Arquivos cat-Amarcord - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/cat-amarcord/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 09 Aug 2020 23:59:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/#respond Sun, 09 Aug 2020 02:24:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/

Foi num sábado à tarde. Não tinha meias brancas como em 1993, no Dia da Paixão Palmeirense, contra o maior rival. Não foi de novo como em agosto de 1993 com o mistão que ganhou de novo o Rio-São Paulo contra eles. Não foi como agora em 2020 quando Patrick de Paula jogou no ângulo […]

O post Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Foi num sábado à tarde. Não tinha meias brancas como em 1993, no Dia da Paixão Palmeirense, contra o maior rival. Não foi de novo como em agosto de 1993 com o mistão que ganhou de novo o Rio-São Paulo contra eles. Não foi como agora em 2020 quando Patrick de Paula jogou no ângulo do Gol Norte o título paulista 100 anos depois do primeiro, em 1920. Quando a gente ainda contava mortos da Gripe Espanhola. Como neste mesmo sábado contamos 100 mil mortos pelo Covid-19.

Não tinha a nossa gente campeã no Allianz Parque nesta véspera de Dia dos Pais de 2020. Como há 8 anos o nome da sala de imprensa do estádio (o meu pai) visitou as obras da arena pela última vez. No último passeio que faria com os meus filhos, três meses antes da partida. Na véspera do Dia dos Pais de 2012.

Quando eu tirei essa foto, minutos antes de meu pai sair de cadeira de rodas do estádio pela doença que o levaria e a gente ainda não sabia a gravidade, eu me emocionei porque senti que talvez aquela fosse uma das últimas fotos dele no velho Palestra.

E foi mesmo.

A frase dele está escrita em dois lugares do estádio. Está na Academia do clube. Está na alma de palmeirenses como os netos. Como a mulher dele. Como a nora que ele não conheceu de olhos verdes como o coração. Como a filhinha que ele também não teve a felicidade.

Eles estavam todos juntos em casa vendo a final de 2020. Eu comentava pelo Esporte Interativo a Champions lá no estúdio. Não vi o gol de Luiz Adriano. Vi o pênalti de Gómez no desespero da minha mulher pelo WhatsApp.

Mas vi Patrick de Paula batendo como gente grande. La Favela è qui! Foi ali no ângulo. Foi na mesma meta de 1999. Foi onde eu tirei essa foto há 8 anos. Também em um sábado. Também na véspera do Dia dos Pais.

Eu achava que poderia ser a última. E foi.

Foi a primeira de Patrick. E vai ser a primeira de muitas.

O post Véspera do Dia dos Pais de 2020 e 2012 apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/vespera-do-dia-dos-pais/feed/ 0
Os meus Derbys https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-meus-derbys/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-meus-derbys/#respond Mon, 03 Aug 2020 21:56:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-meus-derbys/

Meu maior Derby: decisão do SP-93, 4 a 0 Palmeiras (3 x 0 no tempo normal, 1 x 0 na prorrogação, em 12 de janeiro de 1993, "O Dia da Paixão Palmeirense" (meu primeiro documentário, codirigido com Jaime Queiroz). Também o jogo da minha vida. A maior atuação palmeirense: como eu não tinha nascido nos […]

O post Os meus Derbys apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Meu maior Derby: decisão do SP-93, 4 a 0 Palmeiras (3 x 0 no tempo normal, 1 x 0 na prorrogação, em 12 de janeiro de 1993, "O Dia da Paixão Palmeirense" (meu primeiro documentário, codirigido com Jaime Queiroz). Também o jogo da minha vida.

A maior atuação palmeirense: como eu não tinha nascido nos 8 x 0 para o Palestra no jogo que valeu tanto para a campanha do bi paulista em 1933 quanto para o primeiro Rio-São Paulo, também fico com os 4 a 0 de 1993.

O gol que mais celebrei em Derby: em 1993 já comentava na Rádio Gazeta. Poderia ter sido o de Zinho, o primeiro. O de Evair, o quarto, de pênalti. Fico com o gol que de fato não consegui celebrar por falta de ar: semifinal do SP-86, Mirandinha, aos 42 do segundo tempo. Acabou 1 a 0 no tempo normal. Mais 2 a 0 na prorrogação.

A derrota mais dolorida: 1 x 0 Corinthians, jogo de volta da semifinal do SP-79. Vicente Matheus melara a fase anterior e o Paulistão foi adiado para ser decidido em fevereiro de 1980. Sem o craque Jorginho em Toulon, sem o mesmo ritmo do timaço que levou Telê à Seleção, Biro-Biro fez de canela o gol que eliminou o time que tinha vencido os três turnos do SP-79. E nem pra final foi… Foi o gol contrário que mais chorei.

A vitória mais injusta. SP-81, torneio seletivo. 1 x 0 Palmeiras, gol de Freitas. Mas era para ser 10 x 1 Corinthians, não fosse a atuação portentosa de Gilmar. O único que merecia vencer naquela noite no Pacaembu o Timão de Sócrates.

A derrota mais injusta: também a que teve a pior arbitragem contra o Palmeiras. Primeiro jogo da semifinal do SP-86. Um gol mal anulado de Vagner Bacharel. Expulsão injusta de Edu Manga. Pênalti absurdamente não marcado de braço na bola sobre a linha fatal de Edvaldo. Discutível impedimento no gol de Cristóvão. 1 x 0 Corinthians. Na volta, 3 x 0 Palmeiras. Com a torcida palmeirense gritando "justiça" entre o tempo normal e o extra.

O mais belo gol: Jorge Mendonça, o segundo gol do 2 x 1 que foi o jogo das faixas do SP-76. Na prática, o primeiro jogo da fila até 12 de junho de 1993. Drible da vaca no goleiro Sérgio e entrou com bola e tudo dentro da rede corintiana, no Morumbi. O que eu mais chorei no estádio pela beleza em um Derby. Eu tinha 9 anos.

O lance mais futebol do Derby: Edmundo chamando os corintianos depois de um drible e recebendo o carinho de 4 deles, antes de ser sacado de campo por Luxemburgo. Finalzinho de Palmeiras 1 x 1 Corinthians, decisão do BR-94.

O lance inesquecível do Derby: Ronaldo fazendo 1 x 0 na final do SP-74. Inspiração para a canção "zum, zum, zum, é o 21". A primeira das derrotas que o rival só conseguirá devolver se um dia o Palmeiras estiver 20 anos sem título e o Corinthians o deixar mais um ano de jejum. Como o Corinthians só devolve 1993 se encerrar 16 anos sem títulos sobre o maior rival.

A derrota mais inesperada: perda do título do Paulistão de 2018 no Allianz Parque, nos pênaltis, depois da polêmica do pênalti em Dudu desmarcado depois de 8 minutos.

A vitória mais inesperada: semifinal do SP-15, virada nos pênaltis em Itaquera, quando Fernando Prass defendeu o chute de Petros.

A comemoração mais raivosa: Marcos defendendo o pênalti de Marcelinho Carioca, nas semifinais da Libertadores-2000: tanto quanto o bicampeonato do torneio, essencial era não deixar o rival ganhar o título.

A torcida mais inusitada em um Derby: celebrar o gol de honra do Corinthians em agosto de 1986, quando o Palmeiras vencia por 5 a 0. Eu queria que o time devolvesse exatamente o 5 a 1 sofrido em 1982. Deu certo.

Seleção do Palmeiras (levando em conta apenas os Derbys desde que eu nasci, em 1966): Marcos; Arce, Luís Pereira, Antonio Carlos e Roberto Carlos; Dudu, Evair e Ademir da Guia; Edmundo, César e Rivaldo. Wanderley Luxemburgo.

Seleção do Corinthians (levando em conta apenas os Derbys desde que eu nasci, em 1966): Cássio, Zé Maria, Gamarra, Amaral e Wladimir; Ralf, Sócrates, Marcelinho Carioca e Rivellino; Romarinho e Danilo. Tite

Seleção do Derby: Marcos; Zé Maria, Luís Pereira, Amaral e Roberto Carlos; Dudu, Ademir da Guia, Marcelinho Carioca e Sócrates; César e Riva. Osvaldo Brandão (ele é hors-concours).

Maior craque palmeirense no Derby: Marcos

Maior craque corintiano no Derby: Sócrates

Um ídolo para definir o Derby: Ademir da Guia – melhor jogador da história do Palmeiras, quem mais atuou pelo clube, é filho do maior zagueiro da história do Corinthians – Domingos da Guia. Desde que chegou ao Palmeiras, em 1961, até pendurar as chuteiras, o Corinthians jamais foi campeão. 25 dias depois de se aposentar, o rival foi campeão paulista. Seu último jogo? Derrota para o Corinthians por 2 a 0. Ele ficaria 16 anos sem voltar ao Morumbi em um Derby. No primeiro que foi, 4 a 0 Palmeiras. Final da fila palmeirense.

O post Os meus Derbys apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-meus-derbys/feed/ 0
O jogo da nossa vida https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/#respond Mon, 03 Aug 2020 13:51:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/

A bola parou por 130 dias. Nunca ficamos tanto tempo sem você, Palmeiras. Ou melhor: sem nós mesmos, Palestra. Quando voltou, em seis jogos, três partidas terão sido a maior delas. Contra o maior e mais antigo rival. O que levou 53 anos para nos superar nos Derbys. RelacionadasOpinião: ‘Obrigado por tudo, Breno Lopes’Palmeiras fica […]

O post O jogo da nossa vida apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

A bola parou por 130 dias. Nunca ficamos tanto tempo sem você, Palmeiras. Ou melhor: sem nós mesmos, Palestra.

Quando voltou, em seis jogos, três partidas terão sido a maior delas. Contra o maior e mais antigo rival. O que levou 53 anos para nos superar nos Derbys.

Ainda que 1974 não tenha como superar. Ainda que 1993 não tenha como superar.
Ainda que 1933 é difícil igualar.

Ainda que o Paulistão já não seja o mesmo, o Derby é e será sempre Nós x Eles. Eles x Nós.

Não é guerra. É garra. Gana. "Grinta" que é na Itália do Palestra "garra".

É ganhar na grama. É superar a grana. É vencer na gama de sentimentos de Oberdan a Ademir da Guia, de Luís Pereira a Evair, dos Césares Maluco e Sampaio, do Marcos a cada momento marcante do clássico que não precisa disputar São Paulo, o Brasil e a América para ser o que é.

É o clássico que atravessa a cidade nas estações do metrô. O confronto que passa por todos os tempos. Os templos. Os campos. A nossa vida.

Vale o SP-20. Cem anos da Pazza Gioia quando o Palestra evitou o penta do Paulistano. Cem anos da primeira conquista do maior campeão do Brasil. Cem anos do primeiro título do Campeão do Século XX nos rankings da FPF, PLACAR, FOLHA e ESTADÃO.

É Derby. Há 103 anos. É Palestra há 105. É Palmeiras há 78 anos. É a minha vida há 53 anos. É a sua vida pra sempre.

Que seja a dos que estão conosco.

O post O jogo da nossa vida apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-nossa-vida/feed/ 0
Nossa vida é você, campeão https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nossa-vida-e-voce-campeao/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nossa-vida-e-voce-campeao/#respond Sun, 12 Jul 2020 10:55:50 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/12/nossa-vida-e-voce-campeao/

A minha coluna no YAHOO! de 13 de julho de 2012: "NOSSA VIDA É VOCÊ RelacionadasAlicia Klein cita ‘Era Abel’ e coloca técnico como maior da história do Palmeiras: ‘Sem dúvidas’Palmeiras recebe ata da Fifa traduzida que atesta clube como primeiro campeão mundialOpinião: ‘Obrigado por tudo, Breno Lopes’O doutor Luc era otorrinolaringologista. Uma hora de […]

O post Nossa vida é você, campeão apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

A minha coluna no YAHOO! de 13 de julho de 2012:

"NOSSA VIDA É VOCÊ

O doutor Luc era otorrinolaringologista. Uma hora de consulta era meia hora de Palmeiras. Ele cuidava da garganta que arde da família. Do ouvido que há muito não ouvia os rojões campeões. Do nariz que não sentia o sabor de um título desde 2008. O doutor não pôde ver o Verdão voltar do infernal Couto Pereira como bicampeão da Copa do Brasil. Morreu na véspera de ver o Palmeiras dele como Palmeiras. Campeão. Como ele sempre foi na medicina e na arquibancada mais vazia sem um coração verde para bater como sempre. No enterro, horas antes da final, a família estava verde de luto. Muitos vestiam camisas do Palmeiras. Da bandeira que cobriu o caixão com o “orgulho” que só quem não é Palmeiras acha que o torcedor perdeu. (Colegas de imprensa de outros credos e cores: ninguém perde “orgulho” quando perde um campeonato ou deixa de vencê-lo por tanto tempo. Quem torce por um time – como vocês também têm os seus – não torce por títulos. Torce por amor).

Meu tio Chico Flávio me levava com o filho Alessandro e os primos ao estádio para ver o nosso time campeão ano sim, ano não, nos anos 70. Mesmo quando as coisas não andavam e não jogavam bem, o Fafo acreditava. Enchia o portamala do Fiat 147 para ver malas que nos infelicitaram nos anos 80. Meu tio agora está no hospital se recuperando de uma intervenção no coração que suportou os 90 minutos de um Coxa nervoso e amuado demais contra um Palmeiras que jogou melhor em Curitiba. Mesmo perdendo Thiago Heleno (o melhor até sair lesionado, aos 36), mesmo se arrastando com Luan lesionado nos 20 finais, o invicto campeão empatou com um gol de Betinho, no único lance que acertou no clube.

Rafa é filho do Sérgio, amigo velho de busão, colégio, festas e Palestra. Ele está no hospital fazendo quimioterapia para se recuperar de uma doença que irá vencer. Como o time dele superou erros próprios, desconfianças, destemperos, desfalques, suspensões, limitações, adversidades grandes como os adversários.

Em suas camas de hospital, Chico Flávio e Rafa vibraram mais do que deveriam pelas suas convalescenças. Mas há corações que suportam tantas dores e dissabores seguidos. Eles venceram. O time deles, também. Tudo se recupera. Tudo se supera. Tudo volta a ser o que é. Como em algum tempo o Flávio e o Rafael vão estar com o Palmeiras. Como o Palmeiras. Um colosso que pode adoecer, pode se prostrar, merece ser protestado. Mas é potestade que vence qualquer tempestade. É torcedor que joga com o coração quente como a testa do febril Henrique, colosso no Alto da Glória. De mais um Marcos que garante a Assunção palestrina. Do time que não é mais. Não é menos. É Palmeiras. Basta.

Os atletas da Adidas do Palmeiras entraram em campo nos dois jogos da decisão com chuteiras com uma frase por mim sugerida, extraída dos cantos das torcidas: “Minha vida é você”.

Estará nesta quinta-feira na internet e no portal da empresa um vídeo que, a partir dessa ideia, conta um pouco das decisões e muito do espírito de equipe e do time atual, sob o ponto de vista do roupeiro do clube desde 1991, o paraibano Joãozinho. Ideia básica deste que vos tecla, trilha sonora de Igor Cavalera, com grande trabalho e edição da Habilil Produções.

Uma honra ter feito parte desse time que contou um pouco da história daquela equipe campeã de 2012.

Bravo Coritiba. Duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil. Em ambas vendendo caro a vitória no jogo decisivo. O critério de desempate derrubou grandes campanhas de outro clube que aprendeu demais ao cair e voltar muito melhor. Vai longe.

Tivesse um ataque mais eficiente, e o pênalti não marcado em Tcheco em Barueri, talvez fosse outra a história. Mas ainda merece todos os elogios pelo clube e pelo ótimo trabalho de Marcelo Oliveira."

Foi o que escrevi no YAHOO! em 2012.

Estou de volta ao portal em 2020. Em 2015 o mesmo Marcelo Oliveira deu a volta olímpica na Copa do Brasil pelo Palmeiras.

Meu tio Flãvio partiu em 2019. Meu pai partiria naquele mesmo 2012.

O Rafa tá firme e forte e Palmeiras.

Faz oito anos. Parece um tempão.

Mas parece mesmo que foi ontem. Como parece que foi hoje que todo dia a gente tem "orgulho" da nossa história.

A que reconto aqui.

A que neste mesmo dia, há 8 anos, eu apresentei na festa dos campeões lá na Academia. Chamando um por um ao centro do campo 1 os campeões da véspera em Curitiba.

Como o Marcos Assunção da foto com meus filhos. A quem mais uma vez eu disse "obrigado". E ele respondeu: "obrigado por você ser palmeirense".

Obrigado, campeão.

O post Nossa vida é você, campeão apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/nossa-vida-e-voce-campeao/feed/ 0
Dez anos do adeus ao Palestra https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/#respond Thu, 09 Jul 2020 18:45:58 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/07/09/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/

18h14 de 3 de maio de 2010. Mando ao meu parceiro Juan Brito,do marketing do Palmeiras, a pedido do meu querido amigo Rogério Dezembro, então diretor da área no clube, o texto que seria impresso no último jogo do velho Palestra. Amistoso numa tarde de sexta contra o Boca Juniors. "Este é o berço da […]

O post Dez anos do adeus ao Palestra apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

18h14 de 3 de maio de 2010. Mando ao meu parceiro Juan Brito,do marketing do Palmeiras, a pedido do meu querido amigo
Rogério Dezembro, então diretor da área no clube, o texto que seria impresso no último jogo do velho Palestra. Amistoso numa tarde de sexta contra o Boca Juniors.

"Este é o berço da Academia do país do futebol. O do Campeão do Século. O altar da comunhão palmeirense.
O Palestra Italia. O Palmeiras dos filhos desta pátria mãe gentil, dos netos da Mamma Itália. Da torcida que canta e vibra nos Jardins Suspensos pela paixão de um clube que não é maior e nem menor. É Palmeiras. Basta.
Mas tanto amor não tem cabimento. Por isso o Palestra precisa ser maior. Moderno como o gramado elevado de 1964. Eterno como o estádio que é nosso há 90 anos. E continuará sendo de cada um quando reabrir os portões para a História.
O felizardo que tem este ingresso entra pela última vez na nossa única casa. Quando voltar, ela será como o nosso amor: ainda maior; ainda melhor; ainda mais Palestra Italia; sempre mais Palmeiras.

Naquela semana era a final da Copa de 2010. Eu estava na África do Sul. E na antevéspera escrevi este texto:

"Meu filho mais velho está fora do país. Sofreu com a derrota brasileira para a Holanda, ainda mais pela saudade da casa onde não viveu tão longe em 11 anos de vida. Mas sofre ainda mais por não estar no último jogo do Palestra Italia, nesta sexta-feira, amistoso contra o Boca Juniors. Time que lá mesmo, em 1994, sofreu a maior goleada de sua história internacional: 6 a 1 Palmeiras das vacas gordas da Parmalat. Fora o alfajor nos argentinos, teve tarantela, e, de lambuja, a convocação de Mazinho para ser campeão do mundo pelo Brasil, três meses depois.

Aqui da África do Sul, tento dar um jeito de levar o filho menor ao último amistoso. Não sei se vai dar. A mãe e o avô trabalham, tios também… O consolo é lembrar que nós três já estivemos na despedida valendo campeonato, antes da Copa, nos 4 a 2 contra o Grêmio, o último jogo oficial antes da reforma. Quando nós três pudemos assistir à vitória verde. A última que vimos juntos na casa que une a minha família, a famiglia verde, e tantos em cada canto do lugar onde mais cantei na vida. Onde tanta gente que não se entende canta e vibra. Boa gente que só se entende como gente quando é Palmeiras.

No final daquele sábado, pude ver tantos amigos ao final do jogo. Revi vários verdes de fé. E enxerguei até quem não mais podia estar lá. Como eu não poderei nesta sexta, trabalhando na final da Copa, em Johanesburgo. Como meu mais velho não poderá, estando longe do Brasil. Como o menor possivelmente não conseguirá ir. Como tantos também também não irão se despedir. Como muitos estarão de coração dando tchau ao lar que sequer conheceram. Embora saibam mais dele que das próprias casas.

Caríssimo Palestra, perdão por não comparecer à festa de despedida. Ainda mais com tanta gente que honrou o nosso lar e nosso manto por lá passando só para lembrar o que não se pode esquecer. Fico de tão longe com a imagem dos meus filhos tão pertos no final daqueles 4 a 2 contra o Grêmio. Com o orgulho do peito juvenil dos meninos inflado à frente dos bustos de Ademir, Fiume e Junqueira. Com a sensação de que ali, naquele momento de foto para a eternidade, toda a saudade do que eu não vi de Palestra e Palmeiras não mais existia. Porque ali, naquele sábado, meus meninos não eram apenas todo o amor da minha vida. Eram todo o amor da nossa vida – Palmeiras."

Pouco menos de 3 anos depois, eu só não anunciei o nome da nova arena como Allianz Parque porque estava de lua de mel. Pouco mais de 4 anos depois, o primeiro evento do estádio foi a exibição de meu primeiro documentário. Na inauguração definitiva, fui o mestre de cerimônias.

Nem em sonho.

Mas é tudo verdade. É tudo Palmeiras.

O post Dez anos do adeus ao Palestra apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/dez-anos-do-adeus-ao-palestra/feed/ 0
12 de junho: o dia de abraçar à distância de tão perto https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-de-junho-o-dia-de-abracar-a-distancia-de-tao-perto/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-de-junho-o-dia-de-abracar-a-distancia-de-tao-perto/#respond Fri, 12 Jun 2020 10:36:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/06/12/12-de-junho-o-dia-de-abracar-a-distancia-de-tao-perto/

Quando Evair saiu pra esse abraço que há 16 anos não nos dávamos, ele abraçou todos nós. Mesmo que à distância de tão perto depois de tudo tão longe. Hoje, 27 anos depois, não podemos abraçar o Evair como precisamos. Como queremos abraçar tantos que a distância nos proíbe. RelacionadasOpinião: ‘Querida Copa, estava com saudades’Palmeiras […]

O post 12 de junho: o dia de abraçar à distância de tão perto apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Quando Evair saiu pra esse abraço que há 16 anos não nos dávamos, ele abraçou todos nós. Mesmo que à distância de tão perto depois de tudo tão longe.

Hoje, 27 anos depois, não podemos abraçar o Evair como precisamos. Como queremos abraçar tantos que a distância nos proíbe.

Parecia o fim do mundo até então.
Tem sido o fim de vidas há meses.

Não se compara o que estou comparando.

Mas o amor incondicional é igual.
A superação pode inspirar.
A paixão desse Dia 12 e da nossa Academia de 1993 acaba com a desesperança destes e daqueles dias.

Não podemos sair para o abraço com tantos que amamos.

Mas podemos como fazemos há 27 anos dar um gigantesco abraço virtual e à distância no Matador que nos deu a vida e a toda a nossa vida que é o Palmeiras.

Vamos abraçar quem podemos como se fosse o que é hoje.

Vamos abraçar quem não podemos hoje à distância como Evair nos trouxe de volta a ser o que somos.

Não apenas campeões. Apenas Palmeiras.

O post 12 de junho: o dia de abraçar à distância de tão perto apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-de-junho-o-dia-de-abracar-a-distancia-de-tao-perto/feed/ 0
Ronaldo do Derby https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ronaldo-do-derby/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ronaldo-do-derby/#respond Wed, 10 Jun 2020 12:05:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/06/10/ronaldo-do-derby/

Por motivos de força menor ontem não consegui atualizar aqui. Quase não atualizo meus blogs. Quase não faço televisão e nem rádio. Quase não consigo fazer as lives. Quase não consigo nada. Não era doença. Mas era contagioso. Deu um vazio tão grande que encheu tudo de nada. Perigoso como a pressão alta do fardo. […]

O post Ronaldo do Derby apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Por motivos de força menor ontem não consegui atualizar aqui. Quase não atualizo meus blogs. Quase não faço televisão e nem rádio. Quase não consigo fazer as lives. Quase não consigo nada. Não era doença. Mas era contagioso. Deu um vazio tão grande que encheu tudo de nada. Perigoso como a pressão alta do fardo.

Não era para começar assim falando do Ronaldo Drummond campeão brasileiro pelo Galo em 1971, bicampeão pelo Palmeiras em 1972-73, e da Libertadores de 1976 pelo Cruzeiro.

Mas a partida dele também ajudou a encher de vazio o dia. E lembrar algo que o meu trabalho diário e prazeroso no Esporte Interativo, Jovem Pan, Revista Corner, Nosso Palestra, Torcedores.com, documentários, livros, lives, exposições e museus tenta fazer todo o dia.

Contar história.

Quem vive de passado é quem tem história. Foi quem em 22 de dezembro de 1974 fez o gol do título paulista da Academia. A conquista que evitou a primeira do rival em 20 anos.

O gol eterno de Ronaldo Drummond que agora chega à eternidade aplaudido como o primeiro palmeirense da Eterna Academia. Recebido pelo artilheiro Heitor, pelos bustos Junqueira, Fiúme e Oberdan. Por tanta gente que partiu e que partidas!

Pelo meu pai lá no canto do céu abrindo um vinho celestial e contando de novos todas aquelas histórias tão novas de tão velhas. Aquelas estórias que não foram bem assim. Aquelas que nunca de fato aconteceram aqui.

Mas que ficam pra sempre. Como um voleio numa tarde feia de tão linda no Morumbi. Um gol em que ele celebrou ajoelhado. Como milhões dos nossos que venceram. Como mais milhões dos deles que de novo não venceram.

Mas estavam todos de volta na segunda ao batente. Como estou de volta hoje para falar da partida de um cara que não precisa partir pra gente celebrar todo dia.

Para lembrar todos os dias duros que quando se tem aquela tarde para lembrar, tudo passa. Quantos se tem o amor no peito, até quando ele está vazio, é só olhar ao lado, dormindo em seu ombro como um anjo, que o amor vence tudo.

O amor Palmeiras.

Não só um substantivo mais do que próprio. Um verbo abundante.

A melhor definição de amor.
Do meu amor.

Força e luz à família de Ronaldo. Um Drummond mineiro que não fazia poesia. Mas para quem é verde fez muito mais em prosa e Palmeiras.

O post Ronaldo do Derby apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ronaldo-do-derby/feed/ 0
Especial Libertadores-2000: Palmeiras 3 x 2 Corinthians (5 x 4 nos pênaltis) https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-palmeiras-3-x-2-corinthians-5-x-4-nos-penaltis/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-palmeiras-3-x-2-corinthians-5-x-4-nos-penaltis/#respond Sat, 06 Jun 2020 15:40:36 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/06/06/especial-libertadores-2000-palmeiras-3-x-2-corinthians-5-x-4-nos-penaltis/

CAPÍTULO DO LIVRO "OS 20 MAIS DO PALMEIRAS", de 2014, editado pela MAQUINÁRIA. Diálogos imaginários entre o avô Beppe, o neto Angelo, e os amigos José Ezequiel Filho, Jota Christianini e Fernando Galuppo. RelacionadasPalmeiras completa terceiro Paulistão invicto em clássicos na fase de gruposGolaço de Alex com chapéu em Rogério Ceni completa 22 anos nesta […]

O post Especial Libertadores-2000: Palmeiras 3 x 2 Corinthians (5 x 4 nos pênaltis) apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

CAPÍTULO DO LIVRO "OS 20 MAIS DO PALMEIRAS", de 2014, editado pela MAQUINÁRIA.

Diálogos imaginários entre o avô Beppe, o neto Angelo, e os amigos José Ezequiel Filho, Jota Christianini e Fernando Galuppo.

Palmeiras 3 x 2 Corinthians
Copa Libertadores da América
Data: 06/06/2000v
Local: Morumbi
Juiz: Edílson Pereira de Carvalho
Gols: Euller 34’, Luizão (39’ e 52’), Alex 59’ e Galeano 71’
Decisão nos Pênaltis: Palmeiras 5 x 4 Corinthians
Gols do Palmeiras: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior
Gols do Corinthians: Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio (Marcelinho Carioca perdeu)
Palmeiras: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago) e Galeano; Alex; Marcelo Ramos, Pena (Luís Cláudio) e Euller (Asprilla)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Corinthians: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta e Edu; Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edílson e Luizão (Dinei)
Técnico: Oswaldo de Oliveira

São Marcos!

ANGELO – Nonno, o Marcos, para mim, é o que é o Ademir da Guia para você.
NONNO BEPPE – Angelino, no coração de avô sempre cabe mais um. Cabe um 10 como o Ademir, um 9 como o Evair, um 12 como o Marcos, um número 1 como o Oberdan, um camisa 2 como o Djalma Santos. Ou como o Cafu. O Arce. Até caberia uns tantos camisas 2 nota um que a gente teve por causa de alguns dirigentes 171…
ANGELO – Mas é o que os meus amigos também dizem: que outro cara na nossa história (ou mesmo na de outros clubes) fez o que ele fez contra o principal rival?
NB – Poucos, Angelo… Raros como sua santidade Marcos. Que já era santo desde maio de 1999. E que, naquela noite de terça-feira, 6 de junho de 2000, nos levou além. Mais uma vez, contra eles.
ANGELO – Terça-feira? Como é que uma semifinal de Libertadores foi jogada numa noite de terça-feira?
NB – O calendário brasileiro e sul-americano tinha ainda menos cabimento na década de 1990 que hoje. O Palmeiras jogava a Libertadores, a Copa do Brasil e o Paulistão de 2000 tudo ao mesmo tempo. Ah! E tinha Eliminatórias para a Copa de 2002 no meio. No domingo à tarde, quatro de junho, o Brasil do Luxemburgo venceu o Peru, em Lima, por 1 a 0. Gol do Antonio Carlos. Além do treinador, oito dos quatorze que entraram em campo pela seleção no Peru jogaram (ou depois jogariam) pelo Palmeiras. Dois, então, eram nossos titulares absolutos: o volante César Sampaio e o meia Alex.
JOTA CHRISTIANINI – Naquele mesmo domingo, pela manhã, o Palmeiras jogara a semifinal do Paulistão contra o Santos, no Morumbi. Ganhávamos por 2 a 0 até os 23 minutos do segundo tempo, quando levamos a virada e fomos eliminados. Estávamos sem cinco titulares, poupados para o segundo jogo da Libertadores, contra o Corinthians, dois dias depois. O inesquecível 6 de junho de 2000. Sete anos exatos depois do Gol Porco que começou a nos dar o título paulista de 1993!
FERNANDO GALUPPO – Olha só o que tivemos de complicações desde 18 de maio de 2000: ganhamos de 2 a 0 do Atlas, pelas quartas de final da Libertadores. O jogo foi no México, numa quinta-feira à noite. No domingo à tarde, com apenas um titular, perdemos para o Corinthians por 4 a 2, pelo Paulistão. Na outra quinta-feira, dia 25 de maio, vencemos de novo o Atlas. Foi 3 a 2, no Palestra. Menos de 48 horas depois – um crime! –, empatamos sem gols com o Santos, pela semifinal do Paulistão.
JOSÉ EZEQUIEL FILHO – Logo depois, na terça-feira à noite, o primeiro jogo da semifinal da Libertadores contra o Corinthians, no Morumbi.
NB – Um jogaço! O Corinthians tinha inha um time melhor que o nosso. Eles chegaram a abrir 3 a 1 no placar. Mas, na bola e na raça, empatamos por 3 a 3, aos 37 do segundo tempo. Até que o Vampeta mandou um chute de fora da área que desviou na nossa zaga e tirou o Marcos do lance. Foi aos 45 do segundo tempo. Perdemos por 4 a 3.
FG – Quarenta e oito horas depois, na quinta-feira à noite, em Natal, empatamos com os reservas por 3 a 3 com o ABC. Jogo válido pela Copa do Brasil.
NB – No domingo pela manhã, 4 de junho, perdemos aquele jogo para o Santos por 3 a 2. À tarde, no Peru, Alex e Sampaio estavam com a seleção. E, na terça-feira, os que sobreviveram dessa maratona pelo clube e pelo Brasil tinham de vencer o Corinthians no Morumbi, depois da derrota por 4 a 3 na outra semana.
ANGELO – Me perdi… Que confusão!
JEF – O Palmeiras só não se perdia porque era Palmeiras. E tinha um trabalho brilhante do preparador físico Paulo Paixão e da nossa comissão técnica. Eles conseguiam pilhar os ânimos e músculos de um elenco que não era tão rico e talentoso como o de 1999. A Parmalat estava de saída do clube depois de oito anos de parceria vitoriosa. O próprio Felipão dizia que, ao final daquele semestre, provavelmente deixaria o clube. Como acabou fazendo, indo treinar o Cruzeiro.
FG – O Corinthians vinha muito bem e louco para ganhar uma Libertadores. Ainda mais contra a gente. Por tudo que fizemos desde 1917. Principalmente pelo que não os deixamos fazer em 1974 e 1993, pelo Paulistão. E, mais ainda, na Libertadores de 1999, quando os eliminamos nos pênaltis.
NB – A vantagem do primeiro jogo era deles. O clima também. Até por uma questão polêmica em que o Felipão se enrolou com o Edilson. Aquele que jogou muito pelo Palmeiras em 1993-94. Mas que parece ter esquecido que foi nosso.
FG – No dia seguinte à derrota por 4 a 3 para o Corinthians, em um dos raros treinamentos em que o Felipão pôde reunir o grupo, parte da imprensa o ouviu berrando um monte pros jogadores dentro do vestiário da Academia. E contra alguns rivais. Especialmente o Edilson. Foi gravado por uma emissora de televisão o Felipão dizendo para os atletas: “Onde está a malandragem de vocês? Vocês não aprenderam nada na vida?”
JEF – Acho que quem não aprendeu foi muito jornalista que foi na onda e na pilha do Felipão…
JC – O Felipão disse aos atletas que o Edilson se achava “malandro, esperto, o tal…”
NB – E depois ele descascava no Capetinha. Dizia coisas que aqui não posso dizer pra você.
JEF – Mas que qualquer treinador pode falar para qualquer grupo no recato do vestiário. Algo que não foi respeitado aquele dia pela imprensa.
NB – Ou que provavelmente foi bem planejado pelo Felipão para atiçar os jogadores e a torcida pela reação negativa que aquelas palavras fortes causariam do outro lado. Para não dizer em todo mundo. Nosso treinador liberou o corredor que dava acesso ao vestiário da Academia para que os jornalistas ouvissem os gritos e o papo. Jogada ensaiada para atiçar o próprio elenco e enervar o rival que era tecnicamente superior.
JC – O Felipão falou muito. Disse que o Palmeiras era um time experiente, mas que “na hora do bem bom não sabe dar um pontapé. Não sabe dar um cascudo, irritar o cara”. O Felipão incitou cada jogador para, na partida da outra semana, “comer a orelha” de cada rival. Como ele disse, “ter raiva dessa PIII de Corinthians”.
JEF – Papo de vestiário, coisa de treinador motivador, de líder. Mas algo que acabou saindo na imprensa e sendo deturpado.
NB – Resultado: deu muito certo na terça-feira seguinte. Jogadores e comissão técnica acabaram ainda mais pilhados por muitas reações politicamente corretas de esportistas e imprensa, que viam naquelas declarações um “incentivo à violência”… Tsc, tsc…
JEF – Ninguém quer a violência. Ninguém vai comer a orelha de ninguém, rasgar a canela do rival. Mas tudo aquilo serviu para mexer com o ânimo do elenco que estava fisicamente morto, e emocionalmente desgastado.
JC – E tinha mais gente querendo se pegar fora dele. Depois da repercussão negativa do vazamento daquele papo do Felipão, ele proibiu os jogadores de conversarem com os jornalistas. Do outro lado, alguns falavam bastante. Mas, no fundo, todos se respeitavam muito. Ainda que não se gostassem.
NB – Mas, dentro de campo, no jogo de volta, tivemos pouca violência. Apenas muita rivalidade e um futebol emocionante e muito bem jogado pelas duas equipes. Revi outro dia a partida no DVD. Tivemos quatorze chances de gol. Eles, umas doze. Merecemos a vitória. Também por que eles erraram demais defensivamente.
NB – O Felipão ousou na escalação. Como ele só tinha o Alex como armador e contava com boas opções pelas pontas, escalou o Pena e o Euller bem abertos, vindo de trás, com o Marcelo Ramos no comando do ataque. O Alex criava, o César Sampaio e o Galeano marcavam no meio. Na lateral direita ele recuou o Rogério e sacou o Neném. Em vez dos três volantes do primeiro jogo, atuamos com três meias (dois eram atacantes recuados) e um centroavante. Era o 4-2-3-1 que tanto se usou naquela década, e então poucos utilizavam.
JEF – O Corinthians repetiu o time. Dois baita volantes (Vampeta e Edu), um meia pela esquerda mais recuado (Ricardinho, que jogou ainda mais atrás), um senhor meia-atacante como o Marcelinho Carioca, e dois grandes atacantes: o Edilson e o artilheiro Luizão. “Refugos” nossos…
NB – A defesa tinha um senhor goleiro como o Dida, que foi o melhor jogador deles no Mundial. O Fábio Luciano era bom zagueiro. O Adilson também. O Kléber foi um grande lateral. Mas, naquela noite, o lateral direito deles foi muito mal. Foi em cima do Daniel que construímos a vitória.
FG – Além do Euller voando pela esquerda no segundo tempo, o Júnior foi sensacional vindo de trás. Foi o melhor palmeirense nos dois jogos. Ele vinha pela lateral, mas armava o jogo pela esquerda, e até pela direita. No finalzinho do primeiro tempo, ele limpou quatro e tocou pro Alex que, por pouco, não fez um golaço por cobertura.
NB – Só no primeiro tempo, o Júnior sofreu seis faltas! Ele e o Alex jogaram muito. Com 6 segundos de jogo, o nosso camisa 10 já deu de calcanhar. Depois ele cavaria um amarelo chapelando o Edu. Fora a tabela sensacional com o Júnior, na nossa primeira chance de gol. A segunda foi um passe maravilhoso do Euller para ele. E tinha gente que o chamava de Alexotan… Dois minutos “acordados” do Alex valiam por duas décadas de muito jogador aceso. Fora o fato de que ele não se apagava em jogo importante. Quanto mais difícil a partida, mais o Alex jogava.
JEF – O Felipão foi esperto. Botou o Roque Júnior na cobertura do Júnior, prendeu um pouco mais o Galeano, e o Rogério foi quase um terceiro zagueiro. Só para liberar o Júnior como armador.
NB – Foi um primeiro tempo igual. O Palmeiras precisando atacar mais, eles explorando os contragolpes. Em campo, houve menos confusão que o esperado. Só uma entrada feia do Marcelinho no Júnior, um toco do Marcelinho no Roque, e uns cartões que faltaram para o Adilson e para o César Sampaio. Como, no segundo tempo, o árbitro poderia ter marcado um pênalti do Adilson no Luis Claudio (que entrara no segundo tempo como centroavante). E, também, poderia ter expulso o Sampaio por uma pegada no Edilson.
FG – Foi realmente um jogo menos pesado no campo. Mas maravilhoso pelas chances. E pelo que berrou a nossa torcida antes do primeiro gol. Tínhamos acabado de cantar de novo o Hino quando o Júnior avançou pela esquerda e cruzou para o Euller, que se mexia muito e estava quase como ponta-direita. O Fábio Luciano se encolheu, o Adilson não subiu e o Euller bateu cruzado. Gol. 34 do primeiro tempo!
NB – É… Mas, aos 39, o Marcelinho bateu escanteio cheio de curva, o Argel bobeou pela única vez no jogo e o Luizão cabeceou sozinho. 1 a 1… Eu fiquei muito pu… Ops..
ANGELO – Tá valendo, Nonno. Você já disse que no futebol palavrão vale…
NB – Mas até a Madre Teresa teria xingado a nossa defesa naquele lance. Pelo amor de Ademir da Guia! Como é que pode.
JC – Eu também fiquei louco! Lembro que, logo depois, aos 42, uma bola espirrada sobrou pro Galeano na meia esquerda. Tinha um cara deles bem na frente e o nosso volante tentou chutar como se fosse o Alex…
NB – Lembro. Xinguei muito! Falei algo do tipo: “Como pode o Galeano querer fazer um gol como esse!? O Galeano não!”
JEF – Pois é… O cara que jogou de 1989 a 1992,e de 1996 a 2002. Nunca foi craque. Longe disso. Mas foi um dos que mais atuaram pelo clube.
NB – O segundo tempo começou equilibrado. Mas eles viraram. O Edilson tocou pro Luizão fazer 2 a 1, aos 6 minutos. A bola passou entre o Marcos e o Roque Júnior.
FG – Eu achei que tinha tudo ido para o saco.
NB – O Felipão mandara o Marcelo Ramos para a direita, centralizara o Pena e apostara no Euller aberto em cima do lateral Daniel. Depois do gol, o Júnior saiu ainda mais. O Roque Júnior também. Eles recuaram e não souberam explorar o contra-ataque.
JC – Também não demos mole. O Euller foi ao fundo e tocou pro Alex empatar com máxima categoria, aos 14. O Daniel não conseguia parar o nosso ponta, o filho do vento, jogador importantíssimo em grandes partidas em 1999 e 2000.
NB – O jogo ficou espetacular. Era lá e cá. Para nossa sorte, saiu o Luizão, lesionado. Mas, logo depois, o César Sampaio teve de sair. Para variar, ele não estava 100 por cento fisicamente. Para variar, ele jogou 200 por cento. Logo em seguida, aos 24, o Adilson, bom zagueiro em má jornada, fez falta para cartão. O Alex bateu da meia-direita para o segundo pau. O Adilson esperou o Dida sair, o goleiro chegou tarde e o Galeano virou, de cabeça.
ANGELO – O Galeano? Aqueles que vocês tanto detonaram?
(Longo silêncio)
NB – Então… 3 a 2 para nós. Mas parecia que o time precisava golear. O Roque Júnior se mandava, o Rogério e o Júnior atacavam ao mesmo tempo… E eles perdendo gols no contragolpe. Para ter uma ideia, aos 35, o Marcos desarmou fora da área uma bola com o Edilson, e, na sequência, ainda dividiu o lance com o Marcelinho na altura do grande círculo!!!
JEF – O Felipão pedia pro time maneirar, tocar a bola… Mas parece que a equipe sentia que aquele era o momento, que não precisaríamos dos pênaltis.
NB – Se o Euller não tivesse se lesionado aos 29, acho que dava. Mas é preciso dizer que o Asprilla, que o substituiu, deu uma bola fantástica pro Marcelo Ramos quase fazer 4 a 2, aos 41. Mas o Dida defendeu.
FG – Não teve jeito. Pênaltis. Os mesmos que eliminaram os corintianos em 1999.
NB – Pênaltis que deram a eles o título mundial contra o Vasco, em janeiro de 2000, no Maracanã…
JEF – Pênaltis que nós batemos para eliminar o Peñarol, nas oitavas de final. Pênaltis que também eles bateram para vencer o Rosario Central, também nas oitavas daquela Libertadores.
NB – As duas equipes sabiam como os adversários batiam os pênaltis. Estavam todos muito estudados. Decorados. Foi o que bem fizeram o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o goleiro reserva Sérgio. Eles e o Marcos sabiam os cantos dos batedores corintianos.
NB – Foi o que pensou o Marcão: “Eles sabem que eu sei onde eles chutaram os outros pênaltis em 2000. Eu vou enganar esses caras. Eu vou no outro canto!”
ANGELO – Grande Marcão! Não erra uma!
NB – Pois é, netinho… Pois é… Pergunte pro Pracidelli e pro Sérgio…
JEF – Começamos batendo os pênaltis. Na mesma meta de fundo, no Morumbi, onde o Evair fez o gol de pênalti de 1993. O Marcelo Ramos bateu com categoria e deslocou o Dida.
NB – Ricardinho foi o primeiro batedor deles. Ele também fora o primeiro cobrador quando eliminaram o Rosario Central. O Marcos sabia onde ele havia batido: rasteiro, no canto direito. Aí pensou nosso goleirão: “Eles sabem que eu sei onde eles batem. Vou mudar de lado!” Pulou no canto esquerdo, onde a maioria dos canhotos bate. Mas o Ricardinho manteve o canto direito e empatou.
FG – O Roque Júnior fez o dele e, na celebração, enfiou o pé na placa da publicidade da falecida zip.net. O Fábio Luciano era o segundo cobrador deles. A cola passada pelo Pracidelli é que ele bateria no canto esquerdo.
ANGELO – Aí o Marcão pulou no canto esquerdo e defendeu!
NB – Pois é… O Marcos continuou com a tese de que os corintianos mudariam os lados da cobrança. E o Fábio Luciano manteve o canto esquerdo. O Marcão pulou com tudo à direita, e a bola foi pro outro lado.
JC – O Alex bateu no canto esquerdo, como adoram os canhotos. O Dida foi buscar. Mas quando a bola bate na rede lateral, nem São Marcos defende. Gol. 3 a 2.
NB – O Marcos sabia onde o Edu costumava bater. De novo, ele pensou que o corintiano mudaria de lado. De novo errou. Edu jogou no canto esquerdo, Marcão caiu do outro lado.
FG – Aí o Pracidelli teve de intervir. O Sérgio gritava, espumando, que iria encher de porrada o Marcos por não seguir as recomendações dos cantos das cobranças. O Pracidelli que é o cara mais plácido do mundo, estava no banco de reservas e gritou para o massagista Biro ir correndo até atrás da meta e avisar para o Marcos que, se ele não seguisse o que estava combinado, era bom nem voltar para o vestiário depois. Que o Sergião e o Pracidelli iriam enchê-lo de porrada.
NB – Asprilla fez o dele. Não deu tempo de o Biro chegar a tempo de falar para o Marcos o recado do preparador dele. O Índio mandou o pênalti no ângulo direito. Ao menos desta vez o Marcos acertou o canto. Mas não dava.
JEF – O Júnior, nosso melhor jogador naquela noite, mandou o quinto pênalti no meio do gol. Se o bico da chuteira do Dida estivesse sujo batia nela.
NB – Cinco a quatro para nós. Faltava o último pênalti. Marcelinho Carioca na cobrança.
JC – Amigos, até então eu não acreditava nessa história de energia, de carga negativa. Mas, então, eu passei a acreditar. Desde a Copa Rio de 1951 o Palmeiras não teve tamanha torcida a favor como naquele pênalti.
NB – O Marcelinho é o maior vencedor de títulos da história deles. O cara que melhor representava aquele time. E um dos jogadores mais contestados da história recente do futebol. Ninguém mais queria outro título deles. Aliás, dificilmente alguém que não é Corinthians torce por eles. As maiores torcidas no futebol sempre recebem as maiores torcidas contra. O que hoje eles chamam dos “antis”.
JC – O que eu prefiro chamar “A Liga da Justiça”.
NB – Então. Todo o Brasil, para falar a verdade, estava torcendo não a nosso favor. Mas contra eles. E ainda mais contra o Marcelinho. Ele carregou sozinho o peso de milhões num único chute. Aliás, uma bela cobrança. Ainda melhor defendida pelo Marcos.
FG – O Marcelinho havia perdido pênalti na decisão do Mundial contra o Vasco. Jogou à meia altura e fraco, no canto esquerdo do goleiro Hélton, que defendeu. Contra o Rosario, Marcelinho bateu firme no canto direito baixo e fez o gol. Do mesmo modo que encheu o pé e não bateu mal no Morumbi.
NB – Mas era contra o Palmeiras. Era o Marcos. Já era, naquele momento, o Corinthians na Libertadores de 2000.
JEF – Não é desculpa de perdedor, já que depois, também nos pênaltis, perderíamos o bi para o Boca Juniors. Mas, para mim, naquele momento, o Palmeiras já tinha feito o que era necessário. O que era seu dever histórico e esportivo: tirar o rival da disputa. Pode parecer pequeno. Mas antes dos títulos vêm a rivalidade. Eles pensariam do mesmo jeito.
FG – Depois da espetacular defesa no canto baixo direito, o Marcos saiu correndo para o mesmo lugar onde o Evair foi celebrar o gol do título de 1993. Aquela faixa entre a trave direita e o escanteio do gol de fundo do Morumbi é um de nossos lugares sagrados de celebração.
NB – O lugar onde o Marcos não lembra nem o que fez depois da defesa que ele mesmo admite que se adiantou. Porque não adiantaria nada se ele não tivesse feito isso. Só um milagre para ele repetir o que fez.
ANGELO – Mas ele é santo, Nonno. Ele fez outro milagre.
JC – Fato. Aliás, até hoje, o Marcos não gosta tanto de falar desse lance. Para ele é como se ele tivesse só feito essa defesa em 532 jogos em vinte anos de Palmeiras.
ANGELO – Mas como o Nonno sempre diz: a defesa do Marcos. O pênalti do Marcelinho…
NB – A celebração dos jogadores! Tem gente que esteve na conquista da Libertadores e na semifinal de 2000 que diz que o elenco fez mais festa no Morumbi que no Palestra, em 1999. Estava tudo tão entalado que a vitória desopilou todo mundo. Vencemos os rivais, os fatos, a imprensa, a lógica, tudo.
FG – Interessante que nenhuma das equipes treinou para os pênaltis nos dias anteriores. E eles acertaram nove das dez cobranças. Quer dizer, dá até para dizer as dez: o Marcelinho Carioca acertou o gol na dele. Mas o Marcos, para variar, acertou ainda mais.
NB – O Alex, além de definir quase tudo em campo, mandou muito bem fora dele, ao final do espetáculo histórico: “O Ministério da Saúde adverte: ser palmeirense faz mal à saúde.”
JC – Mas sempre fez muito bem ao coração.
JEF – Angelo, estes são 20 jogos eternos do Palmeiras. Têm muitos mais em quase cem anos. Teremos outros tantos para você contar aos seus netos.
NB – Na minha casa. Na nossa casa do Palestra. Algumas vezes imaginei que ao nosso estádio não voltaria. Como agora, em 2013, na véspera da reinauguração da belíssima Arena, com alguns resultados ruins em um campeonato não do nosso nível. Mas eu parecia aquele menino mimado que quer fugir de casa – e pede pro pai atravessar a rua e pagar as contas. Eu dizia que não voltaria àquela casa azarada. Achava que a culpa também era do nosso estádio. Lá eu não mais voltaria.
ANGELO – Você não fez isso, né, Nonno?
NB – Promessa jamais cumprida. Porque isso não é coisa que se prometa! Não conheço casa perfeita. Todas trincam. Caem pedaços. Dão trabalho. Precisam de reformas na base. Nem sempre uma pintadinha dá jeito. Até por sempre ter alguém para achar defeito. É assim nossa casa. É assim o lar de qualquer um.
JEF – Mas agora e sempre é hora de abraçar cada pedaço do nosso estádio. É tempo de lembrar os degraus da escada que dão para a arquibancada, para o gramado que cheira de tão perto. Mesmo tão elevado. Tão suspenso. Tanto suspense.

O post Especial Libertadores-2000: Palmeiras 3 x 2 Corinthians (5 x 4 nos pênaltis) apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-palmeiras-3-x-2-corinthians-5-x-4-nos-penaltis/feed/ 0
Especial Libertadores-2000: tem que ter raiva! https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-tem-que-ter-raiva/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-tem-que-ter-raiva/#respond Sun, 31 May 2020 21:07:23 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/31/especial-libertadores-2000-tem-que-ter-raiva/

Felipão sempre soube treinar suas equipes. Conseguiu muitas vezes treinar sua torcida. E algumas vezes conseguiu treinar até a imprensa. Na quarta-feira, 31 de maio de 2000, na reapresentação do elenco depois da derrota por 4 a 3 para o Corinthians no jogo de Ida da semifinal da Libertadores, o treinador fez questão de dar […]

O post Especial Libertadores-2000: tem que ter raiva! apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

Felipão sempre soube treinar suas equipes. Conseguiu muitas vezes treinar sua torcida. E algumas vezes conseguiu treinar até a imprensa.

Na quarta-feira, 31 de maio de 2000, na reapresentação do elenco depois da derrota por 4 a 3 para o Corinthians no jogo de
Ida da semifinal da Libertadores, o treinador fez questão de dar um esporro no time dentro do vestiário. Não apenas para a imprensa ouvir na Academia. Também para que alguns recados fossem levados para o outro lado do Derby.

EDILSON: "ele é malandro, mas também covarde".

PALMEIRAS: "Nosso time é experiente mas não sabe da pontapé. Não sabe dar cascudo, irritar o cara".

RAÇA: "Temos que comer a orelha dos caras".

RIVAL: "Tem que ter raiva dessa porra do Corinthians".

O post Especial Libertadores-2000: tem que ter raiva! apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-2000-tem-que-ter-raiva/feed/ 0
Especial Libertadores 2000 – Mais um Derby do Século https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-um-derby-do-seculo-em-2000/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-um-derby-do-seculo-em-2000/#respond Sat, 30 May 2020 22:10:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/30/mais-um-derby-do-seculo-em-2000/

"Mais um jogo do século. De verdade." Manchete da FOLHA DE S.PAULO a respeito do primeiro jogo da semifinal da Libertadores de 2000. Vitória do campeão mundial x o campeão do torneio em 1999. RelacionadasAtual bicampeão, Palmeiras vence Vitória fora de casa em estreia do BrasileirãoCom Zé Rafael em parte do treino, Palmeiras inicia preparação […]

O post Especial Libertadores 2000 – Mais um Derby do Século apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>

"Mais um jogo do século. De verdade."

Manchete da FOLHA DE S.PAULO a respeito do primeiro jogo da semifinal da Libertadores de 2000. Vitória do campeão mundial x o campeão do torneio em 1999.

Derby espetacular com sete gols. Até autores diferentes.

Sete autores diferentes. Em x gols a bolsa decidi.

Ricardinho, aos 14, fez 1 a 0 contra o Palmeiras muito fechado com três volantes. O Palmeiras só se soltou no final e empatou com Júnior, aos 39, num belo gol. Com desvio.

Aos 45, mais um desvio que tirou Marcos. A bola de Marcelinho Carioca bateu em Argel e definiu a vitória parcial corintiana. E justa.

Aos 10, Edilson ampliou em belo lance de Edu. 3 a 1 Corinthians. E parecia que viria mais.

Nem assim Felipão desmontou seu esquema muito defensivo. Só botou a equipe à frente quando o volante Rogério se lesionou. Então o treinador apostou no centroavante Marcelo Ramos, que se juntou aos pontas Euller e Pena, com Alex vindo de trás no repaginado 4-2-1-3.

Assim cresceu o time que diminuiu aos 29, com Alex, de cabeça, aproveitando belo passe de Júnior.

Aos 37, o camisa 10 criou o inesperado gol de empate de Euller. Com outra bola que entrou depois de bater em um rival – Fábio Luciano.

Empate que era melhor do que a encomenda até outro gol carambolada. Vampeta bateu da entrada da área, aos 45, outra bola que desviou na zaga (Roque Jr.), e traiu Marcos.

Mas foi mais justa pelo que foi o jogo.

Na outra terça-feira, pelo jogo de volta da semifinal da Libertadores-2000, o Corinthians jogaria pelo empate contra os titulares palmeirenses, que estavam mais desgastados fisicamente pela temporada insana com Copa do Brasil, Paulistão e ainda Eliminatórias da Seleção.

O post Especial Libertadores 2000 – Mais um Derby do Século apareceu primeiro em Nosso Palestra.

]]>
https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/mais-um-derby-do-seculo-em-2000/feed/ 0