Arquivos tag-Botafogo - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-botafogo/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:30:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Especial Primeira Academia 1965 – Campeão! Palmeiras 3 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/#respond Thu, 21 May 2020 16:28:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/21/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/

https://youtu.be/uWg4cNtsBZA Nelson Rodrigues: “O Palmeiras foi perfeito. Irretocável. Cada jogada uma obra-prima. O Palmeiras não pensou no placar. Tratou de fazer exibição é só. Suas tramas eram trabalhadas em renda fina, em renda da Bélgica”. O genial cronista de O GLOBO demorou para se apaixonar pelo Palmeiras que conquistou antecipadamente o Rio-São Paulo e ganhou […]

O post Especial Primeira Academia 1965 – Campeão! Palmeiras 3 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

https://youtu.be/uWg4cNtsBZA

Nelson Rodrigues: “O Palmeiras foi perfeito. Irretocável. Cada jogada uma obra-prima. O Palmeiras não pensou no placar. Tratou de fazer exibição é só. Suas tramas eram trabalhadas em renda fina, em renda da Bélgica”. O genial cronista de O GLOBO demorou para se apaixonar pelo Palmeiras que conquistou antecipadamente o Rio-São Paulo e ganhou o eterno apelido de Academia.
“Ademir foi um maravilhoso atacante e Domingos um incomparável zagueiro. Ademir da Guia, o jovem centauro de ambos, tanto ataca quanto defende. (…). Teve uma exibição quase sobrenatural. Até os buracos do Pacaembu confraternizaram com ele. Não se pode imaginar que outro craque dê passes mais limpos, exatos, macios”.

100061176_2956934054396270_1208475807068979200_n
Charge na coluna de Nelson Rodrigues, em O GLOBO

Nelson brincava desde 1954 com seu não menos genial colega e amigo Armando Nogueira falando do “scratch húngaro” do Armando. Para ele, todo timaço, real ou não, era uma seleção húngara de 1954 vista por Armando na Suíça. Quando o cronista falava que uma equipe ou alguém ganhava essa metáfora, ele era o máximo.
Ele foi Ademir da Guia nos 3 a 0 finais contra o Botafogo, e em quase todo o Rio-São Paulo.
“O meu scratch húngaro é o Ademir da Guia”, encerrou a crônica habitual “O Meu Personagem da Semana”.
Ademir e Rinaldo foram os melhores da partida com maior renda do Rio-São Paulo. 3 a 0 no desfalcado Botafogo (sem Garrincha, Jairzinho, Roberto Miranda, Mura e Luís Carlos). Palmeiras ainda sem Julinho (discutindo contrato) e sem o goleador Ademar Pantera, 14 gols, (vencedor do prêmio Air France de artilheiro do torneio), com a tíbia trincada – e por isso cortado da lista de 29 convocados por Vicente Feola para a Seleção. (Em seu lugar foi chamado Servílio. Isto é, o Palmeiras mantinha absurdos sete listados pela CBD).

100090002_2956934074396268_4798554273040302080_n
Primeira página do caderno de Esportes de O GLOBO

O Palmeiras jogaria pelo empate naquele domingo à tarde no Pacaembu para ser campeão antecipado. Nem isso foi necessário. No sábado, no Maracanã, a Portuguesa precisava vencer o Flamengo por 9 x 0. Acabou em um melancólico empate sem gols e sem futebol que deu o título (ainda mais) antecipado ao Palmeiras. Como venceu o segundo turno, e já havia vencido também o primeiro, a Academia de Filpo Núñes cancelou as finais.
Desde os 5 a 0 contra o São Paulo na quarta-feira, no Pacaembu, o clima já era de festa. Tanto que os diretores Ferrucio Sandoli e Arnaldo Tirone anteciparam a concentração para os solteiros no Hotel Normandie. Os reservas Picasso, Santo, Júlio Amaral, Ferrari, Nelson, Tarciso e Germano estavam disponíveis para o treinador.
No domingo, o palmeirense invadiu o Pacaembu com muitas bandeiras e flâmulas. As de pano custavam mil cruzeiros. As flâmulas, 500. O Botafogo até começou bem o clássico. Mas uma vez mais a Academia fez o jogo dela. E também o do rival. Trocou bola com engenho e qualidade, com intensidade e movimentação na frente, e a genialidade, velocidade e dinâmica de Dudu e Ademir da Guia, rima que era seleção tanto da primeira quanto seriam também da Segunda Academia (1972-1974).

99133590_2956933957729613_8166047201357725696_n

Para a FOLHA DE S.PAULO, “o Palmeiras jogou como poucos conseguirão fazer. Deu um espetáculo para os olhos”. E fez 1 a 0 aos 13: Dudu lançou Gildo pela direita, ele passou pelo ótimo Rildo e cruzou na cabeça de Tupãzinho. Mais festa no Pacaembu.
Aos 29, Ademir fez o dele, em grande lance de Servílio, e uma bela pancada de primeira do Divino.
O Botafogo começou a se enervar. Também com a arbitragem, que não marcou um pênalti bem marcável de Carabina em Bianchini, aos 32.
Mas o Palmeiras seguia “jogando uma enormidade”, nas palavras da FOLHA. No intervalo, as dores nas costas de Tupã o tiraram de campo. Sem problemas: a fase de Dario era espetacular. Ele entrou mais uma vez voando. E o Botafogo batendo. Aos 20, depois de sofrer mais uma falta de Dudu, Gérson perdeu a cabeça e deixou o pé na canela do volante palmeirense. Devidamente expulso.
Mais cinco minutos, Djalma Santos é substituído por Nelson Coruja para ser ovacionado em pé pela torcida alviverde. Logo depois o ótimo Sicupira perdeu a cabeça e merecia ter sido expulso pela falta feia em Rinaldo. Algo que Rildo conseguiria aos 35, quando deixou o cotovelo em Germano (que tinha acabado de substituir Dudu).

99122809_2956933964396279_4145118317994049536_n
Dario divide com Manga, na segunda etapa brilhante do Palmeiras.

O Palmeiras ficou só ataque. Como fez várias vezes na carreira brilhante, o Divino virou o primeiro volante, com Servílio e Rinaldo ao lado, e Gildo, Dario e Germano na frente.
Se 11 x 11 já não tinha para o Botafogo e não teve para nenhuma equipe no Rio-São Paulo, 11 x 9 era questão de tempo para o Palmeiras fazer o gol de todos os tempos no torneio.
Aos 44 minutos, quando já poderia estar mais do que o dobro no placar não fosse o goleiro alvinegro Manga, Ademir avançou pela esquerda e tabelou com Dario. A bola sobrou para o Divino já dentro da área. Marcado por Paulistinha e Zé Carlos, não teve dúvida: “foi um recurso que eu tinha, jamais um desprezo ou menosprezo pelos rivais”. Ele deu uma cavadinha, uma colherinha, uma bola levantada desde o chão para o sem-pulo de Dario da entrada da área.
Gol espetacular. Uma aula da Academia. “Consagração brilhante e merecida do campeão”, escreveu O GLOBO, que também o chamou de “melhor time do Brasil” em manchete.
A única equipe a vencer todos os jogos como visitante no torneio: cinco vitórias no Maracanã.
Foram 12 vitórias, 3 empates, e apenas uma derrota para o Flamengo, no Pacaembu.
Melhor ataque, melhor defesa, maiores públicos, maiores rendas. Dez pontos a mais na classificação geral do que o segundo colocado – Vasco. Marcados 49 gols e sofridos 20 em 16 jogos. Média de gols de mais de 3 por partida.
A Primeira Academia.
Uma aula de futebol.
Um time que não só marcou época: definiu uma escola, uma filosofia, uma identidade de jogo.
O nome do centro de treinamentos do clube desde 1992.
A “Eterna Academia”, o nome do livro oficial do centenário, em 2014.

99003974_2956934034396272_3068835612816572416_n

PALMEIRAS 3 X 0 BOTAFOGO
Torneio Rio-São Paulo/Turno Final
Domingo, 23 de maio (tarde)
Pacaembu
Juiz: José Teixeira de Carvalho
Renda: Cr$ 42 912 500
Público: 46 577
PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos (Nelson), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu (Germano) e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Dario) e Rinaldo.
Técnico: Filpo Núñez
BOTAFOGO: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton (Dimas) e Gérson; Canavieira, Turcão (Sicupira), Bianchini e Artur.
Técnico: Admildo Chirol
Cartões Vermelhos: Germano e Gérson
Gols: Tupãzinho 13 do 1º; Ademir da Guia 23 e Dario 44 do 2º

O post Especial Primeira Academia 1965 – Campeão! Palmeiras 3 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-primeira-academia-1965-campeao-palmeiras-3-x-0-botafogo/feed/ 0 100061176_2956934054396270_1208475807068979200_n 100090002_2956934074396268_4798554273040302080_n 99133590_2956933957729613_8166047201357725696_n 99122809_2956933964396279_4145118317994049536_n 99003974_2956934034396272_3068835612816572416_n
Especial BR-72 – Campeão! Palmeiras 0 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/#respond Mon, 23 Dec 2019 15:44:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/23/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/

O Palmeiras foi campeão paulista invicto de 1972 empatando sem gols o jogo decisivo com o São Paulo, em setembro. O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1972 (perdendo apenas 4 jogos) empatando sem gols com o Botafogo, no Morumbi. O melhor time do campeonato foi também o melhor na partida única. O Botafogo do treinador […]

O post Especial BR-72 – Campeão! Palmeiras 0 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O Palmeiras foi campeão paulista invicto de 1972 empatando sem gols o jogo decisivo com o São Paulo, em setembro. O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1972 (perdendo apenas 4 jogos) empatando sem gols com o Botafogo, no Morumbi. O melhor time do campeonato foi também o melhor na partida única.

O Botafogo do treinador Leônidas não teve o goleiro Wendel, lesionado na clavícula esquerda. Cao, goleiro do clube que perdeu o último jogo do Robertão de 1969 para o Palmeiras, foi o titular. Jairzinho não estava 100%, assim como o palmeirense Dudu, com problemas no joelho.

Antes de a bola rolar no sábado à tarde, antevéspera do Natal, a polêmica começou desde a escolha do Morumbi. Apesar de o Palmeiras ter o mando de campo, o clássico ser disputado no estádio do São Paulo foi determinação da CBD. Oswaldo Brandão não gostou. "Antonio do Passo [diretor] manda na entidade. Os cariocas mandam no futebol brasileiro e fazem o que querem. Por isso escolheram o estádio do São Paulo e não o Pacaembu".

O treinador palmeirense também criticou os cartolas paulistas. "A FPF aceita tudo que vem da CBD e não faz nada".

A metralhadora de Brandão também chegava às arbitragens. Até para defender o Corinthians, eliminado na semifinal do BR-72 pelo Botafogo. "Têm muitas coincidências a favor do futebol carioca… No Maracanã, [na outra semifinal], o Sebastião Rufino não deu um pênalti claro no Sicupira [Corinthians], não marcou falta no Ado no gol da virada do Botafogo [NR: aqui não houve nada], e ainda anulou outro lance de gol legal do Corinthians".

Brandão queria Armando Marques no apito. O árbitro que o Botafogo não queria pintado de preto e branco. (E que teria má atuação na partida entre Palmeiras e Botafogo da Libertadores-73, quando mais uma vez prejudicou o time de Brandão…).

Agomar Martins foi o escolhido pela CBD. Sem a aprovação do treinador: "ano passado ele apitou muito mal um jogo nosso contra o mesmo Botafogo".

As críticas do velho mestre sobravam até para o palmeirense: "nossa torcida é fria e desinteressada. Para piorar, o jogo sábado vai pegar as lojas abertas para as compras de Natal. Seria melhor para o público e para a renda que fosse à noite".

O elenco palmeirense estava confiante. Mas atento. "Não podemos nos desesperar como no jogo contra o São Paulo quando levamos um gol e nos desorganizamos", disse o jovem craque Luís Pereira. "Mas vai dar pra ganhar".

"A derrota pro São Paulo nos abriu os olhos", disse Madurga.

Ademir da Guia também preferia o Pacaembu. "O gramado está pior do que o do Morumbi, mas nós o conhecemos melhor".

10D3B0CA-73EF-4A2C-9F60-7AF26A7F0819

Nei era outro que sabia que o empate bastaria. "Estou melhorando. Perdi 2 kg. Fiz o gol da classificação contra o Inter depois de perder muitos gols nos últimos jogos. Ainda estou apanhando muito dos zagueiros, mas já sei como aguentar as pancadas".

F85362B6-4FF6-4705-A391-93C037105F35

O treinador Leônidas do Botafogo sabia sabia da força do rival, que desde 1964 não era vencido pelo clube carioca: "Palmeiras chega a irritar o adversário de como esse time sabe ficar com a bola".

O DIA DO JOGO

Clovis Rossi, escrevendo em O ESTADO DE S.PAULO, 40 anos antes de trocar o Nosso Palmeiras pelo Barcelona dele, já fazia as dele dizendo que seria muito melhor para o torneio uma final entre Palmeiras x Corinthians. E que por isso o clima não era de decisão na cidade…

Mas era preciso conter o ambiente festivo no elenco. Raul Marcel, goleiro reserva, havia se casado na terça-feita antes do empate com o Inter, no Pacaembu. Leivinha, goleador do Palmeiras no BR-72, casou na quinta-feira, com a bandeira do Palmeiras no altar, já classificado para a finalíssima.

A lua de mel seria depois da decisão de sábado, na Europa. História parecida com a de Ademir da Guia, cujas núpcias foram na véspera da conquista da Taça Brasil de 1967, no terceiro jogo contra o Náutico, no Maracanã

O Palmeiras chegava confiante e favorito ao Morumbi. O Botafogo iria a campo com dois meses de salários atrasados. (Seria campeão brasileiro em 1995 com salários atrasados em cinco meses…)

Não vieram tantos botafoguenses a São Paulo. Apesar do "milagre econômico" de 1972, não era barato o transporte. Pela Ponte Aérea custava 128 cruzeiros a passagem. O trem mais barato até São Paulo era 14 cruzeiros. Ônibus saía por 22. Ainda assim chegaram 64 ônibus cariocas.

Não era fácil chegar à época ao afastado Morumbi. No sábado à tarde, 23 de dezembro, mais difícil ainda. O Palmeiras queria jogo 21h, com o comércio ja fechado das últimas compras natalinas. Mas não houve jogo para a CBD.

Para piorar, choveu muito forte a partir das 14h. Chuva que não parou até 15h30. O que fez com que arbitragem e CBD, com anuência dos clubes, adiassem o pontapé inicial em meia hora. E ainda assim teve gente chegando depois do primeiro apito do árbitro.

Como acontecia até os anos 1980, o atraso inicial foi ainda maior. O Palmeiras só veio a campo 16h35. O Botafogo faria pior: 16h45. O time palmeirense ficou na chuva se aquecendo com o excelente preparador Hélio Maffia. Ele não deixava os atletas darem entrevistas naqueles 10 minutos para não perderem o aquecimento.

4B7C6423-30AD-422B-A7A4-B1F5DCDA1716

O time carioca entrou vaiado também pelo atraso de mais de 15 minutos. As equipes então se perfilaram e ouviram o Hino Brasileiro, ainda não obrigatório nos estádios.

PRIMEIRO TEMPO

Com 50 minutos de atraso a bola rolou. O Palmeiras foi sempre melhor, administrando com inteligência e eficiência o empate que lhe dava o título pela melhor campanha na primeira fase do BR-72.

A primeira chance foi paulista. Ademir da Guia lançou Madurga que passou por Osmar (zagueiro da seleção olímpica) e chutou fora, aos 8 minutos. Aos 16, Brito (campeão do mundo pelo Brasil em 1970) salvou gol de Leivinha.

O camisa 8 e artilheiro palmeirense no BR-72 teria outra boa chance aos 32 (já com os refletores acesos desde os 25 minutos). Aos 34, ele marcou um gol, mas o lance foi anulado por impedimento de Nei.

O time carioca não conseguiu chegar à meta de Leão. Os laterais Eurico e Zeca não deram espaço para os pontas Zequinha e Ademir.
ACEDA9EF-D30E-4037-97C9-C72F6159857E

Luís Pereira foi perfeito por cima e por baixo.

Dudu também anulou Jairzinho. Ademir da Guia foi o melhor da primeira etapa, armando e cadenciando o jogo, e também dando um pé a Dudu. Madurga e Edu (também porque orientado a acompanhar o apoio de Marinho Chagas) não foram tão bem. Nei voltou a jogar demais, driblando muito e passando várias vezes por Valtencir.

AD0DB57F-1CB4-4AB4-AF09-01679517DBC7

INTERVALO

No intervalo, o torcedor José Lazarini Filho passou mal e morreu de infarto, aos 73 anos. Foi atendido no ambulatório do Morumbi.

O ex-diretor Arnaldo Tirone (pai do futuro presidente do clube) também não passou bem e foi para casa, desaconselhado a ouvir a decisão pelo rádio.

O repórter de televisão Gilberto Pereira levou um choque com o microfone e desmaiou, mas voltaria para trabalhar na segunda etapa.

SEGUNDO TEMPO

4F582F84-EDFA-43AA-8264-65A8F0579AA4

Leônidas substituiu Ademir pelo centroavante grandalhão Ferreti. O Lobo Fischer saiu da área e foi atacar pela esquerda.

Brandão mexeu taticamente no Palmeiras. Aproximou Leivinha mais do ataque e segurou mais Madurga.

A mexida carioca criou a única chance do Botafogo na decisão. Aos 2 minutos, Zequinha enfim passou por Zeca e cruzou para Fischer chutar e Leão fazer ótima defesa.

A partida ficou mais equilibrada. E dura. Aos 12, Jairzinho deu uma entrada dura em Alfredo que caiu desacordado. Mas logo estaria de volta à zaga.

F5E53F42-35AC-463B-9366-968710F3D4F3

Aos 15, Nei passou mais uma vez por Valtencir e chutou na rede lateral da meta de Cao. Brandão então mexeu no time. Ronaldo na direita no lugar de Edu para prender mais a bola. Logo depois saiu Dudu, que voltou a sentir o joelho. Zé Carlos entrou mais uma vez bem na cabeça da área.

FB04EE4B-9119-456E-AF6F-521FC24F165A

Aos 30, o Botafogo forçou mais. Zequinha foi para a esquerda e Fischer passou a atuar na ponta-direita. Deu na mesma. "Eu tinha certeza do título já no intervalo. Do jeito que o Palmeiras jogava e não deixava o adversário jogar, estava tudo bem encaminhado", lembra Leivinha.

O Palmeiras teve menos chances até o final. O Botafogo, nenhuma.

684BC984-7C22-447E-A7B2-6464F56999B6

Zero a zero. O melhor time do BR-72 era o campeão.

MAIS UMA FESTA

Os jogadores estavam tão felizes quanto aliviados no final. "Estávamos mortos", diz Ademir da Guia, que recebeu ainda no gramado uma coroa de "rei do Parque Antarctica", dada por um médico palmeirense. "Mas merecemos tudo isso. Ganhamos os jogos que precisávamos e empatamos quando foi necessário. Só um grande time ganha os cinco torneios que disputa como nós fizemos este ano", disse à revista PLACAR.

C8FF8FD8-5D0E-4A6B-B1CE-D2D3C44D65F8
Não teve nem volta olímpica no Morumbi. O time queria voltar o quanto antes para casa para a véspera de Natal no dia seguinte. Além da chuva forte que voltou e levou muita gente mais cedo ao vestiário.

"Foi meu melhor ano pelo Palmeiras. Não apenas pelas nossas conquistas. Mas pelo modo como joguei tantas partidas sem lesão. Nossa preparação física foi excelente", disse Ademir, ainda no vestiário festivo.

"Santo da casa não faz milagre", desabafava Alfredo. "Surgi no clube e fiquei três anos sendo emprestado até o Brandão confiar em mim. As mesmas pessoas que me criticavam hoje estão aqui no vestiário me elogiando".

4D74DAFD-2EA1-4E5D-852B-E22848CF6949

Luís Pereira, herói da decisão, era dos nais festejados no campo. Sem camisa, com a faixa de campeão no peito oferecida pela Rádio Tupi, dizia que o Palmeiras não deixou o rival atacar.

No vestiário vice-campeão, poucas lamentações. Apenas constatações e elogios ao campeão: "o Palmeiras foi o melhor time do campeonato e merecia mesmo ser campeão", disse Jairzinho, o Furacão da Copa-70. "Seria uma injustiça o Palmeiras perder esta final e também o campeonato". Palavras do treinador alvinegro Leônidas.

Leivinha defendia o futebol da equipe. "Não ganhamos os dois últimos jogos, mas soubemos ter humildade para jogar conforme o regulamento que nos privilegiou pela melhor campanha".

Também por não ter havido volta olímpica, a celebração pelo título nacional pareceu mais fria que a do título paulista invicto de 1972, 4 meses antes. A chuva, o sábado à noite, e as compras natalinas também explicam parte da "frieza".

Na saída do estádio, muitas buzinas pelas avenidas Giovani Gronchi, Morumbi, Oscar Americano, Rebouças e Nove de Julho. A Rua Augusta parou. Também pelas compras natalinas.

No clube, como de costume, sistema de som do estádio tocando o hino do clube. Chope à vontade. César Maluco de terno branco comandando a festa com a bateria da escola de samba Camisa Verde e Branco.

7C891013-7B93-47A7-96F2-5F0D5CD08C8A

FDF4A028-CFA8-4CD3-9BA3-B4BF4D45C0BD
A única preocupação da diretoria era renovar o contrato de Brandão, que vencera na véspera da decisão. Como parecia que tudo já estava definido antes mesmo de a bola rolar. O Palmeiras teve 10 pontos a mais do que o vice Botafogo. O semifinalista Inter ficou a 3 pontos do campeão.

A taça de 1m30 e 12kg da CBF ficou para o Palmeiras, oferecida por Magalhães Pinto, ex-governador mineiro, e torcedor do clube.

O Internacional pediu a anulação do jogo semifinal por entender que Ademir da Guia estava impedido no gol de empate. O processo no STJD deu em nada.

A CBD consultou Palmeiras e Botafogo se os clubes queriam participar da então deficitária Libertadores da América.

Os dois representariam o Brasil no torneio em 1973.

C922D169-FE43-4729-A310-A2D7B0935263

PALMEIRAS 0 X 0 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro/Final — Jogo Único
Sábado, 23/dezembro (tarde)
Morumbi
São Paulo (SP)
Juiz: Agomar Martins (RS)
Renda: Cr$ 649 445
Público: 58 287
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
BOTAFOGO: Cao; Valtencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir (Ferretti)
Técnico: Sebastião Leônidas

O post Especial BR-72 – Campeão! Palmeiras 0 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/feed/ 0 10D3B0CA-73EF-4A2C-9F60-7AF26A7F0819 F85362B6-4FF6-4705-A391-93C037105F35 4B7C6423-30AD-422B-A7A4-B1F5DCDA1716 ACEDA9EF-D30E-4037-97C9-C72F6159857E AD0DB57F-1CB4-4AB4-AF09-01679517DBC7 4F582F84-EDFA-43AA-8264-65A8F0579AA4 F5E53F42-35AC-463B-9366-968710F3D4F3 FB04EE4B-9119-456E-AF6F-521FC24F165A 684BC984-7C22-447E-A7B2-6464F56999B6 C8FF8FD8-5D0E-4A6B-B1CE-D2D3C44D65F8 4D74DAFD-2EA1-4E5D-852B-E22848CF6949 7C891013-7B93-47A7-96F2-5F0D5CD08C8A FDF4A028-CFA8-4CD3-9BA3-B4BF4D45C0BD C922D169-FE43-4729-A310-A2D7B0935263
Opções de Mano Menezes, Borja e Deyverson vivem jejum e Henrique Dourado ainda nem reestreou https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/opcoes-de-mano-menezes-borja-e-deyverson-vivem-jejum-e-henrique-dourado-ainda-nem-reestreou/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/opcoes-de-mano-menezes-borja-e-deyverson-vivem-jejum-e-henrique-dourado-ainda-nem-reestreou/#respond Fri, 11 Oct 2019 18:10:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/10/11/opcoes-de-mano-menezes-borja-e-deyverson-vivem-jejum-e-henrique-dourado-ainda-nem-reestreou/

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação) O Palmeiras enfrenta o Botafogo neste sábado (12) às 21h no Pacaembu e tem problemas no ataque já que Luiz Adriano está machucado e William suspenso. O técnico Mano Menezes tem três opções para escolher o atacante de referência, porém nenhum deles devem ser a solução. RelacionadasEquipes Sub-15 e Sub-17 do […]

O post Opções de Mano Menezes, Borja e Deyverson vivem jejum e Henrique Dourado ainda nem reestreou apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

O Palmeiras enfrenta o Botafogo neste sábado (12) às 21h no Pacaembu e tem problemas no ataque já que Luiz Adriano está machucado e William suspenso. O técnico Mano Menezes tem três opções para escolher o atacante de referência, porém nenhum deles devem ser a solução.

Borja, Deyverson e Henrique Dourado formam o trio. O primeiro é quem mais entrou em campo desde a chegada do treinador. Ele atuou em cinco dos oito compromissos até agora com Mano, mas não marcou. A última vez do colombiano aconteceu na goleada sobre o Godoy Cruz por 4 a 0, na volta das oitavas de final no Allianz Parque, dia 30 de julho, ainda com Felipão. De lá para cá, Borja entrou em campo seis vezes.

Deyverson acumula jejum em dobro em relação ao concorrente. O camisa 16 não marca há 12 partidas. A última vez foi antes da pausa para a Copa América, quando marcou uma vez na vitória sobre o Avaí por 2 a 0, em 13 de junho. Preferido para o posto por Luiz Felipe Scolari, ele entrou em campo somente duas vezes com Mano.

A terceira opção é Henrique Dourado. Com vínculo até o final do ano, ele ainda não fez a reestreia pelo Palmeiras. Em alguns momentos chegou a ser relacionado, porém ultimamente nem tem ficado no banco de reservas.

Quando não teve Luiz Adriano diante do Atlético-MG, o treinador optou por Borja, substituído no segundo tempo. Deyverson entrou durante oa etapa final e ambos estiveram juntos por dez minutos até o camisa 9 ser substituído. Os dois tiveram a oportunidade de estarem ao mesmo tempo em campo dez vezes e o Palmeiras venceu somente uma quando isso aconteceu, justamente contra o Botafogo, em 2017 no Nilton Santos: 2 a 1.

Borja: seis jogos sem marcar – último gol em 30/7 – Palmeiras 4×0 Godoy Cruz
17/8 – Grêmio 1×1 Palmeiras – jogou a partida inteira
7/9 – Goiás 1×2 Palmeiras – entrou aos 26’/2T
10/9 – Palmeiras 3×0 Fluminense – entrou aos 24’/2T
14/9 – Palmeiras 1×0 Cruzeiro – entrou aos 26’/2T
29/9 – Internacional 1×1 Palmeiras – entrou aos 25’/2T
5/10 – Palmeiras 1×1 Atlético-MG – titular e substituído aos 24’/2T

Deyverson: 12 jogos sem marcar – último gol em 13/6 – Palmeiras 2×0 Avaí
3/7 – Guarani 2×1 Palmeiras – titular e substituído aos 18’/2T
10/7 – Palmeiras 1×0 Internacional – jogou a partida inteira
13/7 – São Paulo 1×1 Palmeiras – jogou a partida inteira
17/7 – Internacional 1×0 Palmeiras – titular e substituído aos 29’/2T
20/7 – Ceará 2×0 Palmeiras – jogou a partida inteira
23/7 – Godoy Cruz 2×2 Palmeiras – entrou aos 37’/2T
30/7 – Palmeiras 4×0 Godoy Cruz – entrou aos 31’/2T
4/8 – Corinthians 1×1 Palmeiras – jogou a partida inteira
11/8 – Palmeiras 2×2 Bahia – entrou aos 23’/2T
27/8 – Palmeiras 1×2 Grêmio – entrou no intervalo
22/9 – Fortaleza 0x1 Palmeiras – entrou aos 27’/2T
6/10 – Palmeiras 1×1 Atlético-MG – entrou aos 14’/2T

O post Opções de Mano Menezes, Borja e Deyverson vivem jejum e Henrique Dourado ainda nem reestreou apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/opcoes-de-mano-menezes-borja-e-deyverson-vivem-jejum-e-henrique-dourado-ainda-nem-reestreou/feed/ 0
Especial BR-72 – Primeira em casa: Palmeiras 2 x 2 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/#respond Sat, 21 Sep 2019 02:27:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/09/21/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/ O Robertão de 1969 foi conquistado depois de um 3 a 1 no Botafogo, no Morumbi. O BR-72 acabaria sendo vencido meses depois, em dezembro, com empate sem gols no mesmo estádio. Mas, naquela noite de quarta-feira no Pacaembu, o time carioca era o mesmo que, em dezembro de 1971, vencera o Palmeiras naquele Pacaembu […]

O post Especial BR-72 – Primeira em casa: Palmeiras 2 x 2 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O Robertão de 1969 foi conquistado depois de um 3 a 1 no Botafogo, no Morumbi. O BR-72 acabaria sendo vencido meses depois, em dezembro, com empate sem gols no mesmo estádio. Mas, naquela noite de quarta-feira no Pacaembu, o time carioca era o mesmo que, em dezembro de 1971, vencera o Palmeiras naquele Pacaembu e acabaria se classificando para o triangular decisivo que daria o Brasileiro do ano anterior ao Atlético Mineiro.

O Palmeiras vinha de três jogos fora de casa. Derrota para o Coritiba, 3 a 0 no Vitória, empate surpreendente contra o Sergipe. Era o primeiro jogo em São Paulo desde o título paulista invicto.

Dudu seguia se recuperando das costelas fraturadas naquele empate sem gols contra o São Paulo no SP-72. César havia sido suspenso por 7 meses (mas ao menos enfim renovara contrato por um ano). Com lesão muscular na coxa direita, Leão mais uma vez seria substituído por Raul Marcel (que tinha uma empresa com César). Goleiro de boas qualidades, mas sempre brigando contra a balança.

Dudu fazia muita falta na cabeça da área. Ademir tinha de fazer vários funções. Fedato e Ronaldo sabiam fazer gols. Eram ótimos jogadores. Mas não eram o que viria a ser o artilheiro histórico do Palmeiras desde 1942 como César.

A imprensa começava a discutir a maratona de viagens e jogos e se os clubes tinham elencos suficientes para tanto. Era opinião quase unânime que o Palmeiras tinha: Leão, Raul Marcel, Neuri e Tonho que vinha da base para a meta; Eurico e João Carlos (que atuava em qualquer posição da zaga), Zeca e Celso para as laterais; Luís Pereira, Alfredo, Polaco e Beliato na zaga; Dudu, Ademir da Guia, Zé Carlos, Madurga no meio; na frente, Edu, Leivinha, César, Nei, Ronaldo, Fedato, Bio e Pio.

O time titular era muito melhor que o reserva. Mas não seria necessário até o final do BR-72.

Sorte de Brandão que Leivinha seguia jogando o fino. E cabeceando como nenhum outro no Palmeiras e talvez no futebol brasileiro.

O Botafogo vinha de derrota em casa para o Grêmio (melhor time do início do BR-72). O técnico Tim não tinha os lesionados Jairzinho (o Furacão da Copa-70) e o ponta Zequinha. Começou pressionado pelo Palmeiras. Mas com 10 minutos já equilibrou o clássico e, numa bela enfiada de Carlos Roberto às costas de Luís Pereira, o artilheiro argentino Lobo Fischer tocou na saída de Raul Marcel. 1 a 0 Botofago, aos 24.

O Palmeiras demorou a se acertar. O rival se fechou bem. Mas em boa troca de bola entre Eurico e Ademir pela direita, o Divino cruzou de esquerda para a área. Toda a zaga alvinegra bobeou (e era de Seleção com Brito e Osmar) e Nei aproveitou para vencer Wendel (outro que seria do Brasil, também como preparador de goleiros).

O jogo seguiu igual na segunda etapa. Em lance confuso, Fischer desempatou de novo, de bico, aos 16. Só aos 39 o Palmeiras voltou a empatar. Eurico cruzou da direita, e Leivinha cabeceou espetacularmente no ângulo de Wendel. Brito não o alcançou. (Como também não alcançaria na final do SP-74).

4C053D05-C30E-431C-B5A7-DE2BC7C23A3C

Empate justo. Também pela força do Botafogo. Mas ainda ruim na tabela para o Palmeiras que não engrenava.

Vaias injustas à equipe. Madurga foi muito vaiado quando substituído pelo volante Zé Carlos. Leivinha vinha sendo apupado até o gol de empate. Por isso foi em direção à torcida mostrar a camisa suada. “Nessas horas difíceis precisamos demais do apoio do torcedor”. Eurico também estava chateado com a reação da torcida. “Quando estamos vencendo não precisamos do apoio. Mas quando as coisas não estão bem, fundamental que a torcida nos ajude”.

Não eram muitos no Pacaembu. Nem 11 mil. E quase todos cornetando o momento irregular do campeão paulista de 1972.

Para Marinho Chagas, que seria titular do Brasil na Copa de 1974, o empate em São Paulo havia sido uma vitória para o Botafogo. Para Tim, o Palmeiras tinha condições de disputar o título de 1972. E seria contra o próprio Botafogo.

https://youtu.be/2dqbphtO5fA

PALMEIRAS 2 X 2 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Quarta-feira, 20/setembro (noite)
Pacaembu
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 81 580
Público: 10 856
PALMEIRAS: Raul Marcel; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Ademir da Guia e Madurga (Zé Carlos); Ronaldo, Leivinha, Fedato (Pio) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Fischer 24 e Nei 42 do 1º; Fischer 16 e Leivinha 39 do 2º

O post Especial BR-72 – Primeira em casa: Palmeiras 2 x 2 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-primeira-em-casa-palmeiras-2-x-2-botafogo/feed/ 0 4C053D05-C30E-431C-B5A7-DE2BC7C23A3C
Especial Libertadores-99: Botafogo 1 x 1 Palmeiras, 4 x 2 nos pênaltis, em 11/06/1999 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-botafogo-1-x-1-palmeiras-4-x-2-nos-penaltis-em-11-06-1999/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-botafogo-1-x-1-palmeiras-4-x-2-nos-penaltis-em-11-06-1999/#respond Tue, 11 Jun 2019 21:15:17 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/06/11/especial-libertadores-99-botafogo-1-x-1-palmeiras-4-x-2-nos-penaltis-em-11-06-1999/

Não deu. O delírio de tríplice coroa no primeiro semestre de 1999 acabou na noite de sexta-feira, no Maracanã. Nos pênaltis, o Palmeiras foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil. O Botafogo se classificou para a decisão do torneio contra o Juventude, “irmão de leite” palmeirense, também pela cogestão com a Parmalat. No Rio, […]

O post Especial Libertadores-99: Botafogo 1 x 1 Palmeiras, 4 x 2 nos pênaltis, em 11/06/1999 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Não deu. O delírio de tríplice coroa no primeiro semestre de 1999 acabou na noite de sexta-feira, no Maracanã. Nos pênaltis, o Palmeiras foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil. O Botafogo se classificou para a decisão do torneio contra o Juventude, “irmão de leite” palmeirense, também pela cogestão com a Parmalat.

No Rio, na antevéspera da decisão do SP-99 contra o Corinthians, e a cinco dias da finalíssima da Libertadores contra o Deportivo Cali, o time de Felipão fez mais do que o possível. Contra o organizado Botafogo de Gilson Nunes, o Palmeiras arrancou o mesmo 1 a 1 da ida, no Palestra.

O volante Reidner arriscou de longe e abriu o placar. O empate veio com Paulo Nunes, tocando na saída de Vagner, depois de belíssima enfiada de Zinho.

O placar final foi justo.

Nos pênaltis, o zagueiro Sandro isolou a primeira cobrança. Arce mandou o pênalti dele na trave direita. Rogério bateu o segundo palmeirense e Vagner defendeu, se adiantando bastante. Roque Júnior e Zinho bateram com categoria os pênaltis deles. Mas Sérgio Manoel cobrou o quarto da vitória carioca.

BOTAFOGO 1 x 1 PALMEIRAS
Copa do Brasil/Semifinal
sexta-feira, 11/junho (noite)
Maracanã
Juiz: Carlos Eugênio Simon (RS)
Renda: não disponível
Público: 37 689
PALMEIRAS: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; Galeano, Rogério e Zinho; Alex (Euller); Paulo Nunes e Oséas (Edmílson)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Gols: Reidner 22 e Paulo Nunes 34 do 1º
Nos pênaltis: Botafogo 4 (Fábio Augusto, Rodrigo, César Prates e Sérgio Manoel) x Palmeiras 2 (Zinho e Roque Júnior)

O post Especial Libertadores-99: Botafogo 1 x 1 Palmeiras, 4 x 2 nos pênaltis, em 11/06/1999 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-botafogo-1-x-1-palmeiras-4-x-2-nos-penaltis-em-11-06-1999/feed/ 0
STJD acata pedido do Botafogo e vai julgar anulação do jogo contra o Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/tribunal-aceita-pedido-do-botafogo-e-vai-julgar/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/tribunal-aceita-pedido-do-botafogo-e-vai-julgar/#respond Tue, 28 May 2019 22:22:28 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/05/28/tribunal-aceita-pedido-do-botafogo-e-vai-julgar/

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação) O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acolheu o pedido do Botafogo para anular a partida contra o Palmeiras, sábado passado disputada em Brasília. O Alviverde venceu por 1 a 0 no Mané Garrincha. RelacionadasPalmeiras aciona STJD contra Textor após acusações sem provasOpinião: ‘Estêvão já é titular do Palmeiras’Palmeiras volta a […]

O post STJD acata pedido do Botafogo e vai julgar anulação do jogo contra o Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acolheu o pedido do Botafogo para anular a partida contra o Palmeiras, sábado passado disputada em Brasília. O Alviverde venceu por 1 a 0 no Mané Garrincha.

Paulo César Salomão Filho, presidente do STJD, analisou o material enviado pelo clube carioca e acenou positivamente. No despacho publicado nesta terça-feira (28), Salomão Filho pede para a CBF não homologar o resultado da partida e dá dois dias para o Palmeiras se posicionar.

"Sem fazer qualquer juízo de valor quanto ao mérito da controvérsia, fazendo uma análise preliminar e perfunctória quanto aos elementos de fato e de direito expostos na petição inicial, verifica-se que os requisitos extrínsecos e intrínsecos para processamento da medida foram cumpridos pelo impugnante. Diante disso, recebo a presente impugnação e determino que se dê imediato conhecimento da instauração do processo ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, para que não homologue o resultado da partida realizada no dia 25/05/2019, pelo Campeonato Brasileiro Série A 2019, entre Botafogo e Palmeiras", diz trecho escrito por Salomão.

O caso será julgado pelo Pleno e ainda não tem data marcada para acontecer. O Botafogo alega que o árbitro da partida, Paulo Roberto Alves, autorizou o reinício do jogo antes de ser chamado pelo VAR para analisar o lance do pênalti do zagueiro Gabriel em Deyverson.

O post STJD acata pedido do Botafogo e vai julgar anulação do jogo contra o Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/tribunal-aceita-pedido-do-botafogo-e-vai-julgar/feed/ 0
Especial Libertadores-99: Palmeiras temia perder jogador estourado pela temporada cheia, em 27/05/1999 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-8/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-8/#respond Mon, 27 May 2019 23:47:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/05/27/especial-libertadores-99-8/

O preparador físico Paulo Paixão temia que a falta de férias decentes, pré-temporada incipiente, e jogos a cada 48 horas estourasse jogadores importantes. Os fisiologistas Paulo Zogaib e Ivan Piçarro seguravam as feras de Felipão. Mas o temor era real. Já tinham sido disputadas 43 partidas em 1999. Mas os titulares, em média, pelas contas […]

O post Especial Libertadores-99: Palmeiras temia perder jogador estourado pela temporada cheia, em 27/05/1999 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O preparador físico Paulo Paixão temia que a falta de férias decentes, pré-temporada incipiente, e jogos a cada 48 horas estourasse jogadores importantes. Os fisiologistas Paulo Zogaib e Ivan Piçarro seguravam as feras de Felipão. Mas o temor era real. Já tinham sido disputadas 43 partidas em 1999. Mas os titulares, em média, pelas contas de FOLHA DE S.PAULO, tinham disputado 29 jogos na temporada.

Ainda era muita coisa.

Felipão já tinha usado 36 atletas. E queria mais gás também da torcida para o jogo contra o Botafogo, no Palestra, pela semifinal da Copa do Brasil. "Peço pro torcedor fazer mais um sacrifício e encher o estádio que vamos precisar dele mais uma vez".

O treinador seguia irritado com a CBF, que confirmou o jogo contra o Botagogo menos de 48 horas depois da classificação para a final da Libertadores: "Quando é pra ferrar o Palmeiras, todo mundo se une. A CBF tinha que mudar a data desse jogo contra o Botafogo. Ano passado fizemos de tudo para ajudar O Vasco que era o Brasil na Libertadores. Agora, ninguém nos ajuda".

O post Especial Libertadores-99: Palmeiras temia perder jogador estourado pela temporada cheia, em 27/05/1999 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-8/feed/ 0
A arbitragem erra até quando acerta: os erros de fato no pênalti de Brasília https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-arbitragem-erra-ate-quando-acerta-os-erros-de-fato-no-penalti-de-brasilia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-arbitragem-erra-ate-quando-acerta-os-erros-de-fato-no-penalti-de-brasilia/#respond Mon, 27 May 2019 11:17:01 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/05/27/a-arbitragem-erra-ate-quando-acerta-os-erros-de-fato-no-penalti-de-brasilia/

O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior claramente deixa o Botafogo cobrar o tiro livro indireto por simulação (interpretada por ele) de Deyverson, punida com cartão amarelo. O árbitro corre de costas para o reinício de jogo em direção ao meio-campo até o paralisar, depois de 43s da infração que ele apitou e puniu com cartão. […]

O post A arbitragem erra até quando acerta: os erros de fato no pênalti de Brasília apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior claramente deixa o Botafogo cobrar o tiro livro indireto por simulação (interpretada por ele) de Deyverson, punida com cartão amarelo. O árbitro corre de costas para o reinício de jogo em direção ao meio-campo até o paralisar, depois de 43s da infração que ele apitou e puniu com cartão.

Já não é o procedimento recomendável. Mas fica ainda pior por duas situações expressas na regra do jogo, e que ele e muitos árbitros brasileiros não estão seguindo.

Quando se revisa um lance como esse com o VAR, o árbitro precisa sinalizar claramente a todos, com o dedo sobre o ouvido, que a jogada está sob revisão na cabine. E ela estava mesmo, como foi modificada a decisão – e acertadamente, pelo pisão de Gabriel em Deyverson, que parecia mesmo (mais uma) simulação desmedida do atacante.

O que parece pela imagens do Premiere é que o árbitro ou não prestou atenção na cobrança da falta por Gatito ou esqueceu mesmo da revisão do VAR. Tanto que paralisa o jogo e manda voltar a cobrança da infração, 4 segundos depois de ser cobrada pelo goleiro do Botafogo. Então ele resolve ir até a cabine no gramado para fazer a OFR (“revisão no campo de jogo”) a respeito do lance que enfim considera pênalti – até porque só depois de rever muitas vezes, e por um ângulo apenas, ele consegue ver o pisão faltoso de Gabriel no tornozelo de Deyverson.

O problema todo é que depois de aplicar um cartão a um atleta, como está na foto que mostra a regra do jogo, página 198, “linguagem corporal, comunicação e apito”, o árbitro só pode reiniciar o jogo apitando.

Aqui a regra é clara. Não pode deixar o atleta bater a hora que quiser a infração. O jogo só pode ser reiniciado pelo apito que não houve do árbitro.

Também isso a arbitragem em Brasília não seguiu a regra básica.

Paulo Alves Júnior estava ou desatento ou sem comunicação ou esquecido ou não sabia.

Tudo junto.

Daí caracterizar toda a confusão como “erro de direito” para tantos erros de fato ou pisadas no apito como tenta caracterizar o pedido do Botafogo parece outra questão.

O post A arbitragem erra até quando acerta: os erros de fato no pênalti de Brasília apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-arbitragem-erra-ate-quando-acerta-os-erros-de-fato-no-penalti-de-brasilia/feed/ 0
Especial Robertão-69: Verdão bicampeão, Palmeiras 3 x 1 Botafogo, em 07/12/1969 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-verdao-bicampeao-palmeiras-3-x-1-botafogo-em-07-12-1999/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-verdao-bicampeao-palmeiras-3-x-1-botafogo-em-07-12-1999/#respond Tue, 23 Apr 2019 16:06:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/04/23/especial-robertao-69-verdao-bicampeao-palmeiras-3-x-1-botafogo-em-07-12-1999/

De vice-lanterna no Grupo B na quinta rodada com quatro derrotas a campeão do Robertão de 1969. Tudo em dois meses e 10 dias. Parecia impossível. Parece o Palmeiras. RelacionadasConheça ‘Rüdiger brasileiro’ contratado pelo PalmeirasAutor de gol em vitória do Palmeiras Sub-20, Edney comemora: ‘Espero que possa ajudar a equipe’Opinião: ‘No Brasileirão, os meios importam […]

O post Especial Robertão-69: Verdão bicampeão, Palmeiras 3 x 1 Botafogo, em 07/12/1969 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

De vice-lanterna no Grupo B na quinta rodada com quatro derrotas a campeão do Robertão de 1969. Tudo em dois meses e 10 dias.

Parecia impossível. Parece o Palmeiras.

4AED56ED-91DC-423F-929E-3331D401ACF9

Bicampeão do Robertão. 1967 e 1969. O único clube a disputar os quatro quadrangulares decisivos do torneio que é o pai do Brasileirão, e disputado por todos os tricampeões mundiais de 1970. Palmeiras campeão em 1967 e 1969, seria vice em 1970, ano do último campeonato antes de ele virar de vez o Brasileirão.

O clube que mais pontos conquistou nos quatro torneios (104), o que mais venceu jogos (41), melhor aproveitamento de pontos (67%), melhor ataque (118 gols), melhor saldo (45), terceira melhor média de gols sofridos.

O grande campeão de 1969 parecia que não iria se classificar até ganhar os últimos cinco jogos da fase inicial. O time que acabou líder do Grupo B mas que não parecia favorito na primeira rodada do quadrangular final contra o time de melhor campanha Corinthians (e conseguiu o empate o Palmeiras); o visitante que foi atacado o tempo todo em Minas pelo Cruzeiro dono da segunda melhor campanha (e que mesmo assim arrancou novo empate); o Palmeiras que levou menos de 10 mil torcedores ao Morumbi na rodada final para celebrar mais um título, 32 minutos depois do apito final da tranquila vitória contra o misto desinteressado do Botafogo. Rival carioca que havia conquistado dois meses antes a atrasada e prolongada Taça Brasil de 1968, e que chegou já condenado ao Morumbi naquela tarde de domingo sem televisão ao vivo e nem videoteipe (por isso não existem imagens dos 3 a 1 palmeirenses e dos 2 a 1 cruzeirenses em Belo Horizonte. Sem acordo entre clubes e emissoras, quem viu no estádio, viu. Quem não esteve lá, leia aqui a festa do bicampeão do Robertão).

PRÉJOGO

O Palmeiras veio de Minas na quinta-feira, depois do suado empate na véspera por 1 a 1. Rubens Minelli não estava satisfeito com o desempenho do ataque. O ponta Edu Bala estava sentindo a virilha e vinha mal tecnicamente. O treinador optou por Cardoso à frente com César, dando o corredor direito para o lateral Eurico apoiar, e Pio seguir fechando o meio, em um 4-3-3 próximo a um 4-1-3-2.

Minelli estava preocupado com o desgaste físico do elenco. Cinco titulares mal treinaram até o clássico de domingo. Metade do time estava abaixo do peso ideal.

O Botafogo de Zagallo também estava pra baixo e por fora depois da derrota por 1 a 0 para o Corinthians, no Pacaembu, na segunda rodada do quadrangular final. Roberto Miranda, centroavante reserva do Brasil na Copa-70, estava suspenso. Moreira, Nei, Carlos Roberto, Rogério (ponta que foi cortado um mês antes do Mundial de 1970) e Paulo César Caju (outro tri de 1970) também não embarcaram pra São Paulo.

O JOGO NO MORUMBI

0FF735AC-7682-407C-9B33-D87C6ADE41C1

Pouco mais de 8 mil presentes ao Morumbi já indicavam o grau de “confiança” na conquista de mais um título do quase sempre ressabiado palmeirense.

O Verdão nem precisou jogar muito. O desfigurado Botafogo facilitou a vida verde. Os 32 minutos entre o apito final no Morumbi e o título afinal conquistado com a derrota corintiana em Belo Horizonte foram mais emocionantes que os protocolares 90 minutos em São Paulo.

Leão não fez defesa alguma no primeiro tempo na terceira rodada, depois de ter sido o melhor em campo contra o Cruzeiro, no jogo anterior. O Botafogo não criou e não marcou. Com Ademir liberado para guiar e chegar mais à frente, o Palmeiras fez o que quis no primeiro tempo que foi suficiente para consolidar a vitória.

Aos 11 minutos, Eurico avançou mais uma vez e cruzou. Moisés rebateu mal a bola que o Divino aproveitou para abrir o placar.

Aos 27, pela esquerda, Pio cruzou para César ter tempo e espaço para se atrapalhar e ainda assim ampliar.

Aos 44, o centroavante passou por dois e serviu Ademir, que ajeitou com a velha frieza para superar Cao.

Zagallo mexeu no Botafogo no intervalo. Aos 10, Zequinha que entrara na ponta-direita foi ao fundo e deu a bola para Ferretti diminuir o placar.

Minelli mudou os pontas para dar mais ofensividade ao Palmeiras com Copeu e Serginho. Não foi necessário.

O jogo estava definido no Morumbi. Mas ainda não no Mineirão.

Lá estava com mais de meia hora de atraso em relação a São Paulo. E desde o primeiro ataque cruzeirense foi mais emocionante e disputado o clássico em Belo Horizonte.

FCD842D3-07B7-4FA6-8164-EACCF05C3D24

O JOGO NO MINEIRÃO

Com 55 segundos, o excelente centroavante Evaldo (substituto de Tostão com descolamento de retina na partida contra o Corinthians, na fase inicial do Robertão-69) tropeçou na bola e abriu o placar para o Cruzeiro. Para ser campeão, a Raposa precisaria vencer no Mineirão por saldo de gols maior que o do Palmeiras contra o Botafogo. Para o Corinthians ser campeão do Robertão precisaria vencer no Mineirão o jogo que só empataria aos 7 do segundo tempo, poucos antes do final do clássico no Morumbi.

Rivellino fez 1 a 1.

Logo depois acabou no Morumbi: Palmeiras 3 x 1 Botafogo.

Os poucos mais de 8 mil presentes no estádio do São Paulo não celebraram tanto a vitória alviverde. Ainda faltavam 32 minutos no Mineirão.

O Verdão desceu em silêncio para o vestiário do Morumbi. Mal falaram os atletas com os repórteres. Os torcedores foram deixando as arquibancadas recém fechadas do terceiro anel (que seria inaugurado oficialmente no mês seguinte). Muitos dos 8 mil palmeirenses foram para a praça Roberto Gomes Pedrosa (justamente o nome oficial do torneio), na frente do portão principal do estádio, ficaram esperando o apito final em Minas.

CE5ED975-F79B-4E27-BA76-CFF8A33E69FA
FOTOS DA EDIÇÃO DE O GLOBO

A VIGÍLIA PÓS-JOGO

No vestiário, nos 32 minutos que faltavam para a definição em
Minas, os jogadores alviverdes mal se falavam. Apenas ouviam pelos radinhos de pilha a transmissão do empate. Se continuasse assim, Palmeiras seria o campeão.

O Corinthians só precisava de um gol. O Cruzeiro precisava fazer 4 a 1.

Aos 17, o zagueiro mineiro Darci Menezes foi expulso. O Corinthians tinha um jogador a mais e precisava marcar mais um gol pra acabar com a fila de títulos desde 1954.

Mas foi o excelente Cruzeiro que desempatou. O genial Dirceu Lopes passou pela defesa corintiana e fez 2 a 1, aos 23. Agora seriam necessários mais dois gols gols celestes, ou dois alvinegros.

A diretoria palmeirense então abriu os vestiário mais festivos. Mas ainda nervosos como Minelli. Ele ficou no fundão andando de um lado a outro. Os jogadores já estavam quase todos vestidos. Alguns foram para o ônibus. Não aguentavam ficar ali.

A cada minuto, mais torcedores queriam abraçar jogadores e treinador pela conquista cada vez mais próxima. Minelli não queria nenhum sorriso e muito menos abraço.

Ainda não era hora.

Aos 37, o lateral corintiano Pedro Rodrigues também foi expulso. O Cruzeiro pressionou ainda mais. Mas faltavam dois gols.

A HORA DO CAMPEÃO

17h55. Hora oficial do Brasil. Do campeão do Robertão de 1969. Mais uma vez.

O radinho anunciou o apito final no Mineirão. Cruzeiro 2 x 1 Corinthians. O início da festa no Morumbi e em todo o país palmeirense.

César honrou o Maluco e saiu correndo chorando para abraçar Minelli. De olhos vermelhos, o treinador foi erguido no ar pelo artilheiro do time, com 13 dos 28 gols da campanha. Edu, Jaime e Cabralzinho também o ergueram celebrando.

A festa enfim era total. E aos gritos de “Giménez”. O cartola que bancou Minelli mesmo com os maus resultados iniciais, e que na sexta-feira, na antevéspera da última rodada, recebeu manifesto dos atletas pedindo para que permanecesse no cargo de diretor de futebol. Ele que trocara grande parte do elenco depois do vice-campeonato da Libertadores-1968, e que investira 3 bilhões e 200 milhões de cruzeiros velhos em reforços nem sempre compreendidos. Mas que ao final valeram muito.

(Cada jogador campeão de 1969 ganharia 1.500 cruzeiros novos pela vitória na terceira rodada, e mais 3 mil pelo título nacional).

A EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA DE O GLOBO

69F6C2E7-0477-472D-B908-A531D8DF5E03

9C774DA3-D9B2-427E-8071-D18DD593796B

9E745F73-3525-4DB9-AE75-BCFA3DCBB787

C61A8B43-1EB7-4D9B-926B-B8D5911061ED

BB19D5A4-68D0-4E36-8743-A9A099938396

73F2ECB7-4CE7-475F-B3AD-C0489A923F97
Giménez cantava vitória e mais um caneco. E explicava como havia virado o jogo em 1969: “fizemos muito bem em apostar nesse elenco e em Minelli. Tirei fora o Filpo Núñez depois do Paulista. Ele falou que o Nelson e o Dé tinham se vendido para o Santos… Numa churrascaria de um amigo ele falou mal do clube, de seus dirigentes e atletas. Aí no dia seguinte disse que não tinha mais ambiente no Palmeiras…”.

O cartola fez questão de falar que o Robertão de 1969 era ainda mais gostoso para ele por ter sido conquistado superando o Corinthians na chegada. “Sou o único palmeirense numa família de corintianos porque sou o mais inteligente deles”. Carioca, José Giménez Lopez era Fluminense até ver o Palestra Italia jogar, em 1934. Virou casaca e um dos maiores dirigentes da história palmeirense.

Muitos dos corneteiros que em julho queriam a saída dele e a chegada de Ferrucio Sandoli, a venda de César para o Botafogo, e eram contrários ao técnico desde o início, faziam grande festa no vestiário.

Minelli era enfim reconhecido e cumprimentado. Mas logo pegou a mala e saiu escondido para pegar a mãe dele que acabara de sair do hospital, e juntos encontrarem a família em Rio Preto.

B8EB4554-D5CA-4676-96AF-7E0B0ECEFD56

A FESTA VERDE

A delegação palmeirense partiu da casa do São Paulo por volta de 18h30, com mais gente da torcida na frente do estádio. O corso seguiu fazendo festa pela Giovanni Gronchi até a avenida Morumbi. De lá subiu pela Rebouças, Sumaré, até chegar ao Palestra Italia. Centenas de carros vinham atrás do ônibus palmeirense. Nos edifícios em torno do Parque Antarctica tinham muitas bandeiras do clube.

Ao chegar à Turiaçu, vários fogos de artifício saudaram o ônibus da delegação. E com o grito tradicional:

  • Um, dois, três, o Corinthians é freguês.

E a nova adaptação à fila do rival que aumentava:

  • Um, dois, três, já vai pra 16!

Ademir da Guia foi o mais festejado quando saiu do ônibus. Foi carregado pela torcida que começava a celebrar e beber sem moderação até a madrugada mais um título.

A RAIVA DO RIVAL

Os cartolas corintianos mal dormiram. No aeroporto da Pampulha, ainda no domingo, teriam ameaçado um dirigente da CBD. Alfredo Curvelo denunciou o presidente corintiano Wadih Helu e o diretor Elmo Franquini pelas ameaças.

Para a imprensa, o deputado estadual da Arena (partido governista no auge da ditadura militar) manteve o tom: “a CBD escalou árbitros gaúchos para prejudicarem o Corinthians. Esse bandeirinha José Luís Barreto foi a Minas só pra prejudicar o Corinthians”, reclamou o presidente Wadih Helu.

A reclamação maior era um lance de gol anulado do centroavante Benê por discutível impedimento.

O meia-atacante Ivair ainda disse que teve outro lance de gol mal anulado e que Suingue sofreu um pênalti não marcado. E que o árbitro merecia apanhar pelos roubos que tinha feito contra o time paulista.

“Foi um roubo autêntico”, disse Elmo. “Parte da trama pra evitar o título do Corinthians, além do regulamento incoerente (defendido pelo clube uma semana antes). É preciso desmascarar essa cúpula do futebol da CBF. Essa quadrilha tirou o titulo do Corinthians”!

JOGO DAS FAIXAS E DA BANDEIRA

7FECD955-C778-45D0-9009-CB1CAA915F11

A bronca alvinegra era com a CBD. Não com o Palmeiras. Tanto que, na segunda-feira, os dirigentes se acertaram para facilitar a festa palmeirense, e evitar um grande mico e prejuízo financeiro do rival alvinegro. Na semana anterior o Corinthians programara para a quarta-feira seguinte à última rodada do Robertão-69 um amistoso com a seleção de Gana.

Seria o “jogo das faixas”. Mas as do Palmeiras.

Wadih Helu fechou com o presidente em exercício alviverde Paschoal Giuliano a troca de adversário e de endereço do amistoso.

Palmeiras x Gana no Palestra.

Jogadores foram chamados às pressas para a festa. Minelli também voltou antes de Rio Preto. Recebeu os parabéns do treinador corintiano Dino Sani pela conquista. E explicou como recuperou a confiança, o futebol e os gols de César: “ele só precisa de carinho para render tudo que pode. Foi o que fiz com ele”.

O treinador também garantiu que renovara o contrato até julho de 1970. Ficaria até 1971.

Economista formado em 1958, treinou a base do Palmeiras de 1959 até 1963 quando tentou a sorte como treinador. E sorte a palmeirense que ele voltou 10 anos depois de ter começado a fazer trajetória brilhante, que também seria campeã brasileira pelo Internacional (1975-76) e São Paulo (1977).

Na quarta-feira, o torcedor-símbolo Minguinho puxou a fila das bandeiras do Palmeiras, de São Paulo e do Brasil que precederam a entrada das equipes de Palmeiras e Gana no Palestra.

Elas deram a volta olímpica antes do 3 a 1 palmeirense, com a banda tocando O SOLE MIO e PERIQUITINHO VERDE.

Todos os campeões receberam medalhas de alguns artistas e cantores palmeirenses. Minelli preferiu receber a dele do filho Rubinho.

Antes da festa, César ganhou medalha por ter feito o gol mais lindo do campeonato.

À tarde, a apresentadora de televisão Hebe Camargo gravou reportagem com os jogadores campeões, e ainda foi pra meta defender um pênalti de Ademir da Guia.

A semana de festas teve como principal celebração na chácara de Bonsucesso (km 28 da Via Dutra) um churrasco para o elenco. Com um bolo para os noivos Luís Pereira, Baldochi e Cardoso que logo se casariam.

Fazendo mais festa ainda pela conquista que o jornal carioca O GLOBO definiu no dia seguinte ao título nacional: “o Palmeiras conquista o Robertão pela segunda vez desde que o certame assumiu características de um campeonato nacional”.

Desde 2010 o Robertão foi equiparado ao Brasileirão pela CBF. Pelo nível de times e atletas, e dificuldade de um torneio recheado de clássicos, acabou se superando.

Como o grande campeão de 1969.

PALMEIRAS 3 X 1 BOTAFOGO
Torneio Roberto Gomes Pedrosa – fase final
Domingo, 7/dezembro (tarde)
Morumbi
Juiz: Armando Marques
Renda: NCr$ 51 210
Público: 8 310
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Baldochi, Nelson e Zeca; Dudu, Jaime e Ademir da Guia; Cardoso (Serginho), César e Pio (Copeu).
Técnico: Rubens Minelli
Gols: Ademir da Guia 11, César 27 e Ademir da Guia 44 do 1º; Ferreti 10 do 2º

O post Especial Robertão-69: Verdão bicampeão, Palmeiras 3 x 1 Botafogo, em 07/12/1969 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-verdao-bicampeao-palmeiras-3-x-1-botafogo-em-07-12-1999/feed/ 0 4AED56ED-91DC-423F-929E-3331D401ACF9 0FF735AC-7682-407C-9B33-D87C6ADE41C1 FCD842D3-07B7-4FA6-8164-EACCF05C3D24 CE5ED975-F79B-4E27-BA76-CFF8A33E69FA 69F6C2E7-0477-472D-B908-A531D8DF5E03 9C774DA3-D9B2-427E-8071-D18DD593796B 9E745F73-3525-4DB9-AE75-BCFA3DCBB787 C61A8B43-1EB7-4D9B-926B-B8D5911061ED BB19D5A4-68D0-4E36-8743-A9A099938396 73F2ECB7-4CE7-475F-B3AD-C0489A923F97 B8EB4554-D5CA-4676-96AF-7E0B0ECEFD56 7FECD955-C778-45D0-9009-CB1CAA915F11
Especial Robertão-69: ainda com chances, Palmeiras 3 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-ainda-com-chances-palmeiras-3-x-0-botafogo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-ainda-com-chances-palmeiras-3-x-0-botafogo/#respond Thu, 28 Feb 2019 22:58:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/02/28/especial-robertao-69-ainda-com-chances-palmeiras-3-x-0-botafogo/

O Botafogo tinha conquistado algumas semanas antes a Taça Brasil de 1968, que durara absurdos 14 meses. Não pareceu no Morumbi com o mesmo pique. Ficou a bola com o time muito técnico que tinha, com Jairzinho, Rogério e Paulo César Caju. Mas sem objetividade. O Palmeiras não precisou ser brilhante para fazer 3 a […]

O post Especial Robertão-69: ainda com chances, Palmeiras 3 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

O Botafogo tinha conquistado algumas semanas antes a Taça Brasil de 1968, que durara absurdos 14 meses. Não pareceu no Morumbi com o mesmo pique. Ficou a bola com o time muito técnico que tinha, com Jairzinho, Rogério e Paulo César Caju. Mas sem objetividade. O Palmeiras não precisou ser brilhante para fazer 3 a 0 com alguma facilidade contra o time de Zagallo.

Minelli voltara com Eurico para a lateral no lugar de Neves que atuara mal na derrota para o Fluminense, no Rio. Baldochi reassumiu a zaga no lugar de Luís Pereira. Na frente, Serginho foi sacado. Edu foi deslocado para fazer a ponta-esquerda, mas com liberdade para trocar de lado. César teve mais movimentação, caindo também pela direita, com Cardoso mais centralizado, e espaço para quem quisesse ocupar o setor direito do ataque, abrindo o corredor para Eurico avançar.

Aos 15 o Palmeiras fez 1 a 0. Jaime chutou forte uma falta que o goleiro Cao espalmou no travessão. No rebote César finalizou a bola que desviou no goleiro e bateu na trave. Cardoso aproveitou o segundo rebote das traves e fez o dele.

Aos 29, na raça e na velocidade, Eurico salvou bola que saía e cruzou para Ademir da Guia superar Chiquinho Pastor e servir de cabeça para Cardoso fazer 2 a 0 de bate-pronto.

Caju isolou um pênalti depois, aos 38 minutos, e o Palmeiras fecharia a contagem aos 19, em belo lance individual de Edu Bala pela ponta-esquerda. Depois do gol, o time apenas administrou a vantagem que ainda dava esperanças de classificação.

Minelli estava convencido que achara a defesa ideal e o meio-campo preciso, com Jaime dando um pé a Dudu e liberando um pouco mais Ademir da Guia. Jaime não deixou Caju andar. Edu e César pareciam absolutos na frente. A questão passava a ser quem seria o companheiro deles. E onde jogariam César e Edu, com o corredor aberto à direita .

PALMEIRAS 3 X 0 BOTAFOGO
Roberto Gomes Pedrosa – 1ª fase
Domingo, 26/outubro (tarde)
Morumbi
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: NCr$ 32 075
Público: não disponível
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Baldochi, Nelson (Luís Pereira) e Zeca; Dudu
(Cabralzinho) Jaime e Ademir da Guia; César, Cardoso e Edu.
Técnico: Rubens Minelli
Gols: Cardoso 15 e Cardoso 29 do 1º; Edu 19 do 2º
JOGO 2 463

O post Especial Robertão-69: ainda com chances, Palmeiras 3 x 0 Botafogo apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-robertao-69-ainda-com-chances-palmeiras-3-x-0-botafogo/feed/ 0