Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras

Edu Dracena deu sua primeira entrevista coletiva como dirigente do Palmeiras nesta quinta-feira, 19. O agora assessor técnico do Verdão respondeu as perguntas dos jornalistas na Academia de Futebol e projetou um 2020 de sucesso ao lado do já conhecido Vanderlei Luxemburgo.

O multicampeão zagueiro agora vai ajudar o Verdão fora de campo, sendo um elo entre o elenco e a diretoria alviverde, ajudando a resolver problemas internos e principalmente contribuindo com a transição dos garotos da base ao profissional.

Em entrevista recente ao Nosso Palestra, no quadro Nosso Papo, Edu Dracena já havia comentado sobre a importância do Palmeiras conquistar o Campeonato Paulista, primeira competição do calendário brasileiro. O Verdão não vence o Estadual desde 2008, o que para o agora assessor técnico do clube é um absurdo.

Hoje, na Academia de Futebol, Edu Dracena voltou a falar da importância do clube em conquistar o Paulistão, e também fez questão de lembrar de que agora Luxemburgo está de volta ao clube. O técnico foi o último a conseguir conquistar um Paulista pelo alviverde.

Minha pergunta pro Dracena e pro Barros hoje.

Palmeiras fez as pazes com a FPF e a promessa é de voltar a ganhar um Paulistão após mais de 10 anos. pic.twitter.com/t70jDsOq77

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

Após dois anos de turbulência com a Federação Paulista de Futebol, 2020 promete ser um ano de paz entre a entidade e o Palmeiras, que decidiu fazer as pazes com quem manda no futebol do nosso estado.

O Verdão estreia no Paulistão 2020 no dia 22 de janeiro, diante do Ituano.

(Foto: Fabio Menotti/Agência Palmeiras/Divulgação)

Anderson Barros, novo diretor de futebol do Palmeiras, foi apresentado nesta quinta-feira, 19, na Academia de Futebol. Acompanhado de Edu Dracena, ele foi apresentado para a torcida por Maurício Galiotte e falou firme sobre o planejamento e a busca de um Palmeiras vencedor em 2020.

Entre tantas perguntas, Anderson admitiu que o Palmeiras está negociando Miguel Borja com o Olimpia, mas escapou pela tangente quando o assunto foi o atacante Michael do Goiás.

Barros afirma que Luxemburgo está participando da montagem do elenco e de todo processo de reestruturação que o Presidente há havia dito que teria para 2020.

Borja está sim perto de deixar o clube! pic.twitter.com/KbVKsbal2R

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

O diretor de futebol do Verdão repetiu diversas vezes que o clube não fará loucuras para trazer jogadores com nível parecido com o que o Verdão já tem.

Fala bem forte de Barros.

'Palmeiras tem que ser agressivo dentro de campo!' pic.twitter.com/d2k7CbtxWt

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

Só na posição de Michael, o Palmeiras terá Gabriel Veron, Artur e Angulo para o próximo ano.

Artur fará parte do elenco do Palmeiras em 2020.

Episódio com a camisa do Flamengo ficou no passado.

Atleta sabe que errou mas vai receber mais uma chance.

Justo, na minha visão. pic.twitter.com/TXhnGIdfZc

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

Anderson Barros admite que o Palmeiras tem interesse no atacante Michael.

Diretor falou que o planejamento pra 2020 não começou agora. pic.twitter.com/iMF8HsiC8F

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

Anderson comentou sobre a escolha de Vanderlei Luxemburgo e disse que o trabalho está sendo pesado para o término deste ano. O novo técnico do Palmeiras inclusive tem participado de algumas escolhas para o próximo ano.

Edu Dracena também comentou sobre Luxa. O agora assessor técnico trabalhou com o comandante por duas vezes como jogador, e agora acredita que Luxemburgo tem totais condições de devolver o clube aos títulos.

Para finalizar a coletiva, Barros respondeu sobre Valdívia. O meia chileno encerrou sua passagem pelo Colo Colo e está livre para assinar com qualquer clube para a próxima temporada.

Segundo Barros o Mago é um ídolo da torcida, mas hoje a situação está bem distante de um acerto.

Perguntado sobre Valdívia, Barros disse que é algo bem distante do clube hoje. pic.twitter.com/Owtue38hNH

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 19, 2019

Vanderlei Luxemburgo será apresentado nesta sexta-feira, 20, a partir das 12h, na Academia de Futebol, encerrando o 2019 profissional do Palmeiras.

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Agora ex-jogador, Edu Dracena seguirá no Palmeiras como novo assessor técnico do clube. O camisa 3 do Verdão em 2019 assume a vaga do ídolo Zé Roberto, que agora passará a trabalhar como um embaixador do Palmeiras tanto no Brasil quanto no mundo.

Edu que já havia dito para a equipe do Nosso Palestra no Nosso Papo que aceitaria o convite caso a diretoria do Palmeiras o fizesse, não pensou duas vezes em assumir o cargo que tem como principal função fazer a ponte entre o elenco e a diretoria do Verdão.

"Neste momento, o Palmeiras precisa de alguém (para a assessoria técnica) que esteja mais presente no dia a dia do clube, que acompanhe o time durante as viagens e jogos, com dedicação integral e, infelizmente, não tenho essa disponibilidade", explicou Zé Roberto sobre o motivo de sua opção em não seguir como assessor técnico da agremiação.

Coincidentemente, Zé Roberto protagonizou um dos momentos mais emocionantes da coletiva de despedida de Edu Dracena dos gramados. Zé invadiu a sala de imprensa da Academia e fez uma homenagem para o amigo e agora companheiro de profissão na diretoria alviverde.

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Zé Roberto finalizou a coletiva de despedida de Edu Dracena do futebol e emocionou a todos na Academia! Assiste aí!

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Nesta quinta-feira, 19, Edu Dracena e o recém-contratado Anderson Barros, diretor de futebol do clube, darão uma entrevista coletiva na Academia de Futebol.

O convidado desta semana do Nosso Papo é o hoje ex-zagueiro Edu Dracena. O camisa 3 do Verdão falou sobre a sua despedida do futebol, os próximos passos na carreira e ainda se declarou para o Verdão.

Dracena afirmou que gostaria, sim, de trabalhar no clube caso surgisse um convite da diretoria e afirmou ter certeza que o ano que vem será muito melhor para os palmeirenses.

Assista o papo completo!

Apresentação e Roteiro: Gabriel Amorim e Rafael Bullara

Direção e Edição: Marcelo Pedro

Direção de Fotografia: Willian Prado

Cinegrafista: Erico Yamada

Som direto: Uirá Ozetti

Produção: Sérgio Oliveira

Local: Tifosi Spazio

Agradecimento especial para a Pavimento Filmes!

Brinco de Ouro. 2019. Gabriel Veron, 17 anos, aos 24min31s da segunda etapa, recebeu do camisa 17 Jean uma bola sem goleiro e marcou seu primeiro gol como profissional. No dia em quem o seu sub-17 venceu a Supercopa do Brasil.
Na hora do almoço ele ganhou um presente inesquecível que ele ainda não recebeu de um amigo meu. É surpresa. O que ele não deverá ser. Porque tem muito talento. É sabido. Como ele sabe bastante. Como mostrou como melhor jogador e campeão mundial Sub-17 pelo Brasil.
Festa em Campinas. Esperada.
E tinha mais. Ele recebeu uma bola longa, dominou com categoria, pedalou e serviu Dudu para o quarto gol, aos 36, na goleada inesperada.
Mas não como seu talento. Que se espera muita coisa. Para já. Para hoje. Como ele fez o quinto. O segundo dele. Mais uma assistência de Dudu. Algo tão esperado quanto o talento deles.
Há 20 anos, porém, não se sabia ainda o que esperávamos. E também seria lindo.
Matão, domingo pela manhã. 1999. Beto Zini preside o Guarani. Pede na nossa cabine de TV para chamar o estreante zagueiro do seu time que enfrenta a Matonense de Eduardo Luís. E não "Edu Dracena" como foi passado na escalação. "Edu Dracena não é nome de zagueiro". Não?
Pergunte ao torcedor bugrino. Ao do Olympiacos. Do Cruzeiro da tríplice coroa de 2003. Do Fenerbahçe. Do multicampeão Santos de Neymar. Do Corinthians campeão de 2015. Do Palmeiras campeão de 2016. De novo campeão de 2018. Com o seu primeiro gol depois de 107 jogos marcado contra o Santos. Na meta à frente da viúva de Vagner Bacharel. Ela voltou ao estádio pela primeira vez desde a partida do marido, em 1990.
Um gol de cabeça como Bacharel. Um gol de Edu Dracena que jogou muito. Ganhou os títulos que Bacharel não conseguiu pelo Palmeiras. Talvez não tenha em verde a mesma idolatria. Como Bacharel merece muito mais do muito que já tem.
A vida é assim. Nem sempre justa. Mas estas linhas ainda são poucas pra fazer justiça pelo zagueiro que é Edu de Dracena para o mundo da bola. Como foi Bacharel. Meus ídolos não só pelo que nos defenderam. Mas pelo caráter com que defenderam sua profissão como a nossa zaga.
O Eduardo Luís que bateu o pé tão firme como a bola que zagueirou não só emplacou o nome que queria. Ganhou quase tudo zagueirando e honrando o nome dele e da cidade onde cresceu.
E como cresceu.
A ponto de ser respeitosa referência e ter a reverência de todos os clubes em que jogou. Mesmo rivais diretos.
Edu não sai de cena porque não gosto de rima. Edu Dracena porque adoro quem nos defende por baixo e por cima.
O capitão na penúltima partida palmeirense no BR-19. Jogo em Campinas contra o Goiás. No mesmo estádio onde tudo começou para ele. Onde Dudu e Zé Rafael é Gabriel Veron construíram a ótima vitória no Brinco de Ouro. Resultado que ainda dá chance de o Palmeiras ser vice brasileiro. Algo inédito desde 1959: um mesmo clube campeão nacional em um anovice no outro, novamente campeão, novamente vice em quatro anos.
Eduardo Luís, se eu soubesse que você seria tudo isso há 20 anos, naquela transmissão pela Band, eu já teria te chamado pelo nome de guerra e de garra, de raça e de classe.
Como eu não sabia, só quero dizer que foi uma honra trabalhar nos seus jogos. Uma alegria gritar campeão com você.

Foto: Gabriel Amorim

Edu Dracena concedeu coletiva nesta quarta-feira, 4, na Academia de Futebol e emocionou a todos presentes naquela que foi sua última entrevista como jogador de futebol. O atleta de 38 anos fará amanhã em Campinas seu último jogo, lugar onde começou a dar os seus primeiros passos como atleta e tambéz fez o seu último gol pelo Palmeiras, em amistoso contra o Guarani.

Dracena iniciou a coletiva com um emocionante depoimento onde afirmou que vai seguir no futebol, mas ainda não decidiu por qual área:

Dracena faz um pronunciamento antes de abrir para as perguntas.

Zagueiro diz que vai seguir no futebol e brinca com aposentadoria.

'Só depois dos 65!'#trNossoPalestra pic.twitter.com/vmxXdlwWsf

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 4, 2019

O experiente zagueiro agradeceu bastante a sua esposa, que abandonou a sua vida para acompanhar a carreira do jogador e hoje cuida dos dois filhos de Dracena:

Dracena agradece esposa e se emociona.#trNossoPalestra pic.twitter.com/M9FG348ZpB

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 4, 2019

O zagueiro não quis afirmar se vai entrar como titular amanhã contra o Goiás, mas tudo leva a crer que Dracena será titular ao lado de Luan, uma vez que Vitor Hugo e Gustavo Gómez só devem atuar em 2020.

Dracena também falou sobre o respeito que construiu com todas as torcidas e times em que passou. Ídolo no Santos, onde levantou a taça da Libertadores em 2011, o zagueiro também foi campeão brasileiro pelo Corinthians e agora encerra a carreira com o bicampeonato brasileiro pelo Verdão.

Dracena fala do respeito por todos os lugares que passou.

Foi ídolo no Santos, campeão no Corinthians e encerra no Palmeiras.#trNossoPalestra pic.twitter.com/4xh6yHQpmh

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 4, 2019

Antes de encerrar a coletiva, Dracena agradeceu ao Palmeiras por ter dado todo o suporte para ele neste final de carreira e celebrou ter entrado para a história do clube.

Dracena agradece ao Palmeiras e celebra ter feito história no clube!#trNossoPalestra pic.twitter.com/kLzpiEuRTv

— Gabriel Amorim (@gabrilamorim) December 4, 2019

No final da coletiva, o ídolo Zé Roberto pediu a palavra para homenagear Edu Dracena e fez o zagueiro chorar de emoção:

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Zé Roberto finalizou a coletiva de despedida de Edu Dracena do futebol e emocionou a todos na Academia! Assiste aí!

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Matão, domingo pela manhã. 1999. Beto Zini preside o Guarani. Pede na nossa cabine de TV para chamar o estreante zagueiro do seu time que enfrenta a Matonense de Eduardo Luís. E não "Edu Dracena" como foi passado na escalação. "Edu Dracena não é nome de zagueiro". Não?
Pergunte ao torcedor bugrino. Ao do Olympiacos. Do Cruzeiro da tríplice coroa de 2003. Do Fenerbahçe. Do multicampeão Santos de Neymar. Do Corinthians campeão de 2015. Do Palmeiras campeão de 2016. De novo campeão de 2018. Com o seu primeiro gol depois de 107 jogos marcado contra o Santos. Na meta à frente da viúva de Vagner Bacharel. Ela voltou ao estádio pela primeira vez desde a partida do marido, em 1990.
Um gol de cabeça como Bacharel. Um gol de Edu Dracena que jogou muito. Ganhou os títulos que Bacharel não conseguiu pelo Palmeiras. Talvez não tenha em verde a mesma idolatria. Como Bacharel merece muito mais do muito que já tem.
A vida é assim. Nem sempre justa. Mas estas linhas ainda são poucas pra fazer justiça pelo zagueiro que é Edu de Dracena para o mundo da bola. Como foi Bacharel. Meus ídolos não só pelo que nos defenderam. Mas pelo caráter com que defenderam sua profissão como a nossa zaga.
O Eduardo Luís que bateu o pé tão firme como a bola que zagueirou não só emplacou o nome que queria. Ganhou quase tudo zagueirando e honrando o nome dele e da cidade onde cresceu.
E como cresceu.
A ponto de ser respeitosa referência e ter a reverência de todos os clubes em que jogou. Mesmo rivais diretos.
Edu não sai de cena porque não gosto de rima. Edu Dracena porque adoro quem nos defende por baixo e por cima.
Eduardo Luís, se eu soubesse que você seria tudo isso há 20 anos, naquela transmissão pela Band, eu já teria te chamado pelo nome de guerra e de garra, de raça e de classe.
Como eu não sabia, só quero dizer que foi uma honra trabalhar nos seus jogos. Uma alegria gritar campeão com você.

Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Edu é Dracena por agradecimento ao lugar onde nasceu. Onde começou a desarmar as dificuldades de quem vem do interior e sonha ganhar o mundo pela bola. Eduardo virou Edu para ser mais simples. Virou Edu por ser tão querido por tanta gente. Começou no Guarani, em Campinas. Mais de 500 quilômetros para percorrer por quem sempre cortou caminho em campo. A elegância como característica. Algo raro para um zagueiro.

Encerra a carreira o Edu do Cruzeiro. Campeão de tudo em 2003. O suporte para Gomes. A saída de jogo de um time fantástico. Um grupo que jamais será esquecido. Era por Edu que as jogadas começavam. Era em Alex que a bola encontrava refúgio. Foi através da perna esquerda do camisa dez que a história foi escrita. Gol de cobertura, de fora da área, de letra. Passe para Deivid e Aristizábal. Dracena fez o Cruzeiro ser mais azul. O Cruzeiro que anda no vermelho. Edu era a voz de Luxemburgo. Era o grito do professor. O posicionamento.

Para de jogar o Edu do Santos. Que deu bronca em Neymar. Que encarou a maior joia do futebol brasileiro. Que abraçou o craque. Que levantou a taça da América depois de muito tempo. Ídolo eterno na Vila. Respeitado por todos os lugares em que passou. Encerra o ciclo o dono da faixa. O parceiro do Durval. O ponto de segurança da molecada plástica e brilhante. O ponto de equilíbrio de um time deliciosamente desequilibrado. Show atrás de show. Desarme e passe. Quase nunca chutão.

Sai de cena quem nunca abandonou suas convicções.

Apito final para o Dracena do Corinthians. Que poderia ter jogado mais. Mas que não reclamou. Ficou quieto no banco. Sem chiar, sem falar mal, sem cochichar. O Edu que aconselhou todo mundo no Parque São Jorge. Respeitado por Tite. Campeão brasileiro em 2015. Um capítulo sem tantas letras, mas poucas palavras resumem alguém vitorioso.

Diz adeus o Edu palmeirense. O parceiro de Mina e Gustavo Gomez. O professor dos meninos que sonham jogar o que jogou o Dracena. A experiência com Fernando Prass e Jaílson. Os anos na conta. Acabam as entrevistas calmas, as explicações lúcidas, a luz que os microfones procuram. Deixa o palco o protagonista discreto. O mocinho moderado. O herói modesto. O campeão comedido e cauteloso. Edu encerra seu ciclo sendo respeitado e querido por todos os clubes que passou. Finaliza como sinônimo de título. Virou marca.

Calando quem não acreditou nele quando veio.

Mas sem ter essa pretensão vaidosa. Calando em campo. Calando como desarma.

Calando sem fazer esforço.

Os narradores não dirão mais seu nome. Ficará um buraco.

Edu transformou a lealdade em padrão.