Arquivos tag-Gabriel Jesus - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-gabriel-jesus/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 03 Apr 2022 15:53:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 JG Falcade: ‘Abençoado seja o 3 de abril’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/abencoado-seja-o-3-de-abril-1/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/abencoado-seja-o-3-de-abril-1/#respond Sun, 03 Apr 2022 15:29:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/03/abencoe-o-3-de-abril/

Nunca foi acaso. De algum lugar, alguém cuida de Jesus, Ademir e da dura missão do Palmeiras neste dia tão especial

O post JG Falcade: ‘Abençoado seja o 3 de abril’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Notei que hoje é um dia 3 de abril. E essa não é qualquer data.

Foi em uma noite de Libertadores. Era o Rosário Central, num infernal estádio argentino. Abençoado, o menino se mostrou maior do que uma pequena promessa que estreava em um chuvoso e mórbido sábado de São Paulo. Tão jovem e já com a maldição do Bragantino: “só joga contra o Bragahahahaha”. Sabemos como aconteceu e como imaginaram que aconteceria.

Brilhou no mais difícil palco nacional. Esse tal de Palmeiras não é simples, não é carinhoso com seus promissores, não sustenta as variações enormes dessa idade minúscula. O clube mais potente do país, o clube que, durante anos, foi o mais propenso a não ver uma joia. Naquela época, tinha que ser muito foda pra sobreviver numa selva de feras, de renomes, de caras longevos e já cascudos. Tinha que ser muito acima da média na bola e na capacidade de ser Palmeiras.

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram
 / Ouça o NPCast!

 

Dia em que nascem craques e que desafios são superados.

Jesus foi mais porque foi comum, perdeu duzentos e trinta e sete gols fáceis contra times fácies, fez o gol mais improvável, difícil e importante para marretar nariz adentro um cheirinho muito desagradável que tentou urubuzar nosso 2016. Gabriel é tudo o que um dos nossos teria de ser. Desconfia de quase tudo, reclama de tudo e mais um pouco e pouco a pouco mostrou ser tudo em todos os momentos. É irritado, intenso, emocionado. Um Palmeiras que viveu a canonização.

Divino ainda é um só e que faz primavera nova nessa mesma data. Uma passagem de bastão entre o que foi o máximo que alguém pode ser e outro que fez o que pôde e agora busca completar a rota em outra banda. Sinal dos tempos, coincidências nada despropositadas. Ou vocês seriam inocentes de imaginar que o Deus verde do futebol faria essa data tão nossa por besteira? É coisa de Palmeiras, de família reunida, de casa cheia, de festa, de ídolos, desafios e xodós. Junto, nosso.

Dia de festa lá. E cá, acreditemos, também.

Menino, parabéns. Vença na Inglaterra por nós, aos sábados. Torça por nós, aos domingos. Torceremos muito por você, sempre. Volte pra casa quando puder. Divino, seja nosso talismã, mais uma vez, e obrigado por tantos anos renascendo mais alviverde. O maior de todos. Aos dois, nosso carinho, nosso afeto e nosso desejo que existam muitos 3 de Abril para comemorar e celebrar o lado verde da vida.

Lado que tomou conta do Brasil, da América, do Estado. Que tomou pra si os nossos corações que estão cheios, completos e afagados. Cheio de grandes e lindas memórias. Não à toa, num 3 de Abril, Prass parou o pênalti, celebrou com o Tobogã do Pacaembu e, ainda em festa, assistiu Cássio procurar Dudu que voou para colocar a redonda no cantinho das redes macias do municipal. Nunca foi acaso.

Hoje, mais um 3 de abril. Mais um dia difícil, mais um dia que é preciso ser mais Palmeiras do que qualquer outra coisa. Que é preciso ter Jesus e Ademir em cada Rony e Dudu. Hoje é preciso acreditar no divino e no Divino, no terreno e no místico. Com toda fé que temos. Acreditando que nada é acaso. Que há um plano para um novo 3 de abril.

De algum lugar, alguém abençoa Jesus, Ademir e a vida do Palmeiras. Até o apito final. Até a vitória.

LEIA MAIS

O post JG Falcade: ‘Abençoado seja o 3 de abril’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/colunas/abencoado-seja-o-3-de-abril-1/feed/ 0 Palmeiras hoje: Concorrência por atacante uruguaio e apoio ao Rio Grande do Sul Palmeiras hoje: Torcedor do Verdão, Vintage Culture pede Allianz Parque para show beneficente Top 10: Veja ranking de jogadores que mais atuaram pelo Palmeiras no século Palmeiras hoje: Verdão bate Cuiabá e encerra jejum de vitórias no Brasileirão Atuações NP: Cuiabá x Palmeiras – confira notas dos jogadores
Gabriel Veron se torna o atleta mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/gabriel-veron-se-torna-o-atleta-mais-jovem-a-marcar-pelo-palmeiras-na-libertadores/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/gabriel-veron-se-torna-o-atleta-mais-jovem-a-marcar-pelo-palmeiras-na-libertadores/#respond Thu, 22 Oct 2020 02:33:21 +0000 https://nossopalestra.com.br/?p=18393

Joia da base alviverde desbancou seu xará, Gabriel Jesus

O post Gabriel Veron se torna o atleta mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Além de anotar uma assistência na vitória por 5 a 0 do Palmeiras, diante do Tigre, no Allianz Parque, Gabriel Veron foi à rede e se tornou o atleta mais jovem da história do Palmeiras a marcar um gol na Libertadores da América.

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram
 / Ouça o NPCast!

A joia da base do Verdão desbancou ninguém menos que seu xará, Gabriel Jesus. Agora no Manchester City, o atacante anotou seu primeiro tento na competição continental de 2016, contra o River Plate, do Uruguai, quando tinha apenas 18 anos, 10 meses e 13 dias.

Veron, por sua vez, deixou sua primeira marca pelo Palmeiras na Libertadores menos de dois meses depois de atingir a maioridade. Nascida em 2002, a Cria da Academia tem 18 anos, 1 mês e 18 dias de vida.

Com o resultado, o Alviverde chegou aos 16 pontos somados e reassumiu a liderança geral da Libertadores da América. Agora, a equipe comandada por Andrey Lopes precisa “virar a chavinha” para reverter a sequência de quatro derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro.

O próximo compromisso do Verdão está marcado para este domingo, às 16 horas (de Brasília), contra o Atlético-GO, no estádio Olímpico Pedro Ludovico.

LEIA MAIS

O post Gabriel Veron se torna o atleta mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/gabriel-veron-se-torna-o-atleta-mais-jovem-a-marcar-pelo-palmeiras-na-libertadores/feed/ 0
Primeiro gol de Gabriel Jesus completa cinco anos: ‘É legal demais relembrar esse momento especial’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/primeiro-gol-de-gabriel-jesus-completa-cinco-anos-e-legal-demais-relembrar-esse-momento-especial/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/primeiro-gol-de-gabriel-jesus-completa-cinco-anos-e-legal-demais-relembrar-esse-momento-especial/#respond Wed, 15 Jul 2020 11:00:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/15/primeiro-gol-de-gabriel-jesus-completa-cinco-anos-e-legal-demais-relembrar-esse-momento-especial/

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação) Foram 11 jogos de espera até Gabriel Jesus conseguir marcar o primeiro gol com a camisa do Palmeiras como profissional. O tento tão especial completa cinco anos nesta quarta-feira (15), quando o atacante fez o gol da vitória e classificação contra o ASA, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. […]

O post Primeiro gol de Gabriel Jesus completa cinco anos: ‘É legal demais relembrar esse momento especial’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

(Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)

Foram 11 jogos de espera até Gabriel Jesus conseguir marcar o primeiro gol com a camisa do Palmeiras como profissional. O tento tão especial completa cinco anos nesta quarta-feira (15), quando o atacante fez o gol da vitória e classificação contra o ASA, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Revelado nas categorias de base, Gabriel estreou com Oswaldo de Oliveira, porém o primeiro gol saiu com Marcelo Oliveira e vitória por 1 a 0 ajudou o time a seguir no caminho do título, confirmado mais tarde contra o Santos.

“É legal demais relembrar esse jogo, esse momento especial na minha vida e na minha carreira. Eu sou cria da base do Palmeiras, então todo jogador quando está lá sonha em subir para o profissional. Já tinha atuado em alguns jogos, mas buscava esse primeiro gol. Que bom que saiu dessa maneira, um gol de classificação, o único da vitória. Foi muito especial”, lembra Gabriel Jesus ao NOSSO PALESTRA.

Com mando do ASA, a partida foi disputada em Londrina e o camisa 33 entrou no intervalo, no lugar do atacante Leandro. Marcelo Oliveira recorda a ansiedade de Jesus para conseguir fazer o primeiro gol como profissional.

“Eu me lembro que ele estava ansioso nos treinamentos. Tinha jogado na equipe profissional com o Oswaldo de Oliveira, foi artilheiro nas categorias de base e então é natural que o jovem esteja ansioso e um pouco afoito para fazer o primeiro gol”, recorda o ex-treinador palmeirense.

Outro personagem importante naquela noite de 15 de julho foi Cleiton Xavier. O camisa 10 era o capitão do Palmeiras e foi quem deu assistência para o jovem atacante.

“Cara, mais uma marca pra minha carreira, né? Eu fui o primeiro a dar assistência para o Gabriel Jesus. Todo mundo comenta isso, eu até tenho uma foto abraçado com ele de quando ele fez o gol. Eu me sinto muito honrado por isso, por ter feito parte da história dele, porque eu sei que ele vai brilhar muito, o moleque tem talento, é muito pé no chão, gente boa”, diz Cleiton Xavier.

Gol de velocidade, contra-ataque e também de muita decisão. Ele praticamente deu um carrinho para colocar a bola para dentro, Marcelo Oliveira

O gol decisivo abriu caminho para a titularidade Gabriel no Palmeiras. A primeira oportunidade de começar jogando veio quatro partidas mais tarde, contra o Cruzeiro, no Mineirão. O Palmeiras havia vencido por 2 a 1 no Allianz Parque e tinha vantagem nas quartas de final da Copa do Brasil. O camisa 33 fez dois belos gols e a partir daí não saiu mais da equipe.

“Quando eu cheguei ao Palmeiras o Gabriel Jesus já vinha jogando, mesmo que um tempo menor e eu fico muito feliz e orgulhoso de ter dado a ele a oportunidade de ser titular, principalmente naquele jogo contra o Cruzeiro. Ele respondeu muito bem e méritos dele porque fez um jogo excepcional. Fez gols, participou da marcação, de jogadas individuais de alto nível e dali para frente se firmou como titular e deu sequência na carreira”, completa Marcelo Oliveira.

O Gabriel tem um futuro imenso pela frente, desejo só mais sorte pra ele que as coisas vão dar certo, Cleiton Xavier

De lá para cá, foram 115 gols marcados por Palmeiras, Manchester City, Seleção Brasileira e Seleção Olímpica, além de 12 títulos conquistados.

Gols de Gabriel Jesus por clubes:
Manchester City: 66
Palmeiras: 28
Seleção: 18
Seleção Olímpica: 3

Por competições:
Campeonato Inglês: 39
Campeonato Brasileiro: 16
Liga dos Campeões: 13
Amistosos: 10
Eliminatórias: 7
Copa da Inglaterra: 7
Copa da Liga Inglesa: 6
Campeonato Paulista: 5
Copa Libertadores: 4
Copa do Brasil: 3
Olimpíadas: 3
Copa América: 2

O post Primeiro gol de Gabriel Jesus completa cinco anos: ‘É legal demais relembrar esse momento especial’ apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/primeiro-gol-de-gabriel-jesus-completa-cinco-anos-e-legal-demais-relembrar-esse-momento-especial/feed/ 0
ESPECIAL: De Jesus a Veron, Palmeiras se especializa em revelar bons jogadores e ótimos “Gabrieis” https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-de-jesus-a-veron-palmeiras-se-especializa-em-revelar-bons-jogadores-e-otimos-gabrieis/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-de-jesus-a-veron-palmeiras-se-especializa-em-revelar-bons-jogadores-e-otimos-gabrieis/#respond Tue, 26 Nov 2019 13:14:14 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/26/especial-de-jesus-a-veron-palmeiras-se-especializa-em-revelar-bons-jogadores-e-otimos-gabrieis/

Arte: Daniel Resende/Nosso Palestra Gabriel Veron, Gabriel Silva e Gabriel Menino. Gabriel Barbosa, Gabriel Furtado e, é claro, Gabriel Jesus. RelacionadasPalmeiras retorna a Montevidéu pela primeira vez desde tri da LibertadoresFelipe Anderson reencontra companheiros de ouro olímpico no PalmeirasReserva mais usado em 2024, Gabriel Menino tenta retomar espaço no Palmeiras: ‘Todos são importantes’Que a base […]

O post ESPECIAL: De Jesus a Veron, Palmeiras se especializa em revelar bons jogadores e ótimos “Gabrieis” apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Arte: Daniel Resende/Nosso Palestra

Gabriel Veron, Gabriel Silva e Gabriel Menino. Gabriel Barbosa, Gabriel Furtado e, é claro, Gabriel Jesus.

Que a base do Palmeiras produz promissores nomes para o futebol muitos já sabem. Os recentes e constantes títulos falam por si só. Mas há algo curioso entre esses tais nomes: a recorrência de "Gabriel".

Por ordem cronológica, os primeiros a terem destaque foram Gabriel Silva e Gabriel Dias. Silva, que começou no Rio Claro, chegou no Palmeiras em 2008 e passou pelas categorias Sub-17 e Sub-20 – campeão Paulista desta última em 2009. O lateral-esquerdo chegou a jogar no extinto Palmeiras B e recebeu sua primeira chance no profissional em 2010, com o técnico Luiz Felipe Scolari.
Gabriel-Silva-em-coletiva-na-antiga-sala-de-imprensa-da-Academia-de-Futebol---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Gabriel Silva em coletiva na antiga sala de imprensa da Academia de Futebol – Foto: Reprodução

Atualmente volante, Gabriel Dias chegou no Palmeiras por intermédio de outro jogador da posição. Martinez, campeão Paulista em 2008, viu o atleta em ação pelo Bandeirante, de Birigui, e o convidou para fazer testes no Verdão. O jogador, no entanto, atuava como atacante e se dizia artilheiro. No meio de campo, Gabriel defendeu o Palmeiras Sub-15 em 2008. Três anos depois, foi campeão Paulista e da Copa Rio pelo Sub-17, sendo um dos destaques do times. Também atuou no Palmeiras B até que, em 2014, foi promovido ao time principal por Ricardo Gareca. Gabriel-Dias-em-campo-pelo-Palmeiras---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Dias em campo contra o Athletico-PR, em 2014, no Allianz Parque – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

Gabriel fez sua estreia como profissional contra o Avaí, pela Copa do Brasil, no dia 23 de julho. Foi titular pela primeira vez em 2 de outubro. Passou pelo Internacional e hoje defende as cores do Fortaleza.

Após os anos de 2010 e 2014, chegamos ao abençoado 2015. Enquanto o Palmeiras penava no ano de seu centenário para se manter na primeira divisão, um menino chamado de Gabriel Fernando quebrava recordes atrás de recordes na categoria de base. Como "Fernando", Gabriel teve as primeiras experiências como profissional também com o argentino Gareca. Porém, o bom senso prevaleceu e, graças à má fase do time principal, o atacante foi poupado e retornou para a base.

Ainda com o antigo nome, no Paulista Sub-17 de 2015, Gabriel fez 37 gols em 22 jogos – recorde da base do Palmeiras quebrado há pouco tempo por Fabrício. Na várzea até 2012, o atacante foi captado pelo Verdão e se destacou, como já dito, no Sub-17. Ele não conquistou títulos expressivos (apenas o torneio de Arapongas e a Aspire Tri-Series no Qatar) e também não levou o Palmeiras ao esperado título da Copa São Paulo – foi eliminado na semifinal. Mas demonstrava um futebol que raramente se via entre os jovens do Verdão.

Gabriel-Jesus-atuando-pela-Copinha-de-2015---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Gabriel Jesus atuando pela Copinha de 2015 – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

O ano de 2015 estava apenas começando. Com contrato renovado por três temporadas, após longas negociações e quase a saída do atacante do clube, o Fernando deu lugar a Jesus.

  • Estou satisfeito, muito feliz de renovar com o Palmeiras. Era o que eu queria, o que minha família queria. É mais uma vitória alcançada na minha vida. Sou muito grato aos torcedores, que me apoiam sempre, foram assistir nossos jogos na reta final do Paulista Sub-17. Posso falar para eles que força de vontade e determinação não vão faltar dentro de campo. O Palmeiras é muito grande, eu amo este clube – disse ao site do Palmeiras após assinar seu contrato.

Quando Gabriel Jesus nasceu, em 1997, Zé Roberto estava iniciando sua carreira. Mal sabiam eles que muitos anos depois a vida da bola os uniria. O discurso de "Palmeiras é grande", que Jesus disse após renovar seu contrato, foi o lema daquele ano. Do vestiário, para o campo.

A-experi-ncia-de-Z--Roberto-ao-lado-da-juventude-de-Gabriel-Jesus---Murilo-Dias---Nosso-Palestra A experiência de Zé Roberto ao lado da juventude de Gabriel Jesus – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

O Palmeiras foi grande e o planejamento para promover Jesus foi ainda maior em 2015. Com Oswaldo de Oliveira e posteriormente Marcelo Oliveira, o Verdão soube perfeitamente introduzir Gabriel Jesus no ritmo de um time profissional. O trabalho foi físico, técnico e psicológico. Apesar da pressão da torcida com o grito de "Gabriéééél", a paciência falou mais alto. Jesus entrou aos poucos, fez sua estreia no dia 7 de março e seu primeiro gol no dia 15 de julho – vitória que garantiu o Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil. Copa esta que Jesus foi decisivo. E mesmo com o ombro machucado esteve em campo na final para gritar, pela primeira vez como profissional, "É campeão!". O atacante ainda foi eleito a revelação do Brasileirão daquele ano.

Jesus-atuou-com-prote--o-no-ombro-na-final-da-Copa-do-Brasil---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Jesus atuou com proteção no ombro na final da Copa do Brasil – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

2016 foi um ano de confirmação, comemoração e despedida. Se em 2015 a paciência deu o tom, em 2016 a certeza de que o Palmeiras tinha em suas mãos um craque com a bola nos pés. E Jesus de promessa passou a ser titular. Fez 46 jogos na temporada e 21 gols – marca que ainda é a melhora de sua carreira – bem superior aos 37 jogos e apenas 7 gols de 2015.

Foi eneacampeão brasileiro, foi campeão olímpico, e foi nos ombros de Fernando Prass, ídolo da torcida, que se despediu do Palmeiras. Após a vitória contra a Chapecoence, Jesus deu uma volta olímpica com o companheiro de Seleção, que retribuiu a homenagem feita no pódio do Rio-2016. Gabriel Jesus, que chegou com discurso de Zé Roberto, se despediu com palavras de São Marcos. Emocionado, em pleno Allianz Parque, ele disse:

  • Onde eu estiver, vou estar pensando no Palmeiras, clube que eu aprendi a amar. Eu só tenho a agradecer. Espero que vocês nunca se esqueçam de mim, porque eu nunca vou esquecer vocês.

Gabriel-Jesus-se-despede-do-Palmeiras-ap-s-conquistar-o-Eneacampeonato---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Gabriel Jesus se despede do Palmeiras após conquistar o Enea – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

UMA PEQUENA ENTRESSAFRA DE GABRIEIS

O ano de 2015 foi extremamente importante para o Palmeiras. Além de revelar Gabriel Jesus e voltar a ser campeão nacional, o Verdão foi reforçado com um nome de peso. Engana-se, porém, quem acredita que este nome atuou dentro de campo. Foi nessa temporada que o profissional João Paulo Sampaio, coordenador geral das categorias de base, se apresentou ao Palmeiras.

Contratado do Vitória, onde teve experiência pela base e pelo profissional, João Paulo comandou uma verdadeira revolução no Palmeiras. Ao lado de Marcelo Dedeschi, diretor de futebol não profissional desde a gestão do ex-presidente Paulo Nobre, Sampaio mudou o Verdão de patamar.
Jo-o-Paulo-Sampaio-ao-lado-de-Gabriel-Veron-em-confraterniza--o-da-base-do-Palmeiras---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
João Paulo ao lado de Veron em confraternização da base do Palmeiras – Foto: Fábio Menotti/AG. Palmeiras

Foram feitas reformas no CT de Guarulhos (local onde a base treina), foi implatado um intercâmbio com o profissional, mas, principalmente, houve uma mudança de filosofia. João Paulo e Marcelo agiram como Zé Roberto pediu. Como grandes. E agora colhem os resultados.

Com eles no comando, além dos recordes de títulos na base quebrados ano após ano – 2019 é a temporada mais vitoriosa da história do clube – chegou ao fim a pequena "entressafra de Gabrieis". Desde Jesus, até a temporada de 2017, nenhum outro de mesmo nome havia se destacado.

Eis que surge mais um para completar o time: Gabriel Furtado. Contratado em março de 2017, vindo do elenco profissional do Paraná, o volante chegou para reforçar o time sub-20, atuando pela Copa do Brasil e pelo Paulistão (título que conquistaria no final do ano). Porém, a promoção de Furtado ao profissional aconteceu antes do que qualquer torcedor imaginaria. Com lesões de Felipe Melo e Thiago Santos, o garoto de 17 anos fez sua estreia pelo time principal do Palmeiras na vitória contra a Ponte Preta, pelo Brasileirão.

Gabriel-Furtado-ao-lado-do--dolo-Felipe-Melo---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Gabriel Furtado ao lado do ídolo Felipe Melo – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

E a relação com Felipe Melo não se deu apenas na questão do desfalque. Gabriel é fã do volante e revelou que, desde de antes de vir para o Verdão, já era conhecido como "Pitbull". Quando Furtado foi contratado, Felipe já estava no Palmeiras. E a idolatria pelo multicampeão aumentou. Gabriel chegou a comemorar gols como o ídolo.

A posição de Furtado, com o passar do tempo, se diferenciou da de Felipe Melo. O jovem volante foi recuado para a zaga e fez boa dupla com Vitão. Juntos foram campeões do Campeonato Brasileiro, da Copa RS (2018) e da Copa do Brasil (2019). Ele está emprestado até o meio de 2020 para o Getafe (Espanha).

Em paralelo a Furtado, outro Gabriel chamou atenção. Porém, dessa vez, Gabriel Barbosa "sofreu" com a famosa necessidade de rodagem. Algo que fez o atacante com mais de 1,95m ser emprestado para a Europa. O pivô foi transferido para o Spal (Itália), mas nunca chegou a atuar pelo profissional. Ficou em duas oportunidades no banco de reservas. Pela base do time italiano, fez 7 gols em 24 jogos. Voltou ao Palmeiras em 2018 e faz parte do elenco sub-20, sendo campeão com o time em todas as conquistas desde então.

Para um time que sofre com centroavantes, um Gabriel com tais caracaterísticas pode ser boa opção.
Gabriel-Barbosa-disputa-bola-com-Pedr-o--outra-Cria-da-Academia---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Barbosa disputa bola com Pedrão, outra Cria da Academia, durante treino – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

O atacante, no entanto, não está entre os Gabrieis que serão aproveitados em 2020. Pelo menos não inicialmente. Antes da derrota por 2 a 1, para o Grêmio, dentro do Allianz Parque, Alexandre Mattos conversou com a imprensa e revelou que oito atletas revelados na base serão utilizados no elenco profissional em 2020. Entre eles, Gabriel Menino e Gabriel Veron.

Apesar do nome, Menino sabe muito bem o que é vestir a camisa do Palmeiras. E costuma jogar como gente grande em decisões. Ele foi o autor dos dois gols contra o São Paulo que colocaram o time sub-20 na final do Paulistão – título conquistado no último domingo (24).
Gabriel-Menino-ganhou-destaque-ap-s-fazer-gols-contra-o-S-o-Paulo---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Gabriel Menino ganhou destaque após fazer gols contra o São Paulo – Foto: Fábio Menotti/AG. Palmeiras

Volante, o jovem jogador se destaca pelo passe e finalização. No Pacaembu, quando fez um dos gols contra o São Paulo, pegou de primeira e mandou no ângulo do goleiro rival. Seu jogo se assemelha ao de Bruno Henrique, capitão do time principal. Mano Menezes, inclusive, quando apresentado pelo Palmeiras, citou o nome de Gabriel Menino, ao lado de Esteves e Angulo – os dois últimos já treinam com o elenco profissional:

  • Temos pelas informações o Angulo, o Esteves, o (Gabriel) Menino. Vamos olhar estes jogadores dentro do contexto que é o Palmeiras e vamos dar um espaço real para aproveitamento, assim que funciona.

Com contrato até 2023 e constantes convocações para a Seleção Brasileira Sub-20, Gabriel Menino é nome certo para o ano que vem. O volante foi muito bem trabalhado por Wesley Carvalho, técnico multicampeão com o Sub-20, e agora será aproveitado por Mano. Inclusive, ainda em sua apresentação, o treinador do Palmeiras revelou uma antiga parceria com Wesley:

  • Conheço o Wesley desde 2000, quando eu fui técnico do sub-17 do Internacional, e ele do sub-17 do Vitória. Nos enfrentamos e ficamos amigos. É um grande profissional e o entendimento e proximidade que temos, certamente vai melhorar a relação que precisa ter cada vez entre o trabalho do profissional e o trabalho que se constrói na base, como o Palmeiras vem construindo nos últimos anos.

E foi com Wesley Carvalho que Gabriel Menino e o time sub-20 toram Tricampeões Paulista Sub-20 em 2019. Além dele, outros dois Gabrieis: Silva e Veron.

Silva tem contrato com o Palmeiras até dezembro de 2021. Como é menor de idade, não poderia assinar contrato com duração maior de 3 anos – o acordo foi fechado em 2018.

Gabriel-Silva-foi-o-heroi-do-titulo-Paulista-Sub-20---Murilo-Dias----Nosso-Palestra
Gabriel Silva foi o heroi do titulo Paulista Sub-20 – Foto: Cesar Greco/AG. Palmeiras

Chegou em 2015 e integrou um elenco que se acostumou a ser campeão. Paulista, Copa do Brasil, Copa Nike e Mundial – sendo eleito artilheiro da conquista do Bi. Todos esses títulos fazem parte de seu currículo. Apesar de todas as conquistas, o meia-atacante ganhou os holofotes após as finais do Paulistão deste ano.

Pelo sub-17, sua categoria, Gabriel Silva fez três gols e deu uma assistência na final contra o São Paulo. O jogo foi para os pênaltis e o rival ficou com a taça. Já pelo Sub-20, Gabriel Silva saiu do banco de reservas para fazer o gol do título do Palmeiras. O Verdão havia perdido a primeira partida por 2 a 0 e estava revidando o placar até que, no último minuto de jogo, Gabriel fez o gol da vitória e da conquista.
A-Copa-do-Brasil-Sub-17-foi-a-conquista-mais-recente-da-gera--o-vitoriosa---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
A Copa do Brasil Sub-17 foi a conquista mais recente da geração vitoriosa – Foto: Fábio Menotti/AG. Palmeiras

Silva é o primeiro Gabriel da famosa geração 2002 do Palmeiras – que cedeu 4 jogadores para a Seleção Brasileira no título da Copa do Mundo Sub-17. Silva leva o mesmo nome de outro jogador que também fez gol nas finais do Paulista e que estava presente na Copa. O nome, obviamente, é Gabriel. Sobrenome Veron.

Veron-foi-eleito-o-melhor-jogador-da-Copa-do-Mundo-Sub-17---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Veron foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo Sub-17 – Foto: Alexandre Loureiro/CBF

Em processo semelhante ao de Gabriel Jesus, Veron já tem seu nome decorado na cabeça da torcida. Sua utilização no elenco profissional, até para desafogar a diretoria da chuva de críticas, já é mais do que certa. O atacante, inclusive, vai passar a treinar com o time principal ainda nesta temporada.

Veron teve um completo raio-x publicado aqui no Nosso Palestra. Em resumo, o menino de Assú já foi campeão da Copa do Mundo, Paulista, da Copa do Brasil, bicampeão mundial – pela categoria Sub-17; Paulista, Copa do Brasil e Brasileirão – pelo Sub-20. Melhor jogador da Copa, Veron tem prestígio interno desde o começo do ano. Não à toa, foi escolhido para estrelar a campanha da Puma que apresentou a nova camisa do Verdão.

Alexandre-Mattos--Veron-e-Mauricio-Galiotte-ap-s-a-renova--o-de-contrato-at--2024---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Mattos, Veron e Galiotte após a renovação de contrato da joia até 2024 – Foto: Cesar Greco/AG Palmeiras

Prestígio interno, carinho da torcida e muito talento. Dos Gabrieis, Veron é o que mais chama atenção. E é o que mais necessita de paciência. Pelo fracasso futebolístico de 2019, seria injusto depositar toda a esperança de glória em um menino de 17 anos. O ano não foi bom, mas não passou nem perto do drama de 2014.

Que a atitude da diretoria do centenário, que teve discernimento em poupar Gabriel Jesus para que este fosse aproveitado com mais sucesso em um momento futuro, inspire os atuais dirigentes do Palmeiras. Veron é um diamante e, como tal, deve ser lapidado com tempo, calma e precisão. Para que a pedra não quebre, para que o brilho não se perca. Para que Veron e os Gabrieis brilhem muito. Mas brilhem com a camisa do Palmeiras.

O post ESPECIAL: De Jesus a Veron, Palmeiras se especializa em revelar bons jogadores e ótimos “Gabrieis” apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-de-jesus-a-veron-palmeiras-se-especializa-em-revelar-bons-jogadores-e-otimos-gabrieis/feed/ 0 Gabriel-Silva-em-coletiva-na-antiga-sala-de-imprensa-da-Academia-de-Futebol---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Dias-em-campo-pelo-Palmeiras---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Jesus-atuando-pela-Copinha-de-2015---Murilo-Dias---Nosso-Palestra A-experi-ncia-de-Z--Roberto-ao-lado-da-juventude-de-Gabriel-Jesus---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Jesus-atuou-com-prote--o-no-ombro-na-final-da-Copa-do-Brasil---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Jesus-se-despede-do-Palmeiras-ap-s-conquistar-o-Eneacampeonato---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Jo-o-Paulo-Sampaio-ao-lado-de-Gabriel-Veron-em-confraterniza--o-da-base-do-Palmeiras---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Furtado-ao-lado-do--dolo-Felipe-Melo---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Barbosa-disputa-bola-com-Pedr-o--outra-Cria-da-Academia---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Menino-ganhou-destaque-ap-s-fazer-gols-contra-o-S-o-Paulo---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Gabriel-Silva-foi-o-heroi-do-titulo-Paulista-Sub-20---Murilo-Dias----Nosso-Palestra A-Copa-do-Brasil-Sub-17-foi-a-conquista-mais-recente-da-gera--o-vitoriosa---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Veron-foi-eleito-o-melhor-jogador-da-Copa-do-Mundo-Sub-17---Murilo-Dias---Nosso-Palestra Alexandre-Mattos--Veron-e-Mauricio-Galiotte-ap-s-a-renova--o-de-contrato-at--2024---Murilo-Dias---Nosso-Palestra
Comparado a Gabriel Jesus e cobiçado por Manchester City, Fernando revela sonhos para carreira https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/comparado-a-gabriel-jesus-e-cobicado-por-city-fernando/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/comparado-a-gabriel-jesus-e-cobicado-por-city-fernando/#respond Tue, 08 May 2018 12:45:43 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/05/08/comparado-a-gabriel-jesus-e-cobicado-por-city-fernando/

Na noite desta terça-feira (8), às 19h30, no estádio José Liberatti, o Palmeiras enfrenta o São Paulo pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil Sub-20. Antes da bola rolar, o atacante Fernando descolocou um tempo na agenda para conversar com o Nosso Palestra. Em entrevista exclusiva ao site, o atacante revela como […]

O post Comparado a Gabriel Jesus e cobiçado por Manchester City, Fernando revela sonhos para carreira apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Na noite desta terça-feira (8), às 19h30, no estádio José Liberatti, o Palmeiras enfrenta o São Paulo pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil Sub-20. Antes da bola rolar, o atacante Fernando descolocou um tempo na agenda para conversar com o Nosso Palestra. Em entrevista exclusiva ao site, o atacante revela como é ser comparado com o ídolo Gabriel Jesus, fala sobre os seus sonhos para a carreira e a pressão de ser considerado uma das principais joias das categorias de base do Clube.

Nosso Palestra – Como foi o seu início no futebol? Em qual clube começou?

Fernando: Eu comecei em time pequeno, a AMDH, de Minas Gerais. Disputei a Taça BH de 2016 e tive boas atuações nos jogos. O Palmeiras viu, gostou e me trouxe para cá logo depois que terminou a competição.

NP – Como é ser apontado como uma das principais promessas das categorias de base do Palmeiras? Aumenta a pressão?

F: Pressão não, fico bem feliz. Ter essa conexão com os torcedores, ser apontado como uma promessa. É legal, fico feliz.

NP – Além de ser uma das principais promessas, muitos te comparam a Gabriel Jesus. Isso é bom ou atrapalha?

F: É bom, mas sempre falo que o Gabriel Jesus é o Gabriel Jesus, eu sou o Fernando. Fico feliz porque é um cara que eu admiro muito, sou muito fã dele.

NP – Como é a sua relação com o Gabriel Jesus? Conversam ainda hoje?

F: Uma vez ele me mandou mensagem, na Copa São Paulo. Tomei um susto na hora, mas fiquei muito emocionado de receber mensagem de um ídolo da minha vida

NP – Quem é o seu maior ídolo no futebol?

F: O próprio Gabriel Jesus, o Dudu, o Keno. São os jogadores que eu mais admiro hoje.

NP – Quais os jogadores você costuma parar para assistir pela TV?

F: Me espelho no estilo de jogo do Gabriel Jesus, mas assisto sempre os jogos do Neymar também. Assisto jogadores que jogam na mesma posição que eu. O Dudu também, sempre tento ver a movimentação dele nos jogos, para eu pegar o ritmo.

NP – Quais grandes jogadores você já conheceu pessoalmente? E como foi?

F: Treinei com a Seleção Brasileira no ano passado na Academia de Futebol. Quando descobri foi um susto, mas quando vi Casemiro, Marcelo, Neymar, fiquei muito feliz de ter essa oportunidade de treinar com eles. Eles foram muito humildes, gostei bastante.

NP – Como foi trabalhar com os profissionais neste primeiro semestre? Acrescentou muito em termos de experiência?

F: O profissional é outro estilo de jogo, desde o ano passado tenho a oportunidade de treinar com eles. Cada vez que venho treinar acho que amadureço um pouco mais.

NP – O que passou pela sua cabeça quando marcou o seu primeiro gol entre os profissionais?

F: Na hora do gol eu não acreditava, mas o Scarpa, Dudu, me falaram para curtir o momento, que aquele momento era meu. Isso me ajudou bastante a acreditar no que estava acontecendo.

NP – Quais são os seus sonhos como jogador profissional?

F: Tenho o sonho de chegar ao profissional, ser ídolo aqui, conquistar títulos. Ser convocado para a Seleção Brasileira. E no futuro jogar na Europa, igual o Gabriel Jesus.

NP – Recentemente o Palmeiras recusou uma proposta do Manchester City para ter prioridade na sua compra. Como você recebeu essa notícia? Como é, ainda tão jovem, ser cobiçado por um grande time da Europa?

F: Fico feliz de ser reconhecido, é fruto do meu trabalho desde pequeno. Mas tenho de seguir trabalhando.

NP – Marcos só jogou com a camisa do Palmeiras e o atacante Dudu diz que se depender dele fica no clube até o fim da carreira. Você é muito jovem, mas só jogar no Palmeiras é algo que passa pela sua cabeça?

F: É uma possibilidade, como eu falei, quero ser ídolo aqui, jogar no Profissional. Conquistar a torcida do Palmeiras e só depois ver as possibilidades que existem. O Palmeiras é o primeiro clube grande que eu joguei, então é especial para mim.

NP – Quais foram a sua maior alegria e maior decepção até o momento pelo Palmeiras?

F: Minha maior alegria é estar construindo meu caminho aqui, crescendo a cada treino, jogando pela base. É pela base que vou conseguir realizar meus sonhos, então me dedico cada vez mais para poder ter mais chances no Profissional. A tristeza é só ficar longe da família, estou aqui sozinho e tem horas que isso abala bastante. Tirando isso, é só alegria.

O post Comparado a Gabriel Jesus e cobiçado por Manchester City, Fernando revela sonhos para carreira apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/comparado-a-gabriel-jesus-e-cobicado-por-city-fernando/feed/ 0
Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/#respond Sun, 29 Apr 2018 10:25:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/29/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas […]

O post Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas e lágrimas.

Como se o vovô-garoto rejuvenescido como um Zé Roberto( emocionantemente ovacionado pelo que joga e rala e fala aos 20 finais contra a Chapecoense) desse o lugar a um moleque de futebol enorme como o futuro de Gabriel Jesus.

Tudo isso foi nos 5 a 0 na Ponte Preta. Maior goleada de uma final paulista. Em 2008. Tudo isso também aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo no Allianz Parque. 2016.

Fora desde que a dor de cotovelo por amor ao que faz o tirou do ouro olímpico e do Palmeiras, Fernando Prass, 38, estava do lado do gramado que com as luvas ele guarda. Ele iria substituir Jailson, 35, ainda invicto no Brasileiro. A maior invencibilidade da história de palmeirenses nos Brasileiros que nenhum clube venceu mais que o nosso.

Placa erguida. Sai 49 e entra 1. Entra um cara que chegou ao clube aos 34 e à Seleção pela primeira vez aos 37. O primeiro goleiro que o Palmeiras comprou desde 1994. Ano do último Brasileiro. Sai um palmeirense de berço que só estreou na Série A aos 35. Sai abraçado por todo o time.

Vai para o banco abraçado por todos os reservas. Ovacionado pelo então maior público que o Parque Antárctica já viu desde 1902, quando foi palco do primeiro jogo do futebol oficial no Brasil. O país que mais títulos mundiais tem. Casa desde 1920 do maior vencedor de títulos nacionais. Não é por fax e nem por fãs. É fato. É foda. É Palmeiras.

O clube que faz goleiros foi ao mercado depois de 18 anos comprar Prass (2012) e Jailson (2014). Um Prass que vai ser eterno Palmeiras como Zé Roberto, o capitão Dudu e Moisés (o melhor do campeonato para mim) e Tchê Tchê (o melhor no 1 a 0 contra a Chapecoense). Um Jailson que nasceu Palmeiras e vai para sempre guardar nos olhos essa homenagem como guardou nossa meta a paixão palestrina. “Eu não sabia que o Cuca me substituiria no final do jogo. Quando vi a placa fiquei muito emocionado pelo carinho dos companheiros e da torcida. E mais ainda pelo grande cara que é o Prass. Já falei para todo mundo: esse lugar é dele. Trabalhei para caramba para chegar até aqui, respeitei, mas preciso ter humildade. Ele é um ídolo. Ele é o titular. Eu fico na minha, trabalhando quietinho”.

Mas a sua também é nossa, Jailsão da massa. O primeiro título do primeiro goleiro negro do Palmeiras. Na linda tarde em que a avó dele veio a um estádio pela primeira vez. Aos 80 anos, ela era uma das quase 41 mil pessoas que mais que lotaram o Allianz Parque para ver e celebrar o maior vencedor nacional. Time de torcedores que muitas vezes se acham os maiores perdedores interplanetários. Só as meias brancas me tranquilizaram antes do jogo que merecia ser goleada contra o misto da Chapecoense, naquela que vinha sendo a melhor semana da história do clube catarinense, finalista da Sul-Americana (por isso a escalação alternativa de Caio Júnior)…

Tão ressabiados somos que o grito de ”é campeão” que todos os rivais já lamentavam só se ouviu aos 38 do segundo tempo – e olha que o Flamengo ganhava do Santos no RIo e garantia o enea desde o primeiro minuto de jogo no Allianz. É assim a torcida que corneta e desconfia. A que canta e vibra levou 37 jogos para ter confiança de gritar ”é campeão”. O palmeirense não sente cheiro de nada, não acha que o campeão voltou, ou que é contra tudo e contra todos.

Aqui é Palmeiras. Basta. Festa e alegria no apito final que remetem à Pazza Gioia da primeira conquista. O Paulista de 1920. A Louca Alegria dos palestrinos pelas ruas paulistanas nos anos 20. O primeiro título do futuro Campeão do Século. Acabando com uma “fila de seis anos”. Nada para quem estava por 21 anos até 27 de novembro de 2016 sem ser em nível nacional o que ninguém foi mais desde então – o maior campeão. Na primeira das nossas nove conquistas em casa.

O primeiro desde 1994, com a Via Láctea da Parmalat. Quando ganhar o Paulistão ainda era muito importante. Título estadual que o Palmeiras ganharia em 1996 como nenhum outro com tantos pontos na era profissional.

Voltaria a vencer em 2008. Palmeiras que ganhou Rio-São Paulo em 2000, a Copa dos Campeões no mesmo ano, três Copas do Brasil, uma Mercosul, a Libertadores.

Tudo isso desde 1994. Mas o Brasileiro fazia tempo. O Palmeiras não sabia o que era desde quando venceu de novo o Corinthians, no Pacaembu, com show de Velloso, Rivaldo e Edmundo. E, agora, quando venceu antecipadamente o nono brasileiro na longa novena de orações de um campeonato que parecia conquistado desde os 2 a 0 em Itaquera. “Ali foi o jogo do título”. Palavras de Cuca: “saímos de Atibaia depois do empate com o Flamengo e fomos direto para o estádio deles. Lá fiz a mais emocionante preleção da campanha. Falei mais das famílias que eles não viam do que do adversário ou do nosso time. Ali foi a arrancada para o título”.

O torcedor começou a represar na vitória em Itaquera o grito que só soltou na última semana antes do título, entre a vitória justa contra o Botafogo e o placar apertado demais pela superioridade contra a Chapecoense. Semana que. pareceu levar 21 anos para o palmeirense. E vai levar ainda muito tempo para os rivais lembraram e criticarem as coisas de sempre: “tabela que ajudava, a tabela que prejudicava, o nível do futebol de hoje, o Cucabol, o apito, o Marco Polo presidente da CBF, o Paulo Nobre do Palmeiras, a Parmalat, a Academia”, e qualquer motivo que se use contra o time que Zé Roberto disse que é “o mais gigante onde ele já jogou”, na bela festa na Paulista, depois do jogo. Críticas que serão levantadas por mais anos enquanto o Palmeiras seguir levantando taças. Elogios que serão eternos como as trocas de goleiros e abraços. A passagem de bastão de gerações campeãs. Como os filhos de Luís Pereira e Vagner Bacharel, que não viram os pais serem zagueiros do Palmeiras. Mas viraram palmeirenses que foram ao estádio ou às ruas vibrarem pelo time que os pais honraram. Pela paixão de Palmeiras para os filhos. De goleiros para arqueiros. Allianz Parque que veio abaixo quando, 16h21, vieram ao aquecimento os nossos camisas azuis. Prass entre eles. “O Soldado Universal”, como apelidaram o preparador de goleiros Oscar e Jailson. Ele não cansa de treinar. Por isso voltou antes. Como tambémretornaram o próprio Jailson, Moisés e Prass. Mostrando a qualidade do departamento médico do clube, a fisioterapia e fisiologia. Quando o atleta é profissional e ama o que faz, volta antes. Ou retorna sempre. Como estava Mazola, centroavante mítico dos anos 50. O maior camisa 9 revelado pelo Palmeiras antes e Gabriel Jesus. “Meu sangue é verde”, disse ele ao conhecer enfim o Allianz Parque.

Foi tudo muito lindo na decisão antecipada. O grito de “Olê, Cuca” antes de o jogo começar. Um minuto antes de a bola rolar, pela primeira vez senti a arquibancada superior tremer. Era muita emoção. Muita gente. Público total de 40.986 pagantes. Superando o de 40 anos antes, na conquista do Paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba.

O maior público presente desde 1902 no antigo campo do Parque Antarctica.

Um dos maiores gritos de gol aos 26 minutos. Outra jogada bem ensaiada em cobrança de falta, e gol de Fabiano, em belo toque por cobertura. Outra aposta de Cuca muito feliz.

Ele deslocou o múltiplo Jean para a cabeça da área, liberando Moisés e Tchê Tchê, em notável atuação pelo lado esquerdo. “O Cuca ajustou nosso time. Apostou em mim na lateral e deu muito certo”, disse Jean, que deu muito certo em qualquer posição em 2016.

Palmeiras foi ao intervalo com pelo menos oito grandes chances de gol. Não fosse o ótimo Danilo, teria goleado no primeiro, e também no segundo tempo. Faltavam 38 minutos para acabar o jogo, Prass e todo o banco foram aoaquecimento. O goleiro de 38 anos parecia um juvenil.

Aquecia olhando o jogo e torcendo pelo apito final. Mas também para que ele pudesse jogar alguns minutos.

Cumprindo a promessa que fizera a amigos quando o Brasil ganhou o ouro olímpico: “não ganhei essa medalha.

Mas vou levantar o troféu de campeão brasileiro no final do ano”.

Uma volta literalmente olímpica. Quando ele também ergueu no final da festa Gabriel Jesus, no cangote. Meninoque pegou o microfone e agradeceu ao estádio como Marcos fizera no “Amém dele”, ao se despedir em 2012: “espero que vocês não me esqueçam. Eu sei que não esquecerei vocês”.

E ninguém esqueceu o garoto que nasceu antes do último brasileiro. No 1994 em que começou a correr atrás da bola o Nonno Zé Roberto. Figura da nona conquista brasileira. O enea. Como eu. Como todos nós.

“A defesa mais importante que eu fiz no campeonato foi a primeira”, disse Jailson, na estreia contra o Vitória, jogo dotítulo do turno. Mas entre tantas espetaculares dele e de Prass, ainda fico com a “defesa” do Zé Roberto emAraraquara, no empate sem gols contra o Cruzeiro. “Eu estava atrás daquela meta, ao lado do Mina”, lembra Prass.

“Quase fechei os olhos quando o Robinho passou pelo Jailson. Sofro demais quando não jogo. Como sofri no Horto contra o Galo. Quando estou no estádio, sem ser pela TV, é ainda pior. Fico meio que orientando a zaga, torcendo feito louco. Mas, naquela bola do Zé, vi tudo perdido”, disse nosso número um. Por sorte e por raça o nosso número 11 Zé Roberto, mais uma vez, jogou pelos onze. Por milhões. E salvou com a perna e com o peito o nosso Palmeiras.

Por isso a festa maravilhosa pelas ruas enfim abertas no fim do jogo. A festança com música, canto, tarantelas, funk, pagode e tudo quanto é música (e não-música) nos trios elétricos até 3 da manhã. Quando o Zé Roberto falou que nunca se identificara tanto com um clube em 22 anos de carreira. Por isso que também esperamos esse tempo todo para sermos Palmeiras. Campeões. Com craques e gente como Zé. Pode bater no peito. “Faz -u-hu!” E não dorme mais.

“We Are The Champions”! A última música que o Allianz Parque ouviu no enea. A canção que fui dormir cinco da zmanhã cantando no travesseiro. A canção dos campeões.

O post Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-chapecoense-br-16/feed/ 0
Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, final da Copa do Brasil-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/#respond Tue, 27 Mar 2018 10:38:54 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/27/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/

ALLIANZ PARQUE VINCERÒ!!! RelacionadasPalmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão contra SantosOpinião: ‘Palmeiras e a sensação de como se fosse a primeira vez no Allianz Parque’Caso conquiste Paulistão, Palmeiras pode consagrar Santos como ‘vice em tudo’42 minutos da quinta-feira. O início da arrancada para a volta olímpica do maior campeão nacional […]

O post Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, final da Copa do Brasil-15 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

ALLIANZ PARQUE VINCERÒ!!!

42 minutos da quinta-feira. O início da arrancada para a volta olímpica do maior campeão nacional no seu novo lar.

42. 1942. A Arrancada Heroica para o Palestra morrer líder e o Palmeiras nascer campeão. E depois se transformar no maior vencedor no país que mais títulos mundiais conquistou.

33. O número do bicampeão Betinho em 2012. 33. O número do melhor tricampeão palmeirense: Gabriel. Jesus que multiplicou porcos.

3:00. O tempo de “Nessun Dorma”, a ária de Turandot, talvez a mais linda, na certamente mais tocante versão, a de Luciano Pavarotti.

14h19. A hora em que comprei no Itunes na quarta-feira da decisão da Copa do Brasil-15 essa versão que encaminhei para o amigo Luciano Kleiman, do marketing do clube, mandar para o sistema de som do Allianz Parque, no final da volta olímpica do campeão que retornou. Ideia do palestrino Paulinho Corcione, que assina a trilha sonora de nosso filme “Palmeiras – O Campeão do Século”, que eu apenas encaminhei para o clube e para o estádio. E que me custou os mais prazerosos 0,99 dólares.

E quem diz que 0,99 é pouco?

E quem diz que o Palmeiras estava apequenado? Que seria massacrado? Que… Que… Quén, quén…

KKK.

Pois é. Eu até teria postado antes se não tivessem levado meu celular na esquina da Caraíbas com a Palestra Italia. Quando era abraçado, beijado, e fotografado por muitos amigos de credos e cores. E roubado por um amigo do alheio.

Acontece. E se perdi meu telefone, aumentei minha conexão com nossa torcida.

Essa gente que corneta e vibra.

Nós que tanto desejamos e conseguimos.

Queremos a Copa?

Queremos Palmeiras!

Querer todo mundo quer. Mas quem é que pode 12 canecos nacionais (e seriam 13 em 2016)? Quem pode é Palmeiras.

Queremos a taça. Um brinde.

Queremos o campeonato. Vem de brinde.

Queremos tudo. Não brinque com essa gente que corneta. É sério. É Palmeiras.

A gente detona tudo. Depena de dar pena nossos palmeirenses de chuteiras. Depreda sem piedade o patrimônio. Deprecia o que é nosso. Depaupera o pau da imprensa deles. Dá porrada em tudo.

Somos bravos.

Bravíssimo!

Nessa ópera por vezes bufa cantamos a plenos pulmões que somos Palmeiras até morrer.

Ainda morreremos de Palmeiras. Mas é ele que nos faz mais vivos. Tirando o ar e o sangue. Dando energia e amigos.

Pelo Palmeiras não somos loucos, apenas insanos.

Pelo Palmeiras não somos fiéis, apenas leais.

Pelo Palmeiras não torcemos, apenas somos.

No que há de Darinta e no que há de Divino, de capetas ao Santo nessa família.

Brigamos entre si. Lutamos contra todos.

Nós falamos mal de nós mesmos. Vocês, não! Nós somos porcos. Assumimos e viramos mais um bicho. Vocês não podem nos chamar de porcos. Só nós.

Vocês que assumam outros animais. Aqui é porco tanto quanto periquito. Aqui é Palmeiras. Aí é com vocês.

Eu falo mal de mim mesmo quando eu falo mal do meu time. Eu não gosto do jornalista que não vê graça, futebol e pênalti no meu time. Eu não gosto de quem tem outro gosto. Eu sou assim. O Palmeiras é assim.

Não peça razão. Só peço Palmeiras. Não tem preço. Por isso peco como palestrino por imprecar contra o time na imprensa. É o que me paga. Mas é gratuito o estado de graça de ser palmeirense. Seja jornalista como eu, seja o que você for. É profissão de fé. Bem de família. Cromossomo de como somos felizes por ser Palmeiras.

Queremos a Copa. Sempre. Mas o que queremos mesmo independe dela. Pra sempre queremos Palmeiras.

Verdão que vem, vê e vence. Até quando não ganha.

Quisemos a Copa. Ela veio. Nos pênaltis. Nas meias brancas. Pras cabeças. Pros corações. Prass. Pelas mãos penais. Pelo pé do campeão.

Queremos a manutenção do elenco que chegou duas vezes. Duras vezes jogou. E deu. Dudu na primeira, Dudu na segunda. Dois a zero dava título. O gol do Santos depois deu pênaltis. Foi doído. Mas foi doido demais.

É insistindo que se chega longe. É perseverando. É preservando.

É…

Palmeiras.

Estava na hora. Faltou pouco para perder. Mas nunca vai faltar tantos que te apoiam.

Vamos, Palmeiras. Amor é na Academia e na dor.

Amor cala fundo. E cala quem não gosta do espírito de porco.

Aquele que se supera na multiplicação dos porcos. Um milagre. 

A boa nova ao palmeirense era Gabriel Jesus recuperado para a decisão. O milagre fez Vanderlei, sonegando com menos de 10 segundos o gol de quem mandou no primeiro tempo. O Palmeiras de Gabriel Jesusque saiu de novo antes do fim. Um pecado: Jesus era o redentor e, quando saiu, o Peixe se multiplicou, depois de não ter conseguido articular na primeira etapa emocionante como a festa que o palmeirense fez no Allianz Parque, com o Corredor Verde.

Na segunda etapa, o Santos parecia melhor antes de a bola rolar.  Mas a torcida da casa incendiou o time que, com as meias brancas da fortuna, abriu o placar bonito com Dudu, e foi além buscar o título com Dudu no fim, depois de perder Barrios lesionado. Linda festa que o Santos impediu ao quase no fim conseguir o que Nilson havia perdido na Vila. Ricardo Oliveira que nada fazia fez o gol que levou aos pênaltis. E fez justiça às duas equipes que acabaram iguais em duas grandes partidas.

E faria ainda mais justiça às mãos e até aos pés de Fernando Prass. O melhor palmeirense na Vila. A mão que defendeu o pênalti de Gustavo Henrique (que repetiu o mesmo canto da cobrança no SP-15). O pé que leva o reformado Palmeiras ao 12º título nacional. O maior campeão do Brasil. O que não estava ruim para quem estava se apequenando” na mentalidade pequena de quem pediu licença e saiu pela porta dos fundos do futebol.

O post Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Santos, final da Copa do Brasil-15 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-2-x-1-santos-final-da-copa-do-brasil-15/feed/ 0
Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/#respond Mon, 27 Nov 2017 18:10:51 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/27/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de RelacionadasFlaco López renasce como artilheiro do Palmeiras em título do PaulistãoEspecialista em futebol italiano avalia Felipe Anderson no Palmeiras: ‘Melhor fase da carreira’Reserva mais usado em 2024, Gabriel Menino tenta retomar espaço no Palmeiras: ‘Todos são importantes’goleiros do […]

O post Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Palmeiras ganhando de novo o título em casa com inegáveis méritos, o treinador homenageia a academia de

goleiros do clube e troca, no fim da partida decisiva, um

profissional de caráter e carisma que ficou muito tempo fora

por lesão pelo substituto natural. Sai Marcos e entra Diego

Cavalieri. O Palestra vem abaixo em palmas e lágrimas.

Como se o vovô-garoto rejuvenescido como um Zé Roberto

(emocionantemente ovacionado pelo que joga e rala e fala

aos 20 finais contra a Chapecoense) desse o lugar a um

moleque de futebol enorme como o futuro de Gabriel

Jesus.

Tudo isso foi nos 5 a 0 na Ponte Preta. Maior goleada de

uma final paulista. Em 2008. Tudo isso também aconteceu

aos 44 minutos do segundo tempo no Allianz Parque. 2016.

Fora desde que a dor de cotovelo por amor ao que faz o

tirou do ouro olímpico e do Palmeiras, Fernando Prass, 38,

está do lado do gramado que com as luvas ele guarda. Ele vai substituir Jailson, 35, ainda invicto no Brasileiro. A maior

invencibilidade da história de palmeirenses nos Brasileiros

que nenhum clube venceu mais que o nosso.

Placa erguida. Sai 49 e entra 1. Entra um cara que chegou

ao clube aos 34 e à Seleção pela primeira vez aos 37. O

primeiro goleiro que o Palmeiras comprou desde 1994. Ano

do último Brasileiro. Sai um palmeirense de berço que só

estreou na Série A aos 35. Sai abraçado por todo o time.

Vai para o banco abraçado por todos os reservas.

Ovacionado pelo maior público que o Parque Antárctica já

viu desde 1902, quando foi palco do primeiro jogo do

futebol oficial no Brasil. O país que mais títulos mundiais

tem. Casa desde 1920 do maior vencedor de títulos

nacionais. Não é por fax e nem por fãs. É fato. É foda. É

Palmeiras.

O clube que faz goleiros foi ao mercado depois de 18 anos

comprar Prass (2012) e Jailson (2014). Um Prass que vai

ser eterno Palmeiras como Zé Roberto, o capitão Dudu e

Moisés (o melhor do campeonato para mim) e Tchê Tchê

(o melhor no 1 a 0 contra a Chapecoense). Um Jailson que

nasceu Palmeiras e vai para sempre guardar nos olhos

essa homenagem como guardou nossa meta a paixão

palestrina. “Eu não sabia que o Cuca me substituiria no

final do jogo. Quando vi a placa fiquei muito emocionado

pelo carinho dos companheiros e da torcida. E mais ainda

pelo grande cara que é o Prass. Já falei para todo mundo:

esse lugar é dele. Trabalhei para caramba para chegar até

aqui, respeitei, mas preciso ter humildade. Ele é um ídolo.

Ele é o titular. Eu fico na minha, trabalhando quietinho”.

Mas a sua também é nossa, Jailsão da massa. O primeiro

título do primeiro goleiro negro do Palmeiras. Na linda tarde

em que a avó dele veio a um estádio pela primeira vez. Aos

80 anos, ela era uma das quase 41 mil pessoas que mais

que lotaram o Allianz Parque para ver e celebrar o maior vencedor nacional. Time de torcedores que muitas vezes

se acham os maiores perdedores interplanetários.

Só as meias brancas me tranquilizaram antes do jogo que

merecia ser goleada contra o misto da Chapecoense, naquele que vinha sendo a melhor semana da história do clube catarinense, finalista da Sul-Americana (por isso a escalação alternativa de Caio Júnior)…

Tão ressabiados somos que o grito de ”é campeão” que

todos os rivais já lamentavam só se ouviu aos 38 do

segundo tempo – e olha que o Flamengo ganhava do

Santos no RIo e garantia o enea desde o primeiro minuto

de jogo no Allianz. É assim a torcida que corneta e

desconfia. A que canta e vibra levou 37 jogos para ter

confiança de gritar ”é campeão”. O palmeirense não sente

cheiro de nada, não acha que o campeão voltou, ou que é

contra tudo e contra todos.

Aqui é Palmeiras. Basta. Festa e alegria no apito final que

remetem à Pazza Gioia da primeira conquista. O Paulista

de 1920. A Louca Alegria dos palestrinos pelas ruas

paulistanas nos anos 20. O primeiro título do futuro

Campeão do Século. Acabando com uma “fila de seis

anos”. Nada para quem estava por 21 anos até 27 de

novembro de 2016 sem ser em nível nacional o que ninguémfoi mais desde então – o maior campeão. Na primeira

das nossas nove conquistas em casa.

O primeiro desde 1994, com a Via Láctea da Parmalat.

Quando ganhar o Paulistão ainda era muito importante. Título estadual que o Palmeiras ganharia em 1996 como

nenhum outro com tantos pontos na era profissional.

Voltaria a vencer em 2008. Palmeiras que ganhou Rio-São

Paulo em 2000, a Copa dos Campeões no mesmo ano, trê

s Copas do Brasil, uma Mercosul, a Libertadores.

Tudo isso desde 1994. Mas o Brasileiro fazia tempo. O

Palmeiras não sabia o que era desde quando venceu de

novo o Corinthians, no Pacaembu, com show de Velloso,

Rivaldo e Edmundo. E, agora, quando venceu

antecipadamente o nono brasileiro na longa novena de

orações de um campeonato que parecia conquistado desde

os 2 a 0 em Itaquera. “Ali foi o jogo do título”. Palavras de

Cuca: “saímos de Atibaia depois do empate com o

Flamengo e fomos direto para o estádio deles. Lá fiz a mais

emocionante preleção da campanha. Falei mais das famílias que eles não viam do que do adversário ou do nosso

time. Ali foi a arrancada para o título”.

O torcedor começou a represar na vitória em Itaquera o

grito que só soltou na última semana antes do título, entre a

vitória justa contra o Botafogo e o placar apertado demais

pela superioridade contra a Chapecoense. Semana que

pareceu levar 21 anos para o palmeirense. E vai levar

ainda muito tempo para os rivais lembraram e criticarem as

coisas de sempre: “ tabela que ajudava, a tabela que

prejudicava, o nível do futebol de hoje, o Cucabol, o apito, o

Marco Polo presidente da CBF, o Paulo Nobre do

Palmeiras, a Parmalat, a Academia”, e qualquer motivo que

se use contra o time que Zé Roberto disse que é “o mais

gigante onde ele já jogou”, na bela festa na Paulista, depois

do jogo. Críticas que serão levantadas por mais anos

enquanto o Palmeiras seguir levantando taças. Elogios que

serão eternos como as trocas de goleiros e abraços. A

passagem de bastão de gerações campeãs. Como os filhos

de Luís Pereira e Vagner Bacharel, que não viram os pais

serem zagueiros do Palmeiras. Mas viraram palmeirenses

que foram ao estádio ou às ruas vibrarem pelo time que os

pais honraram. Pela paixão de Palmeiras para os filhos.

De goleiros para arqueiros. Allianz Parque que veio abaixo

quando, 16h21, vieram ao aquecimento os nossos camisas azuis. Prass entre eles. “O Soldado Universal”, como

apelidaram o preparador de goleiros Oscar e Jailson. Ele

não cansa de treinar. Por isso voltou antes. Como também

retornaram o próprio Jailson, Moisés e Prass. Mostrando a

qualidade do departamento médico do clube, a fisioterapia

e fisiologia. Quando o atleta é profissional e ama o que faz,

volta antes. Ou retorna sempre. Como estava Mazola,

centroavante mítico dos anos 50. O maior camisa 9

revelado pelo Palmeiras antes e Gabriel Jesus. “Meu

sangue é verde”, disse ele ao conhecer enfim o Allianz

Parque.

Foi tudo muito lindo na decisão antecipada. O grito de “Olê,

Cuca” antes de o jogo começar. Um minuto antes de a bola

rolar, pela primeira vez senti a arquibancada superior

tremer. Era muita emoção. Muita gente. Público total de

40.986 pagantes. Superando o de 40 anos antes, na

conquista do Paulista de 1976, contra o XV de Piracicaba.

O maior público presente desde 1902 no antigo campo do

Parque Antarctica.

Um dos maiores gritos de gol aos 26 minutos. Outra jogada

bem ensaiada em cobrança de falta, e gol de Fabiano, em

belo toque por cobertura. Outra aposta de Cuca muito feliz.

Ele deslocou o múltiplo Jean para a cabeça da área,

liberando Moisés e Tchê Tchê, em notável atuação pelo

lado esquerdo. “O Cuca ajustou nosso time. Apostou em

mim na lateral e deu muito certo”, disse Jean, que deu

muito certo em qualquer posição em 2016.

Palmeiras foi ao intervalo com pelo menos oito grandes

chances de gol. Não fosse o ótimo Danilo, teria goleado no

primeiro, e também no segundo tempo. Faltavam 38

minutos para acabar o jogo, Prass e todo o banco foram ao

aquecimento. O goleiro de 38 anos parecia um juvenil.

Aquecia olhando o jogo e torcendo pelo apito final. Mas

também para que ele pudesse jogar alguns minutos.

Cumprindo a promessa que fizera a amigos quando o Brasil ganhou o ouro olímpico: “não ganhei essa medalha.

Mas vou levantar o troféu de campeão brasileiro no final do

ano”.

Uma volta literalmente olímpica. Quando ele também

ergueu no final da festa Gabriel Jesus, no cangote. Menino

que pegou o microfone e agradeceu ao estádio como

Marcos fizera no “Amém dele”, ao se despedir em 2012: “

espero que vocês não me esqueçam. Eu sei que não

esquecerei vocês”.

E ninguém esqueceu o garoto que nasceu antes do último

brasileiro. No 1994 em que começou a correr atrás da bola

o Nonno Zé Roberto. Figura da nona conquista brasileira. O

enea. Como eu. Como todos nós.

“A defesa mais importante que eu fiz no campeonato foi a

primeira”, disse Jailson, na estreia contra o Vitória, jogo do

título do turno. Mas entre tantas espetaculares dele e de

Prass, ainda fico com a “defesa” do Zé Roberto em

Araraquara, no empate sem gols contra o Cruzeiro. “Eu

estava atrás daquela meta, ao lado do Mina”, lembra Prass.

“Quase fechei os olhos quando o Robinho passou pelo

Jailson. Sofro demais quando não jogo. Como sofri no

Horto contra o Galo. Quando estou no estádio, sem ser

pela TV, é ainda pior. Fico meio que orientando a zaga,

torcendo feito louco. Mas, naquela bola do Zé, vi tudo

perdido”, disse nosso número um. Por sorte e por raça o

nosso número 11 Zé Roberto, mais uma vez, jogou pelos

onze. Por milhões. E salvou com a perna e com o peito o

nosso Palmeiras.

Por isso a festa maravilhosa pelas ruas enfim abertas no

fim do jogo. A festança com música, canto, tarantelas, funk,

pagode e tudo quanto é música (e não-música) nos trios

elétricos até 3 da manhã. Quando o Zé Roberto falou que

nunca se identificara tanto com um clube em 22 anos de

carreira. Por isso que também esperamos esse tempo todo para sermos Palmeiras. Campeões. Com craques e gente

como Zé. Pode bater no peito. “Faz -u-hu!” E não dorme

mais.

“We Are The Champions”! A última música que o Allianz

Parque ouviu no enea. A canção que fui dormir cinco da

manhã cantando no travesseiro. A canção dos campeões.

O post Palmeiras 1 x 0 Chapecoense, 37a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-1-x-0-chapecoense-37a-rodada-do-br-16/feed/ 0
+9 dos negros que se tornaram ídolos do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-negros-que-se-tornaram-idolos-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-negros-que-se-tornaram-idolos-do-palmeiras/#respond Mon, 20 Nov 2017 13:24:29 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/20/9-dos-negros-que-se-tornaram-idolos-do-palmeiras/

No dia 20 de Novembro, é comemorado o dia da consciência negra. Dia de resistência em homenagem a Zumbi dos Palmares, símbolo da luta dos negros contra a escravidão no Brasil. Na história do Nosso Palestra tivemos diversos negros que se tornaram ídolos por aqui. A Sociedade Esportiva Palmeiras que nasceu de imigrantes, é mais […]

O post +9 dos negros que se tornaram ídolos do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

No dia 20 de Novembro, é comemorado o dia da consciência negra. Dia de resistência em homenagem a Zumbi dos Palmares, símbolo da luta dos negros contra a escravidão no Brasil.

Na história do Nosso Palestra tivemos diversos negros que se tornaram ídolos por aqui. A Sociedade Esportiva Palmeiras que nasceu de imigrantes, é mais Palmeiras ainda, quando tem todas as classes, crenças e credos unidas por um só ideal.

Aqui fica nossa homenagem a esses negros maravilhosos, que estão na história não só do Palmeiras, como também do futebol brasileiro. Veja a lista:

Og Moreira

Og Moreira tornou-se um personagem inesquecível da história do Palestra Itália, que deu origem ao Palmeiras em 1942. Já falecido, foi o primeiro negro a vestir a camisa do clube.

Apelidado de “toscaninho”, referência ao maestro Toscanini, defendeu o Verdão em 198 jogos com 108 vitórias, 47 empates, 43 derrotas e 27 gols marcados. Conquistou os títulos paulistas de 1942, 44 e 47.

Djalma Santos

Um dos maiores laterais-direitos de toda história do futebol. Bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira em 58 e 62, Djalma fez história no Palmeiras. No ano de 1963, ele foi o único brasileiro a fazer parte da primeira seleção oficial da FIFA. Nos 10 anos em que jogou pelo Verdão, o craque mostrou um futebol sério e habilidoso, que lhe conferiu o Troféu Belfort Duarte por nunca ter sido expulso.

Luís Pereira

Zagueiro clássico no desarme e na saída de bola, foi um dos defensores mais seguros da história do futebol brasileiro. No Palmeiras, tornou-se ídolo, referência na posição e estrela da Seleção Brasileira. Além de defender com eficiência, tinha muita precisão nas subidas ao ataque. Tricampeão Brasileiro (69, 72 e 73) e Bicampeão Paulista (72 e 74).

Cléber

Apelidado de Clebão pela torcida, o zagueiro fez história no clube. Com muita técnica e raça, Cléber foi um dos maiores vencedores da década de 90. Marcando gol inclusive na final do Paulistão de 1996, time que encantou o Brasil e o mundo.

(Foto: Daniel Augusto Jr.)

César Sampaio

O capitão da Libertadores. O homem que levantou um dos títulos mais importantes da história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Jogava demais. Em 1998 quase conquistou a Copa do Mundo como titular da Seleção Brasileira. Monstro Sampaio!

Roque Jr

Fez mais de 200 jogos pelo clube contando as suas duas passagens. Zagueiro clássico titular na campanha da Taça Libertadores de 1999. Jogou nos maiores clubes da Europa e conquistou a Copa do Mundo em 2002.

Jaílson

Que negro maravilhoso! Invictus, não perdeu um jogo se quer na sua história no clube em Campeonatos Brasileiros. Um dos grandes nomes do Eneacampeonato, substituiu Prass com uma firmeza e habilidade que impressionou a todos. Ídolo!

(Foto: Marcelo Brandão/ @ClickPalestra)

Gabriel Jesus

Glória, Glória Aleluia! O garoto que veio do Jardim Peri e chegou ao Palmeiras com 14 anos. Hoje já é uma estrela mundial. Camisa 9 da Seleção. Está marcado para sempre na história da Sociedade Esportiva Palmeiras. A camisa 33 de Jesus nunca mais será a mesma. Em dois anos como profissional, 2 títulos nacionais. Decisivo e um assassino das áreas!

(Foto: Marcelo Brandão/ Click Palestra)

Zé Roberto

Deixamos por último aquele que resgatou o orgulho de ser palmeirense. Você é gigante! Nós somos gigante Zé. O garoto de 43 anos deve dar adeus ao futebol no final deste ano, mas não cansaremos de homenagear esse homem que honrou demais a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras. Além dos títulos, Zé provou para muita gente que o impossível é só questão de opinião. Jogador mais velho a vestir a camisa do clube, jogador mais velho a levantar um caneco pelo clube. Será difícil alguém bater você menino!

 (Foto: Miguel Schincariol /AFP/Getty Images)

 

O post +9 dos negros que se tornaram ídolos do Palmeiras apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/9-dos-negros-que-se-tornaram-idolos-do-palmeiras/feed/ 0 IMG_0190 Miniatura-Site-1 47150103331_13bb6cc59b_c 49646476986_8921cdfc31_c picha–o-abre 68960641_125984485368049_7534279257243573766_n Cap.4—ALLIANZ—Advers-rios 48349628256_bd38d7a7a5_o D-rbi-1
Atlético Mineiro 1 x 1 Palmeiras, 35a. rodada do BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/atletico-mineiro-1-x-1-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/atletico-mineiro-1-x-1-palmeiras-br-16/#respond Thu, 16 Nov 2017 12:39:10 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/11/16/atletico-mineiro-1-x-1-palmeiras-br-16/

Vocês ouviram isso durante todo o returno do BR-16:   – Ah, mas em 2009, o Palmeiras era líder e daí…   RelacionadasViciado em vencer! Abel iguala Brandão como maior campeão na história do PalmeirasAbel Ferreira fala sobre possibilidade de tricampeonato brasileiro do Palmeiras: ‘Vamos defender o que é nosso’Especialista em futebol italiano avalia Felipe […]

O post Atlético Mineiro 1 x 1 Palmeiras, 35a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Vocês ouviram isso durante todo o returno do BR-16:

 

– Ah, mas em 2009, o Palmeiras era líder e daí…

 

E daí digo eu! Ou melhor, não digo. Conto. 1960. Taça Brasil. Palmeiras 8 x 2 Fortaleza. A maior goleada da história das decisões nacionais.

 

– Ah, mas em 2009 perdeu titulares e daí…

 

E daí conto eu. 1967. Primeiro Robertão. Líder da fase inicial. Campeão no quadrangular final. No jogo decisivo, em 20 minutos César cessou a discussão. 2 a 1 no Grêmio.

 

– Ah, mas como é que pode ganhar dois títulos brasileiros em um ano? Em 2009 o…

 

Podendo. Tendo poder. Sendo Palmeiras. A Argentina tinha campeão do Apertura e Clausura no mesmo ano. O Flamengo ganhou dois estaduais em 1979. Teve dois Mundiais de Clubes em 2000. E teve dois campeões brasileiros também em 1968. Mas, em 1967, só nós. Depois do Robertão, na decisão da Taça Brasil ganhamos do Náutico no Recife e perdemos a volta no Pacaembu – sem Ademir. No Maracanã, em campo neutro, mais uma vez festa nossa. 2 a 0. Gol de Ademir da Guia em lua de mel. Ele passou a noite de núpcias com o César Maluco…

 

– Ah, mas em 2009 o Flamengo chegou atropelando e…

 

E em 1969 o Palmeiras chegou a precisar ganhar quase todos os jogos para se classificar. Atropelou. E foi campeão de novo do Robertão, vencendo o Botafogo por 3 a 1.

 

– Ah, mas o time não tá jogando tão bem agora e o Gabriel Jesus não faz mais gol e em 2009…

 

E em 1972 e em 1973 foi bicampeão brasileiro sem fazer gol. Zero a zero contra o Botafogo no Morumbi, zero a zero contra o São Paulo também lá. Academia de bola educa, ensina e doutrina.

 

– Ah, mas só ganhou título depois com a Parmalat e em 2009…

 

E como ganhou com a irmã de leite. 1993 contra o Vitória. Bi em 1994 contra o Corinthians. Quando o Palmeiras deixou de ser campeão, o Brasil parou de ganhar Copa. Quando o Palmeiras voltou a ganhar tudo, teve dois titulares campeões mundiais em 1994. E tinha mais craque para ser tetra.

 

– Ah, mas não ganha nada desde então e em 2009…

 

E ainda assim é o maior campeão nacional.

 

– Ah, mas não tem Mundial e em 2009 a diferença…

 

Continua a mesma. Vão lembrar 2009. E esquecer 1994, 1993, 1973, 1972, 1969, 1967 duas vezes, 1960.

 

– Ah, mas foi por fax e em 2009…

 

É fato. Foi campeão. Como na Copa Rio de 1951. Em 1960 do único torneio nacional que existia – e que alguns rivais jamais jogaram por não serem campeões na era de ouro do futebol. Em 1967 ganhou tudo. Em 1969 ganhou o único torneio nacional que existia – semelhante ao Brasileiro a partir de 1971. Palmeiras campeão de torneios disputados pelos atletas tricampeões do mundo em 1958, 1962 e 1970. Os melhores da história.

– Ah, mas em 2009…

Em 2009 o maior campeão nacional não tinha tanto time, elenco e tinha mais desfalques. Não tinha times tão bons como os Palmeiras campeões.

 

– Ah, mas em 2009…

 

O Flamengo foi hexacampeão. Emocionante. Mas se toda hora você citar 2009, lembre outros oito anos. Ou sete, que foram dois títulos em 1967. E se você for jornalista, troque a manchete e o título. Em vez de lembrar a derrocada em 2009, lembre que você precisa procurar saber um pouco mais a história do futebol. Logo, muito mais da galeria de troféus do Palmeiras.

 

– Ah, mas o Flamengo fez primeiro a AeroFla em 2016…

 

De fato foram lindas as festas rubro-negras em aeroportos. Mas tão emocionante e participativa como a de 15 de novembro em Congonhas, dia dos 121 anos do Flamengo, poucas vezes se viu em qualquer cidade. As ruas de São Paulo foram trocando nos últimos dias o cinza pelo verde do stencil “Ai ai ai, tá chegando a hora”, com o nosso escudo sempre acima. É o começo do cântico famoso há mais de 40 anos nos estádios brasileiros. A versão da mexicana “Cielito Lindo”. Pelo menos uma coisa legal lembramos dos mexicanos em estádios sem ser a bobagem do grito estúpido para o goleiro adversário nos tiros de meta.

 

 

Mas eu confesso que não gostei muito dessa campanha que pegou bonito na torcida e nas ruas. Coisa de palmeirense ressabiado, ou palmeirense-palmeirense. Sigo batendo na madeira ou na minha cara três vezes quando algum rival vem falar que já ganhamos. Se tem um time capaz de perder esse Brasileiro é o Palmeiras dos últimos anos. Mas claro que, este ano, e nos oito em que ninguém ganhou mais que a gente, só o Palmeiras para ser campeão tão capaz assim para ser o melhor.

 

Mas, sei lá. Quem se acha se perde. Melhor seguir confiantemente desconfiado. Ou palestrinamente palmeirense. Ainda mais quando lembro a semifinal do Paulista de 1978. 12 da prorrogação no Morumbi. A nossa torcida gritando o mesmo AI, AI, AI, AI, TÁ CHEGANDO A HORA… do gol de nuca do Chulapa que nos eliminou do Paulista… Não grito gol antes. Não celebro título antes. Aliás, na volta olímpica eu ainda olho meio desconfiado. Vai que o STJD nos tira ponto pela festa… Deixo pros outros esse cheirinho, esse canto de campeão que volta, esse “contra tudo e contra todos”.

 

Na antevéspera do jogo em Minas contra o Atlético, eu “temia” que o tribunal tirasse 10 voos do Palmeiras pelo sinalizador aceso dentro do aeroporto de Congonhas. Um absurdo, tanto quanto algumas cadeiras quebradas. Mas foi mesmo uma festa absurda de alegre no AeroPorco paulistano. Mais uma vez. Lembro quando paramos até a Rubem Berta, em 9 de dezembro de 1979, recebendo a delegação que vencera o Flamengo de Zico por 4 a 1, no Maracanã. A gente ainda não assumira o porco. Mas o Aeroperiquito era nosso.

 

Agora, o Aeroporco-16 foi sensacional. A emoção do elenco vendo o saguão lotado e cantando o hino junto com o Moisés, Vitor Hugo, Egídio e o elenco.

As imagens e mensagens deles nas redes sociais:

 

#quetorcidaéessa defesa que ninguém passa… linha atacante de raça… TORCIDA que canta e vibra!!! Vamos que vamos!!! #AeroPorco. Alecsandro publicou. “Como não cantar com vcs? Impossivel! PALMEIRASSSS AVANTI PALESTRAAAA”, foi a emoção de Moisés. “Sensação mais forte do que as coisas materiais podem nos dar são essas… As humanas, o amor, a fidelidade, a união e a força, de milhões de corações colocados em um propósito somente… #Torcida_que_canta_e_vibra #AvantiPalmeiras #ZR11 #ForzaPalestra, derreteu-se Zé Roberto.

 

 

De chorar. Na mesma semana em que o maior avião do mundo pousara em Cumbica, o Antonov russo, só ele talvez comportasse a festa nem sempre comportada dos palmeirenses. Como disse meu amigo Claudio de Estefano, o naming-rights do colosso aéreo deveria ser Paulonov. Ou Porconov. Ou Air Pork 3. Já que o 1 estava em Lima para de novo resgatar Gabriel Jesus na Seleção e trazê-lo na véspera do clássico com o Galo para BH. Na madrugada de quarta, o menino marcou como gente grande o primeiro dos 2 a 0 contra o Peru. Sexta vitória seguida desde a estreia dele e de Tite pelo Brasil. Cinco gols em seis jogos. Artilheiro do time nas Eliminatórias.

 

A história de sempre: quando o Palmeiras está bem, o Brasil melhora. Ficamos 16 anos sem títulos. O Brasil, 24. Voltamos a ganhar tudo em 1993? A Seleção foi tetra em 1994. Ano do nosso último título brasileiro. Na Era de Ouro do tri mundial, de 1958 a 1974, quem mais venceu títulos nacionais de todos os torneios possíveis?

 

Também por isso o Palmeiras de 2016 pode ser comparado ao Brasil de 1994. O time de Romário e Bebeto (e dos nossos titulares Zinho e Mazinho) tinha fila de 24 anos sem Mundiais. Jogava o “suficiente” para ser campeão. Era o tal “saco de cimento” nas costas que Cuca enxergava no Palmeiras da reta final. O time jogava para ganhar o Brasileiro de qualquer jeito pela primeira vez em 21 anos. Até sem muito jeito. Ou sem a mesma bela bola da fase inicial.

 

Nem a Copa do Brasil de 2015 aliviava esse fardo. Até por gente da imprensa criticar o futebol do time e o nível do campeonato como se todos os males do Brasil fossem responsabilidade nossa. Não era a Primeira Academia e nem a Segunda. Não tinha os craques da Via Láctea da Parmalat. Mas era o líder havia 25 rodadas e com seis pontos de vantagem que entrou em campo no Horto contra um rival que desde 2011 o Palmeiras não conseguia vencer. Um Galo que vive seus anos mais vencedores desde a emocionante Libertadores conquistada pelo Galo Doido de… Cuca, em 2013. Nosso Mestre Cuca que mandou a campo no retorno ao Horto um Palmeiras sem os lesionados Mina e Zé Roberto.

 

Thiago Santos entrou para ajudar também na bateria antiaérea contra um rival poderoso, de grande elenco, e atuando no Horto. Onde Cuca orquestrou milagres com um time que, como o Porco Louco, também começava em cima. E repetiu agora. Luan quase fez 1 a 0 de cabeça, nas costas de Egídio. Moisés respondeu com uma paulada de canhota. Gabriel Jesus e Leandro Donizete se estranharam logo no começo, e seria assim até o final. Quando o volante entrou por cima da bola e quase amputou Tchê do Tchê. Mas ele é único. Ou são vários em campo. Tchê Tchê Tchê Tchê! Que jogador! Ou que jogadores num só. Não tem quem o machuque.

 

Teve um gol bem anulado de Robinho, em impedimento, depois de bola carambolada que bateu na trave de Jailson. Teria um pênalti para nós em bola na mão bem discutível no segundo tempo. Mas a arbitragem não foi exatamente mal ou erradamente ruim. Tem sido assim neste e em muitos campeonatos. Não tem esquema, apesar do chororô dos rivais. O líder, qualquer um, na maioria das vezes tem quase tudo de melhor. Incluindo a arbitragem, com saldo positivo de erros – não esquema. Embora o nosso início de Brasileiro tenha sido com muito mais erros contrários. Erros. Não esquemas.

 

Era um jogo muito nervoso. Na Vila, aos 15 da nossa partida que começou 21h, o Santos fez 3 a 1 no Vitória, de um jogo que começara 19h30. Robinho fazia a diferença em Belo Horizonte. O Galo estava melhor. O Vitória fez 3 a 2 em Santos. Precisava do empate para nos deixar mais tranquilos. Mas a boa nova veio com Gabriel. Jesus rodopiou bonito no meio-campo e abriu para Dudu na direita, no lugar onde estaria Róger Guedes. O trio de ataque, além de ótimo, se mexe muito. O sete avançou e lançou bola de bilhar para Jesus dividir com o xará atleticano Gabriel. O chute teve desvio que tirou Victor do lance. Zagueiro e goleiro estatelados. A estrela de Jesus voltou a brilhar depois de oito jogos sem gols pelo Palmeiras. Desde aquele que nos manteve na liderança contra o Flamengo. Desde este que o fez chorar na celebração.

 

“As pessoas falam que sou chorão, mas pô, quem não é movido a emoções? Quem não chora? Acontece. As pessoas têm de ver o meu lado, porque tenho 19 anos e estou tendo muitas oportunidades. São meus últimos jogos pelo Palmeiras, minha vida vai mudar completamente. Não só a minha, mas a da minha família. Fiquei emocionado pelo gol porque estava precisando, não só eu, mas a equipe. Estou emocionado por serem os meus últimos jogos com essa camisa que aprendi a amar tanto”.

 

“Aí, Jesus chorou.” A música dos Racionais MC´s que meus filhos curtem. Sei que o Mano Brown é Santos, mas ali não tinha como não ser Palmeiras. Fala, Cuca:

“Saiu um peso, uma cobrança até excessiva que existe em cima do menino. Ele jogou até duas horas da manhã lá no Peru na quarta-feira, viajou para cá, se doa, se aplica, se emociona, como se emocionou no gol. Acho que o torcedor palmeirense tem de valorizar, e muito, esse menino. Eu não sei se eu, na situação que ele está, teria tanto amor por um clube como ele está mostrando ter pelo Palmeiras. Campeão olímpico, na Seleção, vendido para um dos maiores clubes do mundo, e se dedicando na busca pela conquista do campeonato”.

Gabriel. 19 de vida, parece de bola. Oito jogos sem marcar pelo líder há 26 rodadas, quase no mesmo período em que marcou cinco em seis jogos da Seleção verde-amarela.

“Diz que homem não chora/ Tá bom, falou/ Não vai pra grupo irmão/ Aí, Jesus chorou”, disseram os Racionais – e também os emocionais do Palmeiras. Eram 21h27 de 17 de novembro. 26min07s no Independência. Talvez a bola dele não entrasse não fosse o desvio do xará. Mas é coisa de predestinado. Jogador e time. É sorte de líder. Para não falar de…

“Amo minha raça, luto pela cor/ O que quer que eu faça é por nós, por amor/ Não entende o que eu sou, não entende o que eu faço/ Não entende a dor e as lágrimas do palhaço”. Gabriel saiu para o abraço e caiu no choro. Não é dor, amor. É amor, dor. Gol decisivo é com ele. Gol é com ele. Ele não é da paulada. Ele é da jogada. Joga o jogo, menino. Responde pela bola, não pela boca. Mas pode abrir o bico quando ela entra.

O Galo seguiu bem. Robinho e Dudu se estranharam. O Palmeiras não conseguia segurar a bola na frente. Impressiona no time de Cuca é que quando ele jogou bonito (e parte da imprensa estava vendo outro campeonato) ele ganhou muito bem. No returno, jogando menos, e muito menos “bonito”, ele não perde. É a diferença.

Com 18 segundos Tchê Tchê quase acabou com o campeonato, no segundo tempo. O Galo voltou igual. Na primeira bola para Pratto, aos 13, ele se antecipou a Egídio e empatou. Cuca mudou tudo. Voltou a usar três zagueiros. Avançou de vez o múltiplo Jean, e plantou a trinca defensiva também para conter a força aérea mineira com Fred e Pratto, e fez mais uma vez com Edu Dracena (ótimo substituto de Mina) um dique por baixo e por cima.

Moisés e Jean só não fizeram golaços de primeira por milagres de Victor. O Galo chegou menos. Mas quando apareceu, Jailson! Já foi? Vítor Hugo teve a cabeçada do jogo aos 47. Subiu de novo mais que todos. Mas pela primeira vez apareceu sozinho sem ninguém para acompanhar. Era a vitória física e anímica do Palmeiras que celebrou um empate-goleada.

“Lágrimas/ Molha a medalha de um vencedor/ Chora agora, ri depois/ Aí, Jesus chorou/ Lágrimas”. Brown, Mano, em 2002. Ou Jesus, Gabriel, em 2016. É uma canção de 2002. Do disco “Nada como um dia após o outro dia”. Isso mesmo. Daquele ano em que caímos para este outro Palmeiras. Ou o de sempre.

No mesmo 17 de novembro em que o vice-líder Santos venceu o mesmo Vitória que rebaixou o Palmeiras em 2002. No mesmo 17 de novembro de 2016 em que o Palmeiras empatou em Minas, ficando a quatro pontos do rival. Conseguindo a chance real de ser campeão na rodada seguinte, se vencesse o Botafogo em casa, se o Cruzeiro vencesse o Santos em Minas, se o Flamengo não vencesse o Coritiba, no Rio.

Se tudo acontecer, aí Jesus chora. Ele e seus discípulos.

 

O post Atlético Mineiro 1 x 1 Palmeiras, 35a. rodada do BR-16 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/atletico-mineiro-1-x-1-palmeiras-br-16/feed/ 0