Arquivos tag-SP-86 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-86/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sat, 14 Mar 2020 21:55:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Afobado e desacelarado: Inter de Limeira 0 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/afobado-e-desacelarado-inter-de-limeira-0-x-0-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/afobado-e-desacelarado-inter-de-limeira-0-x-0-palmeiras/#respond Sat, 14 Mar 2020 21:55:43 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/03/14/afobado-e-desacelarado-inter-de-limeira-0-x-0-palmeiras/

Marcel fez dois gols em Limeira, na estreia do SP-05, e o bom treinador Estevam Soares encasquetou de o comparar a Leivinha, um dos melhores camisas 8 do Palmeiras, da Portuguesa e do Atlético de Madrid. Triste é que naqueles tempos carentes, teve um número razoável de gente que acreditou naquela comparação pouco razoável. Marcel […]

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Marcel fez dois gols em Limeira, na estreia do SP-05, e o bom treinador Estevam Soares encasquetou de o comparar a Leivinha, um dos melhores camisas 8 do Palmeiras, da Portuguesa e do Atlético de Madrid.

Triste é que naqueles tempos carentes, teve um número razoável de gente que acreditou naquela comparação pouco razoável. Marcel ainda faria mais um gol pelo clube até não permanecer para 2006. Ficou para a história – imerecidamente e desmesuradamente – que ele foi o Leivinha genérico, o que não deu certo…

Claro que não era. E nem deveria ter sido comparado ou cobrado por isso.

O exagero do querido e competente Estevam e o açodamento de todos nós é perigoso e pernicioso. Dos mesmos criadores de que "não dá pro Dudu jogar por dentro". "Não dá mais pro Ramires ser titular em alto nível". "Viña é o melhor lateral-esquerdo do Palmeiras no século XXI". "Palmeiras não vai ganhar nada este ano". "Lucas Lima não pode mais jogar pelo time"."Rony tá saindo mais caro que o Carlos Eduardo". "Luxemburgo há anos não é mais o mesmo".

É tudo muito cedo para ser definitivo. Por mais que Luxa não ache o time e o jogo. Rony ainda perca gols e lances como o time. LL não seja o mesmo do Santos. O Flamengo pareça que vá ganhar até o Paulistão. Viña é mesmo ótimo. Ramires há anos não consegue ser o mesmo. Dudu rende mais pelos lados – mas pode jogar sim por dentro.

O Palmeiras pareceu zicado em Limeira como se estivesse ainda jogando a final do SP-86. Criou e/ou ganhou 12 chance de gols contra apenas uma da Inter, que teve a oportunidade numa má recuperação defensiva palmeirense num rebote de escanteio a favor. Quatro delas sonegadas pelo bom goleiro Rafael Pin. Uma que Willian isolou a bola do estádio. Dudu mandou na trave no final do primeiro tempo. Para quem tinha um a mais desde os 8 da segunda etapa com a justa expulsão de Aírton, o torcedor pode ficar com razão na bronca com o time e o treinador tanto quanto com o bom árbitro Vinicus Furlan, que poderia ter marcado um pênalti em Rony.

Tanto quanto com Ramires, que conseguiu fazer uma falta que mereceu o cartão amarelo com 4 segundos no Limeirão…

Só nisso o Palmeiras foi rápido. Ou afobado como segue Rony, que de novo foi um pouco melhor na segunda etapa, pela direita onde ainda não está acostumado. Mas ao menos evoluiu um pouco. Não se escondeu. Quis o jogo que o Palmeiras não parece estar conseguindo jogar no SP-20.

Se houver equilíbrio para não achar que tudo é Marcel (depois da estreia em Limeira), há como evoluir como equipe. Mesmo com algumas insistênciascompreensíveis que parecem apenas teimosias inexplicáveis de Luxemburgo na tentativa de superar o Santo André.

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Amarcord: Palmeiras 3 x 0 Corinthians, SP-86 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/#respond Sun, 08 Apr 2018 05:15:30 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/08/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/

Quando acabou o tempo normal, antes da prorrogação em que o Palmeiras atuava pelo empate contra o Corinthians, os alviverdes berraram tanto “Justiça!” quanto o novo grito de guerra “E dá-lhe, porco!”, que a Mancha Verde, fundada três anos antes, ajudou a propagar. Nada mais justo e correto depois de uma das mais injustas e […]

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Quando acabou o tempo normal, antes da prorrogação em que o Palmeiras atuava pelo empate contra o Corinthians, os alviverdes berraram tanto “Justiça!” quanto o novo grito de guerra “E dá-lhe, porco!”, que a Mancha Verde, fundada três anos antes, ajudou a propagar.

Nada mais justo e correto depois de uma das mais injustas e erradas arbitragens do Derby. Corinthians 1 x 0 Palmeiras no jogo de ida das semifinais do Paulista de 1986: um gol mal anulado de Vagner Bacharel, uma expulsão discutível de Edu Manga, um pênalti não marcado de braço na bola do zagueiro rival Edvaldo, uma discutível posição de impedimento no início da jogada do gol corintiano. A direção palmeirense pagou bicho de vitória mesmo na derrota causada pela arbitragem de Ulisses Tavares da Silva Filho.

Era um Palmeiras de viradas de placar e humor em 1985-86. No Brasileiro do ano anterior, no Pacaembu, o São Paulo tinha um pênalti no fim do jogo. Ganhava por 4 a 3. Careca bateu no travessão, o Palmeiras foi ao ataque e empatou o jogo mais que perdido. Em 1986, o time de Carbone perdeu por 5 a 1 para o São Paulo. Mas, em seguida, ganhou do Corinthians pelo mesmo placar.

Na partida de volta da semifinal, em 27 de agosto, precisava vencer o Derby e, se preciso, até a arbitragem. No primeiro tempo, o Palmeiras foi melhor, mais uma vez. O Corinthians, com notável atuação de Casagrande, se salvava como podia.

O Palmeiras criava, mas finalizava pouco ou mal. Mandou uma bola na trave, com Ditinho, aos 22 minutos, e outra no travessão, com Eder, aos 33. Até uma falta pela meia-direita para Jorginho levantar na área, aos 42 minutos: ele cruzou no segundo pau. Diogo cabeceou de qualquer jeito, o goleiro Carlos (titular da Seleção, futuro palmeirense, em 1992) espalmou e ainda mais de qualquer jeito Mirandinha, que entrara no segundo tempo, empurrou para dentro.

Jorginho saiu correndo e se aliviou na escada do vestiário do Corinthians. Os palmeirenses que não desmaiaram ficaram sem voz e sem ar. Para muitos, o gol mais celebrado da história, pelo tempo de jogo. Para todos, mais uma vitória por todos os tempos no Derby.

Mas tinha mais! Na prorrogação, Mirandinha escapou em um contragolpe, aos 4 minutos, depois de falha de Edvaldo. Passou pelo zagueiro Paulo e bateu de canhota. 2 a 0. Ou 1 a 0 na prorrogação.

Aos 13 minutos, Éder Aleixo bateu um escanteio da ponta direita, Carlos pulou e não achou, e o gol olímpico fechou o placar. Três a zero.

Palmeiras na final do Paulista de 1986. Derrota doída para a Inter de Limeira na sequência. Mas que deixou ainda mais saboroso o Dia dos Namorados de 1993.3

Palmeiras 3 x 0 Corinthians

Paulista de 1986

Data: 27/08/1986

Local: Morumbi

Renda: Cr$ 2.919.660,00

Público: 92.982

Juiz: José de Assis Aragão

Gols: Miradinha (87’ e 4’ da prorrogação) e Éder (13’ da prorrogação)

PALMEIRAS: Martorelli; Ditinho, Márcio, Vagner Bacharel e Diogo; Lino, Gerson Caçapa e Mendonça (Barbosa); Jorginho, Edmar (Mirandinha) e Éder

Técnico: Carbone

CORINTHIANS: Carlos; Édson, Paulo, Edvaldo e Jacenir; Wilson Mano, Biro-Biro, Cristóvão e Casagrande; Cacau (Dicão) e Lima (Ricardo)

Técnico: Rubens Minelli

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Amarcord: Palmeiras x Ituano, SP-14 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/#respond Sun, 11 Mar 2018 12:59:47 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/11/amarcord-palmeiras-x-ituano-sp-14/

Semifinal do SP-14. Jogo único. Palmeiras tinha melhor campanha. Até jogou melhor, no Pacaembu. Mas… RelacionadasEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilPalmeiras vence Flamengo-SP na estreia do Paulistão Sub-20O texto que escrevi no meu blog, à época no LANCE! “Na Vila Belmiro, […]

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Semifinal do SP-14. Jogo único. Palmeiras tinha melhor campanha. Até jogou melhor, no Pacaembu. Mas…

O texto que escrevi no meu blog, à época no LANCE!

Na Vila Belmiro, de fato, não estão de volta os anos 80. Ou, talvez, esteja de volta a temporada 1984. 1983. Algo do tipo.

Embora, de fato, essa turma 96, 97, 95, esteja muito bem. Mantendo o DNA da multiplicação dos peixes e dos gols na Baixada. Peixinhos filhos de peixes graúdos. Santistas de berço e da base que trocam os nomes e mantêm os números. É Stefano Yuri. É Diego Cardoso. É um monte de garotos que chegam chegando no time de cima. Fazendo o Santos ainda mais favorito para a decisão do SP-14 contra o Ituano que eliminou o Palmeiras como se fosse um XV de Jaú de 1985. Uma Inter de Limeira de 1986. Um Bragantino em 1989. Um… zero a mais no débito palmeirense contra equipes do interior. E inferiores.

O Ituano se fechou no primeiro tempo. Quando viu que o Palmeiras sem Valdivia, Alan Kardec e Prass não era tão feio, foi pra cima. E ganhou. Fazendo o palmeirense que encheu o Pacaembu se sentir de volta aos anos 80. Parecia tocar só New Order no sistema de som. O busão azul e branco da CMTC parecia ser a única solução de saída. A camiseta da OP rasgada. As imprecações contra Darinta, Paulo Roberto, Mané, Ditinho, Otávio e Bandeira, os soluços de tantas tardes perdidas. De tantas noites só de sonhos. Sem sono.

Meu caçula se disse pé-frio. Eu disse a ele que todos somos quando perdemos. Todos somos quentes quando vencemos. Ele sabe disso. Embora tenha vezes que a gente parece não saber mais nada. Como o palmeirense de não mais de 8 anos que só chorava depois do gol do Ituano. Ele só chorou. Não entendi uma palavra. Ele não entendia nada daquilo. A boa campanha no Paulista perdida em um mau dia de azares.

Como tantas vezes nos anos 80 palmeirenses. Ou tantas nos anos 90 santistas. Anos 60 são-paulinos. Anos 60 e parte dos 70 corintianos. 70 e 80 botafoguenses.

As filas são todas iguais. Mudam os anos, as cores, não os credos e mantras:

– Agora vai!

E não foi.

Não é fila palmeirense. Mas é doída como tal. E, infelizmente, pareceu fila a derrota na semifinal paulista. Daquelas derrotas que os adultos não sabem explicar. Que os jovens só sabem chorar.

Mas que todos nós sabemos que é assim que se cresce. Que se aprende. Que se vive. Que se ama. Que se torce.

Muita gente deve ter prometido não voltar mais ao estádio.

Serão os muitos que lá estarão de volta quando a bola rolar.

É da vida. É do jogo.

Dói muito, meus caros. Eu sei. E senti tudo isso deixando o Pacaembu sem muita explicação e papo com meu caçula. Mas é nessa hora que lembro quantas vezes não deixei o Palestra assim, em 1985 contra o XV de Jaú. O Pacaembu assado, em 1990, contra a Ferroviária. O Morumbi frito, em 1978, contra o Guarani.

E sei que lá estava de volta no jogo seguinte do campeonato seguinte. Me perguntando de novo o porquê daquela derrota. O porquê de novo desafio.

Logo entendendo todas as respostas quando eu via 10 camisas verdes entrando em campo. Mal sabia os nomes daqueles caras que as vestiam. Mal querendo vê-los nem pintados de verde e branco. Mas sempre achando que...

agora, vai!

Pode até não ir.

Mas eu sei que você vai voltar ao estádio.

Eu vou. Minha família vai. Como o meu caçula foi para a escola hoje com a mesma camisa verde de ontem. A campeã da Copa do Brasil 2012. A mesma que caiu no final daquele ano. A mesma que amo mais a cada ano.

É assim que acreditamos. Até quando nem a fé parece acreditar.

É assim que torcemos. Palmeirenses e fiéis e infiéis de outros credos.

É essa a divina lição do futebol.

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A camisa de pai para filho: todo o amor de Vágner Bacharel e da Família Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-camisa-de-pai-para-filho-todo-o-amor-de-vagner-bacharel-e-da-familia-palneiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-camisa-de-pai-para-filho-todo-o-amor-de-vagner-bacharel-e-da-familia-palneiras/#respond Tue, 06 Mar 2018 11:08:18 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/06/a-camisa-de-pai-para-filho-todo-o-amor-de-vagner-bacharel-e-da-familia-palneiras/

O pai de Wagner Júnior morreu em 20 de abril de 1990. Um erro de avaliação médica não detectou um acidente no trabalho e ele morreu quando o filho tinha cinco anos. A mãe doou os vários uniformes de trabalho do pai e também os que ele havia trocado com colegas. Júnior ficou sem lembrança […]

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O pai de Wagner Júnior morreu em 20 de abril de 1990. Um erro de avaliação médica não detectou um acidente no trabalho e ele morreu quando o filho tinha cinco anos.

A mãe doou os vários uniformes de trabalho do pai e também os que ele havia trocado com colegas. Júnior ficou sem lembrança material. Só a insuportável saudade do pai.

Um modo de diminuir a distância infinita era vê-lo em ação em gravações de fitas de videocassete. Para minimizar a ausência, o menino de seis anos resolveu escolher em 1991 qual seria o local de trabalho de Vágner pai com o qual ele mais se identificava.

⁃ Depois que meu pai faleceu, eu estava buscando um time pelo qual torcer. Sempre torci pelos clubes onde ele jogou. (E não foram poucos…).

Lá no fundo, sem saber sabendo, Júnior queria se identificar com uma só camisa. Como seu pai como zagueiro e lateral havia jogado por Madureira, Internacional, Joinville, Palmeiras, Botafogo, Guarani e Paraná Clube. Como se fosse sempre um só clube em toda a carreira. Com o mesmo empenho e seriedade em campo. Com o mesmo astral e humor com que chamava todo mundo de “bacharel”. A ponto de ele mesmo virar no Palmeiras O Bacharel. Vágner Bacharel. Com V de vitória. Professor da zaga do Palmeiras de 1983 a 1987. Chegou para a reserva de Nenê Santana. Virou reserva de moral e ídolo em fase de vacas magras e burros gordos no clube.

(Um dos meus maiores ídolos. Um cara que não foi campeão. Mas foi mais capitão e vencedor e palmeirense que muitos de nós).

⁃ Em 1991, um ano depois da morte, com seis anos de idade, para tentar diminuir a saudade do meu pai, eu pegava aquelas fitas cassete e assistia a tudo que estava gravado. Os jogos dele e as matérias de TV. Não tinha Youtube. Era o jeito de eu ter contato com meu pai.

A fita VHS que o pequeno Júnior mais assistiria na vida era uma reportagem do então jovem e sempre craque Tino Marcos, na Rede Globo. Mais de cinco minutos exibidos em 28 de agosto de 1986 – dois dias depois do aniversário de 72 anos do Palestra, um dia depois de uma das maiores vitórias em 103 anos de clube: segunda semifinal do SP-86. Palmeiras 1 x 0 Corinthians no tempo anormal, gol aos 42 finais de Mirandinha (o gol como torcedor que mais fiquei sem ar na vida). Na prorrogação, mais dois gols. Um olímpico de Éder. Palmeiras finalista do Paulistão. Uma das maiores partidas da história do clube. Aquela que a torcida gritou “justiça” entre o jogo e a prorrogação depois da péssima arbitragem na primeira semifinal. Quando o primeiro dos tantos erros a favor do rival foi a anulação de um gol legalíssimo do pai do Wagner. Com W de “win” – vencer, em inglês.

⁃ Foi ali, vendo e revendo aquela fita de 1986, que eu aprendi a cantar o hino do Palmeiras. Eu via sempre a reportagem do Globo Esporte não só pelo resultado, pelo show do Mirandinha… Também porque aparecia meu pai puxando o time como capitão e entrando em campo com aquela camisa da Cassino, a patrocinadora então. A matéria acabava com o hino depois da entrevista do meu pai já sem camisa. Eu ouvia e ficava repetindo. Aprendi assim a cantar nosso hino.

Era o Palmeiras mais uma vez aproximando pela vida pai e filho. Um pai que não era Palmeiras na infância. Um filho que perdera o pai com cinco anos e ainda não achara o time que aquela reportagem e aquela vitória deram a ele, aos seis anos.

⁃ Foi ali que eu realmente me identifiquei como palmeirense. E arrumei uma maneira de ficar mais perto do meu pai.

No final da matéria da Globo, um repórter perguntou ao pai de Júnior se ele teria preferência pelo Santos ou pela Inter de Limeira na final do SP-86. Vágner Bacharel respondeu com o mesmo vozeirão que hoje também tem o filho:

⁃ Só tenho preferência pelo título paulista.

Preferência pelo Palmeiras que tão bem defendeu de 1983 a 1987. Foram 260 jogos e muitos 22 gols. Fazendo dupla de zaga espetacular com o mito Luís Pereira. Zaga que evitava e fazia gols em 1983-84. E que Wagner Antunes Júnior não viu jogar. Na véspera do nascimento, o pai venceu o Taquaritinga por 2 a 0, no interior. No jogo seguinte, 3 a 0 na Portuguesa. Sem folga-paternidade. Bacharel jogou todas, pelo SP-84.

⁃ Nasci em 9 de julho de 1984. Infelizmente só lembro o meu pai jogando a partir do Guarani, de 1988 em diante… Só lembro as resenhas dele com meu tio Luís Pereira. Papos que ouvi até o último dia de vida dele. Eles eram unha e carne. Pareciam irmãos.

Uma mesma família nos defendendo e também atacando para nos defender. Família Palmeiras que o filho do Bacharel fez questão de adotar. No dia em que os reservas do Palmeiras jogaram pouco pelo SP-18 contra o São Caetano (terra onde cresceu Luisão Pereira, o Chevrolet), Júnior só pôde celebrar a chegada pelo Mercado Livre de uma réplica da camisa que o fez palmeirense. A que o pai usou nos 3 a 0 de 1986.

⁃ Essa camisa da Cassino daquele jogo representa para mim o sentimento de ser palmeirense. Eu posso dizer que me tornei palmeirense também por causa dela. Sempre tive o sonho de ter essa camisa.

Não é a original. É cópia muito bem feita pela Camisa Retrô Palmeiras. Mas o sentimento de quem a veste é maior do que tudo. Não tem réplica. É só original. Verdadeira. De pele. Não a segunda. A única.

O filho do Bacharel ainda procura uma camisa original muito bem suada e usada pelo pai. Quem souber, dê um toque. E, mesmo se você não souber quem tenha alguma de 1986, ou de todos os anos em que Bacharel a honrou, lembre sempre que esse sentimento não tem título. Não tem idade. Nem camisa para usar. Tem família para honrar. Tem berço que não se toca. Tem o amor de um filho pelo pai que não se troca. Tem o amor pelo Palmeiras que os dois construíram mesmo sem conversarem a respeito.

Não precisa. Preciso é o Palmeiras.

Tem respeito. Tem Palmeiras.

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Palmeiras precisa vencer tudo e a si próprio e não se perder em desculpas – mesmo as justas https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/#respond Sun, 25 Feb 2018 13:28:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/25/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/

Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942. Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível […]

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Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942.

Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível porque é Palmeiras ganhar em Itaquera. Nos pênaltis e na bola. Na história que é mais Palmeiras que Corinthians em qualquer lugar. Principalmente nas casas deles. Ganhamos mais jogos somados na Ponte Grande, Parque São Jorge e Itaquera do que os rivais.

Só não podemos nos perder nas reclamações como tantas vezes os dois lados se perderam assim. O Palmeiras não pode achar que será sempre assim como o Corinthians não pode reclamar de Esquema Crefisa como fazia no chororô do Esquema Parmalat como não podem abusar todos os adversários do mimimi do “apito amigo corintiano”. Um pouco mais de maturidade e menos troller de rede social é necessário. Se achar que toda vez será “esbulhado” como visitante é melhor nem sair de casa. Se em caso de derrota jogar tudo na arbitragem, ainda que com algumas razões, estaremos todos perdidos antes mesmo de entrar em campo. Qualquer campo.

Como vamos contar aqui só o que eu vi, de 1974 pra cá, dos erros de arbitragem em Derbys importantes (como são todos…). O que não significa dizer que é a “verdade absoluta” dos fatos. Apenas uma interpretação deles.

SP-74: o lado de lá reclama da falta que Luís Pereira fez mesmo em Rivellino antes do contragolpe que deu no gol de Ronaldo, o do título paulista. O lado de cá lembra o gol mal anulado por impedimento inexistente do mesmo Ronaldo, aos 40 do segundo tempo. Elas por elas. Mais um ano na fila do rival, em arbitragem discutível do excelente Dulcídio Wanderley Boschillia.

SP-79: Vicente Matheus conseguiu melar na Justiça comum a fase final e jogar a decisão do Paulista do fim de novembro de 1979 para o início de fevereiro de 1980. O Palmeiras de Telê que havia vencido os três turnos perdeu o embalo, Jorginho (na Seleção de Novos), e foi eliminado na semifinal pelo Corinthians, que manobrou bem demais nos bastidores. E nós batemos palmas com bananas de plástico pela tolerância de nossos cartolas.

SP-83 – Na semifinal, um pênalti de Leão em Baltazar não foi marcado pela má é discutível arbitragem de José de Assis Aragão. Mas Sócrates, no único lance em que não foi marcado por Márcio Alcântara, se livrou da pegada individual e eliminou o Palmeiras.

SP-86 – Primeiro jogo da semifinal. Vágner Bacharel se antecipou a Edvaldo e de cabeça fez 1 a 0 Palmeiras. O árbitro Ulisses Tavares da Silva conseguiu marcar “falta” do zagueiro palmeirense que estava à frente do corintiano, aos 42… O lateral Denys levou o terceiro cartão amarelo e foi suspenso do jogo seguinte em falta normal, aos 7 do segundo tempo. O meia Edu Manga foi reclamar e foi expulso injustamente. Aos 27, Edvaldo salvou com o braço direito um chute de Mirandinha. A marca da bola ficou na camisa do zagueiro alvinegro. O árbitro nada marcou. Aos 40, em posição discutível, Edson Abobrão recebeu a bola que daria no gol de Cristóvão. 1 a 0 Corinthians. Mais de 10 minutos de jogo parado. Nossos reservas Zetti e Amarildo foram expulsos. Nosso craque Jorginho agrediu o bandeirinha Antônio de Paula e Silva com um chute. Mas nem por isso foi expulso pela arbitragem péssima e frouxa. Segundo o presidente em exercício da FPF, o são-paulino Constantino Cury, ela foi “catastrófica”. Tanto que o Palmeiras pagou bicho de vitória mesmo com a derrota para o apito armado. Tanto que, no jogo de volta, no intervalo entre o tempo normal (1 a 0 Palmeiras) e a prorrogação (mais dois gols do Verdão), a torcida palmeirense gritou “justiça”. Com toda ela de razão.

SP-93 – O Corinthians reclama de Esquema Parmalat desde as finais daquele estadual – e até hoje. No primeiro jogo, vitória corintiana por 1 a 0 (gol de Viola depois de falta inexistente cobrada por Neto), a bronca alvinegra foi por conta da expulsão do meia Moacir (então o melhor do time), que saiu expulso em treta com Amaral. Lance polêmico de fato. Só não foi discutível a entrada criminais do lateral Leandro Silva em César Sampaio. Era para expulsar e quase tirou o capitão do Palmeiras do jogo final.

No 12 de junho de 1993, a partida de volta, o Corinthians queria Oscar Roberto Godói apitando. O Palmeiras, João Paulo Araujo. A FPF escalou José Aparecido de Oliveira. Árbitro enérgico que errara na partida que eliminara o São Paulo e classificara o Corinthians na semifinal do SP-93, e que em 1991 recebera uma cusparada de Neto, também em um Derby.

Rigoroso como sempre foi, José Aparecido amarelou de início os zagueiros corintianos. Há como discutir. Mas, pelo critério dele, até demorou para expulsar o corintiano Henrique. Aos 15 minutos já merecia o segundo amarelo (o primeiro recebera aos 3). Só foi expulso com justiça e atraso aos 39, quando Zinho já havia aberto o placar, três minutos antes. Aos 41, o maior erro do árbitro foi não expulsar Edmundo, que deu uma voadora animal em Paulo Sérgio (revidando entrada feia do corintiano minutos antes). Aos 17 do segundo tempo, o outro erro feio do árbitro foi expulsar Tonhão, que nada fez em Ronaldo, goleiro merecidamente expulso depois de atingir Edmundo. Todos os quatro gols palmeirenses foram legais. Inclusive o que seria o quinto, de Edmundo, em posição legal, já na prorrogação.

BR-94 – O Corinthians fora goleado na final do SP-93 deixando o Palmeiras sair da fila. Perdera a final do Rio-São Paulo-93 com o time completo contra o misto alviverde. E perderia também o Brasileirão de 1994. Todos por conta do Esquema Parmalat? Pelo menos dois lances polêmicos envolvendo o zagueiro Cléber poderiam ter sido pênaltis para o Corinthians nos jogos finais. Claro que poderiam mudar o rumo do troféu. Mas era só “esquema” da cogestora do Palmeiras ou foram três títulos seguidos da equipe que era muito melhor que a rival?

Libertadores-99 – No primeiro jogo da fase de grupos, a falta que originou o gol de Arce é discutível. Gamarra teve intenção de recuar a bola para o goleiro alvinegro Nei? Depois houve um gol mal anulado de Marcelinho Carioca, que estava em posição legal e não impedido. O Corinthians foi prejudicado no primeiro clássico.

SP-06 – Golaço de Tevez no empate por 1 a 1 foi anulado pela arbitragem que testava intercomunicação naquele Derby. Em vez de levantar a bandeira e sinalizar a falta (que eu não marcaria no estádio, mas marcaria revendo pela TV) de Tevez na origem da jogada, o assistente Evandro Luís Silveira avisou o árbitro Cléber Abade pela intercomunicação. Ele não ouviu. O lance seguiu e Tevez fez o belo gol. Só então a outra assistente, Ana Paula de Oliveira, conseguiu alertar o árbitro da infração na origem da jogada e o lance foi anulado. A trapalhada também demorou um tempão para ser corrigida. Ou não.

BR-15 – Mais polêmicas recentes no Allianz Parque no Derby que terminou 3 x 3. Para mim, o árbitro Raphael Claus acertou ao não marcar o impedimento pedido de Vagner Love no segundo gol corintiano, acertou ao não marcar falta de Alecsandro em Love no terceiro gol palmeirense, e ao não marcar pênalti de Cássio em Gabriel Jesus.

BR-16 – No último lance do Derby do turno no Allianz Parque, Raphael Claus marcou falta que eu não marcaria do zagueiro corintiano Felipe em Fernando Prass, no lance que acabaria em gol do visitante. Ele errou – na minha interpretação. Mas acabou “acertando” porque na origem da jogada havia impedimento do corintiano. Acertou por linhas tortas.

SP-17 – Thiago Duarte Peixoto foi muito mal ao expulsar o corintiano Gabriel que não cometeu a falta para amarelo de Maycon em Keno, na Arena Corinthians, quando o jogo ainda estava empatado, na vitória do mandante por 1 a 0.

BR-17 – Na vitória que encaminhou o hepta corintiano por 3 a 2, Romero abriu a contagem em posição de impedimento não visto pelo trio comandado por Anderson Daronco. O segundo gol alvinegro foi de pênalti discutível de Edu Dracena em Jô. E teve o retorno a campo sem autorização de Gabriel que poderia ter sido expulso quando já estava 3 a 2 Corinthians, em mais um lance polêmico.

SP-18 – Raphael Claus demorou 23s para marcar o pênalti que aconteceu de Jailson em Renê Júnior. Ele foi “esperto” ao só marcar a falta depois de ver as marcas da chuteira do goleiro palmeirense na coxa do volante corintiano e ter a “convicção” que ele não tinha até então. Não é a praxe. Mas pode ser usada a “estratégia”. No primeiro tempo o árbitro usou outro critério ao deixar correr o lance que o Palmeiras desperdiçou, depois de falta de cartão amarelo de Balbuena em Lucas Lima.

Dá para o torcedor reclamar. Mas o atleta profissional não pode achar que está tudo armado contra. Que não tem como vencer em Itaquera como já fez o Palmeiras outras vezes. E fará ainda mais se não seguir jogando no apito todos os nossos erros.

Na Arena Corinthians já teve gol marcado com a mão por Jô. Como teve um dos impedimentos mais mal marcados da história anulando um lance de gol do mesmo Jô, no mesmo

BR-17.

“Apito amigo” é pauta pra imprensa clubista e para papo de boteco. Não pode servir de desculpa para o Palmeiras. Deve apenas atiçar os ânimos. Não arriar as chuteiras.

Palmeiras precisa se pilhar para ganhar os clássicos. Não para se perder em reclamações como os rivais fizeram na época da Parmalat e estão fazendo novamente.

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O Derby https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-derby/#respond Fri, 03 Nov 2017 20:45:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/03/o-derby/

Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis. Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para […]

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Eu fiz um texto motivacional a pedido do Palmeiras, em 2015. Na semifinal do Paulista, em Itaquera. Eduardo Semerjian narrou para o time. A edição foi do pessoal do clube. Foi preleção para o elenco naquele jogo que “acabou, Petros”, nas mãos de Prass, nos pênaltis.

Eu não vou fazer texto motivacional para domingo. Para eles, para vocês, para nós. Então era necessário. Domingo, bastam 100 anos de Derby. O primeiro dos 3 a 0 de Izzo em 1917 a isso que vivemos em Itaquera em 2015. 2000 Marcos históricos. 1999 santo, 1974 Divino, 1986 justo, 1993 da paixão palmeirense. 1993 misto no Rio-São Paulo, leite da Parmalat para nos alimentar no Brasileiro de 1994. 8 x 0 em 5 de novembro de 1933. O mesmo dia da volta em 2017. Como em 2016 a vitória no turno do enea foi no 12 de junho.

Só vive de passado quem tem história. Nós temos. Eles têm essa sina de dar errado com a gente. Nos grandes clássicos, quase sempre, quem precisa se superar são eles. Mesmo quando têm mais time (e tinham no Rio-São Paulo de 1993, e em 1999, 2000 e 2015), não levaram. Ou só a lavada com nosso jeito. E a jato.

Não sei quem tem mais time no domingo. Até sabia em janeiro. Depois desconfiei. Não acreditei no que não fomos e no que eles foram até setembro. Mas, nos últimos quatro jogos, fomos melhores. Estamos melhor. Mas ainda atrás. Ainda dependemos deles. O que não é de todo ruim.

Péssimo seria chegar na Arena Corinthians e achar que o campeão voltou, que sentimos cheirinho de deca, que já somos o que, em 2016, só gritamos a sete minutos do titulo de fato. E não com mais de dez rodadas antes do final do campeonato, como alguns torcedores do rival.

O BR-17 estava perdido. Estava decidido. Foi reaberto pelo que deixaram de jogar, pelo que passamos a jogar. Pode ainda não dar em nada. É o mais provável. Mas só de ainda poder mostrar o poder do futebol já vale um Derby. Façamos como quase sempre. Responder pela bola, não pela boca. Não se perder pela celebração de vitória cantada antes. Só o porco do gol de Viola em 1993 morre de véspera.

Vamos a Itaquera como Palmeiras. Para ganhar o Derby. O que vier depois não será lucro. Será o que vem antes mesmo do jogo. Ainda mais Palmeiras x Corinthians.

PS: o texto da preleção da semifinal de 2015 é o que segue abaixo:

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Por que vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

 

 

E eles foram.

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Um brother que faz festa no céu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/#respond Sat, 21 Oct 2017 08:40:15 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/10/21/um-brother-que-faz-festa-no-ceu/

Marcello di Lallo também foi plantão. E foi de tudo no belo trabalho que Eldorado e ESPN fizeram no rádio. Com Silvio Valente ele foi um dos corações e cabeças de grande equipe. Com Flávio Gomes, dividiu microfone e madrugadas longas como a saudade que já bate depois da perda do amigo mais que colega […]

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Marcello di Lallo também foi plantão. E foi de tudo no belo trabalho que Eldorado e ESPN fizeram no rádio. Com Silvio Valente ele foi um dos corações e cabeças de grande equipe. Com Flávio Gomes, dividiu microfone e madrugadas longas como a saudade que já bate depois da perda do amigo mais que colega há um ano. Em um jogo de tênis que ele também manjava e curtia.

Estivesse ainda fazendo o rádio que amava e entendia como poucos, seria o brother Di Lallo quem teria anunciado os tantos gols da grande classificação do Cruzeiro contra o Corinthians, pela Copa do Brasil de 2016. 4 a 2 no Mineirão! Vinte anos antes de partir sem dizer até logo, Marcelo cobriu comigo pela rádio Gazeta a inesperada derrota do nosso Palmeiras na épica final da Copa do Brasil de 1996. Virada celeste por 2 a 1. Aquele maravilhoso time de Luxemburgo teve 25 chances em dois jogos. Fez apenas dois gols. O ótimo Cruzeiro de Levir teve cinco oportunidades. Marcou três vezes e foi campeão. Como explicar? Como entender?

Não tivemos palavras. Como agora, um ano depois da partida dele, ainda não sei o que é falar a respeito da perda de um amigo querido por uma dor no coração grande. Soube pela mensagem de outro irmão que o jornalismo me deu. Sergio Patrick me mandou WhatsApp à tarde, quando eu estava na loja de discos Best Buy, no penúltimo dia das curtas férias em Nova York. As pernas tremeram. Só consegui olhar em volta e ver os poucos CDs que ainda são vendidos. Menos que os LPs que voltaram às prateleiras, num revival inesperado. Quase uma virada como a do Cruzeiro em 1996.

Lembrei do brother Di Lallo entrando comigo na Tower Records de Santa Clara, pouco antes da Copa de 1994, a primeira que cobrimos juntos, pela rádio Gazeta, onde trabalhamos de 1991 até a rádio ser alugada para uma igreja, em 1996. Não sei se o termo é esse, mas fomos desligados na véspera do fim do ano. Naquele mesmo 1996 sem palavras. Dois anos depois daquela Copa de tetra. E das longas horas na Tower buscando e ouvindo todos os sons e sonhos.

O do Di Lallo era viver um dia na praia. Pousada na Bahia. Ligado em alguma alta frequência de alta fidelidade. Desligando deste mundo em alguma vibe do Pink Floyd. Da banda que amamos. Da camiseta que logo vi à venda na outra loja da cidade que nunca dorme nos EUA. Mas que me pareceu perdida naquele momento de perda de um amigo que passou 50 anos pensando o rádio. Ouvindo o rádio. E tendo ideias. Uma delas, se tudo der certo, farei em nome dele. Aviso quando der certo. (E posso avisar agora. É o NOSSOPALESTRA.COM.BR).

Tem a ver com rádio. Tem a ver com o Palmeiras que o levou à rádio Gazeta. Ele começava na produção há 30 anos, com o mestre Pedro Luís. O nosso time perdeu o primeiro jogo da semifinal do SP-86 para o Corinthians em péssima arbitragem. Di Lallo ja produzia programas. Tinha contatos. E perdeu a estribeira. Era Cordenunzzi por parte de mãe. Mas não era cordeirinho para ninguém. Não teve dúvida. Pegou o telefone e ligou pra casa do árbitro. Falou um monte de absurdos e desligou. Sociedade Esportiva Jornalismo em ação. Clamor pro justiça que se viu no jogo de volta, no 3 x 0 no Corinthians. Aquele gol olímpico do Éder. Aqueles dois gols do Mirandinha.

Não é página notável de Di Lallo. Claro que não é. Mas era paixão por fazer de tudo pelos amigos e por aquilo que ele gostava. Ele talvez não tenha ficado triste pela merecida classificação do Grêmio na Copa do Brasil do ano passado. Rival que focava o penta da Copa do Brasil e que eliminou quem foca o enea como o Palmeiras.

(E deu tudo certo. Para nós, em 2016. Para eles, em 2017).

Di Lallo deve ter aplaudido o esforço do Juventude de Antonio Carlos Zago, que só perdeu nos pênaltis para o bravo e favorito Atlético Mineiro. Deve ter aplaudido a superação do Inter que eliminou o favorito Santos. Deve ter acompanhado tudo isso. Di Lallo não para. E crê, pela fé dele, que são estágios nessa e em outras vidas que vivemos.

A religião dele lida melhor com algo que não sei lidar. Ainda mais longe do Brasil. E mais longe ainda do amigo que vi pela última vez no lançamento do meu novo filme do Palmeiras. Cem anos de uma história que nos une.

Brother, bicho, para despedir, coloca aí em cima e no ar VENTURA HIGHWAY do AMERICA. Aquela canção que ouvimos no carro, no rádio, voltando do treino do Brasil, em 1994. E na própria Ventura Highway.

A gente continua nossa aventura por aqui. Um abraço. E já que está por aí, toma aquela com os nossos pais que eram amigos de Pinheiros. E, se tudo der certo, façam festa no final do ano. Vamos precisar de vocês por aí.

(Era o meu pedido em outubro de 2016. Deu certo em 27 de novembro contra a Chapecoense. E mais colegas e gente de Chapecó foi antes da hora lá pra cima com todos eles dois dias depois. Não tem como não ter saudade. Não tem como compreender).

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+9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 2): 3 x 0 Corinthians, SP-86 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-2-3-x-0-corinthians-sp-86/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-2-3-x-0-corinthians-sp-86/#respond Fri, 29 Sep 2017 17:35:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/29/9-dos-1000-classicos-paulistas-parte-2-3-x-0-corinthians-sp-86/

  São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilEquipes Sub-15 e Sub-17 do Palmeiras vencem Flamengo-SP pelo PaulistãoPalmeiras vence Athletico, segue 100% e na liderança do Brasileiro Sub-20O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre entre 1000 clássicos paulistas:   […]

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São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre entre 1000 clássicos paulistas:

 

Data: 27/08/1986

Local: Morumbi

Renda: Cr$ 2.919.660,00

Público: 92.982

Juiz: José de Assis Aragão

Gols: Miradinha (87’ e 4’ da prorrogação) e Éder (13’ da prorrogação)

PALMEIRAS: Martorelli; Ditinho, Márcio, Vagner Bacharel e Diogo; Lino, Gerson Caçapa e Mendonça (Barbosa); Jorginho, Edmar (Mirandinha) e Éder

Técnico: Carbone

CORINTHIANS: Carlos; Édson, Paulo, Edvaldo e Jacenir; Wilson Mano, Biro-Biro, Cristóvão e Casagrande; Cacau (Dicão) e Lima (Ricardo)

Técnico: Rubens Minelli

 

Quando acabou o tempo normal, antes da prorrogação em que o Palmeiras atuava pelo empate contra o Corinthians, os alviverdes berraram tanto “Justiça!” quanto o novo grito de guerra “E dá-lhe, porco!”, que a Mancha Verde, fundada três anos antes, ajudou a propagar, em 1986.

Nada mais justo e correto depois de uma das mais injustas e erradas arbitragens do Dérbi. Corinthians 1 x 0 Palmeiras, jogo de ida das semifinais do Paulista de 1986: um gol mal anulado de Vagner Bacharel, uma expulsão discutível de Edu Manga, um pênalti não marcado de braço na bola do zagueiro rival Edvaldo, uma discutível posição de impedimento no início da jogada do gol corintiano. A direção palmeirense pagou bicho de vitória mesmo na derrota causada pela arbitragem de Ulisses Tavares da Silva Filho.

Era um Palmeiras de viradas de placar e humor em 1985-86. No Brasileiro do ano anterior, no Pacaembu, o São Paulo tinha um pênalti no fim do jogo. Ganhava por 4 a 3. Careca bateu no travessão, o Palmeiras foi ao ataque e empatou o jogo mais que perdido. Em 1986, o time de Carbone perdeu por 5 a 1 para o São Paulo. Mas, em seguida, ganhou do Corinthians pelo mesmo placar, devolvendo o placar do SP-82.

Na partida de volta da semifinal, em 27 de agosto DE 1986, precisava vencer o Dérbi e, se preciso, até a arbitragem. No primeiro tempo, o Palmeiras foi melhor, mais uma vez. O Corinthians, com notável atuação de Casagrande, se salvava como podia.

O Palmeiras criava, mas finalizava pouco ou mal. Mandou uma bola na trave, com Ditinho, aos 22 minutos, e outra no travessão, com Eder, aos 33. Até uma falta pela meia-direita para Jorginho levantar na área, aos 42 minutos: ele cruzou no segundo pau. Diogo cabeceou de qualquer jeito, o goleiro Carlos (titular da Seleção, futuro palmeirense, em 1992) espalmou e ainda mais de qualquer jeito Mirandinha, que entrara no segundo tempo, empurrou para dentro.

Jorginho saiu correndo e se aliviou na escada do vestiário do Corinthians. Os palmeirenses que não desmaiaram ficaram sem voz e sem ar. Para muitos, o gol mais celebrado da história, pelo tempo de jogo. Para todos, mais uma vitória por todos os tempos no Dérbi.

Mas tinha mais! Na prorrogação, Mirandinha escapou em um contragolpe, aos 4 minutos, depois de falha de Edvaldo. Passou pelo zagueiro Paulo e bateu de canhota. 2 a 0. Ou 1 a 0 na prorrogação.

Aos 13 minutos, Éder Aleixo bateu um escanteio da ponta direita, Carlos pulou e não achou, e o gol olímpico fechou o placar. Três a zero.

Palmeiras na final do Paulista de 1986. Derrota doída para a Inter de Limeira na sequência. Mas que deixou ainda mais saboroso o Dia dos Namorados de 1993.

(Já contamos os 3 x 2 da Libertadores de 2000. E tem mais sete para listar)

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Invicto em 3/9/1972, inferno em 3/9/1986, eterno em 3/9/1998 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/#respond Sun, 03 Sep 2017 10:20:39 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/03/invicto-em-391972-inferno-em-391986-eterno-em-391998/

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilVivendo roteiro de […]

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Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras ser campeão. 1972. Pela TV em preto e branco o Verdão empatou com o São Paulo no Pacaembu e celebrei meu primeiro título paulista. Invicto. Com a Segunda Academia.

Foi num 3 de setembro que eu vi pela primeira vez o Palmeiras não ser campeão de um campeonato que já estava vencido. 1986. Perdeu para a Inter de Limeira no Morumbi. E eu perdi o chão. Como o goleiro Martorelli. O último a deixar o vestiário. Direto para a maternidade para ver o filho nascer. A mãe se enervara com a decisão. O garoto nasceu antes.

Foi às 14h04 de um 3 de setembro que meu Luca mudou todos os 3 se setembro. 1998. O Palmeiras voltara a ser Palmeiras. Era o campeão da Copa do Brasil. Seria o campeão da Mercosul. Ganharia a Libertadores de 1999 nove meses depois.

Quando o meu Luca foi acordado de madrugada pelo pai alucinado, ganhou um beijo na testa, e uma faixa de campeão da América maior do que ele no berço.

Em 2008 o Luca estava no Palestra campeão paulista no camarote abaixo da minha cabine. Celebrando cada um dos cinco gols com o sorriso que só ele e o Gabriel têm. Que só este Babbo babão conhece.

Em 2012 os irmãos saíram com o pai de madrugada para celebrar a Copa do Brasil pela gelada São Paulo. Mal dormiram e desde 8 da manhã estavam na Academia, esperando a delegação chegar para a festa no gramado que o pai apresentou. Anunciando cada campeão como se fosse um filho.

Porque só o futebol faz de cada palmeirense um filho. Como viramos criança celebrando na madrugada a Copa de 2015, até o sol nascer depois da festa com espumante na Paulista, e o brinde no Tônico. Como viramos outra noite no Trio Elétrico por 2016, em outra festa de título que apresentei com meus filhos, minha mulher, e a Nonna.

Vão brincar que, como o pai, o Luca nasceu dia primeiro de setembro e só foi registrado depois. Só para não…

Mas quem conhece o avô que tem frase no nosso estádio.

Mas quem conhece o pai das duas alegrias da foto.

E quem conhece o amor dos nossos do Nonno, sabe que a nossa vida é você, Palmeiras.

Mas eu sei ainda mais que as três coisas que amo antes de eu nascer são os meus filhos e o nosso Palmeiras.

Não digo “parabéns”, Luca. Apenas obrigado.

Seus 19 anos e os futuros 16 do Gabriel são os anos que abençoam os meus 51.

Felizes 19 anos, Luca.

O seu pai te ama cada dia mais. Mesmo que nem toda noite eu possa te beijar a testa e colocar uma faixa de campeão sobre a cama.

Mas toda noite e todo o dia eu estou com você. Dando o beijo à distância que o Nonno me ensina a cada noite a dar.

Te amo.

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107 anos do nosso rival há 100 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/#respond Fri, 01 Sep 2017 07:11:53 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/01/107-anos-do-nosso-rival-ha-100/

Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória. RelacionadasAbel Ferreira se responsabiliza por má fase de Raphael Veiga no Palmeiras: […]

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Para ganhar no futebol é necessário que alguém perca. É assim. Não basta apenas amar os nossos. Temos de não gostar dos outros. Até porque, algumas vezes, são eles que nos dão alegrias quando não conseguimos produzir os nossos próprios momentos de glória.

Saudar os 107 anos do maior rival há 100 é dever esportivo e prazer histórico. Temos 1974 razões para enfileirar emoções. 1993 motivos repetidos 1993 vezes. Bisados 1994. 1999, 2000 lembranças. 2015 orgulhos. Para não falar de 1986, 1951. Oito em 1933 ou 800 reclamações alheias.

Nossa alegria é ainda maior por tudo de maravilhoso que nos aconteceu contra “eles”. E todos sabemos quem são “eles” e quem somos “nós”. Os que deixamos os rivais mais um ano na fila, em 1974. Os que nos deixaram sair da fila, em 1993. Eles só poderão devolver o gol de Ronaldo se nos deixarem 21 anos na fila. Eles só poderão devolver os gols de Evair se saírem de 16 anos de fila contra a gente.

Além disso, e nem precisaria citar os marcos penais de nosso São Marcos, não são muitas as vitórias decisivas deles. Grandes e brilhantes corintianos têm jogos menores como os Dérbis deles. Celso Unzelte cita um 3 a 0 em 1978, que nem para a final estadual levaria. Juca Kfouri lembra a virada por 4 a 3 de 1971. E nem vice eles seriam.

Em São Paulo, verdes e negros só têm uma cor em comum. A branca. A da paz. A da bandeira que deve ser erguida sempre por treinadores, atletas, jornalistas e torcedores de bom coração. De enorme emoção para aguentar o clássico que desde 1917 para a cidade. Dérbi para corintianos e palmeirenses não se entenderem nem no número. Cada clube faz uma conta diferente para a estatística. Como o torcedor conta cada clássico do jeito que viu. Se é que viu. Se é que consegue contar o que estas linhas também não saberão.

Palmeiras e Corinthians são um só corpo dividido em duas almas. São pólos diferentes que se atraem por química, são corpos diferentes que ocupam o mesmo espaço na física. São gente desta terra e da terra nostra que se distinguem na história. São paulistanos da Zona Oeste e da Zona Leste que se distanciam pela geografia. São tão diferentes que acabam sendo iguais.

Eles não se odeiam. Respeitam-se. Como duelistas. Todo jogo vai ser dia de vitória. Ou melhor: de derrota. Do outro. O importante não é vencer. O que vale é o outro perder.

Um não vive sem o outro. Um morre se o outro vive. Mas ninguém precisa morrer no duelo onde quem é realmente vivo o vive intensamente. A rivalidade exige o adversário em pé, ainda que derrubado. A graça do clássico é a celebração dupla, da própria vitória, da derrota alheia. Sei que é menor, é mesquinho, é egoísta não se satisfazer apenas com o próprio sucesso, e torcer pelo fracasso alheio. Mas esse é o homem. Ser tão imperfeito e emocionante como um jogo de futebol que premia fracos, que derrota justos, que iguala desiguais. Sobretudo num clássico.

Corinthians e Palmeiras cresceram juntos, tiveram muitos filhos, e seguem prósperos, apesar de alguns filhos pródigos, impróprios ou infelizes. Seguem fazendo lindo esse casamento jamais consumado. Sempre negado. Mas que a bola sabe que esses dois viverão juntos para sempre. Porque esses amores não morrem. Nem podem matar.

É só o que queremos. Um clássico numa tarde de sol. Uma vitória para contar aos filhos, que contarão aos netos aquilo que realmente conta: um jogo que vale por uma vida, e não uma vida colocada em jogo por uma cor.

Parabéns, Corinthians. Nossa vida não seria tão feliz sem um rival como vocês. Da nossa família para o seu bando, muito obrigado pela parceria

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