Arquivos tag-Leão - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-leao/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:09:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Amarcord: Cruzeiro 0 x 1 Palmeiras, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/#respond Wed, 26 Sep 2018 13:58:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/09/26/amarcord-cruzeiro-0-x-1-palmeiras-br-73/

Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), […]

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Quadrangular final do Brasileirão de 1973, turno único. Em 13 de fevereiro de 1974, uma quarta-feira no Mineirão, o Cruzeiro (que era um senhor time) enfrentava o então campeão brasileiro de 1972. A Segunda Academia de Oswaldo Brandão que não tinha o maior artilheiro da história do clube desde que se chama Palmeiras (César Maluco), e, por opção do treinador, preferiu apostar no mineiro Ronaldo na ponta-direita, deixando Edu Bala no banco.

Em casa, o Cruzeiro lamentaria demais a ausência do goleiraço Raul Plasmann, substituído por Hélio. Mas tinha um timaço. Nelinho (o mais absurdo cobrador de faltas que vi) na lateral-direita, o eficiente Vanderlei na outra. Na zaga, Perfumo, El Mariscal, um dos maiores zagueiros da Argentina, e Procópio, zagueiro que atuara no Palmeiras 10 anos antes, e que acabara de voltar a atuar depois de ficar 5 anos sem jogar depois de uma entrada horrorosa de Pelé, em 1968. No meio-campo, Piazza (campeão mundial em 1970), Zé Carlos (volante sensacional) e Dirceu Lopes (que deveria ter sido campeão mundial em 1970, e foi tão – ou mais jogador – que Tostão). Na frente, Baiano, Palhinha (outro baita jogador) e Eduardo (Amorim).

Time tão bom que pressionou o Palmeiras desde o início. Só não abriu o placar aos 20 minutos porque Leão fez o primeiro de tantos milagres numa bomba de Nelinho. Aos 25, Piazza só não marcou porque foi desarmado pelo imenso Luís Pereira que impediria aos 30 outro gol, depois de Baiano encobrir Leão e Luisão não apenas salvar sobre a linha como ainda saiu driblando Palhinha. Um monstro! Como Nelinho, aos 37, mandou outro balaço no travessão alviverde.

Na segunda etapa, o Cruzeiro seguiu pressionando e o Palmeiras não conseguiu atacar, até pelo recuo excessivo dos atacantes de Brandão. Mas havia Leão para fazer uma de suas melhores atuação na vida. Nelinho bateu falta para defesa espetacular dele, e, no rebote, Eduardo só não fez porque Leão fez outra grande defesa à queima-luvas. Aos 10, Edson Cegonha e Edu Bala vieram a campo. O velho mestre sacou o centroavante Fedato e o ponta Ronaldo. Edu foi jogar na dele, aberto pela direita, com Leivinha adiantado para ser o centroavante que havia sido no BR-72, e Edson fechando a área ao lado de Dudu, com Ademir da Guia dando um pé atrás e organizando o time mais à frente.

Mas o Cruzeiro seguiu melhor. Só não fez gols porque Luís Pereira não deixava a bola chegar na área verde. Quando ele era superado, Leão foi insuperável com mais alguns milagres até os 28 minutos, quando outro aconteceu. Nei recebeu bela bola de cobertuea de Zeca e cruzou no segundo pau. Hélio se enrolou com Vanderlei e Leivinha e, na sobra, Edu bateu de canhota a bola que passou por sobre o lateral e definiu o placar que seria mantido também pela cera de Leão, além de suas grandes defesas até o final.

No jogo seguinte, o Palmeiras venceu o Inter de virada no Morumbi, por 2 a 1. No jogo decisivo, empate sem gols com o São Paulo deu o bicampeonato nacional de 1973 ao Palmeiras.

Conquista iniciada naquele jogo em que Edu aproveitou a única chance em BH.

CRUZEIRO 0 X 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Quadrangular Final
Quarta-feira, 13/02/1974 (noite)
Mineirão
Belo Horizonte (MG)
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 684 794
Público: 74.865
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo (Edu), Leivinha, Fedato (Édson) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gol: Edu 28 do 2º

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Amarcord: Palmeiras 0 x 0 Vasco, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/#respond Sun, 12 Aug 2018 14:11:36 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/12/amarcord-palmeiras-0-x-0-vasco-br-73/

Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo […]

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Olhei para a minha esquerda enquanto subia a Passalaqua apressado pelo jogo que começaria pelo BR-73 e por toda a minha vida quando vi um dos portões estreitos do Pacaembu. Aquela luz forte trocada em 1969 que então era a mais poderosa nos estádios da América – propaganda do prefeito da época da instalação: Paulo Maluf… Eu ainda não sabia o que ele era pros cofres públicos…

E, no fundo, eu também não sabia mesmo o que eu seria. Mas já estava tão iluminado meu futuro como aquela cena que lembro mais que os chatos 90 minutos de um clássico sem gols e com poucas chances – pelas ausências de Leivinha, lesionado, e também o Maluco do César, e pela ótima presença do goleiro Andrada, com três grandes defesas.

Aquela explosão de luz deixando a grama só menos verde que o primeiro jogador do Verdão que vi aquecendo. Luís Pereira. Não precisaria ver mais nenhum outro. Mas veria Ademir da Guia jogando mais à frente e jogando demais quase marcando um golaço, aos 13, depois de driblar meio Vasco. Vi Dudu mais uma vez tendo de sair por se machucar para evitar que lesassem o nosso Palmeiras. Entrou Careca que foi atuar mais à frente, com Ademir então voltando para dar um pé a Edson Cegonha no meio. Sim. Tinha cegonha no meu parto em partidas de Palmeiras.

O Vasco de Mário Travaglini (palestrino dos ótimos) fechou-se todo atrás. Esperando e sem atacar. A ponto de a crônica da FOLHA dizer que o ataque era “fraco”. O mesmo que tinha no comando Roberto, o maior artilheiro dos Brasileiros, com 190 gols marcados até 1992. Quando eu já tinha dois anos de jornalismo esportivo. Profissão que abracei sem saber então quando o Pacaembu me deixou ver pelo velho portão estreito o meu futuro brilhante. Radiante como a alegria do menino Mauro que, enfim, com 7 anos, estreava em estádios.

Li agora que choveu. Garoa chata como o jogo. Pra mim foi só sol a noite toda. Embate iluminado. O belo uniforme do Vasco reluzindo como o Verdão do Palmeiras. E eu vendo pela primeira vez o meu time em um estádio. Os primeiros 90 minutos que de fato acompanhei na vida. Eram poucos os jogos pela TV na época. Futebol era em estádio. E, no mais lindo estádio de espírito paulistano, “o seu, o meu, o nosso Pacaembu”, era ainda maior e melhor.

Mas nada superior àquela primeira imagem do Luisão Pereira se aquecendo pouco antes do jogo. Meu próximo biografado, 45 anos depois. Com a mesma emoção da primeira vez do amor de todas as vezes.

O Palmeiras manteve a invencibilidade e a ponta naquele que seria o ano do bi de 1972-73. A defesa que só 13 vezes passaram em 40 jogos (a melhor média da história do Brasileirão). Luís Pereira monstruoso quase fez um gol aos 42. Mas Andrada não deixou. Os pontas vascaínos Jorginho Carvoeiro e Luís Carlos recuavam para acompanhar os laterais verdes Eurico e Zeca. Não foi um grande jogo. Mas foi o meu primeiro. O maior.

Quando não pude gritar “Fedato” pedindo para ele entrar e marcar os gols decisivos porque ele já estava desde o início no lugar de César. Talvez por isso também não saímos do zero na minha iniciação.

Contradição passar em branco no debut? Não. Apenas Palmeiras. Passei verde. Sempre. Não precisa vencer. Preciso apenas é o Palmeiras que tanto preciso. O que neste Dia dos Pais, 45 anos depois, continua fazendo o papel de Babbo, Nonno, filho, irmão, amigo pelos que estão e pelo meu pai que com meu tio me levou pela mão para ver o maior amor incondicional além deles e dos meus: o nosso Palmeiras.

Feliz Dia dos Palmeiras. Amor de Palestra para filhos.
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Valdir de Moraes, Leão, Velloso, Prass e Jaílson revelam histórias no Dia do Goleiro https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/#respond Thu, 26 Apr 2018 14:00:37 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/26/dia-do-goleiro/ “Ser goleiro é jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, você saber que é tão ou mais importante que o artilheiro do seu próprio time”. A frase acima não tem o seu autor conhecido. Porém, é inegável que foi dita ou escrita por alguém […]

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“Ser goleiro é jogar um jogo coletivo de forma quase individual e depois de uma grande defesa, ainda que não te agradeçam, você saber que é tão ou mais importante que o artilheiro do seu próprio time”.

A frase acima não tem o seu autor conhecido. Porém, é inegável que foi dita ou escrita por alguém que sabia muito bem a importância do goleiro dentro de um time. Tão importante o goleiro é, que trata-se do único jogador de futebol a ter uma data exclusiva para celebrar. Criado em homenagem ao ex-arqueiro Haílton Corrêa Arruda, o Manga, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o dia é comemorado em todo 26 de abril, numa referência ao aniversário do ex-atleta, que hoje está com 80 anos e mora no Equador.

O homenageado nunca chegou a vestir a camisa do Palmeiras. Mas certamente tem um carinho especial pelo Clube que é o melhor formador de bons goleiros da história do futebol brasileiro. Da renomada escola alviverde saíram nomes como Oberdan Cattani, Emerson Leão, Velloso, São Marcos e outros. Além desses ícones, o Palmeiras tratou de transformar Valdir de Moraes, Fernando Prass e Jaílson, todos vindos de fora, em verdadeiros ídolos da torcida.

No alto dos seus 86 anos, Seo Valdir de Moraes disponibilizou um tempo do seu dia para falar com o Nosso Palestra sobre o que o motivou a se tornar goleiro, e como transformou-se em um dos maiores nomes da história do Palmeiras, sendo, inclusive, o camisa 1 da primeira Academia de Futebol do Clube.

Foto: Palmeiras/Divulgação

“A minha maior inspiração foi o meu pai. Ele atuava em times amadores do Rio Grande do Sul, onde nasci, e conversávamos bastante sobre a posição. Quando garoto, em toda brincadeira eu corria para o gol. Achava uma posição independente das demais”, conta ele. “Aí, com o tempo, me tornei juvenil do Renner, de Porto Alegre, onde também me profissionalizei. Então com 27 anos, o Oswaldo Brandão, que também era gaúcho e, em 1958, era o técnico do Palmeiras, viu uma partida minha e disse que queria me contratar. A partir daí, a minha carreira decolou”, detalha ele.

Arqueiro do Palmeiras por dez anos, Seo Valdir revela que Barbosa, goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil, era o seu maior ídolo. “Ele foi condenado pelo Brasil inteiro por conta do gol na final da Copa do Mundo, contra o Uruguai, mas por mim não. Aprendi muito assistindo ao Barbosa. Não chegamos a jogar juntos, mas conversávamos e ele me ensinou demais”.

Questionado sobre o que o Clube representa na sua vida, Seo Valdir é objetivo: “O Palmeiras é o responsável pela minha carreira. Se não fosse o Palmeiras, eu seria apenas mais um goleiro. Quando cheguei aqui ninguém me conhecia. Só o Oswaldo (Brandão). Hoje, todos sabem quem é Valdir de Moraes”, completa ele.

PALMEIRAS PROFESSOR

Natural de Ribeirão Preto, Emerson Leão também foi ouvido pelo portal e explica que não escolheu ser goleiro. Ele foi escolhido pela profissão. Tanto que quando criança não tinha um ídolo específico. Quem mais se aproximou de inspirá-lo na posição foi Oberdan Cattani, pela admiração que seu pai, palmeirense legítimo, tinha pelo jogador.

Foto: Palmeiras/Divulgação

“Na infância, sempre que ia brincar nas peladas, eu jogava em todos os lugares do campo. Acontece que comecei a gostar de ver o futebol como goleiro, que é quase sempre um injustiçado. É um solitário na hora de comemorar o gol do próprio time, e que depende apenas dele para ir bem numa partida”.

“Sobre o meu ídolo, a verdade é que goleiro do interior não tinha acesso à televisão. O rádio, na época, era coisa de adulto. Então, todo mundo na Cidade admirava os atletas de Comercial e Botafogo. É claro que por ser filho de italianos e morar no interior sempre que fazíamos vaquinha para comprar jogos de camisa, o uniforme escolhido era o do Palmeiras. Aí, por toda a influência do meu pai, admirava o Oberdan”.

Anos mais tarde, o uniforme de jogo não era mais aquele comprado com o dinheiro da vaquinha entre amigos. Mas sim o do próprio clube, que, segundo Leão, foi o responsável por sua formação profissional, e o responsável por sua formação como homem.

“Eu cheguei no Palmeiras muito jovem, com 15 anos. Então, o Palmeiras foi um pouco de professor na minha vida profissional e pessoal. Foi dentro do Clube que aprendi a ser homem de caráter, a respeitar os princípios das outras pessoas e a ouvir os mais velhos que me orientavam. Portanto, costumo dizer que falar do Palmeiras é mais fácil para mim. Foi lá dentro, por exemplo, que conheci a minha mulher, quando ela tinha 15 anos e com quem estou casado há 41. É um lugar que representa demais na minha vida”.

FÃ DE LEÃO

Foto: Agência Estado

Formado na escola de goleiros do Palmeiras, Velloso era o camisa 1 do time na conquista da primeira Copa do Brasil, em 1998. A inspiração para jogar sob as traves veio do pai e o do irmão, que atuavam de forma amadora na posição. “Sempre acompanhava o meu irmão, que é quatro anos mais velho do que eu, nas suas partidas e assistia tudo por trás do gol. E isso foi despertando em mim o interesse pela posição. Conversávamos muito sobre ser goleiro e posso dizer que ele foi o meu primeiro treinador, porque ficava chutando bolas para eu defender em casa”, revela.

O jogador em que Velloso se espelhou ao longo da carreira foi Emerson Leão. Era o goleiro alviverde das décadas de 70 e 80 que o fazia parar na frente da televisão para observar cada movimento feito dentro área.

Ter tornado-se dono da camisa que um dia foi usada pelo ídolo e também por Seo Valdir de Moraes, de quem o seu pai era fã, fez o Velloso realizar uma série de sonhos dentro da sua família. “O meu pai era palmeirense fanático e os filhos também. Para se ter uma ideia, o meu irmão se chama Valdir por causa do Seo Valdir de Moraes. Lembro de quando eramos pequenos e ele das várias vezes que ele nos levava ao Parque Antártica para assistir aos jogos. Então, quando passei a atuar como goleiro do Palmeiras realizei o sonho do meu pai, do meu irmão e o meu também”, garante o ex-jogador.

PESO E RESPONSABILIDADE

Foto: Brandão/@Click Palestra

Natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, Fernando Prass chegou ao Palmeiras em 2013 com a missão de colocar fim nos problemas da meta alviverde, que não tinha qualquer segurança desde a aposentadoria de São Marcos. Fã do conterrâneo Taffarel, goleiro tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1994, Prass é um dos pilares na reconstrução pela a qual o Clube passou nos últimos anos. Aliás, dá para afirmar que ele é muito mais do que isso.

Foi por meio de suas mãos, e do seu pé direito, que, em 2015, o Palmeiras voltou a encher o seu torcedor de orgulho com o último gol marcado nas cobranças de pênaltis, na conquista da Copa do Brasil daquele ano. Questionado sobre o que significa ser goleiro do Palmeiras, Prass salientou a honra e o respeito por defender a camisa que já foi vestida por grandes nomes da história do futebol brasileiro.

“Além da responsabilidade de jogar em um clube gigante, como é o Palmeiras, existe o peso de, mesmo não sendo formado aqui, representar uma grande e histórica escola de goleiros”, afirma o atual camisa 1 palmeirense, sem deixar de comemorar o dia da sua profissão.

“Trata-se de um dia especial para uma profissão especial! Ser goleiro não é para qualquer um! Me sinto honrado e realizado por ser um destes privilegiados por viver uma vida de grandes emoções nesta posição mágica de goleiro”, discursou o arqueiro.

REALIZAÇÃO DE UM SONHO

Titular incontestável e dono de imensa moral com a torcida, Jaílson, assim como Valdir de Moraes e Velloso, teve o pai, o Seo Gerson, como inspiração para se tornar goleiro. Foi vendo as defesas dele, nas competições amadoras de São José dos Campos, que o melhor jogador da posição do Campeonato Brasileiro de 2016 decidiu levar a profissão a sério. “Eu assistia ele nos jogos e treinando e me via também ali um dia”.

Como um legítimo palmeirense, Jaílson não esconde de ninguém que é devoto de São Marcos. Por diversas vezes o goleiro já falou sobre a admiração que tem pelo pentacampeão mundial e, neste Dia do Goleiro, fez questão de enaltecer, mais uma vez, aquele que para muitos divide espaço com Ademir da Guia no posto de maior jogar da história do Palmeiras.

“Sempre assisti os vídeos do Marcão. Meu ídolo é o Marcos. Por tudo que ele fez pelo Palmeiras e pela Seleção Brasileira. É um cara que tem um caráter maravilhoso, é uma grande pessoa. Então é um grande exemplo para mim e o meu espelho no futebol”.

No Clube desde 2014, Jaílson define a sensação de defender a meta alviverde de maneira emocionante: “É uma honra e uma alegria entrar em campo para defender o Palmeiras. Sem dúvidas é a realização de um sonho e fruto de muito trabalho”, afirma Jaílson.

 

 

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https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-do-goleiro/feed/ 0 La Favela è qui! Palmeiras campeão paulista de 2020 O time campeão paulista de 2020 (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras) Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 Os jovens Patrick de Paula e Gabriel Menino O jogador Patrick de Paula, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe da AA Ponte Preta, durante partida válida pela semi final, do Campeonato Paulista, Série A1, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação) O defensável Weverton
Dia dos goleiros da Academia do Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/#respond Thu, 26 Apr 2018 13:37:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/26/dia-dos-goleiros-da-academia-do-palmeiras/

Hoje é dia de Primo. Tinha de ser esse o nome do primeiro craque da nossa meta e do nosso primeiro título. “Primeiro” na língua da Itália, Palestra. O número um que virou 12 em 1999 pelas mãos e milagres do anjo-guardião Marcos. Primo. Primeiro nome de todo time. Primeiro nome de um clube de […]

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Hoje é dia de Primo. Tinha de ser esse o nome do primeiro craque da nossa meta e do nosso primeiro título. “Primeiro” na língua da Itália, Palestra. O número um que virou 12 em 1999 pelas mãos e milagres do anjo-guardião Marcos.

Primo. Primeiro nome de todo time. Primeiro nome de um clube de dois nomes. Palestra de Primo. Palmeiras de Prass. P de porteiro. Pioneiro. Primeiro. Poder. Prazer. Pra frente como Oberdan carregando o pendão da pátria na Arrancada de 1942. Pra cima como os dedos de Marcos negando os pênaltis deles. Pros lados como Prass. Pros céus de Nascimento. Outro dos primeiros dos nossos primazes da meta.

Pro Panteão de Oberdan que catava tudo desde 1940. Cattani com espírito de periquito e de porco. Tudo Palmeiras. Todo o Palestra. As maiores mãos que nos defenderam. O Bicho era o apelido. Animal. Como o rei deles. Leão. Rei de Copas. Senhor das feras que nos guardam.

Jurandyr antes de Oberdan. Fábio Crippa ganhando o maior Rio do mundo em 1951. Laércio substituindo o insubstituível Oberdan. Valdir de Morais. Plural de moral. Goleiro da primeira Academia. Preparador da academia de goleiros palmeirenses. Exemplo de tudo.

Meta que é objetivo de vida palmeirense. Aquarela de craques de seleção do Brasil como Picasso. Do Uruguai como Maidana. Do Paraguai como Gato Fernández. Reservas do clube que viram goleiros de seleção como João Marcos em 1983 e até Marcos, em 1996. Clube que não consegue lançar pratas da casa. Mas que finca traves no berço de ouro como Gilmar e Zetti. Reservas de moral e caráter campeoníssimos como Sergio, o número um do 12 de junho e da tríplice coroa de 1993. Torcedores que vieram da massa como Jailsão para defender como a Pantera Verde. Craques de outras metas como Velloso.

Tantos números 1 e um 12 que jogou por todos que explicam tantos primeiros lugares.

Se todo grande time começa por um grande goleiro, o clube que tem essa escola só pode dar aula.

Palmeiras pode não ser o número um de tantos. Mas únicos são os números um do Palmeiras.

(Arte de Ilustramurilo)

#palestranosensinapalmeirasénossasina

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Amarcord: Palmeiras 1 x 0 Internacional, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/#respond Sun, 22 Apr 2018 09:55:02 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/22/amarcord-palmeiras-1-x-0-internacional-br-73/

Foi o primeiro gol que vi em estádio. Era o meu segundo jogo no Pacaembu. Tarde de feriado. Quinta, dia da Proclamação da República. Novembro. Mês 11. Camisa do autor do gol da vitória. Nei, aos 18 minutos, na meta do tobogã. O último nome daquela seleção que se não era poema era cantada em […]

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Foi o primeiro gol que vi em estádio. Era o meu segundo jogo no Pacaembu. Tarde de feriado. Quinta, dia da Proclamação da República. Novembro. Mês 11. Camisa do autor do gol da vitória. Nei, aos 18 minutos, na meta do tobogã. O último nome daquela seleção que se não era poema era cantada em verso e prosa. A Segunda Academia de Dudu e Ademir da Guia. Então campeã brasileira de 1972. Em três meses seria bicampeã de 1973.

O time de Leão (que não foi molestado pela ótima equipe do Inter, que já tinha oito nomes que seriam campeões do Brasil em 1975). Goleiro titular da Seleção que estava então com 972 minutos de invencibilidade na meta bem guardada por Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia com a luxuosa ajuda de Leivinha; Ronaldo naquele dia no lugar de Edu, Fedato substituindo César que entrou depois, e Nei (com o amigo Pio o substituindo depois).

Não foi um jogo de muitas chances. Também porque do lado colorado havia Figueroa. Um dos 100 maiores dos primeiros 100 anos da Fifa. E do nosso lado sempre esteve Luis Pereira. O maior zagueiro que vi no Brasil. E o melhor zagueiro-artilheiro. Luisão que ainda faria naquele campeonato o último gol da conquista. Na penúltima partida do BR-73. Também contra o Inter, em fevereiro de 1974, no Morumbi.

Naquela tarde de Pacaembu de 1973 eu pude gritar gol pela primeira vez em um estádio. Tinha sete anos. O primeiro jogo foi um 0 x 0 chato e chocho com o Vasco. Levou 108 minutos para eu fazer o que desde 1991 não posso enquanto trabalho em estúdios e estádios. Como neste domingo voltarei ao velho e meu, e seu, e nosso Pacaembu para ver o Inter que não é tão bom quanto aquele. Não tem aquele Falcão único. Aquela camisa linda vermelha. O maravilhoso unciforme preto do saudoso goleiro Schneider com o distintivo no centro do peito.

Mas ainda é Inter. Como será sempre Palmeiras.

O time dos meus sonhos e de nossa realidade. A equipe que naquela noite de 1973 foi jantar na pizzaria Casa Grande na Pompeia, vizinha da minha avó Albertina. Onde meu pai, meu tio Leo e meu irmão Gianfranco também jantaram. Quando vimos o nosso time confraternizando. Meu pai tentou me levar até eles. Tímido até a medula, preferi manter a distância do salão onde eles estavam. Olimpo não é pra mortais. Os heróis não se tocam.

Hoje me toco que deveria ter feito o que fiz. Ficar na minha. Eles tinham que ser respeitados naquela hora. E, 45 anos depois, revejo que ainda os vejo do mesmo jeito. Ídolos intangíveis. Muitos deles acabei conhecendo pelo ofício. Alguns viraram amigos. E esse que está ao meu lado na foto acabei de conhecer no Allianz Parque. O filho dele me apresentou. Um dos maiores camisas 11 de nossa história. Um dos que mais jogaram com nossa camisa. Um dos que mais apanharam com ela. Um dos que mais a honraram. Com a humildade dos gigantes que não falam – fazem. Autores da minha infância eterna.

Nei que me deu o prazer do primeiro gol em estádio. Nei que também me ajudou a ser o que sou há 28 anos por ser palmeirense há 51. E por ser ainda mais feliz por há quase 45 anos berrar sem parar pelo gol que marcou.

Gol do Palmeiras. O nosso grito mais comum. E o primeiro será sempre seu, Nei. Obrigado.

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Pantera verde https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/pantera-verde/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/pantera-verde/#respond Sun, 25 Mar 2018 14:00:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/25/pantera-verde/

Este texto é pro leitor que disse que toda vez escrevo contando histórias do passado. É fato. Só vive dele quem tem. Quem não tem futuro é quem despreza o que foi feito e não tem a menor noção do que está fazendo. Então senta que lá vem história! RelacionadasOpinião: ‘Ele é o maior, né? […]

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Este texto é pro leitor que disse que toda vez escrevo contando histórias do passado. É fato. Só vive dele quem tem. Quem não tem futuro é quem despreza o que foi feito e não tem a menor noção do que está fazendo.

Então senta que lá vem história!

Pelas minhas contas, no Seletivo do SP-81, Gilmar fez 397 defesas em Palmeiras 1 x 0 Corinthians, gol de Freitas, no Pacaembu. Tanto que um sem-pulo de Sócrates na pequena área rendeu um “adivinhe o que aconteceu? De-fen-deu, GILMAR”, na narração de José Silvério, na Jovem Pan. Treze anos depois, mesmo estádio e rival, final do BR-94, Velloso fez algo quase parecido, no empate por 1 a 1 que deu título à Via Láctea da Parmalat.

Como São Marcos fez tudo e muito mais em 180 minutos nas quartas-de-final da Libertadores-99, quando foi canonizado contra o mesmo rival, no Morumbi. Como Fábio Crippa garantiu o empate sem gols na semifinal da Copa Rio, em 1951, contra o Vasco, que fez com que meu pai tivesse uma crise de apendicite.

Leão garantiu com atuação monumental o 1 a 0 no primeiro jogo quadrangular do BR-73 contra o Cruzeiro, no Mineirão. Como Marcão segurou o River no Monumental de Núñez na derrota por 1 a 0 que foi devolvida com juros e correção futebolística nos 3 a 0 no Palestra de Alex, na semifinal da Libertadores-99.

Grandes goleiros garantem grandes times. Suspendem os efeitos das pressões rivais. Nem todas as grandes equipes começam com grandes goleiros. Mas, certamente, goleiros com as mãos, pés e coração de Jailson fazem o que fez em quatro defesas difíceis contra o Santos. E uma impossível no final do primeiro tempo. Daquelas de guardar nos olhos e ainda assim não acreditar. Esfregar os olhos e não entender como ele fez. Como nem ele deve ter entendido o que defendeu.

Como todo grande apaixonado, não tem como explicar. Apenas aplaudir em pé. E torcer para o Palmeiras estar mais atento e intenso para a volta. Para evitar o sufoco final que a Pantera Negra do Verdão evitou na ida. Jailsão da massa que defendeu uma bola impossível (e outras 4 difíceis) contra o Santos como se fosse Primo, Nascimento, Jurandir, Oberdan, Fábio, Laércio, Valdir, Picasso, Maidana, Leão, Benítez, Gilmar, João Marcos, Zetti, Velloso, Carlos, Sérgio, Fernández, Marcos, Diego, Prass. Jailson defendeu como se fosse Jailson. Como se fosse ele mesmo. Como se fôssemos nós mesmos.

A Academia de Goleiros que consegue revelar até veteranos de mais de 35 anos quando chegam ao clube. Goleiros que eram bons e não sabíamos. Ou viraram ótimos e também não sabiam. A defesa na cabeçada do não menos imenso Renato foi o lance que reuniu dois veteranos que somam 74 anos. Quase a idade do Pacaembu que já viu enormes defesas. Mas poucas como essa nessa idade. Coisa de Jailson. Caso do Palmeiras.

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Leivinha, há 47 anos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/leivinha-ha-47-anos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/leivinha-ha-47-anos/#respond Thu, 15 Mar 2018 00:40:26 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/15/leivinha-ha-47-anos/

47 anos da estreia de Leivinha. Eu tinha quatro anos. Não lembro. Um dia depois do meu aniversario de 9, em 3 de setembro de 1975, vendemos ele e Luís Pereira pra Espanha. Não quero lembrar. Foi a primeira sensação de perda da minha vida. Até então não conhecia ninguém que tinha morrido. Só eu, […]

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47 anos da estreia de Leivinha.

Eu tinha quatro anos. Não lembro. Um dia depois do meu aniversario de 9, em 3 de setembro de 1975, vendemos ele e Luís Pereira pra Espanha. Não quero lembrar. Foi a primeira sensação de perda da minha vida. Até então não conhecia ninguém que tinha morrido. Só eu, um pouco, naquele dia em que dois dos maiores da minha vida saíram dela.

Luisão um dia voltou, e foi Verdão de 1981 a 1985. Leiva, não. Foi São Paulo em 1979 até o joelho pendurar a chuteira. Não as dores que até hoje sente.

Leivinha me fez chorar como homem aos 9 anos. E como criança aos 46, gravando o filme do centenário do Palmeiras, que lançamos em 2016. Quando eu relembrei essa história de choro que já havia contado a ele quando trabalhamos juntos na Band. Perguntei chorando pela primeira vez no trabalho. Ele respondeu chorando, como se vê no trailer do 12 de Junho de 93 – O Dia da Paixão Palmeirense.

Leivinha conseguia ser ídolo ao lado de Ademir, Dudu, Luisão e Leão. Artilheiro com o Maluco do César. Mais um craque naquela Academia. O melhor cabeceador que vi. Técnica, tempo de bola e impulsão. E leveza para driblar e jogar.

E pedalar à frente dos marcadores. Até dos goleiros. O último gol dele pelo Palmeiras no Brasil foi na Máquina do Fluminense. Deixou sentado o goleiro Nielsen numa passada elegante sobre a bola. Me deixaria prostrado depois pela ausência que nem a presença no ano seguinte de Jorge Mendonça com a 8 saciaria.

Leivinha pode não estar entre os 10 melhores do Palmeiras. Mas, na lembrança afetiva, e na efetiva memória de um senhor jogador, ele sempre vai subir mais que todos na área. Sempre sairá ganhando os jogos. Fazendo gols. Ou passando a bola para o mais importante Ronaldo de um dérbi fazer 1974 tão inesquecível como Leiva foi de 1971 a 1975.

Faz 47 anos que Leivinha apareceu bem na foto que hoje ele segura amassada. Farão mais todos os meus anos para alguém subir mais que ele no meu conceito. Não adianta. Posso ter visto jogadores ainda melhores que ele. Mas mais ídolos?

De cabeça, de primeira, do jeito que ele jogava? Não tem. De coração? Só ele.

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Amarcord: Palmeiras 1 x 1 Santos, BR-73 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-1-santos-br-73/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-1-x-1-santos-br-73/#respond Sun, 04 Feb 2018 11:50:52 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/04/amarcord-palmeiras-1-x-1-santos-br-73/

Foi a primeira vez que vi o Pelé em campo. Ou pior: continuei sem ver. Toda vez que Ele tocava na bola, eu, do baixo dos meus sete anos, na minha primeira partida no Morumbi, no meu primeiro clássico, fechava os olhos. Culpa do meu pai. De tanto ele me falar do camisa 10 do […]

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Foi a primeira vez que vi o Pelé em campo. Ou pior: continuei sem ver. Toda vez que Ele tocava na bola, eu, do baixo dos meus sete anos, na minha primeira partida no Morumbi, no meu primeiro clássico, fechava os olhos.

Culpa do meu pai. De tanto ele me falar do camisa 10 do Santos (e do Gol de Placa que meu pai ainda não havia dito a mim que ele e Walter Lacerda tinham bolado a placa dada ao Rei, 12 anos antes, em 1961), eu morria de medo que Pelé pelezasse contra o Palmeiras.

Mas eu também não sabia direito o que era futebol. Se soubesse, só de ver a nossa escalação, não precisaria temer. Eles é que teriam de nos respeitar ainda mais. Mesmo que César Maluco estivesse sem ritmo, ainda que Raul Marcel e não Leão fosse o nosso goleiro, era a Segunda Academia em campo. Campeã brasileira de 1972. Em fevereiro de 1974 seria bicampeã nacional no mesmo Morumbi, contra o São Paulo, em outra história que contarei.

O Santos não tinha só Pelé. O goleiraço era Cejas, que seria expulso no segundo tempo. O lateral era Carlos Alberto Torres, querido amigo capita. A zaga tinha o grande Marinho Perez, companheiro de Luís Pereira na defesa do Brasil na Copa-74, e nosso zagueiro mais tarde. Outra grande figura, que jogaria no Barcelona de Rinus Michels e Cruyff.

O não menos querido e craque Clodoaldo era o volante com Léo Oliveira e Pelé. Mazinho (tio do nosso Clebão, campeoníssimo palmeirense, de 1993 a 2000), o amigo Nenê Belarmino no comando de ataque, e o genial Edu na ponta esquerda. Que time dirigido pelo maravilhoso amigo Pepe.

Mas não era melhor do que o nosso. E não foi no primeiro tempo. Lembro o gol de Leivinha, aos 18. Li agora no acervo da FOLHA que foi jogada linda do grande Nei, pela esquerda. Não lembrava. Nem do empate do Santos, marcado pelo Marinho, no fim do primeiro tempo. Mas tenho “motivos” para não lembrar: foi uma falta perigosa cobrada por Pelé na cabeça do zagueiro.

Você acha que eu iria ver uma falta perto da área do Raul Marcel cobrada pelo Pelé?

Foi o primeiro gol que ouvi no estádio. Porque não vi.

Culpa do meu pai que foi falar tudo que era o Pelé…

Também por Ele tenho um carinho enorme pelo Santos. Só aumentado pelos anos. E pela homenagem que o clube fez quando meu pai morreu, em 2012.

Mas esse é outro Amarcord. Para contar também do primeiro jogo que minha mulher foi a um estádio ver o nosso Palmeias.

Quando ela viu tudo que aconteceu no clássico. Tudo que Pelé não me deixou ver na minha primeira visita ao Morumbi.

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Amarcord: Bragantino x Palmeiras, SP-89 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-bragantino-x-palmeiras-sp-89/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-bragantino-x-palmeiras-sp-89/#respond Sun, 28 Jan 2018 11:27:18 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/01/28/amarcord-bragantino-x-palmeiras-sp-89/

Os gols de 1989 10 de junho de 1989. O melhor time do Paulistão defendia a invencibilidade no Marcelo Stéfani. A mesma que garantira a Taça dos Invictos na fase inicial, com um duríssimo 1 a 1. Agora era outra fase. Quartas-de-final. Triangular em dois turnos. Desde 1982, na Copa, nessa mesma fase, aprendi que […]

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Os gols de 1989

10 de junho de 1989. O melhor time do Paulistão defendia a invencibilidade no Marcelo Stéfani. A mesma que garantira a Taça dos Invictos na fase inicial, com um duríssimo 1 a 1. Agora era outra fase. Quartas-de-final. Triangular em dois turnos. Desde 1982, na Copa, nessa mesma fase, aprendi que dava zica e não Zico esse negócio…

Mas não tinha como dar errado. O Palmeiras já vencera o bom Bragantino no Pacaembu por 2 a 0, depois do empate na primeira rodada em Novo Horizonte. Um dos gols foi do volante Júnior. O Dorival hoje treinador. Ele ficou pistola com alguns companheiros de time que ficaram zoando os rivais, falando dos salários maiores que recebiam no Palmeiras, instigando ânimos para o jogo de volta, na tarde de sábado, pela TV…

Batalha também nas arquibancadas. A Mancha causou na estrada para Bragança, na chegada à cidade, dentro do estádio com brigas com a PM, e a célebre mordida de um torcedor em um pastor alemão capa preta… O rastro de destruição na volta da torcida a São Paulo foi a pá de cal em uma campanha até então brilhante.

Eu já estava ansioso com o jogo. E fiquei pior com a morte da mãe do então candidato do PDS à presidência, o ex-governador Paulo Maluf. Eram 15h quando Dirceu Brizola, apresentador do programa que eu produzia, me avisou do falecimento de Maria Maluf, aos 84 anos. Mãe do nosso entrevistado no programa CRÍTICA & AUTOCRÍTICA, que seria excepcionalmente gravado na noite daquele sábado, 21 horas, para ser exibido como sempre, domingo, 23 horas.

Com todo o respeito à família, era preciso remarcar outro entrevistado, desmarcar o estúdio na Band, e pensar em novo programa ao vivo, no domingo à noite. Numa época sem celular, era tão difícil quanto catar os cacos daquela tarde onde o cachorro era mordido por torcedor. Onde o melhor time do SP-99 foi derrubado pela única vez, depois de 23 jogos sem derrota.

O Palmeiras seguia sem o artilheiro Gaúcho. Ele fez muita falta no ataque de um time que se perdeu completamente a partir do gol de falta de Gil Baiano (nosso lateral titular no título brasileiro de 1993), aos 29. Na sequência, jogada em cima do lateral Abelardo, o ponto mais fraco da equipe, e gol no rebote de Zé Rubens, aos 33.

Neto, o craque Neto, havia batido de longe uma falta no travessão. Mas o time não conseguia nem marcar e nem articular. Gil Baiano fazia o nome às costas dele e para cima de Abelardo.

Na segunda etapa, os palmeirenses mais brigavam com a PM do que assistiam ao jogo. Como nossa zaga viu Gallo apanhar um rebote e ampliar, aos 15. 3 a 0 Bragantino.

Ao final do jogo, eu ainda procurando entrevistados para o dia seguinte, e o

Palmeiras fazendo contas. Ele poderia ser eliminado sem estar em campo na quarta. Era só o Bragantino derrotar o

Novorizontino, fora de casa. Foi isso que fez o time de Luxemburgo: 1 a 0. Palmeiras, campeão do turno e returno eliminado ainda nas quartas-de-final… Típico da fila sem títulos que ampliava e que criou a célebre piada “Bragantine’s 12 anos”. Jejum envelhecido em barris de carvalho.

PALMEIRAS 0 X 3 BRAGANTINO

Competição: Campeonato Paulista/Terceira Fase

Data: sábado, 10/junho (tarde)

Estádio: Marcelo Stéfani

Cidade: Bragança Paulista (SP)

Juiz: Luís Carlos Antunes (SP)

Renda: Cz$ 54 674

Público: 9 778

PALMEIRAS: Velloso; Édson Abobrão, Toninho, Darío Pereyra e Abelardo (Gaúcho); Júnior, Gérson Caçapa (Eraldo), Edu Manga e Neto; Mauricinho e Marcus Vinícius.

Técnico: Émerson Leão

BRAGANTINO: Paulo César; Gil Baiano, Júnior, Nei e Biro-Biro; Souza, Valmir e Zé Rubens; Ivair, Gallo (Gatãozinho) e Luís Müller (João Batista)

Técnico: Wanderley Luxemburgo

Gols: Gil Baiano 29 e Zé Rubens 33 do 1º; Gallo 15 do 2º

Expulsões: Edu Manga e Gatãozinho 35 do 2º

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Velloso, 22/9/1968 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/velloso-2291968/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/velloso-2291968/#respond Fri, 22 Sep 2017 15:15:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/22/velloso-2291968/

Janeiro de 1989. Zetti havia quebrado a perna em novembro de 1988. O reserva imediato Ivan também estava lesionado. A nova direção montara um elenco para encerrar com os 12 anos de fila. Comandado pelo ídolo Emerson Leão. De goleiro ele sempre entendeu. E achou que não seria necessário alguém mais experiente como terceiro nome […]

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Janeiro de 1989. Zetti havia quebrado a perna em novembro de 1988. O reserva imediato Ivan também estava lesionado. A nova direção montara um elenco para encerrar com os 12 anos de fila. Comandado pelo ídolo Emerson Leão. De goleiro ele sempre entendeu. E achou que não seria necessário alguém mais experiente como terceiro nome para uma substituição temporária. Era a vez de dar uma chance para Velloso.

No primeiro jogo, amistoso no Pacaembu contra o Flamengo de Zico, o Galinho deu um peixinho dentro da pequena área. O jovem palmeirense não apenas defendeu. Não deu rebote. Zico, uma vez Zico, sempre Zico, levantou e parabenizou o jovem goleiro. O melhor em campo.

Wagner Fernando Velloso agarrou a chance como as bolas que chegavam

à meta do melhor time do SP-89. O Palmeiras só perdeu um jogo. Contra o Bragantino. Injusta eliminação precoce. Velloso mereceu continuar titular, mesmo com Zetti recuperado (mas tão esquecido pelo Palmeiras que teve de fazer história no São Paulo…).

Em 1990, Copa na Itália, Taffarel era absoluto. Mas onde eram reservas Acácio e Zé Carlos, Velloso poderia ter tido a chance que teve logo depois do Mundial, na estreia de Falcão como treinador da Seleção. Derrota de 3 a 0 para a Espanha. Sem culpa alguma nos gols. Mas Velloso não foi mais lembrado. Nova injustiça.

Não maior do que a sofrida em 1991. Quando passou a ser cobrado até pelos gols que o Palmeiras não marcava. Acabou reserva de Ivan. Foi injustamente emprestado ao União da Araras natal, em 1992, quando o Palmeiras contratou o veterano goleiro Carlos, de três Copas e que ainda naquele ano também serviu a Seleção de Parreira.

Em 1993, Velloso voltou para ser titular da Via Láctea montada pela Parmalat. Fraturou a mão no início do SP-93 e foi campeão na reserva de Sérgio. Foi injustamente emprestado para o Santos, onde fez ótimo BR-93.

Quando voltou ao Palmeiras, Gato Fernández foi contatado para ser bicampeão paulista em 1994. A Parmalat queria mais para o BR-94. Queria Taffarel, titular um mês antes no Brasil tetra mundial. Se tivesse sido contratado, em agosto de 1994, Velloso seria negociado. Não houve acerto com Taffarel. Velloso assumiu a meta, foi fundamental na reta de chegada do BR-94, e foi campeão brasileiro e melhor goleiro do campeonato.

Em 1996, foi o número 1 do melhor time onde jogou. E um dos maiores de todos os tempos e campos. O Palmeiras dos 102 gols em 30 jogos do SP-96. E de uma defesa excelente, também. Quando passava alguma coisa, Velloso fechava a meta. Na decisão da Copa do Brasil, fez defesa espetacular em cavadinha de Palhinha. Mas, cinco minutos depois, falhou no gol da virada e do título do Cruzeiro.

Mais cobranças injustas. Na final da Copa do Brasil de 1998, ele já esperava os pênaltis quando Oséas fez o gol improvável. O que ele mais celebrou. Devolvendo com juros e correção futebolística a derrota de 1996 diante do mesmo Cruzeiro.

Campeão da Mercosul-98, num rachão antes do quarto jogo pela Libertadores-99, teve lesão no pé. Marcos assumiu a meta e a assunção divina logo depois.

Velloso sempre dizia que, quando o fã dele de Oriente tivesse uma sequência de jogos, não voltaria mais à meta. Não voltou. Foi para o Atlético Mineiro.

Mas ficou como o quarto goleiro que mais atuou pelo Palmeiras. Campeão de quase tudo. Exemplo de atleta e de pessoa. Torcedor que nos defendeu tão bem. Goleiro que nos fez mais seguros na meta de 1989 a 1999. Empresário que desde 2014 nos deixa mais confortáveis no Allianz Parque: as cadeiras do estádio também são da empresa dele.

Velloso, como eu, já não tem os mesmos cabelos. O Palmeiras nos fez perder muitos. Mas, assim como nós, o Palmeiras ganha muito quando tem um torcedor tão capaz como ele para nós defender.

Feliz aniversário, campeão.

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