Arquivos Palestra Itália - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/palestra-italia/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Wed, 14 Sep 2022 21:52:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Mauro Beting: ‘Palmeiras, 80 anos’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/mauro-beting-palmeiras-80-anos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/mauro-beting-palmeiras-80-anos/#respond Wed, 14 Sep 2022 21:52:28 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=93655

Batizado em nome do Pai da Bola Fiúme, do filho do Divino Ademir, e do espírito de São Marcos.

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Há 80 anos, intolerantes e ignorantes não queriam mais que o Palestra se chamasse Palestra. Alguns queriam mais do que roubar o nosso nome. Acabaram se saciando os totalitários daqui contra os supostos fascistas em guerra em tempos de exceção e despotismo com o “desbatismo” alviverde.

Os palestrinos reunidos em 14 de setembro de 1942 só saíram do clube na madrugada de 15. Pensaram em rebatizar o Palestra como América. Cogitaram chamar Brasil – pela pátria que os abraçou. Piratininga – como os campos paulistanos da colônia.

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Chamaram mesmo Palmeiras. Com P de Palestra. Como a AA das Palmeiras. Como o futuro campeão do século. Como o clube que mais vezes conquistou títulos no país que diziam “trair”. Como o Brasil que honrou na Copa Rio de 1951. Como o Brasil que vestiu de amarelo pela Seleção, em 1965.

P de Palestra. Periquito. Seria em 1986 de porco. Desde sempre pioneiro.

Preponderante – não prepotente. Primaz. Primoroso.

Primeiro na língua do P. Também na portuguesa.

Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão paulista em 1942. Para há 80 anos celebrar o amor que pode mudar de nome. Mas não a essência.

Se fosse América ou Brasil ou Piratininga há 80 anos, eu seria há 56 mais americano mais do que gente. Eu seria ainda mais brasileiro. Eu seria piratininguense mais do que jornalista.

Eu teria outro nome. Como nós somos há 80 anos palmeirenses. Mas eu seria o mesmo como somos milhões há décadas.

Feliz de ser o que mais somos. Filhos do Palestra. Pais do Palmeiras. Irmãos com naming right que muda. Mas ninguém nos cala.

Não nos queriam Palestra.

Palmeiras que tanto queremos.

Batizado em nome do Pai da Bola Fiúme, do filho do Divino Ademir, e do espírito de São Marcos.

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Palmeiras troca imagem e nome de perfil em homenagem a 80 anos de mudança no clube https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-troca-imagem-e-nome-de-perfil-em-homenagem-a-80-anos-de-mudanca-no-clube/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-troca-imagem-e-nome-de-perfil-em-homenagem-a-80-anos-de-mudanca-no-clube/#respond Mon, 12 Sep 2022 22:55:31 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=93455

Verdão fez tributo ao Palestra Itália em suas redes sociais

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Para homenagear a mudança de nome do clube, que completou 80 anos nesta segunda-feira (12), o Palmeiras trocou a imagem e o nome do perfil em suas redes sociais. Antes o atual escudo, a foto foi trocada pelo emblema do Palestra Itália, com vermelho como a cor predominante.

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Às 19h14 desta segunda, o símbolo foi trocado tal qual o nome, que passaram a ficar de acordo com as marcas da instituição entre agosto de 1914 e março de 1942. Na terça (13), às 19h42, a imagem será trocada pelo símbolo do Palestra de São Paulo, que vigorou de março de 1942 a 13 setembro de 1942, data do último jogo com este nome. E à 0h de quarta (14), o escudo estampado voltará a ser o do Palmeiras, cujo nome foi sacramentado em 14 de setembro de 1942.

Nas redes sociais, o clube postou breve explicação, com dados históricos sobre o período que ostentou Palestra Itália como nome.

– 2022 marca os 80 anos da mudança de nome do nosso clube. Um episódio que nos fez resilientes e serviu para aumentar ainda mais o orgulho que temos da nossa história e da nossa trajetória.

Em 866 jogos, foram 569 vitórias, 146 empates e 151 derrotas; 2424 gols marcados e 1083 sofridos. O time conquistou 11 títulos, sendo 10 Paulistas e um Rio-São Paulo sob a antiga alcunha.

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Time feminino do Palmeiras estreia no Allianz Parque dez anos após a despedida oficial do Palestra Italia https://nossopalestra.com.br/palmeiras/feminino/time-feminino-palmeiras-estreia-allianz-parque-dez-anos-depois-da-despedida-oficial-palestra-italia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/feminino/time-feminino-palmeiras-estreia-allianz-parque-dez-anos-depois-da-despedida-oficial-palestra-italia/#comments Wed, 23 Sep 2020 14:30:28 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=15701

As palestrinas fizeram o último jogo oficial do antigo estádio, diante do Juventus, pelo Paulistão Feminino de 2010

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Com Murilo Dias

O Palmeiras enfrenta o Santos, na quinta-feira (24), às 15h, no Allianz Parque, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino A1. Será a primeira vez que o time feminino do Palmeiras entrará em campo no “novo” estádio do clube.

O que pouca gente sabe é que foi a equipe feminina do Palmeiras que disputou a última partida oficial do antigo Palestra Italia, em 2010, antes da reforma que transformaria o estádio no atual Allianz Parque.

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A esmagadora maioria dos torcedores acredita que o último jogo oficial do Verdão em sua antiga casa se deu na vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio, pelo Brasileirão, no dia 22 de maio de 2010. As palestrinas, entretanto, entraram naquele mesmo campo apenas oito dias depois, para enfrentar o Juventus, pelo Paulistão Feminino.

O time masculino ainda faria a despedida definitiva do Palestra Italia, em amistoso contra o Boca Juniors, disputado no dia 9 de julho daquele mesmo ano. A partida festiva, todavia, não entra para os registros de compromissos oficiais.

O Palmeiras Feminino em 2010

Na época, a equipe costumava mandar os jogos no próprio Palestra Italia, porém – a exemplo do extinto Palmeiras B – as partidas não eram abertas ao público. Podiam comparecer apenas sócios do clube e familiares das jogadoras.

Embora por motivos completamente diferentes, quando o time feminino do Palmeiras finalmente voltará a entrar em campo para uma partida oficial no estádio do clube, dez anos depois os portões estarão fechados novamente.

Assim como o time de 2020 possui a parceria com o município de Vinhedo, a equipe de 2010 foi formada em colaboração com o Clube Atlético Indiano, sob a gestão de Ademar Júnior, técnico da Seleção Brasileira em 1995. O Verdão promoveu uma peneira e estruturou a equipe com jogadoras jovens e promissoras. Posteriormente, algumas chegaram a defender a Seleção Brasileira, inclusive.

O time era formado por diversos nomes conhecidos do público que acompanha a modalidade de perto: Paula, Monique, Moniquinha, Cris, Angélica, Ari, Black, Nataly, Nalian, Juliana, Carol, Gabi, Patricia Llanos e Fernandinha eram alguns dos destaques.

Contudo, se atualmente o Palmeiras Feminino apresenta bons resultados, na década passada o mau desempenho resultou em eliminação precoce no Paulistão e afastou as chances de obtenção de um patrocínio. Sem recursos financeiros, a equipe acabou sendo desmontada.

Diante do Juventus, na ocasião da despedida oficial do antigo Palestra Italia, no dia 30 de junho de 2010, o Palmeiras Feminino acabou derrotado por 2 a 0. A equipe era comandada pelo técnico Marcelo Frigério.

– O time de 2010 foi um projeto esperando chegar um patrocinador para montarmos um time com a grandeza do Palmeiras. O patrocínio não chegou, então fizemos peneiras e montamos um time com a maioria jovem. Era um time para revelar novos talentos, acabamos tendo esse foco – conta o ex-treinador.

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Marcelo Frigério também está marcado na história do Palmeiras por outros feitos: é o técnico com mais passagens pela equipe (quatro) e foi o comandante do único título paulista do Palmeiras, em 2001. Ele ainda possui um vice-campeonato paulista e um vice da Taça São Paulo.

O ex-técnico também afirmou que voltaria a trabalhar no Palmeiras, caso a oportunidade aparecesse.

– Eu me sinto honrado por estar na história do clube – finalizou

https://www.instagram.com/p/B3qIaKvHWCr/?utm_source=ig_embed

A boa filha a casa torna

Com apenas 14 anos em 2010, a atacante Mônica Bitencourt chegava para integrar o time feminino do Palmeiras. Curiosamente, a atleta seria contratada novamente pelo Verdão quase uma década depois, em 2019.

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A jogadora Mônica Bitencourt (Foto: Priscila Pedroso)

No final do ano, ela foi para o Corinthians e atuou em somente duas partidas, retornando mais uma vez para o Palmeiras no começo de 2020. A atleta foi apresentada como parte dos reforços do elenco alviverde para a temporada, em treino aberto no Allianz Parque.

Contudo, por conta de uma lesão no joelho, ela não estará à disposição para a partida diante do Santos. Tendo em vista os protocolos de segurança relacionados à pandemia, ela não poderá sequer estar presente no Allianz Parque para o jogo.

Palmeiras x Santos

O clássico desta quinta-feira (24) terá transmissão no perfil oficial do Brasileirão Feminino (@BRFeminino) no Twitter. O Palmeiras ocupa o sexto lugar na classificação com 17 pontos e vem de dois empates, enquanto o Santos lidera a competição, somando 24 pontos.

O próximo jogo do Palmeiras em casa, diante do Internacional, no dia 5 de outubro, também está previsto para acontecer no Allianz Parque.

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Dez anos do adeus ao Palestra https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/#respond Thu, 09 Jul 2020 18:45:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/09/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/

18h14 de 3 de maio de 2010. Mando ao meu parceiro Juan Brito,do marketing do Palmeiras, a pedido do meu querido amigo Rogério Dezembro, então diretor da área no clube, o texto que seria impresso no último jogo do velho Palestra. Amistoso numa tarde de sexta contra o Boca Juniors. "Este é o berço da […]

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18h14 de 3 de maio de 2010. Mando ao meu parceiro Juan Brito,do marketing do Palmeiras, a pedido do meu querido amigo
Rogério Dezembro, então diretor da área no clube, o texto que seria impresso no último jogo do velho Palestra. Amistoso numa tarde de sexta contra o Boca Juniors.

"Este é o berço da Academia do país do futebol. O do Campeão do Século. O altar da comunhão palmeirense.
O Palestra Italia. O Palmeiras dos filhos desta pátria mãe gentil, dos netos da Mamma Itália. Da torcida que canta e vibra nos Jardins Suspensos pela paixão de um clube que não é maior e nem menor. É Palmeiras. Basta.
Mas tanto amor não tem cabimento. Por isso o Palestra precisa ser maior. Moderno como o gramado elevado de 1964. Eterno como o estádio que é nosso há 90 anos. E continuará sendo de cada um quando reabrir os portões para a História.
O felizardo que tem este ingresso entra pela última vez na nossa única casa. Quando voltar, ela será como o nosso amor: ainda maior; ainda melhor; ainda mais Palestra Italia; sempre mais Palmeiras.

Naquela semana era a final da Copa de 2010. Eu estava na África do Sul. E na antevéspera escrevi este texto:

"Meu filho mais velho está fora do país. Sofreu com a derrota brasileira para a Holanda, ainda mais pela saudade da casa onde não viveu tão longe em 11 anos de vida. Mas sofre ainda mais por não estar no último jogo do Palestra Italia, nesta sexta-feira, amistoso contra o Boca Juniors. Time que lá mesmo, em 1994, sofreu a maior goleada de sua história internacional: 6 a 1 Palmeiras das vacas gordas da Parmalat. Fora o alfajor nos argentinos, teve tarantela, e, de lambuja, a convocação de Mazinho para ser campeão do mundo pelo Brasil, três meses depois.

Aqui da África do Sul, tento dar um jeito de levar o filho menor ao último amistoso. Não sei se vai dar. A mãe e o avô trabalham, tios também… O consolo é lembrar que nós três já estivemos na despedida valendo campeonato, antes da Copa, nos 4 a 2 contra o Grêmio, o último jogo oficial antes da reforma. Quando nós três pudemos assistir à vitória verde. A última que vimos juntos na casa que une a minha família, a famiglia verde, e tantos em cada canto do lugar onde mais cantei na vida. Onde tanta gente que não se entende canta e vibra. Boa gente que só se entende como gente quando é Palmeiras.

No final daquele sábado, pude ver tantos amigos ao final do jogo. Revi vários verdes de fé. E enxerguei até quem não mais podia estar lá. Como eu não poderei nesta sexta, trabalhando na final da Copa, em Johanesburgo. Como meu mais velho não poderá, estando longe do Brasil. Como o menor possivelmente não conseguirá ir. Como tantos também também não irão se despedir. Como muitos estarão de coração dando tchau ao lar que sequer conheceram. Embora saibam mais dele que das próprias casas.

Caríssimo Palestra, perdão por não comparecer à festa de despedida. Ainda mais com tanta gente que honrou o nosso lar e nosso manto por lá passando só para lembrar o que não se pode esquecer. Fico de tão longe com a imagem dos meus filhos tão pertos no final daqueles 4 a 2 contra o Grêmio. Com o orgulho do peito juvenil dos meninos inflado à frente dos bustos de Ademir, Fiume e Junqueira. Com a sensação de que ali, naquele momento de foto para a eternidade, toda a saudade do que eu não vi de Palestra e Palmeiras não mais existia. Porque ali, naquele sábado, meus meninos não eram apenas todo o amor da minha vida. Eram todo o amor da nossa vida – Palmeiras."

Pouco menos de 3 anos depois, eu só não anunciei o nome da nova arena como Allianz Parque porque estava de lua de mel. Pouco mais de 4 anos depois, o primeiro evento do estádio foi a exibição de meu primeiro documentário. Na inauguração definitiva, fui o mestre de cerimônias.

Nem em sonho.

Mas é tudo verdade. É tudo Palmeiras.

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Dez anos de saudades do Jardim Suspenso https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/10-anos-de-saudades-da-velha-casa/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/10-anos-de-saudades-da-velha-casa/#respond Thu, 09 Jul 2020 14:43:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/09/10-anos-de-saudades-da-velha-casa/

Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras 9 de julho de 2010. RelacionadasVeja quem apita jogo entre Ind. Del Valle e Palmeiras pela LibertadoresAbel Ferreira vê Palmeiras melhor do que Flamengo em empate: ‘Pressionamos mais’Opinião: ‘Quem melhor que o Santos pra acabar com a zica do Palmeiras nos pênaltis?’Há exatos 10 anos, o Palmeiras subia a velha […]

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Foto: Cesar Greco/ Ag. Palmeiras

9 de julho de 2010.

Há exatos 10 anos, o Palmeiras subia a velha escada do vestiário de mandante do Parque Antártica para a sua última partida no Jardim Suspenso. O amistoso diante do Boca Juniors marcou o capítulo final de um dos palcos mais gloriosos da história do futebol brasileiro.

Só quem esteve no cimento do Parque Antártica para assistir um jogo, seja em um sábado de sol ou em uma quarta-feira chuvosa, sabe a magia que aquele lugar tinha. São muitos os palmierenses privilegiados que puderam sentir a energia da velha casa alviverde.

O mosaico da torcida alviverde relembrava o ano de fundação do Parque Antártica. O primeiro jogo do Verdão como proprietário do estádio foi em 16 de maio de 1920, diante do Mackenzie.

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O jogo, além de marcar o ‘Ciao’ alviverde de seu território, também marcava a reestreia de Kleber Gladiador pelo Verdão. A bola da Copa da África, a famosa Jabulani, rolou pelo antigo gramado alviverde pela última vez.

Em campo, o time comandado por Flávio Murtosa foi: Bruno (Deola); Vitor, Maurício Ramos (Léo), Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo (Vinícius), Cleiton Xavier e Lincoln (Marcos Assunção); Ewerthon (Tadeu) e Kleber.

A derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors não foi a maior tristeza para os mais de 17 mil palmeirenses que foram se despedir do Estádio Palestra Itália. A melancolia e a tristeza de quem ficaria mais de quatro anos sem casa aumentavam ainda mais o drama.

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‘Em meio a abraços apertados, olhos cheios de lágrimas e palavras um tanto desoladas e apocalípticas, tudo era saudosismo. Como se precisássemos nos apegar ao que construímos juntos para não sucumbir antes da hora. Como se tentássemos adiar o adeus, por vezes esperando mesmo que não fosse a última vez.”, disse o palmeirense Rodrigo Barneschi no post após o jogo em seu blog Forza Palestra.

Quem foi ao jogo, no entanto, tinha um motivo para celebrar. Ao ganhar uma revista com histórias e curiosidades do antigo Palestra, os palmeirenses também receberam a promessa de que teriam lugar garantido na inauguração do Allianz Parque, quatro anos mais tarde, caso apresentassem o ingresso da peleja,

Doce ilusão.

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O Jardim Suspenso foi tombado e deu lugar ao hoje gramado sintético da nova e moderníssima casa do Verdão. O clube também conseguiu se livrar de seus fantasmas internos que o afundavam na velha política anti-profissional que só afastava o Verdão das glórias.

O primeiro projeto do Allianz Parque era um pouco diferente do que realmente virou o estádio quatro anos mais tarde.

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Apesar da nova casa ser muito linda, não tem como não sentir saudades desse tempo que infelizmente não voltará nunca mais.

Quem nunca cantou ‘Chico Lang…’ e ‘Doutor eu não me engano…’ na saída do velho Palestra, perdeu um grande capítulo da história da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Quem viveu, viveu.

Para celebrar a data, vamos receber nesta quinta-feira, 9, o zagueiro Maurício Ramos para um live especial no canal do Nosso Palestra. Maurício esteve presente na despedida do antigo Palestra e é o zagueiro com mais jogos pelo Verdão neste século. Não perca:

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100 anos da compra do Parque Antarctica https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/100-anos-da-compra-do-parque-antarctica/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/100-anos-da-compra-do-parque-antarctica/#respond Sun, 26 Apr 2020 15:28:21 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/04/26/100-anos-da-compra-do-parque-antarctica/

Em 27 de abril, o Palestra Italia celebra 100 anos da compra do parque da companhia Antárctica. Quanda a luz se apagou no estádio do Palestra Italia em 2010, sabíamos que só seria acesa em um longo tempo. Num novo templo. Seriam muitos meses até que os filhos da Academia pudessem se sentir novamente em […]

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Em 27 de abril, o Palestra Italia celebra 100 anos da compra do parque da companhia Antárctica.

Quanda a luz se apagou no estádio do Palestra Italia em 2010, sabíamos que só seria acesa em um longo tempo. Num novo templo. Seriam muitos meses até que os filhos da Academia pudessem se sentir novamente em casa. Num lar novo em folha. Lugar para esquecer as velhas falhas e os novos problemas. Um santuário para lembrar os tantos dias de nossas vidas vividas em nosso altar. Em nosso palco. Em nosso campo. Em nossa casa.

Nossa! Mas de cada um. Todos temos um cantinho no Palestra. Onde cantamos e vibramos. Onde cornetamos e divergimos. Onde o Palestra virou Palmeiras. Onde o Palestra nos ensina que o Palmeiras é nossa sina. Onde não somos mais, nem menos. Apenas palmeirenses, sempre palestrinos. Isso basta.

Dispensamos apresentações. Não precisamos de explicações. Apenas somos tudo isso que tem uma casa. Que fechou para reformas. Que voltou como cada um de nós, e por todos nós: cada vez maior, cada vez melhor. Cada vez mais Palmeiras. Sempre Palestra.

Primeira vez

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Meu primeiro jogo no Palestra, em agosto de 1974

O meu primeiro canto foi na numerada. Três de agosto de 1974. Luís Américo fez o primeiro gol que vi na rede esticada do gol do placar, o que depois seria Gol Norte. 1 a 0 Saad. Leivinha empatou, Dudu virou, mas Fernandinho empatou. Uma zebra. Até então, só vira o Palmeiras bicampeão brasileiro em 1972-73 sair de campo satisfeito. Só assistira a jogos-shows no Pacaembu e no Morumbi. Estreava sem vitória no Palestra. No jogo inaugural do SP-74. O que acabaria não mudando muita coisa. Em dezembro, o mais importante Ronaldo da história do Derby paulistano faria o gol que deixaria o rival mais um ano na fila, no Morumbi.

Naquele fim de tarde de sábado de agosto de Sol paulistano, saí chateado com o empate contra o Saad. O goleiro deles se chamava Fininho. Fechara o gol. Eu, o bico, debaixo dos meus sete anos. Só fui achar legal a noite quando minha avó Albertina, que morava do lado do Palestra, me confortou na pizza da noite. Ela foi uma das que me ensinaram que não se deve vaiar “os meninos”. Que devemos ter a mesma fé que ela tinha ao acender velas em dias de jogos do time do coração da família de pai e de mãe. Dos “palmeiristas”.

Dos palestrinos que, desde aquele agosto de 1974, começaram a dividir a vida entre idas e vindas ao Palestra, ao Pacaembu, ao Morumbi. Onde fosse, onde jogasse o Palmeiras. Naquela primeira visita, meu tio Leo, pai do Erich que ainda nem havia nascido, foi minha primeira companhia, ao lado do irmão Joelmir, e do meu irmão Gianfranco. Se a escalação do Palmeiras não mudava daquela rima que era seleção – LeãoEuricoLuísPereiraAlfredoeZecaDudueAdemirdaGuiaEduLeivinhaCésareNei, todos juntos, para sempre – o meu time de companheiros mudava sempre. Saía o tio Leo, vinha o Tio Flávio. O Tio Jura. Os primos Paulo Calabar, Alessandro, Danilo. Depois o Erich. Quando dava, o Ulisses. Mais difícil era ir ao jogo com os primos do interior, o Vlamir e o Cléber.

Eternos

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O time campeão de 1976

Não era nada complicado torcer por aquele time. Até quando ele já não era o mesmo. Como naquele 18 de janeiro de 1976: Dudu saiu machucado, num empate com a Portuguesa. E só voltou ao time como treinador. Estreando num novo empate com o Guarani, em 9 de maio. Quando lançou o jovem Pires em seu lugar. E mais o Verdão não perdeu até vencer antecipadamente o Paulistão. 1 a 0 no XV de Piracicaba. No 18 de agosto de 1976, mais de 40 mil vibraram com Jorge Mendonça, marcando o gol do título. Campeonato que a família celebrou em casa. Meu pai não conseguiu sair a tempo do trabalho. Viu parte do jogo, abriu um vinho, e fomos dormir.

Ano sim, ano não, a festa parecia garantida. Era assim o Palmeiras.
Não foi mais assim. Em 10 de agosto de 1977, pelo Paulistão, o Palmeiras só empatou com o Comercial de Ribeirão. 1 a 1. Foi o último jogo no estádio da estátua Ademir da Guia, que em 40 dias encerraria a carreira, parada por problemas respiratórios. Cabeça e coração das Academias palmeirenses penduravam as chuteiras. Não mais o Palmeiras seria Palmeiras até 12 de junho de 1993. Quando tudo se justificou saindo da fila contra quem o clube havia deixado mais um ano de jejum, em dezembro de 1974. Todas as dores compensavam.

Esquecíveis

Todas aquelas partidas para esquecer. Começando ainda em 1980, quando o Palmeiras teve de purgar pecados na Taça de Prata de 1981. A última vitória na nostra casa foi em 16 de agosto de 1980. Quase quatro anos do último título, e contra o mesmo XV de Piracicaba. Mais quatro jogos até o fim de ano sem vitória. Sem orgulho. Sem Palmeiras.

Honra resgatada com o acesso prematuro à turma de cima ainda em 1981, na Taça de Prata. Um show de Sena num 2 a 0 contra o Guarani parecia um novo Vecchio Palestra. Mas era só fumaça negra. Mais uma Taça de Prata em 1982, desta vez com eliminação na primeira fase. Goleadas para os rivais no SP-82. Um novo e rico time para 1983. Mas os mesmos problemas. Com novos amigos nas arquibancadas. Braga, Aloízio, Paulo Sapo, Salvador, Cecchi, seu Angiolo, Mauro Pizza, Lolô, Jorjão, Chang, Jambo, Dado, André, Marcelo, Juninho. Sofrendo juntos e esmagados com uma bola de Mendonça, da Lusa, no travessão, no SP-83, no fim do jogo. Sorrindo juntos com um pôr-do-sol maravilhoso de agosto na arquibancada de uma quinta-feira, num 5 a 1 no Taquaritinga. Quando lembro ter pensado numa namorada que não tinha. Mas que já pensava numa tarde como aquela com os filhos que eu queria ter. Motivo de sorrir sem saber o porquê na volta do ônibus na noite parada de São Paulo.

Em 1985, já tinha carro – verde. Já não tinha mais namorada. E parecia ter perdido o chão, debaixo do placar, só de pensar o que ainda estava escrito nele: 3 a 2 XV de Jaú, num domingo de novembro. Bastava ter vencido para se classificar para a semifinal. Perdemos. E fiquei ali perdido, com o ingresso inteiro na mão molhado pela tormenta da chuva forte e pelo cataclismo ainda mais severo. A torcida invadira o Palestra pela derrota de um rival, pela manhã. E eu ali com o queixo entre as mãos, olhando para o gol da piscina. Um tempão. O mesmo que o goleiro reserva Martorelli usou para ficar sentado, no banco de reservas, olhando desconsolado para o mesmo infinito.

Como é que a gente conseguia perder assim? A gente que só sabia vencer só parecia perder e se perder no Palestra. Eu parecia aquele menino mimado que quer fugir de casa – e pede pro pai atravessar a rua e pagar as contas. Eu dizia que não voltaria àquela casa zicada. Achava que a culpa também era do estádio. Lá eu não mais voltaria. Promessa jamais cumprida. Porque isso não é coisa que se prometa.

Promessas
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5 a 1 no Corinthians, no Morumbi, em agosto de 1986

E lá estava eu de novo, em 1986, com o Cecchini, Zuccari, Altit, Rosa, Melura, Mancusi, Zerbini, Izzo, Paulinho Iudicibus, Fredão, Cafarnaum, Raduan, Sangiuliano. 1987… 1988… Mais ainda em 1989, com um belo time, com Leão no banco, e a melhor campanha na primeira fase do Paulistão. Na segunda também. Taça dos Invictos. E a eliminação por uma única derrota, em Bragança. E lá vamos nós para 1990. Sempre no Palestra. Agora com Denise, Raquel, galera da FT e da Band. E os amigos de verde e de credo de sempre. Sempre saindo do estádio e do estado normal pelas derrotas doidas e doídas. Pelas madrugadas choradas com os amores. Ou com sonhos de amores e vitórias que pareciam impossíveis.

Naquele 12 de maio de 1990, empate sem gols com o Bragantino de Luxemburgo, uma vaga na Copa do Brasil perdida, um treinador demitido. Meu último jogo no estádio como torcedor. Em um mês começaria meio sem querer no Jornalismo agora esportivo. Para sempre futebolístico. Nas páginas esportivas fiquei. Permaneço. Sempre como um palmeirense que está jornalista. Que um dia já foi estudante. Que pretende ser um palmeirense aposentado do Jornalismo. Jamais da paixão de ir ao Palestra como fui, de 1974 a 1990. Só como torcedor.

Porque, então, veio o dever de tentar ser imparcial, isento e objetivo. De torcer sempre, mas jamais distorcer pelo Palmeiras. O que, muitas vezes, levou a muitas atitudes e ações distorcidas. Por mim e por outros. Faz parte. Como sempre fez o nosso Palestra.

Novas cores

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O primeiro elenco da parceria com a Parmalat, em 1992

De qualquer jeito. Com qualquer camisa. A verde listada da Parmalat estreou em 26 de abril de 1992. 1 a 0 no Cruzeiro. Gol de Paulo Sérgio. Eu já estava na Rádio e TV Gazeta. Comentando. Logo, cornetando um time que demitiu o treinador depois de um empate sem gols e sem futebol contra o Noroeste, em 19 de agosto. 16 anos e um dia do título de 1976. Uma noite trágica que quase acabou ainda pior, com torcedores querendo bater em colegas na cabine ao lado da minha. Quase apanhei junto. Só escapei por ser palmeirense como os agressores. Embora metade da turba achasse que não. Mais ou menos como a proporção da torcida, hoje.

Não cheguei a repensar o ofício. Nem o amor. Palmeiras não se pensa. Não se escolhe o Palmeiras. Ele nos acolhe. Ele sabia que ainda viria 1993. O Paulista. O Rio-São Paulo. O Brasileirão. Faltava uma festa no Palestra. No SP-94, foram quatro: a virada sobre o São Paulo no dia em que morreu Senna. O 1 a 0 sobre o Ituano no domingo seguinte, com a primeira volta olímpica no estádio. A segunda – a oficial – foi em Santo André; a definitiva, com a faixa no peito, foi no Dérbi, no Pacaembu.

Isso sem falar na maior derrota internacional do Boca Juniors, em 9 de março. 6 a 1 Palmeiras. O jogo que o filhinho de Evair hoje vê em DVD e pergunta ao Matador se “é tudo verdade”. Parece mentira. Parecia Palmeiras no Palestra.

Como foi em 3 de agosto de 1995. 5 a 1 no Grêmio. Faltou um gol para eliminar o Tricolor de Felipão. Mas não faltaram aplausos para aquela epopeia. Nesse dia, senti falta de estar ali na arquibancada, junto com os novos amigos Strifezzi, Fagundes, Di Lallo, Klein, Cassiano, Solarino, Avallone, Bom Angelo, Alex. Gritando como urrei quase sozinho naquela noite perdida em 1986 para a Inter de Limeira. Berrando como deixei o estádio naquele 11 de setembro de 1994. 1 a 0 no Inter. Meu último jogo de solteiro. Comentei pela rádio. Mas, quando deixei o estádio, dei aquela última olhada para a arquibancada escura. Tentando me encontrar onde algumas vezes quase me perdi de alegria e tristeza. Pensando na nova vida que teria.

Único

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O trem-bola de 1996

O maior Palmeiras que vi durou pouco. Aquele trem-bola palmeirense de 1996 foi só um semestre. Mas foram 21 vitórias seguidas. 12 por goleada. A maior campanha do profissionalismo. O time que chegou aos 100 gols no Palestra, num domingo gelado de junho, ganhando o returno e o título antecipado. 2 a 0 no Santos. 102 gols. Acabou a transmissão que fiz no Sportv, fui ao banheiro, arranquei o uniforme da TV, deixei apenas o do Palmeiras na noite fria. Enfiei um gorro que só deixava os olhos para fora e saí celebrando pelo clube e pelas ruas. Até na TV apareci. Na concorrente. Vibrando como um encapuzado torcedor comum. Celebrando como faria na final da Mercosul de 1998, depois do Natal. 1 a 0 no Cruzeiro. Fogos na Turiaçu fechada. Eu e os amigos no Bar do Elias pela madrugada. Chegando cedo em casa apenas para deixar sobre o berço do Luca, então com três meses, a faixa que ele até hoje guarda. A de campeão da Mercosul.

Foi o primeiro título dele. O segundo viria num chute para fora de Zapata. Quando Oberdan Cattani conversava com as estátuas de Waldemar Fiúme e Junqueira, nas alamedas do clube. Quando Evair orava no vestiário. Quando eu levantava na tribuna de imprensa e batia palmas. Quando um querido colega ouvia nas escadas o estádio celebrar a vitória nos pênaltis contra o Deportivo Cali. Quando Marcos ergueu o chavão do jipão como craque da Libertadores. Quando o Campeão do Século XX fechava um ciclo no Jardim Suspenso pela emoção, no verso de Moacyr Franco. No “Amor é Verde” na Água Branca.

Amor que explica a virada de 4 a 2 no Flamengo, em 21 de maio de 1999. Quando Felipão treinou o time, a torcida, a imprensa e a História. Os gols do Filho do Vento fizeram do Palestra um vulcão verde. Um dos maiores jogos da história. Uma virada como a que seria sofrida em 2000, na final da Mercosul. Uma dor como a goleada para o Vitória, em 2003. Um nó na garganta como a Segundona dos infernos, no mesmo ano.

Filhos

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2010, meus dois filhos, meus dois sobrinhos

Mas onde há verde há vida. No 7 de outubro de 2003, 3 a 2 no Brasiliense, meu Luca estreou no Palestra, no colo da mãe, ao lado do avô, do baixo de seus cinco anos. A torcida uniformizada fez um espetáculo inesquecível de cores, luzes e Palmeiras. Meu filho vibrou com os três primeiros gols. Chateou-se com o primeiro candango. Mas nem sofreu com a iminência do empate. Estava brincando com o celular do pai quando saiu o segundo gol do Brasiliense. Nada percebeu pelo silêncio do estádio. Só foi se tocar quando leu no placar tantas vezes amaldiçoado que estava 3 a 2, não 3 a 1 como imaginava.

Para ele foi só 3 a 1. Para mim, a goleada da vida. Só comparável aos 3 a 0 sobre Paraná, em 20 de outubro de 2007, quando o caçula Gabriel estreou nos estádios. Ou aos 5 a 0 da final do SP-08, quando o Lance! e meu colega Portella propiciaram a chance de colocar meu primogênito na cabine abaixo da Rádio Bandeirantes. A cada um dos cinco gols, bastava me levantar da cadeira, olhar para baixo, e ver meu Luca com aqueles olhos mais lindos do mundo ser, naquele instante, o segundo menino mais feliz do planeta, sorrindo para o pai.

O velho pai estava mais feliz e infantil que o filho.

Ainda é mais bobo que todos em casa.

Porque sabe que muitos pais palestrinos devem ter se sentido como eu, em 2008, naquela tarde de sábado de 21 de abril de 1917. Quando o Palestra Italia fez seu primeiro jogo no campo do Parque Antártica. 5 a 1 no Internacional paulistano. Palestrinos que devem ter se orgulhado quando, em 26 de abril de 1920, a escritura do terreno enfim virou patrimônio do clube. Quando o Stadium Palestra Italia foi inaugurado, em 13 de agosto de 1933. Goleando o Bangu por 6 a 0. Um time que tinha dois Da Guia na equipe. Tios de um certíssimo Ademir, maior craque do gramado no nível do solo, do jardim suspenso inaugurado em 7 de setembro de 1964.

Sagrado solo que viu um Dérbi terminar em 8 a 0, em 5 de novembro de 1933. Sagrada Academia de craques, alguns bagres. De vitórias para guardar nos olhos, de derrotas para se perder no cimento corroído pelo uso. Por alguns abusos. Por alguns desusos. Cascas de amendoim no cimento. Turma do Amendoim que não tem cabimento.

Nossa casa

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Daria a alma palmeirense para ver tantos jogos que não pude ver na nossa casa que merecia mesmo reparos em 2010, como tantas coisas que temos feito e/ou desfeito. Você deve ter outros tantos para contar aos filhos. Outros que nem queremos lembrar para o travesseiro.
Mas, naquele último jogo do velho Palestra, quando estivemos na cama, lembramos porque fomos a cada jogo. Até naqueles que não pudemos ir. Não quisemos. Ou o Palmeiras não quis jogar.

Acontece. Não conheço casa perfeita. Todas trincam. Caem pedaços. Dão trabalho. Precisam de reformas na base. Nem sempre uma pintadinha dá jeito. Até porque sempre vai ter alguém para achar defeito. É assim nossa casa. É assim o lar de qualquer um.
Mas, naqueles dias, quando fechamos os portões por longos anos, passamos horas abraçando cada pedaço que caiu ou saiu do lugar. Tempo de lembrar os degraus da escada que dão para a arquibancada, para o gramado que cheira de tão perto. Mesmo tão elevado. Tão suspenso. Tanto suspense. Se não pudemos lotar o estádio para dizer até logo, guardamos o coração para a festa da volta. Prometendo aos filhos que, em breve, estaríamos de volta. Mesmo que tenhamos prometido a nós mesmos não voltarmos quando as coisas não vão nada bem, como agora. É hora de chamar o Bonfá, o Simoninha, o Kleine, o Iamin, o Narda, o Patrick, o Fred, Luciano, Juan, Rogério, Hélder, Finelli, Canuto, Bianchi, Fabian, Conrado, Barneschi, Fábio, tanta gente que não cabe aqui. Ah, claro, e o Bindi, que supervisionou lá do céu a obra.

Até logo, mas foi longo

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Quando as luzes dos refletores se apagaram, quando as redes foram tiradas das traves, quando as próprias traves viraram buracos, quando os escudos do Palestra Italia e do Palmeiras atrás das metas mal puderam ser vistos, foi hora de cada palmeirense levar seu tijolo para casa. Um imenso pedaço de nossas vidas não foi demolido – apenas reformado.

É o progresso. Necessário avanço. Mas um clube que teve de mudar de nome, mas não de ideais, sabe como levar de vencida. Sabe como se virar fora de casa. Sabe como plantar sementes e criar Palmeiras. Sabe que o nosso berço está sempre lá esperando para embalar novamente os nossos e novos sonhos.

No fundo, podemos perder a casa. Não o nosso lar.

Este é o berço da Academia do país do futebol. O palco do Campeão do Século. O altar da comunhão palmeirense.

O Palestra Italia. O Palmeiras dos filhos desta pátria mãe gentil, dos netos da Mamma Itália. Mas tanto amor não tem cabimento. Por isso o Palestra precisava ser maior. Moderno como o gramado elevado de 1964. Eterno como o estádio que é nosso desde 1920 anos. E continuará sendo de cada um ao reabrir os portões para a História.

Quando voltou, nossa casa foi como é o nosso amor. Ainda maior. Ainda melhor. Ainda mais Palestra Italia. Sempre mais Palmeiras.

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Segundo tempo, o filme https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/segundo-tempo-o-filme/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/segundo-tempo-o-filme/#respond Sat, 25 Jan 2020 14:23:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/01/25/segundo-tempo-o-filme/

"Segundo tempo" é o tocante filme de Rogério Zagallo que encerra a trilogia iniciada com "Primeiro Tempo" e que passou por "Intervalo" até chegar ao tempo final de todos os tempos e templos palestrinos e palmeirenses. O filme acaba no recomeço no Dia da Bandeira de 2014. Ele se permite sentir (e na acepção italiana […]

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"Segundo tempo" é o tocante filme de Rogério Zagallo que encerra a trilogia iniciada com "Primeiro Tempo" e que passou por "Intervalo" até chegar ao tempo final de todos os tempos e templos palestrinos e palmeirenses.

O filme acaba no recomeço no Dia da Bandeira de 2014. Ele se permite sentir (e na acepção italiana de "sentire" como "ouvir") até a primeira conquista no Allianz Parque, um ano depois.

São 10 anos hoje desde o último jogo no Palestra Italia, em maio de 2010, contra o Grêmio. Quando o filme começa a contar a história de quem mais jogou, de quem melhor jogou, de quem mais gols marcou, de quem mais frequentou o estádio que, em abril de 2020, completa 100 anos da aquisição pelo clube.

"Segundo Tempo" retrata com emoção e rigor o Palestra que elevou os Jardins Suspensos em 1964 até ser demolido em 2010. A construção pedra a pedra até 2014. As dúvidas e dívidas pagas com juros de amor e correção futebolística por quem jogou e por quem faz de nossa casa o nosso lar, doce Palestra.

Zagallo admite que o ritmo do filme é lento. E tem que ser. Quatro anos longe de casa pareceram décadas. 90 anos de história contada pelo Oberdan que nasceu um ano antes da compra em 1920 também não é rápido. Mas quando é necessário acelerar a narrativa e mostrar a grama sendo plantada (justo nos dias em que ela será implementada como sintética em 2020), as imagens passam rápido. Como se fossem o filme que nos passa pela memória revendo o corredor do velho Palestra. Os vestiários onde tinha a frase do pai. Os cimentos cobertos de amendoim. Os pênaltis do Evair e do Marcos. Os gols do Maluco. O Divino abençoando nosso lar. Os donos do pedaço palmeirense sentindo cada centímetro de concreto amado.

"Segundo Tempo" é bela obra de um apaixonado com nome de craque e Lobo. Zagallo com espírito de porco e alma de periquito.

Um filme sobre a nossa casa para ver no cinema. Porque parece mesmo coisa de cinema.

E é. E ainda melhor: é tudo verde de tão verdade e esperança.

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105 anos do primeiro jogo do Palestra Italia https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/105-anos-do-primeiro-jogo-do-palestra-italia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/105-anos-do-primeiro-jogo-do-palestra-italia/#respond Fri, 24 Jan 2020 20:49:48 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/01/24/105-anos-do-primeiro-jogo-do-palestra-italia/

Faz 105 anos que o clube que mais venceu títulos nacionais no país que mais venceu títulos mundiais estreou. Foi em Votorantim, perto da Sorocaba que nos Deus Oberdan em 1940 e nos vendeu Luis Pereira em 1968. O Palestra Italia venceu por 2 a 0 o Savóia. Da Cruz que foi brasão do clube. […]

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Faz 105 anos que o clube que mais venceu títulos nacionais no país que mais venceu títulos mundiais estreou. Foi em Votorantim, perto da Sorocaba que nos Deus Oberdan em 1940 e nos vendeu Luis Pereira em 1968.

O Palestra Italia venceu por 2 a 0 o Savóia. Da Cruz que foi brasão do clube. Do emblema do time que foi Brasil para o mundo em 1951, que foi a seleção há 55 anos no Mineirão, que há 105 anos é o que parece sempre ter sido para quem é.

Time do Savóia que tinha dois Imparato dos tantos que depois seriam palestrinos. Palestra Italia que tinha gente de outros clubes que depois seriam quase todos Palmeiras. Players que também vinham do maior rival.

Assim é o futebol. Para ganhar alguém precisa perder. Mas é preciso tanto saber perder quanto saber vencer. E poucos souberam vencer tão bem e tantas vezes quanto aqueles que há 105 anos estrearam pelo time que seria o maior vencedor daquele século – e são os rankings os que contam isso, não o Palmeiras. São os rivais que souberam perder que sabem como é difícil ganhar dessa gente. Buona gente que sabe como é delicioso ganhar pela gênese de gênios.

Não se sabe se foi foi Amilcar, vindo do maior rival, quem primeiro tocou a bola no primeiro match.

Mas talvez tenha matado a bola em algum momento como Ademir da Guia a fazia viver no peito verde.

Stillitano certamente fez a primeira defesa da Academia de primeiros de Primo. E depois Jurandyr, Oberdan, Fábio, Laércio, Valdir, Maidana, Leão, Benítez, Gilmar, João Marcos, Zetti, Velloso, Sérgio, Marcos, Diego, Prass, Jailson, Weverton.

Bonato talvez tenha feito um desarme como Fiúme. Quem sabe Fúlvio deu um carrinho de Junqueira ou saiu driblando como Luís Pereira. Police pode ter sido Carabina ou feito bolinhas como Djalma Santos. Valle chutou forte como Roberto Carlos ou defendeu como Scotto.

Bianco Spartaco Gambini deve ter feito da linha acima da média uma primeira defesa como se fosse Og. Ou Dudu. Ou Sampaio. Pode até ter desmaiado numa bolada ou quebrado costelas como Dudu. Mas ficou em pé. Fincou pé pelo Palestra. E foi do pé dele que saiu o primeiro gol. Como se fosse naquele 12 de junho futuro. De pênalti indefensável para um goleiro que não era Marcos.

Não sei se Bianco fez alguma jogada como a de Sampaio em 1993. Ou, como Og Moreira, em 1942, sofreu um pênalti que levou o rival a desistir do jogo.

Mas imagino que Américo pode ter armado como Jair, Villadoniga ou Chinesinho. Cabeceado como Leivinha ou Servílio. Chapelado como Alex. Fintado como Edmundo e Djalminha.

Pode ter tido corner em Votorantim para Cavinato cruzar como Jorginho ou Arce para Bacharel ou Vitor Hugo ou Mina cabecearem. Ferré pode ter atacado como Rivaldo, Rinaldo ou Rodrigues. Driblado como Nei e o Baixola Dudu. Feito tudo como Lima ou Cafu.

Alegretti não foi Heitor. Romeu. Echevarrietta. Aquiles. Tozzi. Mazola. Vavá. Pantera. Tupã. César. Toninho. Evair. Mas era o comandante do primeiro ataque. Allegretti é autor do segundo gol da primeira vitória do primeiro Palestra. Uma redundância.

Não deve ter batido aquele pênalti como Evair. Não fez os gols que Heitor marcou pelo Palestra, que Maluco fez pelo Palmeiras, que aqueles primeiros pazzi não deveriam delirar tudo que tantos nomes ainda fariam sonhar e ganhar pelo Alviverde inteiro.

A primeira vez a gente nunca esquece. Pacaembu, 1973, a minha primeira.

A primeira vez a gente nem conhece – e foi essa há 105 anos.

Não importa.

Até por nada na nossa vida ser tão emocionante quanto a primeira vez, a segunda e todas as vezes em que nosso time vai a campo.

Grazie tanto, palestrinos de primeira hora e do primeiro jogo.

Nunca os vimos. Sempre os amaremos.

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Os melhores presentes de Natal https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-melhores-presentes-de-natal/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-melhores-presentes-de-natal/#respond Mon, 23 Dec 2019 23:11:12 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/23/os-melhores-presentes-de-natal/

Gol do Ananias. Sport 1 x 0 Palmeiras no Dia da Bandeira do Brasil em 2014. Aquela no peito do Verdão na final da Copa Rio. Bandeira carregada pelo Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão em 1942. Brasil que foi o Palmeiras na inauguração do Mineirão em 1965. Brasil cujo maior campeão […]

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Gol do Ananias. Sport 1 x 0 Palmeiras no Dia da Bandeira do Brasil em 2014. Aquela no peito do Verdão na final da Copa Rio. Bandeira carregada pelo Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão em 1942. Brasil que foi o Palmeiras na inauguração do Mineirão em 1965. Brasil cujo maior campeão é o Verdão.

Gol do Sport. Gol do Ananias. Sete anos depois de o Sport ter vencido o Palmeiras pelo BR-07. O último jogo do pai do nosso Guilherme Cimatti no velho Palestra. Um mês depois ele partiu.

Gol do Sport. Gol do Ananias. Dois anos antes dele e mais 70 partirem no voo da Chapecoense que ainda leva tanta gente junto.

Amanhã é véspera de Natal. Dia de terminar a listinha do Papai Noel. Quando os maiores presentes seriam os ausentes com a gente. O Ananias. Os outros 70 de Medellín. O pai do Cimatti. Meu pai. A irmã da minha mulher. Quem você quiser escalar.

O último passeio do meu pai com os netos foi na véspera do Dia dos Pais de 2012, nas obras da arena que ainda não era Allianz Parque. Mas sempre foi o nosso lar.

Eu queria que ele tivesse visto ao meu lado o meu primeiro documentário que estreou no primeiro evento oficial do estádio. Queria que ele estivesse na arquibancada com minha família quando fui o mestre de cerimônia na inauguração do Allianz Parque. Quando depois o Ananias…

Eu queria tanto. Como eu queria ver com ele a final do SP-76 que não conseguimos ir. Na da Libertadores que ele não pôde ir. Na do SP-08 que ele não quis ir – mas meu mais velho estava. Como meus dois estiveram na Copa do Brasil-15. Como a minha mãe, a minha mulher, meu caçula e nossa filhota foram ver o abraço de Jailson e Prass contra a Chape em 2016.

Como tudo isso e os gols do XV de Jaú em 1985 debaixo de chuva. Os gols que não saíram contra o Braga em 1990. Os pênaltis do Boca, do Barcelona, do Corinthians e do São Paulo. Tudo aquilo que não deu certo em casa. Mas por ser lá sempre acaba dando certo. Até quando acaba.

Natal é para celebrar a família. Nada pra mim a celebra mais do que o Palmeiras.

Natal é pro pai do Cimatti e o meu pai seguirem sempre presentes onde a gente mais lembra deles. Porque nada me conecta mais com ele do que o Palmeiras.

Não tem manchete de jornal, análise de futebol, título justo ou derrota digna que vença esse amor incondicional de pai pra filho. De Palestra pra Palmeiras

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Especial BR-72 – Verdão não engrenava: Palmeiras 1 x 1 Internacional https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-palmeiras-1-x-1-internacional/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-palmeiras-1-x-1-internacional/#respond Fri, 27 Sep 2019 17:41:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/09/27/especial-br-72-palmeiras-1-x-1-internacional/

Brandão deu folga de dois dias a todo elenco depois dos 3 a 0 contra o Santa Cruz. Jogos de quarta e domingo começavam a ser rotina, além das grandes viagens no Brasileirão. Tanto que o governo estudava limitar o número de partidas por atleta por temporada. Era o paizão Brandão entrando em campo. Sobretudo […]

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Brandão deu folga de dois dias a todo elenco depois dos 3 a 0 contra o Santa Cruz. Jogos de quarta e domingo começavam a ser rotina, além das grandes viagens no Brasileirão. Tanto que o governo estudava limitar o número de partidas por atleta por temporada.

Era o paizão Brandão entrando em campo. Sobretudo para ajudar os atletas que eram casados.

Leão queria voltar o quanto antes ao time, depois da lesão muscular na coxa direita. Raul Marcel vinha bem. O titular da Seleção já havia ficado no banco contra o Santa Cruz. O médico Nelson Rossetti o liberou para ser escalado contra o forte Internacional, tetracampeão gaúcho, dirigido por Dino Sani (que seria treinador palmeirense em 1975-76). Ele não teria o futuro selecionável Carbone (futuro técnico palmeirense em 1986). O volante foi substituído por Tovar. Na frente, outro futuro alviverde era o atacante Escurinho, que chegaria em 1978 ao Verdão.

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A chuva também explicou o baixo público presente. O gramado pesado não impediu a boa movimentação de Ademir, Madurga e Leivinha. Mas a zaga colorada, comandado pelo excepcional Figueroa, deu pouco espaço. Quando vencida, Schneider segurou a bronca.

O Palmeiras era melhor quando, aos 40, Claudiomiro (histórico artilheiro do Colorado) avançou pela esquerda e cruzou na cabeça de Valdomiro (ponta-direita do Brasil em 1974). Luís Pereira, Zeca e Leão hesitaram e o Inter saiu na frente.

Na segunda etapa, o Inter se fechou ainda mais e esperou a pressão palmeirense. Aos 30, Madurga foi derrubado pelo lateral Claudio. O argentino bateu firme o pênalti e empatou o clássico.

Figueroa foi o melhor em campo e não perdeu disputas pelo alto para Leivinha.

O esquema repetido com Leivinha mais à frente e Zé Carlos substituindo Dudu funcionou melhor. Mas o resultado não foi bom. Como a renda que foi baixa mais uma vez.

PALMEIRAS 1 X 1 INTERNACIONAL
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Data: quarta-feira, 27/setembro (noite)
Palestra Italia
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 58 090
Público: 5 119
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Zé Carlos e Ademir da Guia; Ronaldo (Edu), Madurga, Leivinha e Nei (Pio).
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Valdomiro 40 do 1º; Madurga (pênalti) 29 do do 2º.

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