Arquivos tag-BR-16 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-br-16/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Mon, 23 Dec 2019 23:11:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Os melhores presentes de Natal https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-melhores-presentes-de-natal/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/os-melhores-presentes-de-natal/#respond Mon, 23 Dec 2019 23:11:12 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/23/os-melhores-presentes-de-natal/

Gol do Ananias. Sport 1 x 0 Palmeiras no Dia da Bandeira do Brasil em 2014. Aquela no peito do Verdão na final da Copa Rio. Bandeira carregada pelo Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão em 1942. Brasil que foi o Palmeiras na inauguração do Mineirão em 1965. Brasil cujo maior campeão […]

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Gol do Ananias. Sport 1 x 0 Palmeiras no Dia da Bandeira do Brasil em 2014. Aquela no peito do Verdão na final da Copa Rio. Bandeira carregada pelo Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão em 1942. Brasil que foi o Palmeiras na inauguração do Mineirão em 1965. Brasil cujo maior campeão é o Verdão.

Gol do Sport. Gol do Ananias. Sete anos depois de o Sport ter vencido o Palmeiras pelo BR-07. O último jogo do pai do nosso Guilherme Cimatti no velho Palestra. Um mês depois ele partiu.

Gol do Sport. Gol do Ananias. Dois anos antes dele e mais 70 partirem no voo da Chapecoense que ainda leva tanta gente junto.

Amanhã é véspera de Natal. Dia de terminar a listinha do Papai Noel. Quando os maiores presentes seriam os ausentes com a gente. O Ananias. Os outros 70 de Medellín. O pai do Cimatti. Meu pai. A irmã da minha mulher. Quem você quiser escalar.

O último passeio do meu pai com os netos foi na véspera do Dia dos Pais de 2012, nas obras da arena que ainda não era Allianz Parque. Mas sempre foi o nosso lar.

Eu queria que ele tivesse visto ao meu lado o meu primeiro documentário que estreou no primeiro evento oficial do estádio. Queria que ele estivesse na arquibancada com minha família quando fui o mestre de cerimônia na inauguração do Allianz Parque. Quando depois o Ananias…

Eu queria tanto. Como eu queria ver com ele a final do SP-76 que não conseguimos ir. Na da Libertadores que ele não pôde ir. Na do SP-08 que ele não quis ir – mas meu mais velho estava. Como meus dois estiveram na Copa do Brasil-15. Como a minha mãe, a minha mulher, meu caçula e nossa filhota foram ver o abraço de Jailson e Prass contra a Chape em 2016.

Como tudo isso e os gols do XV de Jaú em 1985 debaixo de chuva. Os gols que não saíram contra o Braga em 1990. Os pênaltis do Boca, do Barcelona, do Corinthians e do São Paulo. Tudo aquilo que não deu certo em casa. Mas por ser lá sempre acaba dando certo. Até quando acaba.

Natal é para celebrar a família. Nada pra mim a celebra mais do que o Palmeiras.

Natal é pro pai do Cimatti e o meu pai seguirem sempre presentes onde a gente mais lembra deles. Porque nada me conecta mais com ele do que o Palmeiras.

Não tem manchete de jornal, análise de futebol, título justo ou derrota digna que vença esse amor incondicional de pai pra filho. De Palestra pra Palmeiras

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Todos os nomes de todos os títulos desde 1960 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todos-os-nomes-de-todos-os-titulos-desde-1960/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/todos-os-nomes-de-todos-os-titulos-desde-1960/#respond Mon, 26 Nov 2018 11:10:57 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/26/todos-os-nomes-de-todos-os-titulos-desde-1960/

Só pode ser decampeão como foi cada atleta que entrou em campo pelo Palmeiras em 2018 como Weverton, Mayke, Luan Garcia, Gómez, Victor Luís, Felipe Melo, Bruno Henrique, Willian, Moisés, Dudu, Borja, Fernando Prass, Jailson, Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Thiago Santos, Jean, Hyoran, Lucas Lima, Keno, Deyverson, Gustavo Scarpa, Guerra, Artur, […]

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Só pode ser decampeão como foi cada atleta que entrou em campo pelo
Palmeiras em 2018 como Weverton, Mayke, Luan Garcia, Gómez, Victor Luís, Felipe Melo, Bruno Henrique, Willian, Moisés, Dudu, Borja, Fernando Prass, Jailson, Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Thiago Santos, Jean, Hyoran, Lucas Lima, Keno, Deyverson, Gustavo Scarpa, Guerra, Artur, Thiago Martins, Papagaio e Tchê Tchê (dirigidos por Luiz Felipe Scolari, Wesley Carvalho e Roger Machado) quem foi eneacampeão em 2016 como Fernando Prass, Jailson, Jean, Mina, Vítor Hugo, Egídio, Zé Roberto, Thiago Santos, Tchê Tchê, Moisés, Róger Guedes, Gabriel Jesus, Dudu, Vagner, Vinicius Silvestre, Fabiano, João Pedro, Thiago Martins, Edu Dracena, Fabrício, Matheus Salles, Arouca, Gabriel, Rodrigo, Cleiton Xavier, Allione, Vitinho, Rafael Marques, Barrios, Alecsandro, Cristaldo, Leandro Pereira, Erik, Luan e Artur, dirigidos por Cuca.

Só pode ser eneacampeão quem foi octacampeão (depois da unificação dos títulos pela CBF em 2010) em 1994 como Velloso, Claudio, Antonio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Flávio Conceição, Amaral, Amore Zinho, Rivaldo, Edmundo, Evair, Gustavo, Ferreira, Tonhão, Wagner, Juari, Fred, Paulo Isidoro, Alex Alves, Maurílio e Magrão, dirigidos por Wanderley Luxemburgo.

Só pode ser octo quem foi heptacampeão em 1993 como Sérgio, Gil Baiano, Antonio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Zinho, Edilson, Edmundo, Evair, Tonhão, Ricardo, Alexandre Rosa, Jefferson, Flávio Conceição, Amaral, Jean Carlo, Maurílio, Sorato, Magrão, Saulo e Paulo Sérgio, dirigidos por Luxemburgo.

Só pode ser hepta quem foi hexacampeão em 1973 como Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Edu, Leivinha, César, Nei, Raul Marcel, João Carlos, Polaco, Celso, Edson, Natálio, Zé Carlos, Careca, Zé Roberto, Ronaldo, Fedato, Mário e Pio, dirigidos por Oswaldo Brandão.

Só pode ser hexa quem foi pentacampeão em 1972 como Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Edu, Madurga, Leivinha, Nei, Raul Marcel, João Carlos, Polaco, Zé Carlos, Ronaldo, Fedato, Bio e Pio, dirigidos por Brandão.

Só pode ser penta quem foi tetracampeão na conquista do Robertão em 1969 como Leão, Eurico, Baldochi, Nelson, Zeca, Dudu, Jaime, Ademir da Guia, Edu, César, Pio, Chicão, Neves, Luís Pereira, Monica, Dé, Zé Carlos, Cabralzinho, Copeu, Cardoso, Madureira, Vagner e Serginho, dirigidos por Rubens Minelli.

Só pode ser tetra quem foi tricampeão em 1967 na Taça Brasil como Perez, Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca, Ferrari, Dudu, Zequinha, Ademir da Guia, César, Tupãzinho, Rinaldo, Servílio, Carrosinho e Lula, dirigidos por Mário Travaglini.

Só pode ser tri quem foi bicampeão no Robertão de 1967 como Perez, Valdir, Djalma Santos, Baldochi, Minuca, Ferrari, Dudu, Ademir da Guia, Dario, Servílio, César, Rinaldo, Doná, Jorge, Djalma Dias, Osmar, Geraldo Scotto, Zequinha, Suingue, Jair Bala, Gallardo, Gildo, Cardosinho, Zico, Helinho, João Daniel e Tupãzinho, treinados por Aimoré Moreira.

Só pode ser bi quem foi campeão na Taça Brasil de 1960 com Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Jorge, Zequinha, Chinesinho, Julinho, Romeiro, Humberto Tozzi, Cruz, Ari, Valter Prado, Enio Andrade e Nardo, dirigidos por Oswaldo Brandão.

Parabéns a todos que jogaram e treinaram. Todos que treinaram como atletas e não entraram em campo. Todos que viram e ouviram. Todos que são os maiores campeões nacionais.

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Palmeirense de sangue https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeirense-de-sangue/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeirense-de-sangue/#respond Wed, 07 Nov 2018 15:42:08 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/11/07/palmeirense-de-sangue/

O Allianz Parque conheceu Igor no dia em que faria 19 anos, há dois anos, em 2016. “Palmeiras no sangue”. Era assim que Igor Ferreira falava do Palmeiras que foi a vida por 18 anos. "Palmeiras no sangue". Sangue que o levou sexta-feira, dois dias antes do jogo fundamental para a conquista do enea. Depois […]

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O Allianz Parque conheceu Igor no dia em que faria 19 anos, há dois anos, em 2016.
“Palmeiras no sangue”.
Era assim que Igor Ferreira falava do Palmeiras que foi a vida por 18 anos. "Palmeiras no sangue".
Sangue que o levou sexta-feira, dois dias antes do jogo fundamental para a conquista do enea. Depois de quase dois anos de luta contra a leucemia. Quase o tempo da inauguração do Allianz Parque que ele tanto queria conhecer. Estádio que conheceu Igor às 16h51 de domingo, 6 de novembro de 2016. Quando o locutor da casa Marcos Costi leu o texto de um minuto de barulho em homenagem a ele, autorizado por Paulo Nobre. Com a foto de Igor no telão sob a chuva que começara 16h46. 17 minutos depois dos refletores acesos para iluminar o domingo de chumbo. Justo o 6 de novembro em que Igor celebraria 19 anos.
Na foto ele veste a camisa que a namorada Isabella comprou na Academia Store de Guarulhos, perto de onde ele morava, no Parque Santos Dumont. No dia 31 ela comprou o presente de aniversário de Igor. Uma blusa de frio parecida com a usada por Cuca. O treinador que se emocionou com a história que Lucas Pirez (do blog Torcida Que Canta e Vibra) me contou. Passei a Cuca, que usou a superação de Igor para os atletas, e dedicou a vitória ao menino que Isabella amou. Igor que ganharia de Lucas uma camisa que ele comprou com o desconto de funcionário da loja. Presente que seria dado no dia em que Igor morreu. Antevéspera de Palmeiras 1 X 0 Internacional. Vitória apertada e justa como se esperava. Placar que deixava o Palmeiras a seis pontos do vice-líder Santos. Com apenas 12 pontos em disputa.
A camisa que Isabella deu. A foto do telão do Allianz. A melhor imagem de um clássico que não foi bom. Mas reclamar para quê, né, Igor?
Em janeiro de 2015, o Palmeiras começava a se reestruturar. Dudu já chegara. Era outro elenco. Melhor. Mas ainda desajustado. Igor se sentia cansado demais para quem fazia tanto esporte. Achou estranho quando as mãos ficaram pálidas, os lábios, brancos. A febre começou e não baixou. Depois de quatro dias foi ao hospital. Dengue? Leptospirose? Hepatite? Não se sabia. Transferiram de hospital. Perdendo sangue. Quarenta dias internado até o diagnóstico.
Leucemia.
Ele soube depois da vitória de 2 a 0 contra a Penapolense pelo Paulista. Ele só soube suportar pela força da família, da namorada, dos amigos, da crença em Deus, da fé palmeirense.
O médico não entendia como ele estava em pé. Igor escreveu na página no FACEBOOK que mantinha: "o doutor me disse que eu só tinha 5% de sangue e 1% de vida. Ele me disse que nunca vira nada parecido em 20 anos de profissão". Ele era médico desde 1994. Ano do último Brasileiro do Palmeiras. "A pressão é enorme sobre o Palmeiras depois da virada espetacular do Santos contra a Ponte no domingo pela manhã, que deixa o time a apenas três pontos do líder que entra em campo pressionado…".
Pressionado?
O Palmeiras é pressão desde 1914. Ganhando Copa do Brasil contra o Santos em 2015, não ganhando o Brasil havia 22 anos há 2 anos. Pressão alta não é doença no futebol. É remédio de gigante. De Santos. De Palmeiras. Não por acaso os maiores vencedores de títulos brasileiros.
"Deus te ama e nunca irá te abandonar" escreveu Igor no FACEBOOK, logo no início do longo tratamento. Jogo duro. De paciência. E de perseverança. Nem sempre dá para fazer bonito. Mas dá pra vencer lindo. O gramado do Allianz Parque continuava feio de tanto show. Mas estava melhor. O jogo do time de Cuca seguiu não fluindo. Mas com sangue. O Colorado atacava todo limitado pela ameaça do rebaixamento que se confirmaria como o título palmeirense.

Voltando no tempo real minuto a minuto: o Vitória logo marca na Bahia. Inter volta à zona de rebaixamento. Também por isso ataca mais o Palmeiras. Mas com o meia Anderson apenas mais esforçado. Alex muito nervoso. William do Colorado corre. Aylon não chega. O Palmeiras, menos ainda.
As quimioterapias não melhoravam Igor. Foram cinco desde 2015. E ele sofria como sofria ouvindo o Palmeiras demorar a engrenar no ano passado. Até ganhar nos pênaltis em Itaquera na semifinal do Paulista de 2015. Até perder o título nos pênaltis na Vila Belmiro.
No jogo em que Dudu perdeu a cabeça. O Dudu que levantou o primeiro escanteio contra o Inter na área. Tchê Tchê de cabeça para o ex-colorado Cleiton Xavier abrir o placar. Nova falha da bateria antiaérea colorada que era a melhor do campeonato até a oitava rodada. Mais um gol do melhor ataque do BR-16. Na bola parada ou não.
"Para mim, antes do câncer, meus problemas eram maiores que os dos outros. Quando fiquei doente, ganhar um abraço do nada era a coisa mais importante do mundo". O Palmeiras começou a superar os problemas e não sabia que algumas soluções já estavam lá dentro do clube. Ou da alma. Na Copa do Brasil estava desenganado. Até virar o jogo. E ganhar o abraço de todos. Como Igor foi se superando. Comemorou internado a Copa do Brasil. E um ano depois do diagnóstico conseguiu ser transferido para o Sírio-Libanês. O único hospital capaz de tratá-lo. No dia da goleada de 4 a 1 em Piracicaba, contra o XV, pelo SP-16.
Na segunda-feira, depois da derrota em casa para a Ferroviária, Igor começou a campanha pela doação de medula óssea. O único jeito de curá-lo. No momento em que o Palmeiras de Marcelo Oliveira não se achava.
Na véspera da derrota em casa para o Red Bull Brasil, Igor postou: "você aí achando que a vida tá difícil? Lembre-se sempre que tem alguém em situação pior que a sua. Então sempre agradeça a Deus por tudo que acontece em sua vida."
Logo depois o Palmeiras já com Cuca perdeu de 4 a 1 para o lanterna e calouro Água Santa. Um futebolixo de doer em quatro derrotas seguidas.
Time que não conseguia se defender como agora tem Mina e Vitor Hugo. E até Thiago Santos na cabeça da área correndo por muitos e ganhando aplausos. A franquia Tchê Tchê em todo campo. Jean muito bem em todas. Não concedendo espaços ao Inter que só teve mesmo uma falta cobrada por Alex de perigo no fraco primeiro tempo de jogo mais brigado que jogado. Como tem sido esse Palmeiras redivivo. Como são muitas das finais em todos os tempos.
29 de maio de 2016. São Paulo 1 X 0 Palmeiras. E teria sido mais não fosse Prass. O Verdão seguia sem vencer o rival no Morumbi desde os chapéus de Alex, em 2002. Igor tinha só cinco anos. Mas ele foi dormir enfim feliz naquele domingo. A medula estava zerada. Sem células cancerígenas. Faltava apenas o transplante de medula óssea. Mas não parecia faltar tanta coisa ao Palmeiras. O time começara bem o BR-16. Jogando bem e bonito. Mas ainda oscilava.
"Espera no Senhor, confia no Senhor, e tudo Ele fará" escreveu Igor em 28 de junho. Antes dos 4 a 0 no Figueirense. "Eu sei que meu Deus faz milagres. Mas não sei quando esse momento vai chegar". O Palmeiras era líder. Jogava bem muitas partidas. Mas ainda oscilava. Como o humor de Igor. Natural. Mas sempre tudo se cobra além da conta. Que já era cara.
"Quando rezo peço a Deus para me curar e também curar as pessoas que não sabem o que falam e o que fazem. Tanta gente doente e ainda tem tanta gente fazendo mal para as outras pessoas. Gente que reclama do cabelo que tem mas ainda tem cabelo! Gente que reclama do trabalho que tem mas ainda tem como trabalhar. Hoje eu vejo minha casa como uma mansão. E tudo que eu quero é não sentir dor. Só isso".
O palmeirense reclamando com o Palmeiras. A imprensa reclamando que o "Palmeiras joga mal, mas vence e abre seis pontos" como manchetou jornal de segunda. Sim, não jogou bem de novo contra o Inter. Gabriel Jesus e Dudu jogando pouco. Teve apenas quatro lances de gol contra o ameaçado rival. Parou em dois milagres de Danilo Fernandes. O Inter que acabou de novo na zona de rebaixamento teve três oportunidades. Nenhuma defesa difícil de Jailson. É pouco. É pobre para Palmeiras X Inter. Mas muitas vezes é o possível no momento de decisão.
"A medula pegou". Foi a hashtag de Igor em 9 de agosto, depois do 2 a 1 no Vitória, Palmeiras campeão do turno. "É o meu novo aniversário", celebrou. "Eu venci o câncer" foi o cartaz que mostrou quando o Verdão derrotou o Atlético em Curitiba, a única derrota do Furacão na Arena. No dia seguinte ele teve alta do hospital. Um ano e meio depois da internação. Muita coisa virou na vida dele e na do Palmeiras. Ambos saíram do pior.
Em 2 de setembro, Zé Roberto gravou um vídeo de alegria e esperança para ele. Com a inabalável fé que move esse garoto-vovô que tem idade para ser pai do Igor. Prass também mandou força. Na véspera da virada de 2 a 1 contra o São Paulo, Igor foi jogar sinuca com os amigos. Ainda com máscara. Mas já voltando a viver normalmente.
Esperando o dia da volta ao novo estádio.

Mas ele e o time ratearam. Ainda que o Palmeiras só tenha perdido um jogo no período. Justo no dia em que Igor postou que ficara sem escrever no Facebook por estar cansado. Tinha voltado ao hospital. Pediu para rezarem por ele. Reforçou na quarta-feira. Ao meio-dia de sexta a família soube da partida. Dois dias antes de completar 19 anos.
O Palmeiras estava há dois anos muito próximo de ser o que ninguém foi mais do que ele. Igor estava mais próximo ainda de inspirar o amor de Isabella, da família e dos amigos. O amor de quem enfim esteve no Allianz Parque.
Mais do que falar do jogo que não foi bom, melhor mesmo falar do que é bom nesta vida.
Obrigado, Igor, por ter sido a mais bela imagem de um jogo que não foi bom. Mas que foi campeão como você.
Ainda melhor: é o que você é, mais que campeão. É Palmeiras.

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O pai do Pedro Luiz Pizzo não conseguia mais ver os jogos no hospital. Mas o filho contava cada gol e cada partida. Faltava uma vitória para ser campeão no domingo, contra a Chapecoense, no Allianz Parque. O gol inacreditável de Fabiano o Pedro só contou em oração. O pai partiu dois dias antes da […]

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O pai do Pedro Luiz Pizzo não conseguia mais ver os jogos no hospital. Mas o filho contava cada gol e cada partida. Faltava uma vitória para ser campeão no domingo, contra a Chapecoense, no Allianz Parque. O gol inacreditável de Fabiano o Pedro só contou em oração. O pai partiu dois dias antes da conquista também antes da hora.

Tem como planejar algo nesta vida?

Melhor levá-la como futebol. Jogo a jogo. Vitória a derrota. E muito empate. Mais empatamos que vencemos nesta vida. Tem mais 1 x 1 que 4 a 0 neles ou 0 a 1 pra eles.

Dá pra treinar, estudar, se preparar, se superar. Mas o resultado e o apito final não dependem só da gente. E ainda bem que é assim.

O pai do Diógenes Caballero dormia mais cedo nos dias de semana pra não ver o jogo. Mas ouvia o placar pela celebração da família. Ou não. Nos jogos à tarde, saía de carro ouvindo música no pan-drive. Parava na padaria pra ver os melhores momentos no intervalo. Voltava ao carro no segundo tempo.

Se desse Palmeiras, tinha pizza em casa pra família. Se não desse, valeu a jornada que terminou 4 dias antes do casamento do filho. Mas não terminou essa paixão que o Diógenes já passou pros filhos. Eles assistem junto ao nosso Palestra.

Até quando o Diógenes não sabe ainda se também vai seguir a tradição do pai de não ver os jogos dificílimos como o de quarta.

Fosse o pai, dormiria cedo. E sonharia com dois gritos nos 90 minutos e um a mais que o Boca nos pênaltis. Ou pelo menos três durante o jogo e nenhum xingamento a favor deles. Ele sonharia com a classificação que não é sonho. Pode acontecer.

Ainda mais com o Pedro Luiz contando em oração na madrugada de quinta pro pai lá em cima como foram os gols da classificação. E o Diógenes saindo pra comprar pizza na madrugada. E guardando o melhor pedaço pro pai.

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Amarcord: Palmeiras 4 x 3 Grêmio, no BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-4-x-3-gremio-no-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-4-x-3-gremio-no-br-16/#respond Sun, 14 Oct 2018 15:49:08 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/14/amarcord-palmeiras-4-x-3-gremio-no-br-16/

Vinte anos antes daquela noite épica no Pacaembu pelo BR-16, o Palmeiras dos 102 gols em 30 jogos no Paulista de 1996 dava volta olímpica antecipada por vencer o Santos, no Palestra. Aquele time fabuloso que ganhou 21 jogos seguidos. Doze deles por goleada. Incluindo um 6 a 0 na Vila Belmiro. Gabriel Jesus nem […]

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Vinte anos antes daquela noite épica no Pacaembu pelo BR-16, o Palmeiras dos 102 gols em 30 jogos no Paulista de 1996 dava volta olímpica antecipada por vencer o Santos, no Palestra. Aquele time fabuloso que ganhou 21 jogos seguidos. Doze deles por goleada. Incluindo um 6 a 0 na Vila Belmiro.
Gabriel Jesus nem concebido havia sido em 1996. Ele tinha bola para jogar
naquele timaço. Ou nem ele?
Só sei que, na primeira bola, fez 1 a
0. Bela enfiada do Dudu. Mas o Grêmio de Roger Machado vinha muito bem no campeonato que liderava. Foi melhor no primeiro tempo, mas ganhou da
arbitragem o empate. Bressan estava impedido no gol de Giuliano, aos 49 minutos do jogo que foi até esse minuto pelo acréscimo por conta dos sinalizadores acesos que eram proibidos…
Cuca voltou muito bem. Mais uma vez. Trocou o 4-2-3-1 da primeira etapa com Alecsandro discreto e voltou a apostar em Róger Guedes. Desta vez aberto pela esquerda, com Dudu como
ponta pela direita. Gabriel Jesus virou centroavante (até então ele pouco comandava o ataque). Tchê Tchê e
Moisés deram consciência no meio. E o Palmeiras fez excelente segundo tempo. Mesmo levando o gol da virada aos 9, com Giuliano, empatou aos 11 sem querer querendo na bela puxeta
de Róger, no primeiro gol dos seis gols no BR-16 que vieram de arremesso lateral de Moisés. Um lance que Cuca trabalhou vendo o que fazia Moisés
nos treinos. Algo que Diogo fazia nos anos 1980, e Djalma Santos
já fazia nos 1950.

O Palmeiras empilhou chances até virar com Vítor Hugo de cabeça, aos 27, e ampliar com Thiago Santos aos 39, do mesmo jeito, e na terceira assistência de Dudu, antes do terceiro gol tricolor, aos 45.
Foram 14 chances palmeirenses contra seis gremistas. Era muita coisa. E para um time amarrado e afobado na primeira etapa, mudança da água da chuva forte do primeiro tempo para um
Brunello di Montalcino na etapa final.

Um Palmeiras que não era o de 1996 – e poucos foram antes e depois, e não só no Palestra. Mas que podia ser tão eficiente como estava emocionante. Ainda sem os antigos titulares de meio-
campo Gabriel e Arouca. Mas que começava a dar liga com Tchê Tchê e Moisés no meio. Apostas de Cuca (o primeiro) e Alexandre Mattos
(o segundo) na formação do elenco.

Um time que marcou quatro gols em 90 minutos em uma defesa
que ainda não fora vazada em todo o campeonato. Esses 4 a 3 no
Grêmio não foram como aqueles 5 a 1 na Libertadores de 1995. Não foram decisivos como o 2 a 1 do Robertão de 1967. Mas ficaram. Eu saí feliz do Pacaembu depois do jogão. Os meninos que nem tinham nascido em 1996 foram gigantes. Foram Palmeiras.

Em 2036 a gente vai lembrar esse jogo. Talvez com tintas mais heroicas. Pintando até um jogo mais colorido.
Só não vamos conseguir pintar algo melhor que 1996. Vai ser difícil. Mas o que custa sonhar? Quem sabe em 20 anos a gente não durma tão feliz e esperançoso como hoje.

1996 só durou cinco meses. E já são 20 anos de saudades. Esses 4 a 3 foram só 90 minutos. Mas já contam desde então.

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A camisa de Danilo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-camisa-de-danilo/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/a-camisa-de-danilo/#respond Fri, 05 Oct 2018 11:47:51 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/10/05/a-camisa-de-danilo/

Lorenzo, filho de Danilo, goleiro da Chapecoense, tinha dois anos e meio quando pediu uma medalha para o pai. Em grande fase, o número um e principal responsável pela classificação da Chape para a decisão da Copa Sul-Americana de 2016 contra o Atlético Nacional de Medellin tinha imaginado dar a medalha da conquista difícil, mas […]

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Lorenzo, filho de Danilo, goleiro da Chapecoense, tinha dois anos e meio quando pediu uma medalha para o pai. Em grande fase, o número um e principal responsável pela classificação da Chape para a decisão da Copa Sul-Americana de 2016 contra o Atlético Nacional de Medellin tinha imaginado dar a medalha da conquista difícil, mas possível, para o filho.

Na partida anterior à viagem para a decisão na Colômbia, a Chapecoense enfrentou o Palmeiras, que foi campeão brasileiro de 2016 pela vitória por 1 a 0 naquele jogo de maior público da história do Parque Antárctica. Ao final da partida, antes da festa do Verdão que inspirou as cores da Chape na fundação do clube, Danilo trocou a camisa com o capitão palmeirense Dudu. Um dos ídolos da mulher Letícia, alviverde de coração.

"Pedi pro Danilo trocar a camisa e me dar de presente. Sempre alguém pedia as camisas que ele trocava e ele não sabia falar “não” e acabava dando pra alguém… Mas, naquele domingo, ele me ligou depois do jogo como sempre fazia, dizendo que tinha conseguido trocar a camisa com o Dudu. Fiquei super feliz!"

A Chape saiu de São Paulo no dia seguinte para Medellin.

A camisa de Dudu nunca chegou a Letícia e ao filho Lorenzo.

Em janeiro de 2017, o Palmeiras foi jogar na Arena Condá contra a Chapecoense. O campeão brasileiro de 2016 foi quem mais ajudou na reconstrução do clube. Antes do amistoso, Dudu conversou com Letícia e pediu para que ela fosse até a concentração do Palmeiras.

Lá Lorenzo recebeu de Dudu um uniforme completo do clube. Letícia ganhou uma outra camisa de Dudu. Na concentração, mãe e filho receberam de volta a camisa do último jogo de Danilo.

"Foi lindo o gesto dele. Hoje eu tenho comigo umas das lembranças mais lindas do Danilo… Não tenho palavras pra agradecer ao Dudu. Porque tudo o que tenho do meu marido hoje são as lindas lembranças dele. E essa ultima camisa que ele usou em campo significa muito pra mim e pro meu pequeno Lorenzo".

Quase dois anos depois, Lorenzo lembra tudo que viveu com o pai. Os brinquedos que ganhou, as roupas que tinha. Hoje ele conta histórias do pai muito vivo dentro dele. Danilo que foi buscá-lo na escola, que eles saíram para comer, que vão brincar no fim de semana, que vão jogar bola..: Tudo que ele tem vontade de fazer com o pai.

"Ele é muito parecido com o Danilo em tudo. O jeito de andar é igualzinho. Ele se foi, mas deixou seu pedacinho pra mim".

Como Dudu e o Palmeiras devolveram à família um pouco do tudo que é Danilo para eles. A camisa que tão bem vestiu está de volta ao lar. A campeã que Dudu deu não tem volta. Só que o sentimento e o respeito a quem partiu mas que estará sempre conosco pode ser retribuído com gestos tão simples e tão queridos.

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Amarcord: Palmeiras 4 x 0 Atlético Paranaense, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-foi-brasil-como-nenhum-outro/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-foi-brasil-como-nenhum-outro/#respond Wed, 05 Sep 2018 15:59:55 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/09/05/palmeiras-foi-brasil-como-nenhum-outro/

O texto que publiquei no meu blog no UOL era verde de esperança. E tudo realmente acabaria muito bem. SEGUE ABAIXO RelacionadasPalmeiras x Flamengo: Abel Ferreira só venceu adversário em finaisPalmeiras anuncia venda de ingressos para jogo contra Flamengo com redução no Gol NorteVivendo roteiro de cinema no Palmeiras, Luiz Sá fala de ídolos e […]

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O texto que publiquei no meu blog no UOL era verde de esperança. E tudo realmente acabaria muito bem.

SEGUE ABAIXO

Vagner, João Pedro, Fabiano, Zé Roberto, Arouca, Gabriel, Moisés, Erik, Luan, Rafael Marques e Alecsandro. O banco do Palmeiras na excelente estreia contra o bom campeão paranaense seria titular em muitos dos maus anos recentes palmeirenses. Quando alguns dos titulares no início do BR-16 nem banco seriam.

“Empolgou” – como no meme do Globo Esporte que viralizou naquele pavoroso segundo semestre de 2014, quando o Palmeiras só não caiu ao arrancar empate contra esse mesmo Furacão, no Allianz Parque? Sim, empolgou, e vai, provavelmente, seguir assim até o final.

Até mais do que em 2009, quando lesões e um elenco reduzido fizeram o Palmeiras de Muricy cair pela tabela e perder um título que parecia dele. Em 2016, o time de Cuca parece que vai lutar pelo eneacampeonato brasileiro até o fim.

Tchê Tchê começou como lateral e, a partir dos 12, virou segundo volante do 4-2-3-1, para não dizer que foi mesmo muito mais um segundo armador ao lado de Cleiton Xavier, com Róger Guedes e Gabriel Jesus como pontas, e Barrios um centroavante móvel e dinâmico como ainda não tinha visto, em um 4-3-3. Poucas vezes vi em tempos recentes uma partida tão boa na estreia. E um Palmeiras começar tão bem um campeonato. E com perspectiva de ir assim até o fim. Thiago Martins foi mais uma vez bem, e com Mina a defesa será ainda melhor, sobretudo na bola aérea. Jean foi bem de novo como lateral, e Egídio volta a ser um lateral confiável. A equipe trocou a bola em passes de qualidade e em quantidade que há anos não se via no Palmeiras.

Matheus Salles protegeu bem a zaga, os erros individuais e estruturais foram menores, e o Palmeiras acertou um jogo e um placar inimaginável por tudo que não vinha acertando. Mas compreensível pelas falhas defensivas do Atlético no segundo tempo. Os ótimos Otávio e Jadson mais bateram que jogaram, Leo foi expulso em lance cavado por Gabriel Jesus, e a boa turma da frente ficou largada.

Partida para o Atlético esquecer. É time de primeira página da tabela. Jogo para o Palmeiras lembrar em um ano que promete.

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Amarcord: Internacional 0 x 1 Palmeiras, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/#respond Sun, 26 Aug 2018 17:07:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/26/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/

https://www.youtube.com/watch?v=bclMlLu_ptg Eram 20 anos sem vencer o Corinthians no Pacaembu: 1 a 0 Palmeiras, gol de tirar o chapéu de Dudu, no Paulista de 2016. Eram 19 anos sem vencer o Inter em Porto Alegre: 1 a 0 para o líder, gol de Erik, em outro lance rápido e bem construído pelo ataque. Eram 22 […]

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https://www.youtube.com/watch?v=bclMlLu_ptg

Eram 20 anos sem vencer o Corinthians no Pacaembu: 1 a 0 Palmeiras, gol de tirar o chapéu de Dudu, no Paulista de 2016. Eram 19 anos sem vencer o Inter em Porto Alegre: 1 a 0 para o líder, gol de Erik, em outro lance rápido e bem construído pelo ataque. Eram 22 anos sem 15 jogos tão pontuados no Palestra no BR-16. Desde o último ano em que o Palmeiras entrou tão forte, e jogando tão bem, como faz quase sempre em todos os inícios de jogos neste Brasileiro.
Não é acaso. É treino. Cuca monta o Palmeiras para sufocar. Assim fez na estreia de Falcão no Beira-Rio. Criamos as melhores chances, e pouco deixamos para eles. Mesmo sem Moisés (lesionado) no meio, e com Dudu guardado para a segunda etapa.
Thiago Santos, Vítor Hugo, Edu Dracena e Zé Roberto fizeram partida notável no desarme e no cadeado defensivo. Tão boa era a fase alviverde que nem o único erro de Zé foi determinante. No final do jogo, cometeu pênalti infantil em Ariel, não marcado pela arbitragem. Prass não praticou defesas no último jogo dele e de Gabriel Jesus antes da Olimpíada que o goleiro, por lesão no cotovelo, acabou não sendo dourado. Perderíamos muito dentro e fora de campo sem ele. O goleiro Vagner ainda não havia sido testado e nem estreara no clube. Na frente, eram boas as opções para substituir o artilheiro Gabriel Jesus, mas nenhuma à altura. A fase dele era tão boa que seguia perdendo quase que um gol cara a cara por jogo. Mas todo mundo seguia correndo atrás dele a cada jogo. Dele e do Palmeiras, que de novo abriu três pontos à frente do Corinthians.
E que foi, como em 2015, ganhando os jogos grandes. Como sempre fez como time de chegada. Na Taça Brasil de 1967, na semifinal do torneio que começou para nós em dezembro, os campeões de Rio e São Paulo entravam apenas na fase semifinal. Mas pegavam pedreiras como o Grêmio. No primeiro jogo, no Sul, eles venceram por 2 a 1. Na volta, no Pacaembu, devolvemos com juros e correção futebolística: 3 a 1. Mas não valia o saldo. Teria um terceiro jogo, apenas dois dias depois: mais um show de César. Dois a um no Grêmio. O mesmo placar da final do primeiro Robertão, no mesmo anono mesmo Pacaembu, com o mesmo artilheiro: César.
Na decisão contra o Náutico, 3 a 1 lá, mas bobeamos e perdemos por 2 a 1 aqui, em 27 de dezembro de 1967, depois do Natal. Dois dias depois, antes do peru de fim de ano, 2 a 0 para nós no Maracanã. O Recreio dos Bandeirantes viu a nossa terceira volta olímpica brasileira. A segunda no segundo semestre de 1967.
Em 1968 também teve Robertão e Copa do Brasil. Isto é, dois campeões nacionais (como a Argentina teve por muito tempo antes e depois, como já aconteceu em alguns estaduais, e também em 2000 no Mundial). Só que só o Palmeiras “unificou” cinturões, em 1967. Em 1968 seria impossível: os paulistas não jogaram a Taça Brasil. O Santos ganhou o Robertão, o Botafogo, a última Taça Brasil.
Só o Palmeiras ganhou dois nacionais em um ano. O mimimi é de quem nunca nem jogou a Taça Brasil que, diferente da Copa do Brasil, nunca aceitou convidados. Só campeões. Só o Palmeiras, caros coirmãos.
E ganhou o primeiro Robertão disputando duríssimo quadrangular decisivo. Venceu o Inter por 2 a 1 em Porto Alegre, empatou por 2 a 2 com o Corinthians, e buscou o empate por um gol de João Daniel (o Betinho daquela campanha) contra o Grêmio, no Sul. No returno, empate sem gols com o Inter, vitória de praxe com gol de César contra o fiel rival, e o 2 a 1 decisivo contra o Grêmio. Dois de César.
Campeonato muito mais difícil e melhor disputado que muitos campeonatos brasileiros desde 1971. Mas muita gente que acha que a vida na galáxia começou em 1990 não tem a menor ideia do que seja.

INTERNACIONAL 0 X 1 PALMEIRAS
17/07/2016 (domingo)
16h (Brasília)
Estádio Beira-Rio
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF) Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e José Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Cartões amarlos: Raphinha, Paulão, Ariel (INT); Gabriel Jesus (PAL) Gols: Erik, aos 10 minutos do primeiro tempo.
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; William, Paulão, Ernando e Raphinha; Rodrigo Dourado E Fernando Bob (Ariel); Eduardo Sasha, Gustavo Ferrareis (Anderson) e Vitinho; Andrigo (Valdívia). Técnico: Paulo Roberto Falcão
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos e Tchê Tchê; Róger Guedes (Leandro Pereira), Cleiton Xavier (Dudu) e Erik (Rafael Marques); Gabriel Jesus.
Técnico: Cuca

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Amarcord: Vitória 1 x 2 Palmeiras, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-vitoria-0-x-2-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-vitoria-0-x-2-palmeiras-br-16/#respond Sun, 19 Aug 2018 17:01:03 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/19/amarcord-vitoria-0-x-2-palmeiras-br-16/

https://youtu.be/mFAl6AGs3MI Barradão, última rodada do Brasileiro de 2002? Não lembro o que aconteceu… Mas não esqueço a final do Brasileiro de 1993: 1 a 0 na Fonte Nova, e o título conquistado na volta, no 2 a 0 contra o Vitória, no Morumbi. Depois de uma grande semifinal, quando César Sampaio fez o gol mais […]

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https://youtu.be/mFAl6AGs3MI

Barradão, última rodada do Brasileiro de 2002? Não lembro o que aconteceu… Mas não esqueço a final do Brasileiro de 1993: 1 a 0 na Fonte Nova, e o título conquistado na volta, no 2 a 0 contra o Vitória, no Morumbi. Depois de uma grande semifinal, quando César Sampaio fez o gol mais lindo do Palmeiras em Brasileiros, partindo desde o nosso campo, para fazer 2 a 0 no São Paulo, no Morumbi.

Arrancada Heroica como a de 1942. O espírito necessário para cumprir tabela na última rodada de 2016, duas semanas depois da conquista. A maior festa que vi nas ruas em volta do estádio aconteceu pouco mais de 24 horas antes do acidente com a Chapecoense, na Colômbia. Autor do gol da vitória e do título, Fabiano voltava da festa do enea no Espaço das Américas quando soube da queda do avião perto de Medellín. Muitos amigos e colegas de seu ex-clube estavam no voo. Cuca encerrou a carreira de atleta em Chapecó. Ele foi dos mais afetados pela tragédia. Justo no dia em que foi anunciado o que se sabia: a saída do Palmeiras para poder ficar mais tempo com a mulher e família, e estudar como se trabalha na Europa.

Antes da partida decisiva contra a Chape, Cuca havia aberto os treinos na Academia para o torcedor abraçar o time. Comissão técnica e elenco sabiam a importância do apoio que receberam durante o Brasileiro. As torcidas de novo pararam a avenida na frente do centro de treinamento na véspera da penúltima rodada. Faixas pedindo para que Cuca ficasse. Mas a decisão estava tomada.

Para a despedida do clube, Cuca mandou para a Bahia na última rodada uma escalação alternativa, já sem Gabriel Jesus, que se apresentara ao Manchester City, mas seguia com o coração verde; “Onde eu estiver, estarei sempre pensando no Palmeiras, clube que aprendi a amar". E que chorou demais sentado no gramado quando ganhamos o título. Ele e a torcida, nas imagens da TV, pouco antes do apito final. Coisa mais linda. Como Cuca ao vestir na festa em campo a camisa 8 que usou como armador em 1992. Para não dizer que ele usou a nossa camisa desde menino, quando sonhava ser Leivinha. E seria mesmo um campeão como Oswaldo Brandão, em nosso banco de crédito ilimitado.

O Palmeiras entrou em campo no Barradão com as camisas verdes da Chape (o Vitória, com as brancas) e sob os gritos de “vamos, vamos, Chape!”. A bandeira colombiana ao lado do escudo da Chapecoense. Cuca e a comissão técnica com a foto e o nome de Caio Jr. nas costas. Bola rolando, os 19 relacionados estavam com os nomes e também os números das vítimas. Emocionante! Apenas dois titulares de fato (e o recordista invicto Jailson na meta).

O Palmeiras fez o dever de casa. E fora dela, também. No Barradão, Marinho fez 1 a 0 aos 12 minutos, num lance estranho, em cobrança de falta. Gabriel encheu o pé três minutos depois e empatou, numa bola carambolada e de sorte de campeão. O Palmeiras estava melhor e virou aos 45. Golaço de Alecsandro, de sem-pulo, depois de um sensacional rolinho de Fabrício. Alecgol que tanto mereceu mais um título na carreira, superando a injusta suspensão, e pela humildade em aceitar o banco. Alecsandro que estava com a camisa de Bruno Rangel, e se emocionou demais no intervalo, ao homenagear o colega da Chape.

Sem Mina, lesionado ainda no primeiro tempo, Thiago Santos virou zagueiro, Matheus Salles entrou de volante, e Cleiton Xavier armou com Tchê Tchê, com Erik e Leandro Pereira pelos lados, e Alecsandro na frente. Na segunda etapa, o Palmeiras tocou a bola com inteligência e conseguiu mais uma grande vitória fora de casa. Conseguindo 44 pontos no returno. A melhor campanha na história dos pontos corridos com 20 clubes na segunda parte do campeonato. E era um time “que não jogava tão bem no returno”… Imagine se jogasse!

Abriu nove pontos sobre os rivais. Melhor visitante, venceu 24 jogos (como os campeões dos dois anos anteriores), perdeu apenas seis. Campeão também no fair-play: não teve atleta expulso em 38 jogos. Melhor saldo de gols (30), melhor ataque do Brasileiro (62 gols), uma das menos vazadas defesas do campeonato (32 gols). E ainda contestam? Meus sentimentos.

Não foi só a calça vinho, meias beges, chuteiras brancas e o relógio verde de Cuca durante muitos jogos que deram sorte. Não existe campeão azarado. E não existe campeão maior que o Palmeiras. “Tudo o que Deus faz é bom”, costuma dizer o treinador. Foi o trabalho duro e o espírito de equipe que honraram o Palmeiras.

PALMEIRAS 4-1-4-1

JAILSON; GABRIEL, MINA (MATHEUS SALLES, 29 do 1º. T), THIAGO MARTINS E FABRÍCIO; THIAGO SANTOS; ERIK, TCHÊ TCHÊ, CLEITON XAVIER (RODRIGO, 25 do 2º T) E LEANDRO PEREIRA; ALECSANDRO (ARTUR, 42 do 2º T). TÉCNICO: CUCA

GOLS: MARINHO (12 DO 1º T); GABRIEL (15 DO 1º T) E ALECSANDRO (45 DO 1º. T).

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Outros Duduzentos https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/outros-duduzentos/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/outros-duduzentos/#respond Wed, 25 Jul 2018 15:17:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/07/25/outros-duduzentos/

Naquele domingo de janeiro de 2015, uma tuitada do Palmeiras parecia fake news. Como assim Dudu que estava quase certo com o Corinthians ou quase certo com o São Paulo acertou com o Palmeiras? E numa manhã de domingo? O time que quase caiu de novo um mês antes então ganhava uma dividida contra os […]

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Naquele domingo de janeiro de 2015, uma tuitada do Palmeiras parecia fake news. Como assim Dudu que estava quase certo com o Corinthians ou quase certo com o São Paulo acertou com o Palmeiras? E numa manhã de domingo? O time que quase caiu de novo um mês antes então ganhava uma dividida contra os maiores rivais que vinham ganhando tudo – inclusive os melhores jogadores que não queriam saber do Palmeiras sem perspectivas e sem salários grandes ou em dia.

Pode não ter sido o chapéu que quem é verde diz que foi. Mas desde então foi de se tirar o chapéu o que aconteceu no clube e com o time. Campeão da Copa do Brasil naquele fim de ano com gols de Dudu na decisão contra o Santos. O mesmo rival contra quem ele perdera pênalti na primeira decisão do SP-15 e depois a cabeça no corpo do árbitro na volta, na Vila.
Dudu ajudou a virar o astral, a expectativa, o jogo, o Palmeiras. A partir da chegada dele ao clube outros quiseram vir. O torcedor recomeçou a crer e a ver o velho Palmeiras vencedor com novo espírito. E com Dudu se entregando e nos trazendo taças como o BR-16 onde também foi essencial. Por dentro ou pela ponta. Com a tarja de capitão e com a garra da camisa 7 de raça de Julinho e Edmundo cujos talentos não se comparam. Mas com a mesma alma armada para a vitória.
Dudu e o Palmeiras não foram os mesmos em 2017. Ainda menos em 2018. Mesmo ficando porque quis em janeiro. Mesmo permanecendo não querendo muito em julho. Mesmo querendo sair de campo em Itaquera… A relação já não é a mesma. O futebol, como as postagens no Instagram, também não.
Mas Dudu tem muito daquilo que gostamos. Aquela porca-louquice sem freio. Aquela incontinência incontrolável. Aquela birra que é garra que é marra que é berro que é nossa. Esse Dudu que ainda pode virar o jogo nesses 200 pelo Palmeiras. O Dudu que já fez mais do que eu imaginava. Está fazendo agora menos do que eu esperava.

E ainda pode virar nossa expectativa como ele virou nosso jogo ao chegar. Ele tem até o fim do ano para ser o que foi nos dois primeiros. Ele tem crédito para isso. Eu ainda tenho confiança nele.
Pode ser mera torcida. Mas é isso que somos. Meros torcedores. E torcemos para que Dudu também seja.

Porco de Ouro: Vote na eleição que irá eleger o melhor jogador do Palmeiras nesse último ano

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