Líder do Brasileirão, o Palmeiras gira a chave no início desta semana e foca sua atenção nos mata-matas. O Verdão tem pela frente o Athletico-PR em duelos de ida por duas semifinais.

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Primeiro, a equipe Sub-20 do Verdão enfrenta os paranaenses nesta segunda-feira (29) às 17h30 pela semifinal do Brasileirão da categoria. A partida acontece no Allianz Parque. Enquanto o Alviverde eliminou o Vasco nos pênaltis na fase anterior, o adversário despachou o São Paulo após perder o jogo de ida por 3 a 1.

A partida de volta acontece já nesta quinta-feira (1) às 19h em Curitiba. Endrick tem tudo para atuar em ambos os jogos. Quem se classificar enfrenta o vencedor entre Corinthians e Flamengo. O clube paulista venceu o jogo de ida por 1 a 0 no último domingo (28).

A segunda semifinal da semana entre Palmeiras e Athletico-PR é mais aguardada: os clubes entram em campo pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores nesta terça-feira às 21h30 na Arena da Baixada. Novamente por ter melhor campanha, o Verdão tem o direito de decidir a vaga no Allianz Parque na próxima terça-feira (6).

Palmeiras e Athletico-PR já se enfrentaram três vezes em 2022, com uma vitória para cada lado e um empate. Após um 2 a 2 no jogo de ida da Recopa Sul-Americana em fevereiro, o Verdão venceu por 2 a 0 no Allianz Parque no início de março e faturou mais um troféu continental. Luiz Felipe Scolari, ídolo e campeão da Libertadores pelo Alviverde em 1999, assumiu o clube paranaense em maio e conseguiu ótimos resultados, incluindo uma vitória por 2 a 0 sobre o Palestra pelo Brasileirão em pleno Allianz Parque.

Treinado por Abel Ferreira, o Alviverde busca seu terceiro título consecutivo e ostenta um ataque com 35 gols marcados, além da invencibilidade de 20 jogos como visitante desde 2019. O treinador português tem dois desfalques certos para a partida, uma vez que Danilo e Gustavo Scarpa foram expulsos no jogo de volta das quartas de final contra o Atlético-MG. Punido pela Conmebol, o volante também não poderá atuar no duelo decisivo. Quem se classificar encara o vencedor entre Flamengo e Vélez Sarsfield-ARG na final em Guayaquil-EQU.

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O Palmeiras enfrenta o Athletico-PR neste sábado (2), às 21h, no Allianz Parque. Além de valer a manutenção da vantagem na liderança do Brasileirão, o duelo proporcionará a volta de Felipão ao estádio palmeirense. É a primeira vez que ele será adversário do Verdão no local.

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Luiz Felipe Scolari não enfrenta o Alviverde há oito anos. Em 2014, no comando do Grêmio, ele foi ao Pacaembu encarar o Palmeiras de Dorival Júnior. Lutando contra o rebaixamento, o Maior Campeão Nacional venceu a partida por 2 a 1, conseguindo três pontos que foram fundamentais para a permanência na elite naquele ano. Os gols foram marcados por João Pedro e Mouche, enquanto Barcos, atacante de passagem marcante pelo clube, marcou para os gáuchos. O meia Valdivia, que anunciou sua aposentadoria na última sexta-feira (1), teve grande atuação.

Barcos foi bastante hostilizado pela torcida, que não digeriu bem a conturbada saída do atacante argentino para o Grêmio. O treinador também não teve a melhor das recepções. Parte da torcida palmeirense no Pacaembu cantou: ‘Não é mole não, o Felipão afundou a Seleção’, provocando o treinador, em relação ao 7 a 1 que o Brasil, sob seu comando, sofreu para a Alemanha na Copa do Mundo, alguns meses antes.

A história registra 19 encontros entre Palmeiras e Felipão – 15 enquanto ele estava no comando do Grêmio, sendo 14 na década de 1990 e o já citado duelo em 2014, e mais quatro com o treinador no Cruzeiro, já no início dos anos 2000. O Verdão soma oito vitórias, sete empates e apenas quatro derrotas contra equipes treinadas pelo ídolo.

Em 2015, o veterano técnico pisou no Allianz Parque pela primeira vez e acabou sendo recebido com vaias e provocações por parte da torcida palmeirense mais uma vez. Ele participou da partida amistosa de despedida de Alex, comandando a equipe ‘Amigos de Alex’, que acabou derrotada por 5 a 3 pelo ‘Palmeiras de 1999’. Juntos, Scolari e Alex conquistaram a Libertadores de 1999 pelo Verdão.

Em 2022, a recepção no Allianz Parque tende a ser bem mais calorosa. Após a conquista do Brasileirão de 2018, durante a terceira passagem de Felipão pelo Alviverde, a torcida parece ter feito as pazes em definitivo com o treinador, que pode ser aplaudido e homenageado neste sábado (2), em seu retorno ao estádio do Palmeiras.

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Abel Ferreira vai, em breve, viver somente o que o Luiz Felipe Scolari experimentou como técnico do Palmeiras: disputar duas finais seguidas de Copa Libertadores à frente do time. O português, inclusive, pode ter melhor sorte do que Felipão caso vença o Flamengo no dia 27 de novembro, em Montevidéu.

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No que depender do ex-treinador palmeirense, Abel terá mais um capítulo de glória sob o comando do Alviverde em pouco mais de um de trabalho no Brasil.

– Vencemos em 99 e fomos à final em 2000. Igual ao conquistado agora o que é maravilhoso. Vamos vencer agora com a estratégia, a convicção do Abel, do grupo todo e, inclusive, com a nossa torcida palmeirense. Aos torcedores, vou pedir para acreditarem no time, nas dificuldades que teremos no jogo. Temos qualidade, temos time, temos um técnico dedicado e estudioso e, com esforço de toda equipe, vai conseguir este título – disse Luiz Felipe Scolari em entrevista exclusiva ao NOSSO PALESTRA.

Campeão brasileiro em 2018, Felipão relembrou a campanha do decacampeonato nacional do Alviverde, exaltando o relacionamento que tinha com os atletas do clube.

– Antes de chegar ao clube já tinha algum conhecimento de alguns atletas e como sempre fiz até hoje, quero trabalhar como se fôssemos uma família e agíssemos como família. Fui bem entendido e os atletas fizeram um vestiário magnífico. Amizade, respeito, aceitação, assimilação em todos os sentidos e amor ao clube em que trabalhavam foram importantes para vencer. Analisamos os campeonatos e vimos que todos seriam utilizados e todos dariam suas contribuições nos campeonatos. E foi assim. Jogávamos com uma equipe no domingo e nas copas mudávamos seis ou sete atletas e todos estavam prontos. Todos queriam. E tenho absoluta certeza de que foi isso que nos levou a grandes jogos – recordou o ex-comandante palmeirense.

Importante, também, na história da seleção portuguesa, levando a equipe lusitana à sua primeira final de Eurocopa, Felipão tem uma relação antiga com Abel Ferreira. Quando comandante, o treinador foi o responsável pela primeira, e única, convocação do ex-lateral direito. Por isso, exaltou o trabalho e trajetória do atual técnico alviverde.

– Fico extremamente feliz com esta comparação. Abel foi meu atleta na seleção portuguesa e sempre foi assim. Responsável, ama o que faz, sempre trabalha com determinação pelo clube e onde está, é o principal defensor deste ambiente. Gosto do seu jeito, gosto do seu trabalho e gosto como se comunica – completou Felipão.

Felipão teve três passagens pelo Palmeiras. No clube, conquistou duas Copas do Brasil (1998 e 2012), uma Libertadores (1999), uma Copa Mercosul (1998), um Torneio Rio-São Paulo (2000) e um Brasileirão (2018).

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A temporada do Palmeiras se encerrou com três títulos, dois deles conquistados por Abel Ferreira. Em quatro meses no clube, o português entrou para a história com as conquistas da Copa Libertadores e Copa do Brasil, repetindo feito de Luiz Felipe Scolari.

Abel é fã de Felipão, foi convocado por ele nos tempos de atleta para a seleção portuguesa e mantém contato com o ex-técnico desde que chegou ao Brasil. Em pouco tempo, ganhou dois troféus importantes para o clube.

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Abel Ferreira marcou o nome no Alviverde com duas conquistas em apenas 37 partidas – estão na conta as partidas em que ele não ficou no banco de reservas e o time foi comandando pelos auxiliares. Os triunfos vieram com quase um quinto dos jogos que Felipão precisou para erguer as duas taças.

Luiz Felipe Scolari precisou de 171 compromissos até as conquistas da Copa do Brasil (1998) e Libertadores (1999). Entre elas, ganhou também a Copa Mercosul (1998). Abel tem, em abril, a chance de vencer outro título internacional, uma vez que o Verdão encara o Defensa y Justicia, pela Recopa Sul-Americana.

A promessa de atravessar o Atlântico para trabalhar duro mostra resultado imediato. Abel é 30 anos mais jovem do que Felipão e, assim como o ídolo, já tem o rosto eternizado nos corredores da Academia de Futebol e do Allianz Parque. E isso é só o começo!

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