguém é nem aqui e nem na China (na França o PSG é; na Alemanha, o Bayern também virou).

Claro que “deveria” ter conquistado o SP-18 perdido nos pênaltis e nas polêmicas. Melhor campanha melhor que o próprio futebol do time que perdeu ainda sem ganhar Scarpa, que só na final teve disponível Diogo Barbosa, que não teve na finalíssima Felipe Melo, que não teve o mais disposto Lucas Lima.

Mas pelo que é o futebol sul-americano que ainda é possível conquistar lá em novembro, ainda está distante do ideal como o final da temporada e a final da Libertadores. O Palmeiras tem potencial para ser o melhor. Mas ainda não é. Precisa saber que não é. E precisa que todos saibam que não é mesmo.

Antonio Carlos fez com Balbuena a zaga da Seleção do meu Paulistão. Jogou muito mais do que eu sabia. Mas ainda sabemos que ele e Thiago Martins não são Mina e Vítor Hugo. Não formam uma zaga campeã ou para uma saga vencedora. Não é cobrar demais deles – já cornetando. É cobrar mais para que venham nomes mais confiáveis.

Quem? Também isso não sei. Quem foi tentado foi inviável. Quem ainda se tenta não sei. Mas sei que se tenta. E também para isso precisamos daquilo que você vai me xingar ainda mais a partir de agora. Calma, amigo. Ainda não desista. Leia até o fim:

Paciência.

Pronto! Pode me xingar.

Mas é isso mesmo. Paciência. Vai chegar mais um zagueiro. Vai. Vai voltar a bola e disposição de Lucas Lima. A regularidade de Dudu. Os gols do Borja (futebol dele é outra coisa). O equilíbrio do Felipe Melo. O ritmo do Moisés. O Scarpa um dia volta. A compactação e aproximação da equipe uma semana volta. Um encaixe e padrão do time um mês volta.

Paciência (com tudo). Comigo pode me chamar de isentão, vendido, comprado, alugado, mureteiro, nepotista, SóTáAíPorqueÉFilhoDoJoelmir, corintiano, imprensinha, passador de pano, textão sem testículo, careca, peruquento, cabelinho, craque Neto, Bolsonaro, Freixo, frouxo, Temer, Lula, Gilmar Mendes, Reinaldo Azevedo, Joice Hasselman, Zé de Abreu, Kim Kataguiri, vai catar coquinho!

Mas de impaciente você não pode me chamar, Clark Kent e sommelier de gente.

O post Ninguém é obrigado a ganhar, mas é obrigatório ser Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ninguem-e-obrigado-a-ganhar-mas-e-obrigatorio-ser-palmeiras/feed/ 0
É hoje: Corinthians x Palmeiras, decisão do SP-18 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/#respond Sat, 31 Mar 2018 10:36:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/31/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/

É hoje, não. É desde maio de 1917. Para não dizer desde 25 de janeiro de 1554. Ou 22 de abril de 1500. Ou 39 minutos antes do nada (para respeitar os 40 minutos regulamentares do Fla-Flu do Nelson Rodrigues). Relacionadas‘Opinião: Estêvão resolve jogo e cava vaga em time titular do Palmeiras’Palmeiras atinge cem vitórias […]

O post É hoje: Corinthians x Palmeiras, decisão do SP-18 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

É hoje, não.

É desde maio de 1917. Para não dizer desde 25 de janeiro de 1554. Ou 22 de abril de 1500. Ou 39 minutos antes do nada (para respeitar os 40 minutos regulamentares do Fla-Flu do Nelson Rodrigues).

Hoje é em Itaquera que em um ano enfim virou a casa deles. O que não significa que não vire o que foi na semifinal do SP-15. No returno do BR-16. Quem sabe, e esse Palmeiras pode, a primeira perna da decisão do SP-18.

Mas que ninguém fique perna se der Palmeiras. Mesmo um empate não se pode espernear. Em casa a gente conversa. Mas para ter bom papo e não ficar cheio de papo e prosa, essencial um bom resultado com os pés no chão e no lugar. Cabeça em pé e não queixo erguido. Corações ao alto.

Uma eventual derrota não é o fim do mundo e nem do Paulista. Mas complica. Esse Corinthians sabe sofrer. Sabe ser reativo. Duro fazer gol neles. Mesmo com o melhor ataque e time e campanha do SP-18.

Quase tudo aquilo que o Palmeiras não foi na fase inicial na Arena Corinthians. Num jogo que era ruim até o golaço de Rodriguinho. Num Derby que ainda era possível até o pênalti e a expulsão de Jailson. E aí não deu mais.

Agora dá. São 180 minutos. A volta no Allianz Parque. Quem sabe pênaltis. E parece mesmo o palpite mais provável.

O Corinthians jogou mal os dois jogos contra o São Paulo. Mas o modo como se classificou o fortalece e compensa o desgaste de um dia a menos de preparação para este Derby. Na volta, porém, terão semana cheia. O Palmeiras terá Alianza no Allianz. Libertadores que importa mais.

Também por isso o ótimo resultado hoje é essencial. Só não sei se com o retorno do artilheiro do SP-18 Borja. Keno eu não tiro da ponta-esquerda. Dudu eu mantenho na direita. Não sei se retorno com Borja na frente. Ou se sou mais dinâmico com Willian pro contragolpe. Não sei.

Torço pela escolha que dê certo para Roger. Torço demais por uma partida que ainda não vi em 2018 de Thiago Martins. Pelo retorno de Marcos Rocha. Pela volta para casa de todos os torcedores de boa vontade.

E pelo nosso retorno ao Allianz como em 1936, 1974 e 1993.

O post É hoje: Corinthians x Palmeiras, decisão do SP-18 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/feed/ 0
Palmeiras precisa vencer tudo e a si próprio e não se perder em desculpas – mesmo as justas https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/#respond Sun, 25 Feb 2018 13:28:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/25/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/

Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942. Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível […]

O post Palmeiras precisa vencer tudo e a si próprio e não se perder em desculpas – mesmo as justas apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942.

Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível porque é Palmeiras ganhar em Itaquera. Nos pênaltis e na bola. Na história que é mais Palmeiras que Corinthians em qualquer lugar. Principalmente nas casas deles. Ganhamos mais jogos somados na Ponte Grande, Parque São Jorge e Itaquera do que os rivais.

Só não podemos nos perder nas reclamações como tantas vezes os dois lados se perderam assim. O Palmeiras não pode achar que será sempre assim como o Corinthians não pode reclamar de Esquema Crefisa como fazia no chororô do Esquema Parmalat como não podem abusar todos os adversários do mimimi do “apito amigo corintiano”. Um pouco mais de maturidade e menos troller de rede social é necessário. Se achar que toda vez será “esbulhado” como visitante é melhor nem sair de casa. Se em caso de derrota jogar tudo na arbitragem, ainda que com algumas razões, estaremos todos perdidos antes mesmo de entrar em campo. Qualquer campo.

Como vamos contar aqui só o que eu vi, de 1974 pra cá, dos erros de arbitragem em Derbys importantes (como são todos…). O que não significa dizer que é a “verdade absoluta” dos fatos. Apenas uma interpretação deles.

SP-74: o lado de lá reclama da falta que Luís Pereira fez mesmo em Rivellino antes do contragolpe que deu no gol de Ronaldo, o do título paulista. O lado de cá lembra o gol mal anulado por impedimento inexistente do mesmo Ronaldo, aos 40 do segundo tempo. Elas por elas. Mais um ano na fila do rival, em arbitragem discutível do excelente Dulcídio Wanderley Boschillia.

SP-79: Vicente Matheus conseguiu melar na Justiça comum a fase final e jogar a decisão do Paulista do fim de novembro de 1979 para o início de fevereiro de 1980. O Palmeiras de Telê que havia vencido os três turnos perdeu o embalo, Jorginho (na Seleção de Novos), e foi eliminado na semifinal pelo Corinthians, que manobrou bem demais nos bastidores. E nós batemos palmas com bananas de plástico pela tolerância de nossos cartolas.

SP-83 – Na semifinal, um pênalti de Leão em Baltazar não foi marcado pela má é discutível arbitragem de José de Assis Aragão. Mas Sócrates, no único lance em que não foi marcado por Márcio Alcântara, se livrou da pegada individual e eliminou o Palmeiras.

SP-86 – Primeiro jogo da semifinal. Vágner Bacharel se antecipou a Edvaldo e de cabeça fez 1 a 0 Palmeiras. O árbitro Ulisses Tavares da Silva conseguiu marcar “falta” do zagueiro palmeirense que estava à frente do corintiano, aos 42… O lateral Denys levou o terceiro cartão amarelo e foi suspenso do jogo seguinte em falta normal, aos 7 do segundo tempo. O meia Edu Manga foi reclamar e foi expulso injustamente. Aos 27, Edvaldo salvou com o braço direito um chute de Mirandinha. A marca da bola ficou na camisa do zagueiro alvinegro. O árbitro nada marcou. Aos 40, em posição discutível, Edson Abobrão recebeu a bola que daria no gol de Cristóvão. 1 a 0 Corinthians. Mais de 10 minutos de jogo parado. Nossos reservas Zetti e Amarildo foram expulsos. Nosso craque Jorginho agrediu o bandeirinha Antônio de Paula e Silva com um chute. Mas nem por isso foi expulso pela arbitragem péssima e frouxa. Segundo o presidente em exercício da FPF, o são-paulino Constantino Cury, ela foi “catastrófica”. Tanto que o Palmeiras pagou bicho de vitória mesmo com a derrota para o apito armado. Tanto que, no jogo de volta, no intervalo entre o tempo normal (1 a 0 Palmeiras) e a prorrogação (mais dois gols do Verdão), a torcida palmeirense gritou “justiça”. Com toda ela de razão.

SP-93 – O Corinthians reclama de Esquema Parmalat desde as finais daquele estadual – e até hoje. No primeiro jogo, vitória corintiana por 1 a 0 (gol de Viola depois de falta inexistente cobrada por Neto), a bronca alvinegra foi por conta da expulsão do meia Moacir (então o melhor do time), que saiu expulso em treta com Amaral. Lance polêmico de fato. Só não foi discutível a entrada criminais do lateral Leandro Silva em César Sampaio. Era para expulsar e quase tirou o capitão do Palmeiras do jogo final.

No 12 de junho de 1993, a partida de volta, o Corinthians queria Oscar Roberto Godói apitando. O Palmeiras, João Paulo Araujo. A FPF escalou José Aparecido de Oliveira. Árbitro enérgico que errara na partida que eliminara o São Paulo e classificara o Corinthians na semifinal do SP-93, e que em 1991 recebera uma cusparada de Neto, também em um Derby.

Rigoroso como sempre foi, José Aparecido amarelou de início os zagueiros corintianos. Há como discutir. Mas, pelo critério dele, até demorou para expulsar o corintiano Henrique. Aos 15 minutos já merecia o segundo amarelo (o primeiro recebera aos 3). Só foi expulso com justiça e atraso aos 39, quando Zinho já havia aberto o placar, três minutos antes. Aos 41, o maior erro do árbitro foi não expulsar Edmundo, que deu uma voadora animal em Paulo Sérgio (revidando entrada feia do corintiano minutos antes). Aos 17 do segundo tempo, o outro erro feio do árbitro foi expulsar Tonhão, que nada fez em Ronaldo, goleiro merecidamente expulso depois de atingir Edmundo. Todos os quatro gols palmeirenses foram legais. Inclusive o que seria o quinto, de Edmundo, em posição legal, já na prorrogação.

BR-94 – O Corinthians fora goleado na final do SP-93 deixando o Palmeiras sair da fila. Perdera a final do Rio-São Paulo-93 com o time completo contra o misto alviverde. E perderia também o Brasileirão de 1994. Todos por conta do Esquema Parmalat? Pelo menos dois lances polêmicos envolvendo o zagueiro Cléber poderiam ter sido pênaltis para o Corinthians nos jogos finais. Claro que poderiam mudar o rumo do troféu. Mas era só “esquema” da cogestora do Palmeiras ou foram três títulos seguidos da equipe que era muito melhor que a rival?

Libertadores-99 – No primeiro jogo da fase de grupos, a falta que originou o gol de Arce é discutível. Gamarra teve intenção de recuar a bola para o goleiro alvinegro Nei? Depois houve um gol mal anulado de Marcelinho Carioca, que estava em posição legal e não impedido. O Corinthians foi prejudicado no primeiro clássico.

SP-06 – Golaço de Tevez no empate por 1 a 1 foi anulado pela arbitragem que testava intercomunicação naquele Derby. Em vez de levantar a bandeira e sinalizar a falta (que eu não marcaria no estádio, mas marcaria revendo pela TV) de Tevez na origem da jogada, o assistente Evandro Luís Silveira avisou o árbitro Cléber Abade pela intercomunicação. Ele não ouviu. O lance seguiu e Tevez fez o belo gol. Só então a outra assistente, Ana Paula de Oliveira, conseguiu alertar o árbitro da infração na origem da jogada e o lance foi anulado. A trapalhada também demorou um tempão para ser corrigida. Ou não.

BR-15 – Mais polêmicas recentes no Allianz Parque no Derby que terminou 3 x 3. Para mim, o árbitro Raphael Claus acertou ao não marcar o impedimento pedido de Vagner Love no segundo gol corintiano, acertou ao não marcar falta de Alecsandro em Love no terceiro gol palmeirense, e ao não marcar pênalti de Cássio em Gabriel Jesus.

BR-16 – No último lance do Derby do turno no Allianz Parque, Raphael Claus marcou falta que eu não marcaria do zagueiro corintiano Felipe em Fernando Prass, no lance que acabaria em gol do visitante. Ele errou – na minha interpretação. Mas acabou “acertando” porque na origem da jogada havia impedimento do corintiano. Acertou por linhas tortas.

SP-17 – Thiago Duarte Peixoto foi muito mal ao expulsar o corintiano Gabriel que não cometeu a falta para amarelo de Maycon em Keno, na Arena Corinthians, quando o jogo ainda estava empatado, na vitória do mandante por 1 a 0.

BR-17 – Na vitória que encaminhou o hepta corintiano por 3 a 2, Romero abriu a contagem em posição de impedimento não visto pelo trio comandado por Anderson Daronco. O segundo gol alvinegro foi de pênalti discutível de Edu Dracena em Jô. E teve o retorno a campo sem autorização de Gabriel que poderia ter sido expulso quando já estava 3 a 2 Corinthians, em mais um lance polêmico.

SP-18 – Raphael Claus demorou 23s para marcar o pênalti que aconteceu de Jailson em Renê Júnior. Ele foi “esperto” ao só marcar a falta depois de ver as marcas da chuteira do goleiro palmeirense na coxa do volante corintiano e ter a “convicção” que ele não tinha até então. Não é a praxe. Mas pode ser usada a “estratégia”. No primeiro tempo o árbitro usou outro critério ao deixar correr o lance que o Palmeiras desperdiçou, depois de falta de cartão amarelo de Balbuena em Lucas Lima.

Dá para o torcedor reclamar. Mas o atleta profissional não pode achar que está tudo armado contra. Que não tem como vencer em Itaquera como já fez o Palmeiras outras vezes. E fará ainda mais se não seguir jogando no apito todos os nossos erros.

Na Arena Corinthians já teve gol marcado com a mão por Jô. Como teve um dos impedimentos mais mal marcados da história anulando um lance de gol do mesmo Jô, no mesmo

BR-17.

“Apito amigo” é pauta pra imprensa clubista e para papo de boteco. Não pode servir de desculpa para o Palmeiras. Deve apenas atiçar os ânimos. Não arriar as chuteiras.

Palmeiras precisa se pilhar para ganhar os clássicos. Não para se perder em reclamações como os rivais fizeram na época da Parmalat e estão fazendo novamente.

O post Palmeiras precisa vencer tudo e a si próprio e não se perder em desculpas – mesmo as justas apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/feed/ 0
Só quero esse espírito em Itaquera https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/so-quero-esse-espirito-em-itaquera/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/so-quero-esse-espirito-em-itaquera/#respond Fri, 23 Feb 2018 12:00:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/23/so-quero-esse-espirito-em-itaquera/

Eu só quero em Itaquera que o Palmeiras jogue e se jogue como Julinho no primeiro Derby do ponta, em 1958. Como Dudu na decisão do Paulista de 1974. SP-58. Quase sete anos sem vitórias do Palmeiras no clássico. Dez derrotas e cinco empates. Primeira vez que Julinho Botelho atuava de verde contra o Corinthians. […]

O post Só quero esse espírito em Itaquera apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Eu só quero em Itaquera que o Palmeiras jogue e se jogue como Julinho no primeiro Derby do ponta, em 1958. Como Dudu na decisão do Paulista de 1974.

SP-58. Quase sete anos sem vitórias do Palmeiras no clássico. Dez derrotas e cinco empates. Primeira vez que Julinho Botelho atuava de verde contra o Corinthians. Já estava 2 a 0 Palmeiras com 16 minutos. O segundo gol foi dele. Olavo perdera um pênalti defendido por Aníbal. Goleiros palmeirenses defendendo pênaltis no Derby. Ja vimos esse filme. Talvez irritado por isso, o zagueiro alvinegro atingiu Julinho tão feio no final do primeiro tempo que o ponta-direita só voltou a campo na segunda etapa. E com apenas 8 minutos. Ele ficou desacordado mas voltou para ainda dar um passe pro terceiro gol e acabar, junto com Chinesinho e Paulinho, com o jogo.

Na época não se permitia substituição no Paulista. Também porque Julinho já era e seria insubstituível para sempre.

Paulista de 1974. Agora o tabu era deles. Mas não de vitórias no Derby. De títulos, mesmo. Eram 20 anos sem conquistas. Seriam 21 ao final do clássico no Morumbi. 1 a 0 Palmeiras. Gol de Ronaldo, aos 24 minutos do segundo tempo.

Quatro minutos antes, falta da meia direita pro Corinthians. A patada atômica de Rivellino na cobrança. Dudu na base da barreira vê Lance livre e orienta Alfredo na zaga. Enquanto isso a bola parte como bala e ricocheteia na bochecha de Dudu. O Bom Velhinho desmaia na barreira.

Ele acorda com o treinador Brandão mandando levantar sem frescura com um chumaço de algo forte no nariz. Dudu não tem dúvida. Nova falta na sequência para Rivellino. Dudu na base da barreira. O árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia chama a atenção do camisa cinco verde: – Sai daí, Velhinho. Você vai morrer se ficar aí.

Dudu bateu o pé e quis ficar. Só saiu por insistência do árbitro.

Mais alguns minutos e o Palmeiras fez o gol que deixou o Corinthians mais um ano na fila. De fato seriam mais dois. E seriam tantos mais se mais espíritos como Dudu e Julinho estivessem entre nós. Mais craques como eles jogassem por nós.

Eu nem peço para que no sábado o time jogue tanto como eles jogaram. Só quero que se joguem como eles sempre se doaram por nós.

O post Só quero esse espírito em Itaquera apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/so-quero-esse-espirito-em-itaquera/feed/ 0
Ha 43 anos por 21 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ha-43-anos-por-21/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ha-43-anos-por-21/#respond Fri, 22 Dec 2017 15:20:21 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/22/ha-43-anos-por-21/

O reserva Jair Gonçalves cruzou da direita. Leivinha ganhou de cabeça do tricampeão mundial Brito – como ganha nas cabeçadas de qualquer brasileiro que vi jogar. Ele tocou para o substituto de César emendar de sem-pulo. 1 a 0. O mais decisivo Ronaldo dos Dérbis paulistas abriu o placar que só não foi maior por […]

O post Ha 43 anos por 21 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O reserva Jair Gonçalves cruzou da direita. Leivinha ganhou de cabeça do tricampeão mundial Brito – como ganha nas cabeçadas de qualquer brasileiro que vi jogar. Ele tocou para o substituto de César emendar de sem-pulo. 1 a 0. O mais decisivo Ronaldo dos Dérbis paulistas abriu o placar que só não foi maior por conta de um lance de gol mal anulado depois (e, sim, na origem do gol, Luís Pereira fez falta em Rivellino).

22 de dezembro de 1974. A segunda Academia ganhava seu segundo paulista em três anos. Em fevereiro daquele mesmo 1974 vencera o bi brasileiro. Em agosto ganhara o Ramón de Carranza na Espanha eliminando o Barcelona de Cruyff, Neeskens e Rinus Michels. Os caras que um mês antes encantaram o mundo na Copa da Alemanha com a Laranja Mecânica da Holanda. Mundial que talvez fosse diferente se Zagallo tivesse utilizado melhor os seis palmeirenses que convocou para a Copa de 1974.

Isso tudo e muito mais era a segunda Academia de Brandão. LeãoEuricoLuísPereiraAlfredoeZecaDUDUeADEMIRDAGUIAEduLeivinhaCésareNei. Rima que era seleção. Time que fazia um a zero e bastava. Ou nem gol precisava fazer para ser campeão. Como foi no SP-72. BR-72. BR-73.

Mas nem assim era o favorito para a imprensa. O campeão do turno estava 20 anos sem ser campeão. E ainda assim o alvinegro era o favorito. O campeão do returno vinha melhor. Vinha Palmeiras. E não era o favorito.

Não foi mesmo melhor no empate por 1 a 1 no Pacaembu, no primeiro jogo. Leão fechou o gol. No Morumbi, 100 mil alvinegros e uns 20 mil alviverdes encheram o estádio na tarde feia. Parecida com o 12 de junho de 1993. Em tudo.

Eram favoritos. Sairiam da fila contra o maior rival. E deixariam o adversário mais um ano na fila.

Tudo isso aconteceu. Mas teria de sair na sessão de ERRAMOS do jornal. Os vencedores foram outros. Ou quase sempre os mesmos nos Dérbis decisivos.

Só se o Palmeiras ficar 20 anos na fila e cair para o rival será possível devolver a derrota de 1974. Só se o Palmeiras deixar o adversário sair da fila de 16 anos para devolver 1993.

Ou só se um símbolo como Dudu desmaiar depois de uma falta cobrada por um gênio como Rivellino e logo depois reaparecer na barreira e dela só ser tirado por ordem do árbitro.

– Sai daí, velhinho. O Rivellino vai acabar te matando!

Não matou. Mas se preciso Dudu morreria pelo Palmeiras. Era Dérbi. É Palmeiras. É campeão há 41 anos. E contando.

O post Ha 43 anos por 21 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ha-43-anos-por-21/feed/ 0
Campeões de berço https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeoes-de-berco/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeoes-de-berco/#respond Fri, 03 Nov 2017 04:24:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/03/campeoes-de-berco/

  O teste do pezinho-quente foi positivo para Marcos, em 1974, e Giovanni, em 1993.   RelacionadasPalmeiras vence Athletico, segue 100% e na liderança do Brasileiro Sub-20Palmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão contra SantosEspecialista em futebol italiano avalia Felipe Anderson no Palmeiras: ‘Melhor fase da carreira’O obstetra do Nossa Senhora […]

O post Campeões de berço apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

 

O teste do pezinho-quente foi positivo para Marcos, em 1974, e Giovanni, em 1993.

 

O obstetra do Nossa Senhora do Carmo resolveu esperar mais que o recomendável naquela tarde fria e feia de domingo paulistano. Futebolite era o diagnóstico dele, não da parturiente. No Morumbi, Palmeiras x Corinthians. Finalíssima do Paulistão de 1974. Cem mil corintianos não gritavam “campeão” desde 1954. Vinte mil palmeirenses haviam gritado “campeão” pela última vez em fevereiro daquele ano, no empate com o São Paulo que valeu o Brasileiro de 1973. Na maternidade, o médico retardou o quanto pôde o nascimento de Marcos. O doutor, se eu não me engano, torcia mais para que não se celebrasse o primeiro título corintiano em 20 anos do que pelo Palmeiras cardíaco.

Aos 24 do segundo tempo, Ronaldo. Um a zero Palmeiras. O silêncio e o choro corintiano corroeram o Morumbi. Na maternidade, seu Jamil correu celebrando o gol de Ronaldo e ainda procurando o médico. Dona Vera sentia as dores e pressentia a chegada de Marcos. O pai da criança não achava o doutor.

O homem de branco só apareceu depois do apito final. O pequeno Marcos nasceu duas horas depois do Derby. O médico enfim estava por lá. Mas parecia não estar nem aí. Ou só queria mesmo era estar no Morumbi. Celebrando mais um título. O pequeno Marcos respirava difícil, como a mãe, o pai e o médico durante os 90 minutos cruciais de 22 de dezembro de 1974. Um tapinha do tio e padrinho Sergio deu jeito, e o Marcos enfim começou a chorar. Muito.

Espernearia ainda mais a partir de 1976 com o amargo jejum alviverde. Nessa longa sala de espera, outro médico parecia doente de tão saudável alviverde que era. O doutor Erasmo teve sintomas parecidos em 12 de junho de 1993. Três dias antes nasceu Giovanni, o primogênito. Gigio para a família do médico que vivia dias de angústia. Não apenas pela chegada do filho a este mundo. Mas pela perda do chão e fim do planeta que foi a chegada de Viola na bola que Neto cruzara da direita. Gol Porco de Viola no primeiro jogo da decisão de 1993.

O Palmeiras precisaria superar o Corinthians e o jejum. O doutor Erasmo precisou superar o chefe que não queria dar alta à mãe e ao Gigio. Eles teriam de passar o 12 de junho na maternidade. Mas como assistir àquele jogo no hospital? Não tinha como. Teve jeito: doutor Erasmo assumiu a responsabilidade de pai e de médico: assinou a alta da mulher e do filho um dia antes do previsto e necessário. Foram todos para casa para ver pela TV o amor de família.

Palmeiras 3 x 0 Corinthians era o placar celebrado por Erasmo com Gigio o tempo todo no colo até aquele pênalti em Edmundo. O que Evair fez os palmeirenses soltarem a voz. No gol que fez doutor Erasmo soltar o Gigio das mãos que o embalaram nos 100 minutos de jogo e prorrogação. Não fosse a mãe zelosa e firme como um Oberdan, Gigio, de apenas três dias, teria esborrachado no chão. Solto pelo pai que soltava o grito do gol do título e esquecia tudo – até o recém-nascido e campeão.

A mãe do Gigio fez a melhor defesa de um palmeirense naquele 12 de junho ao defender o filho da palestrite crônica do doutor Erasmo. Como o seu Jamil conseguiu defender o filho Marcos naquele 22 de dezembro de 1974, procurando o médico que ouvia o jogo que valia por todas as vidas.

Dirão os céticos: Quase o Marcos não nasce por causa de um médico palmeirense demais! Quase o Gigio morre por causa de um pai e médico palmeirense demais!

Eu prefiro pensar que Marcos e Gigio vivem ainda mais todos esses anos por terem a mesma paixão do médico de um e do pai do outro. O amor ao futebol quase levou desta vida os bebês. Mas é Palmeiras quem leva Marcos e Gigio pela vida com mais amor.

 

O post Campeões de berço apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeoes-de-berco/feed/ 0 marcelo-rezende-no-cidade-alerta-1505603071933_v2_1024x768
Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/#respond Wed, 20 Sep 2017 13:46:42 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/20/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/

Hoje é dia de celebrar 75 anos de Palmeiras. 75 anos da Arrancada Heroica de 1942, quando o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão paulista. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoFlaco López renasce como artilheiro do Palmeiras em título […]

O post Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Hoje é dia de celebrar 75 anos de Palmeiras. 75 anos da Arrancada Heroica de 1942, quando o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão paulista.

Nesses 103 anos, tivemos viradas históricas como o 4 x 2 nos minutos finais contra o Flamengo, na Copa do Brasil de 1999. Clássico que inspirou o Palmeiras a vencer a Libertadores, menos de um mês depois.

Também tivemos Arrancadas Heroicas em conquistas de títulos. As cinco maiores:

Copa Rio-51: O Palmeiras já estava classificado no grupo paulista do torneio. Colocou time misto para a última partida da chave, quando fomos goleados pela Juventus no Pacaembu. 4 x 0 para o time italiano. Como segundo colocado, o Verdão teve de disputar a semifinal em dois jogos no Maracanã contra o favorito Vasco, que tinha 7 jogadores do Brasil na Copa-50. Depois de eliminar o campeão carioca, o campeão paulista voltou a enfrentar a Juventus. E ganhou o primeiro título intercontinental da história do futebol brasileiro.

Supercampeão paulista de 1959: o Santos tinha Pelé e o melhor ataque da história do estadual (151 gols!). Defendia o título de 1958. No returno, pontos corridos, abriu vantagem que o Palmeiras foi buscar nas últimas quatro rodadas. Quando o Palmeiras perdeu o clássico para o São Paulo, o elenco teve de torcer pelo rádio no vestiário do Pacaembu para o Guarani vencer o Santos. Terminaram empatados. O regulamento previa jogo extra. Foi 1 a 1. Novo jogo: 2 a 2. Na terceira partida, de virada, no Pacaembu, o Palmeiras venceu o Santos e foi supercampeão estadual.

Robertão-69: o Palmeiras ganhou o Ramón de Carranza e voltou cansado fisicamente ao Brasil depois de excursão pela África e Europa. Quatro dias depois de vencer o Barcelona em amistoso no Camp Nou, estreou no torneio nacional. Perdeu quatro dos primeiros cinco jogos do torneio nacional. O treinador Rubens Minelli foi pressionado. O diretor de futebol Gimenez Lopes o bancou. O Palmeiras engatou sequência de cinco vitórias no final da primeira fase e chegou pela terceira vez seguida ao quadrangular decisivo. Na última rodada, venceu o Botafogo por 3 x 1 e esperou mais 22 minutos para poder gritar bicampeão do Robertão, com a derrota do Corinthians para o Cruzeiro por 2 x 1, em Minas.

Paulista de 1974. Com seis jogadores servindo o Brasil quarto colocado na Copa na Alemanha, alguns deles mal utilizados e fora de forma por causa da Seleção, e Leivinha voltando de lesão, o Palmeiras foi apenas o quinto colocado no primeiro turno do Paulista. No returno, a Segunda Academia ganhou sete jogos e empatou três e conquistou o direito de disputar a final contra o Corinthians, que não era campeão havia 20 anos… Resultado: deu a lógica. Zum, zum, zum, era o 21.

Paulista de 2008: o Palmeiras era o 16º colocado na sétima rodada. Luxemburgo estava ameaçado no cargo. Marcos não jogava havia sete meses por lesão. O treinador resolveu apostar no anjo-guardião. Perdemos na volta por 3 x 0 para o Guaratinguetá… Mas não perdemos mais. Ganhamos 10 jogos e empatamos dois na primeira fase. Nas semifinais, com todo o gás, e nem com a mãozona imperial de Adriano, o São Paulo foi eliminado. Nas finais, a maior goleada desde 1902 numa decisão paulista: 5 x 0 na Ponte Preta.

O post Mais Arrancadas Heroicas do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-arrancadas-heroicas-do-palmeiras/feed/ 0
107 anos do nosso rival há 100 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/#respond Fri, 01 Sep 2017 07:11:53 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória. RelacionadasAbel Ferreira se responsabiliza por má fase de Raphael Veiga no Palmeiras: […]

O post 107 anos do nosso rival há 100 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória.

Saudar os 107 anos do maior rival há 100 é dever esportivo e prazer histórico. Temos 1974 razões para enfileirar emoções. 1993 motivos repetidos 1993 vezes. Bisados 1994. 1999, 2000 lembranças. 2015 orgulhos. Para não falar de 1986, 1951. Oito em 1933 ou 800 reclamações alheias.

Nossa alegria é ainda maior por tudo de maravilhoso que nos aconteceu contra “eles”. E todos sabemos quem são “eles” e quem somos “nós”. Os que deixamos os rivais mais um ano na fila, em 1974. Os que nos deixaram sair da fila, em 1993. Eles só poderão devolver o gol de Ronaldo se nos deixarem 21 anos na fila. Eles só poderão devolver os gols de Evair se saírem de 16 anos de fila contra a gente.

Além disso, e nem precisaria citar os marcos penais de nosso São Marcos, não são muitas as vitórias decisivas deles. Grandes e brilhantes corintianos têm jogos menores como os Dérbis deles. Celso Unzelte cita um 3 a 0 em 1978, que nem para a final estadual levaria. Juca Kfouri lembra a virada por 4 a 3 de 1971. E nem vice eles seriam.

Em São Paulo, verdes e negros só têm uma cor em comum. A branca. A da paz. A da bandeira que deve ser erguida sempre por treinadores, atletas, jornalistas e torcedores de bom coração. De enorme emoção para aguentar o clássico que desde 1917 para a cidade. Dérbi para corintianos e palmeirenses não se entenderem nem no número. Cada clube faz uma conta diferente para a estatística. Como o torcedor conta cada clássico do jeito que viu. Se é que viu. Se é que consegue contar o que estas linhas também não saberão.

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. São pólos diferentes que se atraem por química, são corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder.

Um não vive sem o outro. Um morre se o outro vive. Mas ninguém precisa morrer no duelo onde quem é realmente vivo o vive intensamente. A rivalidade exige o adversário em pé, ainda que derrubado. A graça do clássico é a celebração dupla, da própria vitória, da derrota alheia. Sei que é menor, é mesquinho, é egoísta não se satisfazer apenas com o próprio sucesso, e torcer pelo fracasso alheio. Mas esse é o homem. Ser tão imperfeito e emocionante como um jogo de futebol que premia fracos, que derrota justos, que iguala desiguais. Sobretudo num clássico.

Corinthians e Palmeiras cresceram juntos, tiveram muitos filhos, e seguem prósperos, apesar de alguns filhos pródigos, impróprios ou infelizes. Seguem fazendo lindo esse casamento jamais consumado. Sempre negado. Mas que a bola sabe que esses dois viverão juntos para sempre. Porque esses amores não morrem. Nem podem matar.

É só o que queremos. Um clássico numa tarde de sol. Uma vitória para contar aos filhos, que contarão aos netos aquilo que realmente conta: um jogo que vale por uma vida, e não uma vida colocada em jogo por uma cor.

Parabéns, Corinthians. Nossa vida não seria tão feliz sem um rival como vocês. Da nossa família para o seu bando, muito obrigado pela parceria

O post 107 anos do nosso rival há 100 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/feed/ 0
Nei, 68 anos, lealdade em padrão: 15/8/1949 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/#respond Tue, 15 Aug 2017 19:47:06 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/08/15/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/

O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, […]

O post Nei, 68 anos, lealdade em padrão: 15/8/1949 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O primeiro gol que vi na vida do Palmeiras em um estádio foi dele. Nei. Elias Ferreira Sobrinho. Hoje completando 68 anos do nascimento em Nova Europa, região de Araquarara. De onde veio da Ferroviária (onde começou aos 17 anos) como seu antecessor Pio, na ponta esquerda do Palmeiras. De onde veio Dudu, em 1964, para ser uma das seis estátuas palestrinas, inaugurada em 2016.

Nei. Nome curto como o drible seco e ofensivo. Nei. O último da rima que era uma seleção. A Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia. Montada por Oswaldo Brandão em janeiro de 1972 (quando ele chegou ao clube) e que seria desfeita em setembro de 1975, com a venda de Luís Pereira e Leivinha para o Atlético de Madrid. Depois de dois brasileiros (1972-73) e dois estaduais (1972, invicto, e 1974, deixando o Corinthians mais um ano na fila).

Nei. O ponta rápido e driblador e que também sabia atuar no meio-campo. Ele fechava a linha LEÃOEURicoLuÍsPereIraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei. O ponta que infernizava o diabólico

lateral Forlán. Lateral que tanto batia e apanhava na bola de Nei que, num Choque-Rei, até o Divino entrou duro no lateral uruguaio, rasgando a chuteira do são-paulino. Tricolor que havia sido vítima do primeiro gol dele na carreira, ainda moleque, na estreia pela Ferroviária.

Nei. O ponta que marcou na raça o gol de empate da semifinal do BR-72 contra o Inter, no Pacaembu, depoia de um rebote de bola na trave de Ademir da Guia. Resultado que levou o Palmeiras ao título na final sem gols contra o Botafogo, no Morumbi.

O último gol do título de 1972 foi dele. Como quase um ano depois, em 15 de novembro de 1973, ele marcou o primeiro gol que vi do Palmeiras em um estádio. Na mesma meta do tobogã do Pacaembu. Um a zero no mesmo Colorado de maravilhosa camisa vermelha. Mas não mais linda que a 11 de Nei naquela tarde de feriado.

Dia inesquecível fechado naquele noite de semana perto da casa da minha avó. Pizzaria Casa Grande na Pompeia. Todo o elenco do Palmeiras jantando no salão ao lado. Eu morrendo de vergonha do baixo dos meus sete anos. Vendo meus ídolos. Seis deles que, no meio de 1974, serviriam a Seleção na Copa da Alemanha.

Nei tinha bola para estar. Mas foi preterido. Zagallo chamou o ótimo Dirceu, do Botafogo. Nei seria convocado por Brandão para um amistoso contra a URSS, no Rio, em dezembro de 1976. Foi vaiado pela torcida carioca que preferiria Paulo César Caju na ponta brasileira. Nei não conseguiu virar a vaia como Julinho Botelho, em 1959, contra a Inglaterra. Mas ao menos saiu de campo no Maracanã sem ser molestado, depois de boa exibição onde o calado calou as críticas na bola.

No Palmeiras ficaria até 1980. Ganharia o SP-76. Mas perderia lugar no time para Macedo e Baroninho. Mas sempre mantendo a humildade de ser um dos atletas que mais atuaram pelo clube. Foram 488 partidas. Nenhum cartão. Pela retidão e disciplina recebeu o Prêmio Belfort Duarte pela lealdade padrão por dez anos seguidos. Apanhando direto. E sem simulação. Nem reclamação. Um grande Gandhi da ponta esquerda palmeirense.

Em 1981 ficou só três meses no Botafogo. Fez três bons anos no Grêmio Maringá, até parar precocemente, aos 32 anos. Um bico de papagaio na coluna abreviou a carreira. De tanto levar bicos por todo o corpo dos laterais rivais.

Nei é um dos maiores pontas da história do clube. O nono que mais atuou pelo clube. Marcou 71 gols. Fora passes e cruzamentos precisos por alto e por baixo. Um que tanto arrancou sorrisos e gritos de alegria. Uma das vozes menos ouvidas do NOSSO PALESTRA. Porque falava pela bola, não pela boca.

Nei, obrigado pelo primeiro gol que gritei num estádio. Parabéns por ser o 11 do onze que todos os rivais ainda sabem de cor e jogado.

Nei, nunca tive o prazer de conversar contigo. Mas saiba que, mesmo calado, você fez muito mais do que muitos que mal sabem e berram o bem que você nos faz.

Nei que pode entrar em qualquer estádio do Brasil por conta do prêmio Belfort Duarte. E ele está nem aí com a premiação.

Mais importante é saber que ele entra em qualquer escalação dos maiores do clube. Entra em qualquer área a dribles. Tem portas abertas sempre para quem o viu jogar. Com lealdade padrão.

ESCREVEU MAURO BETING

 

O post Nei, 68 anos, lealdade em padrão: 15/8/1949 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nei-anos-lealdade-padrao-1581949/feed/ 0