Na tarde de quarta-feira (11), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu uma entrevista na Academia de Futebol que gerou muita repercussão. Mandatário do clube entre 2009 e 2011, Luiz Gonzaga Belluzzo, participou do programa “De Primeira”, do “UOL”, e repudiou as falas de Leila dizendo que o Verdão não criado em 2014.

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– Todas as dificuldades que enfrentamos, conseguimos superá-las. E conseguimos, sobretudo, porque nos momentos mais agudos os palmeirenses se concentraram, se reuniram, dialogaram. Grandes palmeirenses reconheceram a condição limitada de cada um, e nesses reconhecimentos e nesses avanços conseguimos trazer o Palmeiras até onde ele está. Palmeiras não foi inventado em 2014, ele foi criado em 1914. A percepção ao reconhecimento dessa circunstância na verdade não pode deixar de orientar as decisões e companheirismo de relações de um clube grande e vitorioso – disse Belluzzo.

Além de Luiz Gonzaga Belluzzo, outro ex-presidente do Palmeiras também se manifestou contra as declarações da atual mandatária. Em carta aberta, Paulo Nobre afirmou que a atual presidente tenta “reescrever os fatos” ao criticar a sua gestão e afirmou que a atual gestora não irá conseguir “comprar a admiração dos palmeiras”. Em outro trecho, diz que Leila não é palmeirense e completa ao chamá-la se “sem noção”.

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Na entrevista para poucos jornalistas, Leila Pereira ainda exaltou o modelo de negócios aplicado pela Crefisa e pela FAM na parceria com o Palmeiras. Segundo a presidente, se o caminho utilizado pelas empresas não for utilizado por um futuro patrocinador alviverde, o clube volta para a Série B do Brasileirão.

– O Palmeiras nunca teve um centavo de prejuízo com essa parceria, comigo. Só contribuo com Palmeiras. Escolhi o Palmeiras para colaborar. Faço reformas em piscinas que há anos não tinha. Não tem o que falar dessa parceria. É uma parceria que é muito significativa pro Palmeiras. Tratamos o Palmeiras de forma profissional e transparente. Esse é o caminho. No dia que eu sair, se entrar outro que nao siga esse caminho, nao tenho duvida que o Palmeiras vai voltar a ser o que era em 2014. O Palmeiras volta para a segunda divisão.

Leila Pereira está no Palmeiras desde 2015, quando iniciou sua jornada no clube como patrocinadora. Desde dezembro de 2021, a empresária, além de gerir Crefisa e FAM, exerce a função de presidente do Maior Campeão Nacional.

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A 12º edição do PodPorco recebeu Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras. Ao longo de todo episódio, é possível acompanhar as histórias sobre sua relação com o Verdão, os enredos polêmicos da quente política palmeirense e como se iniciou o projeto da atual casa alviverde, o Allianz Parque.

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Sendo 2021 ano de eleição para a presidência do clube, o ex-mandatário contou que irá votar em Leila Pereira, porém criticou a falta de candidatos da oposição para fazerem frente à dona da Crefisa, fato visto pela primeira vez em 107 anos de clube. 

– Em geral, as disputas para a presidência do Palmeiras não são muito produtivas e civilizadas. O interessante seria termos um debate entre os candidatos. Para que os projetos fossem apresentados. Por que que eles não conseguiram solidificar a oposição? Porque eles brigam por tudo. Eu conheço muita gente ali, é muita gente que se acha maior do que é. – disse Belluzzo.

Um dos responsáveis por trazer a Parmalat para o Palmeiras, Belluzo afirmou que gostaria que Savério Orlandi, conselheiro do Verdão, fosse candidato à presidência, representando a oposição.

– Eu queria muito que o Savério se candidatasse, acho que faria bem ao Palmeiras e ao debate, um cara equilibrado, que tem uma grande carreira na política do clube. Temos que avançar para além dessas disputas selvagens e não civilizadas. Queria ver a Leila discutindo com o Savério, mas não há capacidade alguma de união das pessoas dentro do clube. A oposição está dividida porque fulano não senta com ciclano. Vocês não vão querer que o clube evolua desse jeito, né. – desabafou Belluzzo.

Por fim, o ex-presidente comentou sobre o conflito de interesses existente na candidatura de Leila Pereira. Segundo o economista, deveria existir um órgão fiscalizador além do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF).

– Isso tem de ser contornado de uma maneira institucional. Estou insistindo muito nisso. Deveriam criar um conselho de administração dentro do Palmeiras, com membros independentes da gestão dela. Com uma auditoria séria e independente que fiscalize para que não haja conflitos – e finalizou – o COF é um organismo importante, mas insuficiente na sua constituição para fazer esse papel. Eu digo com a maior sinceridade: eu não acho que isso será construído. Isso tinha que ser uma das demandas da oposição. Eu por fazer parte da UVB, vou votar na Leila. Seria ótimo ter uma oposição, um debate. Isso é uma prática democrática, embora não seja muito comum em clubes de futebol, infelizmente. 

Luiz Gonzaga Belluzzo foi presidente do Palmeiras entre 2009 e 2011.

Confira o episódio completo do PodPorco:

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Meses antes de assinar e ser o novo goleador do Atlético-MG, o atacante Hulk teve conversas com o Palmeiras para jogar em seu clube do coração, mas as negociações não avançaram em razão dos valores solicitados pelo paraíbano. Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente do Verdão, em entrevista ao UOL, criticou a condução do negócio e lamentou que o Verdão não tenha fechado com o jogador.

– O Palmeiras tem uma deficiência no ataque, na minha visão, sobretudo na finalização. Estava vendo ontem o desempenho do Hulk. Acho que a diretoria do Palmeiras cometeu um erro estratégico. Se você tem um time que vai disputar a Libertadores, do ponto de vista financeiro, há um provimento de premiação ao longo da disputa muito importante. A conta que se tem que fazer, e às vezes os dirigentes de futebol não fazem, é que você, poupando dinheiro agora, talvez perca dinheiro lá na frente – disse Belluzzo.

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Ciente das dificuldades do Palmeiras com a posição de camisa 9, o cartola enalteceu a necessidade de jogador com as características de Hulk.

– Precisa haver uma mínima capacidade de avaliação para saber qual o custo de oportunidade de não ter um jogador como Hulk, que poderia mudar qualitativamente o seu time. Não estou menosprezando os outros jogadores, mas acho que o Palmeiras visivelmente tem uma deficiência nessa posição e nessa forma de jogar no ataque. Sobretudo porque o Palmeiras tem um jogador como o Dudu, um servidor excepcional – finalizou.

Por fim, o ex-comandante teceu críticas pontuais à gestão atual, pela qual diz ter respeito e consideração diante do trabalho realizado.

– Tenho a maior admiração pelo Galiotte, mas acho que foi uma decisão equivocada. Ele preencheria uma lacuna no ataque do Palmeiras. Acho que ficaríamos com um time muito difícil de ser batido.

Atualmente, no entanto, a diretoria entende que o elenco precisa de novos nomes e, por isso, busca no mercado um centroavante que esteja de acordo com a realidade econômica da agremiação e com o estilo de jogo proposto pelo treinador Abel Ferreira.

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