Arquivos Especial BR-72 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/especial-br-72/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Thu, 23 Jul 2020 17:26:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Há 1 ano, Palmeiras fazia sua melhor apresentação na terceira ‘Era Scolari’ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ha-1-ano-palmeiras-fazia-sua-melhor-apresentacao-na-terceira-era-scolari/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/ha-1-ano-palmeiras-fazia-sua-melhor-apresentacao-na-terceira-era-scolari/#respond Mon, 18 May 2020 14:42:23 +0000 https://nossopalestra.com.br/2020/05/18/ha-1-ano-palmeiras-fazia-sua-melhor-apresentacao-na-terceira-era-scolari/

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras 18 de maio de 2019. O Palmeiras de Felipão recebia o Santos no Pacaembu buscando uma vitória para se manter na liderança do Brasileirão do ano passado. Mais de 30 mil palmeirenses estiveram no Municipal para aquele que pra muitos foi a melhor apresentação alviverde na terceira passagem de Luiz Felipe […]

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Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

18 de maio de 2019. O Palmeiras de Felipão recebia o Santos no Pacaembu buscando uma vitória para se manter na liderança do Brasileirão do ano passado. Mais de 30 mil palmeirenses estiveram no Municipal para aquele que pra muitos foi a melhor apresentação alviverde na terceira passagem de Luiz Felipe Scolari pelo clube.

O Palmeiras dominou o Santos de Sampaoli e aplicou uma goleada impiedosa por 4 a 0.

Se não fosse a trave e o goleiro Vanderlei, o placar poderia ter sido até mais elástico. Foi um verdadeiro atropelo ao melhor estilo Scolari: alta intensidade na transição ofensiva e muita força na bola aérea.

Gustavo Gómez, Deyverson, Raphael Veiga e Hyoran marcaram os gols do Verdão naquela noite de sábado.

Mas o grande nome do Palmeiras no jogo foi Dudu. O camisa 7 deu três assistências para gol e só não fez chover na partida que colocou o até então atual campeão brasileiro, na liderança isolada da tabela com 13 pontos.

Relembre como foi a partida:

Após aquela partida, a equipe de Felipão ainda somou 12 pontos nos quatro jogos que restavam na tabela até a parada para a Copa América, fazendo o torcedor se iludir bastante de que era possível o time conquistar o bicampeonato brasileiro. Mas o que vimos após a pausa no calendário foi um time irrenconhecível daquele das nove primeiras rodadas.

Felipão não suportou a pressão após as eliminações da Copa do Brasil e da Libertadores, e caiu do comando técnico após sofrer a sua pior derrota nessa terceira passagem pelo clube. Os 3 a 0 para o Flamengo no Maracanã.

O comandante do Deca fez ao todo 77 partidas com o Palmeiras em um pouco mais de um ano de trabalho. Foram 46 vitórias, 21 empates e 10 derrotas. Com 485 jogos no banco alviverde, Felipão é o segundo técnico com mais partidas pelo Verdão, sendo superado apenas por Oswaldo Brandão, que possui 100 partidas a mais.

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Especial BR-72 – Campeão! Palmeiras 0 x 0 Botafogo https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/#respond Mon, 23 Dec 2019 15:44:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/23/especial-br-72-campeao-palmeiras-0-x-0-botafogo-2/

O Palmeiras foi campeão paulista invicto de 1972 empatando sem gols o jogo decisivo com o São Paulo, em setembro. O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1972 (perdendo apenas 4 jogos) empatando sem gols com o Botafogo, no Morumbi. O melhor time do campeonato foi também o melhor na partida única. O Botafogo do treinador […]

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O Palmeiras foi campeão paulista invicto de 1972 empatando sem gols o jogo decisivo com o São Paulo, em setembro. O Palmeiras foi campeão brasileiro em 1972 (perdendo apenas 4 jogos) empatando sem gols com o Botafogo, no Morumbi. O melhor time do campeonato foi também o melhor na partida única.

O Botafogo do treinador Leônidas não teve o goleiro Wendel, lesionado na clavícula esquerda. Cao, goleiro do clube que perdeu o último jogo do Robertão de 1969 para o Palmeiras, foi o titular. Jairzinho não estava 100%, assim como o palmeirense Dudu, com problemas no joelho.

Antes de a bola rolar no sábado à tarde, antevéspera do Natal, a polêmica começou desde a escolha do Morumbi. Apesar de o Palmeiras ter o mando de campo, o clássico ser disputado no estádio do São Paulo foi determinação da CBD. Oswaldo Brandão não gostou. "Antonio do Passo [diretor] manda na entidade. Os cariocas mandam no futebol brasileiro e fazem o que querem. Por isso escolheram o estádio do São Paulo e não o Pacaembu".

O treinador palmeirense também criticou os cartolas paulistas. "A FPF aceita tudo que vem da CBD e não faz nada".

A metralhadora de Brandão também chegava às arbitragens. Até para defender o Corinthians, eliminado na semifinal do BR-72 pelo Botafogo. "Têm muitas coincidências a favor do futebol carioca… No Maracanã, [na outra semifinal], o Sebastião Rufino não deu um pênalti claro no Sicupira [Corinthians], não marcou falta no Ado no gol da virada do Botafogo [NR: aqui não houve nada], e ainda anulou outro lance de gol legal do Corinthians".

Brandão queria Armando Marques no apito. O árbitro que o Botafogo não queria pintado de preto e branco. (E que teria má atuação na partida entre Palmeiras e Botafogo da Libertadores-73, quando mais uma vez prejudicou o time de Brandão…).

Agomar Martins foi o escolhido pela CBD. Sem a aprovação do treinador: "ano passado ele apitou muito mal um jogo nosso contra o mesmo Botafogo".

As críticas do velho mestre sobravam até para o palmeirense: "nossa torcida é fria e desinteressada. Para piorar, o jogo sábado vai pegar as lojas abertas para as compras de Natal. Seria melhor para o público e para a renda que fosse à noite".

O elenco palmeirense estava confiante. Mas atento. "Não podemos nos desesperar como no jogo contra o São Paulo quando levamos um gol e nos desorganizamos", disse o jovem craque Luís Pereira. "Mas vai dar pra ganhar".

"A derrota pro São Paulo nos abriu os olhos", disse Madurga.

Ademir da Guia também preferia o Pacaembu. "O gramado está pior do que o do Morumbi, mas nós o conhecemos melhor".

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Nei era outro que sabia que o empate bastaria. "Estou melhorando. Perdi 2 kg. Fiz o gol da classificação contra o Inter depois de perder muitos gols nos últimos jogos. Ainda estou apanhando muito dos zagueiros, mas já sei como aguentar as pancadas".

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O treinador Leônidas do Botafogo sabia sabia da força do rival, que desde 1964 não era vencido pelo clube carioca: "Palmeiras chega a irritar o adversário de como esse time sabe ficar com a bola".

O DIA DO JOGO

Clovis Rossi, escrevendo em O ESTADO DE S.PAULO, 40 anos antes de trocar o Nosso Palmeiras pelo Barcelona dele, já fazia as dele dizendo que seria muito melhor para o torneio uma final entre Palmeiras x Corinthians. E que por isso o clima não era de decisão na cidade…

Mas era preciso conter o ambiente festivo no elenco. Raul Marcel, goleiro reserva, havia se casado na terça-feita antes do empate com o Inter, no Pacaembu. Leivinha, goleador do Palmeiras no BR-72, casou na quinta-feira, com a bandeira do Palmeiras no altar, já classificado para a finalíssima.

A lua de mel seria depois da decisão de sábado, na Europa. História parecida com a de Ademir da Guia, cujas núpcias foram na véspera da conquista da Taça Brasil de 1967, no terceiro jogo contra o Náutico, no Maracanã

O Palmeiras chegava confiante e favorito ao Morumbi. O Botafogo iria a campo com dois meses de salários atrasados. (Seria campeão brasileiro em 1995 com salários atrasados em cinco meses…)

Não vieram tantos botafoguenses a São Paulo. Apesar do "milagre econômico" de 1972, não era barato o transporte. Pela Ponte Aérea custava 128 cruzeiros a passagem. O trem mais barato até São Paulo era 14 cruzeiros. Ônibus saía por 22. Ainda assim chegaram 64 ônibus cariocas.

Não era fácil chegar à época ao afastado Morumbi. No sábado à tarde, 23 de dezembro, mais difícil ainda. O Palmeiras queria jogo 21h, com o comércio ja fechado das últimas compras natalinas. Mas não houve jogo para a CBD.

Para piorar, choveu muito forte a partir das 14h. Chuva que não parou até 15h30. O que fez com que arbitragem e CBD, com anuência dos clubes, adiassem o pontapé inicial em meia hora. E ainda assim teve gente chegando depois do primeiro apito do árbitro.

Como acontecia até os anos 1980, o atraso inicial foi ainda maior. O Palmeiras só veio a campo 16h35. O Botafogo faria pior: 16h45. O time palmeirense ficou na chuva se aquecendo com o excelente preparador Hélio Maffia. Ele não deixava os atletas darem entrevistas naqueles 10 minutos para não perderem o aquecimento.

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O time carioca entrou vaiado também pelo atraso de mais de 15 minutos. As equipes então se perfilaram e ouviram o Hino Brasileiro, ainda não obrigatório nos estádios.

PRIMEIRO TEMPO

Com 50 minutos de atraso a bola rolou. O Palmeiras foi sempre melhor, administrando com inteligência e eficiência o empate que lhe dava o título pela melhor campanha na primeira fase do BR-72.

A primeira chance foi paulista. Ademir da Guia lançou Madurga que passou por Osmar (zagueiro da seleção olímpica) e chutou fora, aos 8 minutos. Aos 16, Brito (campeão do mundo pelo Brasil em 1970) salvou gol de Leivinha.

O camisa 8 e artilheiro palmeirense no BR-72 teria outra boa chance aos 32 (já com os refletores acesos desde os 25 minutos). Aos 34, ele marcou um gol, mas o lance foi anulado por impedimento de Nei.

O time carioca não conseguiu chegar à meta de Leão. Os laterais Eurico e Zeca não deram espaço para os pontas Zequinha e Ademir.
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Luís Pereira foi perfeito por cima e por baixo.

Dudu também anulou Jairzinho. Ademir da Guia foi o melhor da primeira etapa, armando e cadenciando o jogo, e também dando um pé a Dudu. Madurga e Edu (também porque orientado a acompanhar o apoio de Marinho Chagas) não foram tão bem. Nei voltou a jogar demais, driblando muito e passando várias vezes por Valtencir.

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INTERVALO

No intervalo, o torcedor José Lazarini Filho passou mal e morreu de infarto, aos 73 anos. Foi atendido no ambulatório do Morumbi.

O ex-diretor Arnaldo Tirone (pai do futuro presidente do clube) também não passou bem e foi para casa, desaconselhado a ouvir a decisão pelo rádio.

O repórter de televisão Gilberto Pereira levou um choque com o microfone e desmaiou, mas voltaria para trabalhar na segunda etapa.

SEGUNDO TEMPO

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Leônidas substituiu Ademir pelo centroavante grandalhão Ferreti. O Lobo Fischer saiu da área e foi atacar pela esquerda.

Brandão mexeu taticamente no Palmeiras. Aproximou Leivinha mais do ataque e segurou mais Madurga.

A mexida carioca criou a única chance do Botafogo na decisão. Aos 2 minutos, Zequinha enfim passou por Zeca e cruzou para Fischer chutar e Leão fazer ótima defesa.

A partida ficou mais equilibrada. E dura. Aos 12, Jairzinho deu uma entrada dura em Alfredo que caiu desacordado. Mas logo estaria de volta à zaga.

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Aos 15, Nei passou mais uma vez por Valtencir e chutou na rede lateral da meta de Cao. Brandão então mexeu no time. Ronaldo na direita no lugar de Edu para prender mais a bola. Logo depois saiu Dudu, que voltou a sentir o joelho. Zé Carlos entrou mais uma vez bem na cabeça da área.

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Aos 30, o Botafogo forçou mais. Zequinha foi para a esquerda e Fischer passou a atuar na ponta-direita. Deu na mesma. "Eu tinha certeza do título já no intervalo. Do jeito que o Palmeiras jogava e não deixava o adversário jogar, estava tudo bem encaminhado", lembra Leivinha.

O Palmeiras teve menos chances até o final. O Botafogo, nenhuma.

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Zero a zero. O melhor time do BR-72 era o campeão.

MAIS UMA FESTA

Os jogadores estavam tão felizes quanto aliviados no final. "Estávamos mortos", diz Ademir da Guia, que recebeu ainda no gramado uma coroa de "rei do Parque Antarctica", dada por um médico palmeirense. "Mas merecemos tudo isso. Ganhamos os jogos que precisávamos e empatamos quando foi necessário. Só um grande time ganha os cinco torneios que disputa como nós fizemos este ano", disse à revista PLACAR.

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Não teve nem volta olímpica no Morumbi. O time queria voltar o quanto antes para casa para a véspera de Natal no dia seguinte. Além da chuva forte que voltou e levou muita gente mais cedo ao vestiário.

"Foi meu melhor ano pelo Palmeiras. Não apenas pelas nossas conquistas. Mas pelo modo como joguei tantas partidas sem lesão. Nossa preparação física foi excelente", disse Ademir, ainda no vestiário festivo.

"Santo da casa não faz milagre", desabafava Alfredo. "Surgi no clube e fiquei três anos sendo emprestado até o Brandão confiar em mim. As mesmas pessoas que me criticavam hoje estão aqui no vestiário me elogiando".

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Luís Pereira, herói da decisão, era dos nais festejados no campo. Sem camisa, com a faixa de campeão no peito oferecida pela Rádio Tupi, dizia que o Palmeiras não deixou o rival atacar.

No vestiário vice-campeão, poucas lamentações. Apenas constatações e elogios ao campeão: "o Palmeiras foi o melhor time do campeonato e merecia mesmo ser campeão", disse Jairzinho, o Furacão da Copa-70. "Seria uma injustiça o Palmeiras perder esta final e também o campeonato". Palavras do treinador alvinegro Leônidas.

Leivinha defendia o futebol da equipe. "Não ganhamos os dois últimos jogos, mas soubemos ter humildade para jogar conforme o regulamento que nos privilegiou pela melhor campanha".

Também por não ter havido volta olímpica, a celebração pelo título nacional pareceu mais fria que a do título paulista invicto de 1972, 4 meses antes. A chuva, o sábado à noite, e as compras natalinas também explicam parte da "frieza".

Na saída do estádio, muitas buzinas pelas avenidas Giovani Gronchi, Morumbi, Oscar Americano, Rebouças e Nove de Julho. A Rua Augusta parou. Também pelas compras natalinas.

No clube, como de costume, sistema de som do estádio tocando o hino do clube. Chope à vontade. César Maluco de terno branco comandando a festa com a bateria da escola de samba Camisa Verde e Branco.

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A única preocupação da diretoria era renovar o contrato de Brandão, que vencera na véspera da decisão. Como parecia que tudo já estava definido antes mesmo de a bola rolar. O Palmeiras teve 10 pontos a mais do que o vice Botafogo. O semifinalista Inter ficou a 3 pontos do campeão.

A taça de 1m30 e 12kg da CBF ficou para o Palmeiras, oferecida por Magalhães Pinto, ex-governador mineiro, e torcedor do clube.

O Internacional pediu a anulação do jogo semifinal por entender que Ademir da Guia estava impedido no gol de empate. O processo no STJD deu em nada.

A CBD consultou Palmeiras e Botafogo se os clubes queriam participar da então deficitária Libertadores da América.

Os dois representariam o Brasil no torneio em 1973.

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PALMEIRAS 0 X 0 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro/Final — Jogo Único
Sábado, 23/dezembro (tarde)
Morumbi
São Paulo (SP)
Juiz: Agomar Martins (RS)
Renda: Cr$ 649 445
Público: 58 287
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Zé Carlos) e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
BOTAFOGO: Cao; Valtencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir (Ferretti)
Técnico: Sebastião Leônidas

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Especial BR-72 – é finalista! Palmeiras 1 x 1 Internacional https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-e-finalista-palmeiras-1-x-1-internacional/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-e-finalista-palmeiras-1-x-1-internacional/#respond Fri, 20 Dec 2019 14:34:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/20/especial-br-72-e-finalista-palmeiras-1-x-1-internacional/

https://youtu.be/ZP8_Er898Ik A melhor campanha na primeira fase definiu o mando no Pacaembu. E a vantagem do empate em 90 minutos no jogo único semifinal do BR-72. Partida disputada a tapas. Um dos jogos mais violentos e polêmicos do ano todo verde. RelacionadasAbel analisa derrota em Barueri e compara Palmeiras e Flamengo: ‘Eles têm mais dinheiro’Opinião: […]

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https://youtu.be/ZP8_Er898Ik

A melhor campanha na primeira fase definiu o mando no Pacaembu. E a vantagem do empate em 90 minutos no jogo único semifinal do BR-72. Partida disputada a tapas. Um dos jogos mais violentos e polêmicos do ano todo verde.

Brandão antes do jogo via evolução clara alviverde e favoritismo paulista. "Crescemos muito neste ano em que voltei ao clube. O Palmeiras de 1971 era um time mais lento. Não marcava tão bem como agora. Não chegava junto quando era necessário. Não sabia arriscar chutes de longa distância".

Parte disso se viu desde o início contra o forte Internacional de Dino Sani. Time que seria nos dois anos seguintes semifinalista do Brasileirão até conquistar os títulos de 1975 e 1976.

As duas equipes bateram demais. O zagueiro Pontes deu várias entradas duras em Leivinha. O goleiro Schneider fez três grandes defesas no primeiro tempo.

Foi o Inter que foi mais feliz no placar. Aos 25, Bráulio tocou para o volante Tovar arriscar da meia direita, de sem-pulo. A bola quicou na frente de Leão que aceitou. 1 a 0 Inter.

Os quase 50 mil palmeirenses no Pacaembu ficaram ainda mais nervosos. Brandão gritou demais para o sistema defensivo não se desorganizar como na derrota para o São Paulo por 2 a 0, na fase anterior.

Aos 46, bola na mão discutível do zagueiraço chileno Figueiroa dentro da área. Arnaldo César Coelho mandou seguir o jogo.

Dino trancou mais o Colorado com Carbone (treinador do Palmeiras em 1986) no lugar de Bráulio. Brandão também mudou o time no intervalo. Quis uma equipe mais agressiva com o atacante Fedato no lugar de Madurga. A torcida não gostou. O meia argentino estava bem na partida.

Para piorar, aos 22, Palmeiras pressionando mas não achando o gol, Dudu sentiu o joelho direito. Brandão ousou e apostou em Ronaldo no lugar do volante.

Era só Ademir da Guia mais atrás. Leivinha recuou um pouco para armar, com Edu e Nei abertos pelas pontas, Ronaldo e Fedato enfiados por dentro. Quase um 4-1-5.

Em três minutos deu tudo certo. E com o Divino também lá na frente: Edu cortou por dentro e bateu de canhota a bola que sobrou para Ademir da Guia dominar e chutar na trave esquerda de. A bola passou por trás do goleiro gaúcho até aparecer Nei e empatar, aos 25.

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FOTAÇA DE MANOEL MOTTA

Reclamação colorada. Dino diria depois que o "Inter merecia vencer porque fomos roubados no gol de empate. Ademir estava impedido no lance".

O assistente Rubens Maranho que deu a condição legal (que pelas imagens de TV não tem como precisar) quase foi agredido no final do clássico.

"Esse bandeirinha tá no esquema do Brandão! Ele e o Arnaldo. A CBD armou tudo para o Palmeiras. Eles jogaram as três partidas em casa".

No dia seguinte, o Inter protocolou um pedido de anulação da partida pela validação do gol discutível. Não deu certo no TJD.

No vestiário classificado, a análise era outra. Mais parecida com a da imprensa – e também com a de Figueiroa, que disse que o Palmeiras "mereceu vencer o jogo" (para irritação dos cartolas colorados): "o Palmeiras criou mais chances, jogou melhor e merecia vencer. Só não ganhou por minha causa, na falha do gol do Inter", disse Leão.

Schneider saiu com todos os prêmios de melhor em campo. Ele e Figueiroa, que deu pouco espaço a Leivinha. Nei foi o melhor palmeirense. Não apenas pelo gol, mas pelo que entortou o lateral Cláudio. "Estava perdendo muitos gols nos outros jogos e também perdendo a confiança. Esse gol veio na hora certo para mim e para todo o time que está de parabéns".

O Palmeiras faria a grande decisão contra o Botafogo, que eliminara o Corinthians também pela ajuda de péssima arbitragem. Pela melhor campanha, o Verdão jogaria em casa, também com a vantagem do empate.

PALMEIRAS 1 X 1 INTERNACIONAL
Campeonato Brasileiro/Fase Semifinal
Quarta-feira, 20/dezembro (noite)
Pacaembu
São Paulo (SP)
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 472 187
Público: 47 822
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Ronaldo) e Ademir da Guia; Edu, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Tovar 25 do 1º; Nei 25 do 2º

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Especial BR-72 – Time de chegada! Palmeiras 3 x 0 Coritiba https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/#respond Mon, 16 Dec 2019 13:47:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/16/especial-br-72-time-de-chegada-palmeiras-3-x-0-coritiba/

https://youtu.be/ufJtoMWv3WE Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar". RelacionadasPalmeiras tem Allianz Parque como trunfo para buscar título do Paulistão contra SantosPalmeiras defende posto de ‘pedra no sapato’ entre brasileiros diante do Independiente del ValleComo assistir ao jogo entre Palmeiras x Flamengo pelo […]

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https://youtu.be/ufJtoMWv3WE

Manchete da FOLHA DE S.PAULO (e parecia mais do São Paulo Futebol Clube…): "São Paulo, campeão hoje – se ganhar".

Nem para a semifinal estava classificado! Mas era o grande favorito. Jogava pelo empate no Maracanã contra o já eliminado América. O time de José Poy vencera Palmeiras e Coritiba, que fariam o jogo na mesma hora daquele sábado à noite, no Palestra vazio pela torcida alviverde que já parecia ter jogado a toalha. Pouco mais de 8 mil pagantes… E, no Rio, nem 4 mil…

De fato, mesma "hora" numas… Brandão entrou atrasado e o Palmeiras começou o jogo 20 minutos depois da partida iniciada no Maracanã, às 21h. O campeão paulista de 1972 tinha que vencer o ótimo e ainda vivo Coritiba e torcer pelo América sem animação e sem torcida pelo radinho de pilha.

Brandão não tinha Luís Pereira e Zeca 100%. Mas a diretoria e torcedores alviverdes tinham dado um jeito de animar os americanos. Especulava-se uma mala branca de 5 mil cruzeiros a cada jogador carioca pela vitória necessária no Maracanã.

Desde o início o Palmeiras atacou o ótimo time Coxa-Branca (que vencera o primeiro duelo na primeira rodada do BR-72), mas que tinha 4 desfalques no Palestra. A ordem de Brandão era esquecer o Maracanã e focar no jogo.

Foi atendida. O gol saiu aos 27 minutos. Ronaldo saiu da direita e cruzou da esquerda. Ademir da Guia escorou de cabeça para Leivinha fazer o mesmo. 1 a 0.

O Palmeiras seguiu em frente e mandou duas bolas na trave. Na segunda etapa, a mesma pressão até 15 minutos, quando o velho Palestra explodiu como poucas vezes com o anúncio do sistema de som: Mauro marcava na falha de Sérgio Valentim. América 1 x 0 São Paulo. Os placares combinados que levavam ao empate em pontos com o rival e à classificação pela melhor campanha na primeira fase.

A festa prosseguiu por mais 10 minutos até o segundo gol. Madurga abriu para Nei puxar o contragolpe pela direita e levantar para Leivinha marcar mais um.

Aos 44, quando a torcida mal prestava atenção no jogo porque o São Paulo já havia perdido a partida e a classificação no Rio, Leivinha foi ao fundo e cruzou de canhota para Luís Pereira marcar de cabeça.

Palmeiras classificado para a semifinal contra o Internacional.

PALMEIRAS 3 X 0 CORITIBA
Competição: Campeonato Brasileiro/Fase Semifinal
Data: sábado, 16/dezembro (noite)
Estádio: Parque Antártica
Cidade: São Paulo (SP)
Juiz: Luís Carlos Félix (RJ)
Renda: Cr$ 66 617
Público: 7 052
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu (Ronaldo), Madurga, Leivinha e Nei
Gols: Leivinha 27 do 1º; Leivinha 25 e Luís Pereira 40 do 2º

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Especial BR-72 – ainda no páreo: Palmeiras 3 x 1 América-RJ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/#respond Fri, 13 Dec 2019 13:30:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/13/especial-br-72-ainda-no-pareo-palmeiras-3-x-1-america-rj/

Na preleção do último treino antes do jogo contra o América, quando o Palmeiras tinha que vencer a equipe carioca no Pacaembu e torcer contra o São Paulo na partida com o Coritiba, Oswaldo Brandão tentou chacoalhar o elenco: "ninguém aqui perdeu nada no chão para ficar olhando pro gramado. Vamos levantar a cabeça e […]

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Na preleção do último treino antes do jogo contra o América, quando o Palmeiras tinha que vencer a equipe carioca no Pacaembu e torcer contra o São Paulo na partida com o Coritiba, Oswaldo Brandão tentou chacoalhar o elenco: "ninguém aqui perdeu nada no chão para ficar olhando pro gramado. Vamos levantar a cabeça e jogar o futebol que nos fez o melhor time da primeira fase".

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Edu seguiria fora do time. Agora por causa de um problema gripal. Brandão relacionou o novo reforço: o meia-atacante Manfrini, que acabara de chegar da Ponte Preta.

O América perdera no domingo no Paraná para o Coritiba. Também tinha que vencer o Palmeiras na primeira partida da rodada dupla: 19h30 seria o primeiro confronto no Pacaembu. 21h30 o jogo de fundo, entre São Paulo e Coritiba.

Também por isso o Palmeiras não esteve efetivamente em casa. Muitos são-paulinos chegaram cedo ao estádio e torceram muito pelo Coritiba. Nervoso e afobado, o Palmeiras demorou a se acertar. Perdeu duas boas chances com Nei. Mas abriu o placar aos 14, com Ademir, que se aproveitou de falha do zagueiro Alex, e bateu firme na saída de Alberto, depois de ótimo passe de Ronaldo.

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O América só chegou com algum perigoso nos 15 minutos finais da primeira etapa. Dudu não deixava Edu Coimbra, maior craque da história do clube, armar. Tanto que foi substituído.

Na segunda etapa, o Palmeiras seguia errando passes acima da média. Mas, aos 12, a zaga carioca errou ainda mais depois de cruzamento de Zeca e Ronaldo ampliou, de cabeça. Aos 23, lance pela direita, de Eurico para Leivinha vencer Alberto, em brilhante cabeçada do camisa 8.

Aos 35, Mauro diminuiu para o América, em rebote dado por Leão. A torcida do São Paulo fez festa, mesmo com a vitória palmeirense. Porque no jogo de fundo, contra o Coritiba, o time de Poy fez o dever de casa: 2 a 0 no Coritiba.

O rival só precisava empatar com o já eliminado América, no Maracanã, para se classificar para as semifinais do BR-72.

PALMEIRAS 3 X 1 AMÉRICA-RJ
Campeonato Brasileiro/Segunda fase
Quarta-feira, 13/dezembro (noite)
Pacaembu
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 379 672
Público: 40 441
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Ademir da Guia 14 do 1º; Ronaldo 12, Leivinha 22 e Mauro 34 do 2º

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Especial BR-72 – deu tudo errado: São Paulo 2 x 0 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/#respond Tue, 10 Dec 2019 13:20:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/10/especial-br-72-deu-tudo-errado-sao-paulo-2-x-0-pal/

Jogo 26 https://youtu.be/jbF3G_kmqXc RelacionadasPalmeiras e São Paulo vivem cenários parecidos antes de encontro pelo BrasileirãoPalmeiras inicia preparação para enfrentar São Paulo, e Flaco López afirma: ‘Feliz em estar ajudando’Abel Ferreira reencontra rival que mais enfrentou pelo PalmeirasComeçava a segunda fase do BR-72. Dos 26 clubes iniciais sobravam 16. O Palmeiras teria que liderar o grupo […]

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Jogo 26

https://youtu.be/jbF3G_kmqXc

Começava a segunda fase do BR-72. Dos 26 clubes iniciais sobravam 16. O Palmeiras teria que liderar o grupo formado por Coritiba, São Paulo e América do Rio para seguir adiante, até a semifinal, em quadrangular em um turno só.

Por ter a melhor campanha na fase inicial, o Palmeiras faria mais jogos em casa. Mas quem determinava os mandos era a CBD. Para o primeiro Choque-rei da fase, a entidade escolheu o Morumbi. Campeão paulista pelo São Paulo em 1971, Brandão acatou o local. Mas não gostou: "fica tudo mais tranquilo para eles. O São Paulo se concentra no próprio estádio. Nós temos que chegar de ônibus ao Morumbi. Eles têm essa vantagem".

Mesmo suspenso, César Maluco estava confiante. Pediu aos repórteres que mandassem avisar o palpite dele: "pode anotar. Vai dar Verdão na cabeça".

Não deu. São Paulo 2 x 0. Apenas a quinta derrota do time em 1972. Mas numa péssima hora. O melhor ataque do BR-72 superou a melhor defesa do torneio.

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Brandão optou pela volta de Ronaldo à ponta-direita. Edu vinha muito bem, mas não gozava de total confiança do treinador. Ronaldo perdera a titularidade apenas por ter ido a Minas ao enterro da mãe.

O Palmeiras começou melhor e teve ótima chance com Leivinha no primeiro minuto, mas o camisa 8 cabeceou fora depois da saída precipitada de Sérgio. Leiva também armou o melhor lance de ataque alviverde, aos 22, quando foi ao fundo pela direita e bateu pra trás. Corta-luz duplo de Ademir e Madurga deixou a bola para Nei bater forte e Forlán desviar, sobre a linha.

O craque uruguaio e artilheiro do BR-72 Pedro Rocha era o mais perigoso são-paulino. Mas na primeira etapa pouco pôde contra Ademir, enquanto Dudu tomava conta de Zé Carlos. No segundo tempo, Nei fez a melhor jogada do Choque-Rei. Depois de driblar espetacularmente Arlindo, bateu fraco nas mãos de Sérgio, aos 5. O excelente ponta-esquerda vinha perdendo muitos gols.

O Palmeiras não se acharia mais depois. Madurga não teve moleza contra Edson Cegonha (volante que seria campeão brasileiro pelo Palmeiras em 1973). O jogo cheirava a mais um empate sem gols em 1972 até o primeiro Choque-Rei ter um golaço de Roberto Dias. O craque tricolor mandou um balaço de falta (inexistente de Ronaldo em Paraná) da intermediária, a quase 40 metros. O problema para Leão é que o goleiro mandou abrir a barreira. Não sem razão, entendia que ela servia como referência para o chute do zagueiro rival. Não houve problema para Dias. O tiro forte e rasteiro venceu no canto direito o goleiro alviverde, que pulou tarde, aos 21 do segundo tempo.

O Palmeiras se lançou à frente, mas abusou do chuveirinho. Pio não entrou bem no lugar de Nei. Ronaldo esteve apagado na ponta-direita. O São Paulo foi mais feliz no contragolpe. Aos 41, Rocha gingou bonito para cima de Ademir e lançou Everaldo, que desviou para Paraná cruzar a bola na cabeça de Terto. 2 a 0 São Paulo. Eram quatro tricolores contra apenas dois palmeirenses. O melhor time do BR-72 tinha entrado em parafuso.

O Palmeiras teria que vencer América e Coritiba e também torcer contra o São Paulo. O técnico Oswaldo Brandão ainda acreditava. "Fomos os melhores da primeira fase. Ainda temos mais dois jogos. É só fazer o que sabemos. Não podemos nos desesperar como fizemos no clássico. Tomamos um gol e tentamos empatar de qualquer jeito e acabamos levando o segundo gol".

José Poy, mítico goleiro tricolor e supervisor do clube que virou treinador desde a demissão de Vail Mota, mantinha a humildade. "Ganhamos de uma grande equipe, mas ainda não ganhamos nada. Claro que agora só dependemos de nós nos próximos dois jogos para chegar até a semifinal".

SÃO PAULO 2 x 0 PALMEIRAS Campeonato Brasileiro/Segunda fase
Domingo, 10/dezembro (tarde)
Estádio: Morumbi
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 40 314
Público: 42 010
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Roberto Dias 21 e Terto 41 do 2º

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Talibancada intolerante https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/talibancada-intolerante/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/talibancada-intolerante/#respond Tue, 03 Dec 2019 21:27:55 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/03/talibancada-intolerante/

Amigo do meu irmão um dia foi ao Morumbi ler um livro durante o jogo do São Paulo. 1984 – o ano, não o filme. Ficou lá sem ser importunado. O senhor de 67 anos que se trajou para ler Marx no Allianz Parque até ser convidado a se retirar pela ação de torcedores que […]

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Amigo do meu irmão um dia foi ao Morumbi ler um livro durante o jogo do São Paulo. 1984 – o ano, não o filme. Ficou lá sem ser importunado.

O senhor de 67 anos que se trajou para ler Marx no Allianz Parque até ser convidado a se retirar pela ação de torcedores que se acham mais torcedores e censores do que outros é mais uma prova da intolerância apedeuta das talibancadas contaminadas pelas redes sociais. Dos mesmos criadores de outros intolerantes que, no mesmo dia, expulsaram dois torcedores que não vestiam a camisa do clube e não se manifestavam como "torcedores" (SIC) em infeliz jornada de torcida única como a sinapse comprometida.

O futebol está cada vez mais parecido com a vida.

Em sua pior acepção.

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Especial BR-72 – melhor campanha: ABC 2 x 2 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-melhor-campanha-abc-2-x-2-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-melhor-campanha-abc-2-x-2-palmeiras/#respond Tue, 03 Dec 2019 03:22:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/12/03/especial-br-72-melhor-campanha-abc-2-x-2-palmeiras/

"Sei o que estou fazendo poupando quatro titulares nestes jogos finais fora de casa. Precisamos descansar o Ademir, Leivinha, Luís Pereira e Ronaldo. Preciso deles na melhor forma para as próximas fases. O critério de desempate lá no final é a melhor campanha no campeonato. Vamos buscá-la para termos vantagem na semifinal e final". Amém. […]

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"Sei o que estou fazendo poupando quatro titulares nestes jogos finais fora de casa. Precisamos descansar o Ademir, Leivinha, Luís Pereira e Ronaldo. Preciso deles na melhor forma para as próximas fases. O critério de desempate lá no final é a melhor campanha no campeonato. Vamos buscá-la para termos vantagem na semifinal e final".

Amém. Deu tudo certo. O Palmeiras seria campeão do BR-72 com dois empates nos últimos jogos. Vantagem obtida que garantiu o título. Como queria e planejou Oswaldo Brandão, que havia recusado o convite para treinar o Paraguai para as Eliminatórias para a Copa de 1974.

Contribuiu para a grande campanha a defesa menos vazada do BR-72 e o segundo melhor ataque da competição. Luís Pereira disse que, desse jeito como estava o time pouco antes de acabar a primeira fase, o Palmeiras acabaria campeão. Apesar da qualidade dos principais rivais que ele elencou: "Internacional, Cruzeiro, Corinthians e Santos". Leivinha concordava: "se der a lógica, faremos a final contra o Santos".

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Ronaldo queria uma decisão contra o São Paulo. "Ganhamos deles no Paulista, mas ainda não saímos do zero a zero em quatro clássicos". Ademir parecia o menos confiante: "agora é outro campeonato. Tudo vai mudar. Precisamos manter a regularidade e jogarmos ainda melhor".

Contra o ABC, em Natal, o primeiro tempo foi truncado. O time potiguar se fechou para não ser goleado. Como parecia que seria com menos de 10 minutos na segunda etapa. Zé Carlos deu o bote e recuperou a bola do primeiro gol, a 1 minuto, que marcaria de cabeça. Aos 9, Madurga tabelou com Fedato e ampliou, chutando a bola que bateu ainda na trave.

O Palmeiras resolveu administrar. Mas desta vez se deu mal. Alberi diminuiu aos 20. Ele bateu pênalti que Leão deu rebote, e ele mesmo aproveitou. Aos 36, o artilheiro escapou pela esquerda, passou pelo goleiro e cruzou para Libânio dividir com Eurico, que acabou marcando contra.

Grande festa do ABC pelo empate. Irritação de Brandão pelo resultado. Mas muito trabalho para a próxima fase do BR-72. O melhor time do campeonato era o rival a ser batido.

ABC 2 x 2 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Domingo, 3/dezembro (tarde)
Castelão
Natal (RN)
Juiz: Manoel Amaro de Lima (PE)
Renda: Cr$ 91 001
Público: 26 248
PALMEIRAS: Leão; Eurico, João Carlos, Alfredo e Zeca; Dudu e Zé Carlos; Edu, Madurga, Fedato e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Zé Carlos 2, Madurga 8, Alberi (pênalti) 20 e Eurico (contra) 36 do 2º

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Especial BR-72 – sem poupança: Ceará 0 x 3 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/espwfial/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/espwfial/#respond Sat, 30 Nov 2019 02:58:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/30/espwfial/

Mais uma grande vitória palmeirense no Nordeste. E sem quatro titulares poupados por Brandão. "O problema não é o número de partidas. São as muitas viagens em longas distâncias com pouco tempo de intervalo entre os jogos", disse o armador argentino Madurga. Quem estava encantado com o Palmeiras era o ex-treinador da Seleção. João Saldanha […]

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Mais uma grande vitória palmeirense no Nordeste. E sem quatro titulares poupados por Brandão. "O problema não é o número de partidas. São as muitas viagens em longas distâncias com pouco tempo de intervalo entre os jogos", disse o armador argentino Madurga.

Quem estava encantado com o Palmeiras era o ex-treinador da Seleção. João Saldanha era colunista de O GLOBO. E adorava ver a Segunda Academia atuar no BR-72: "O Palmeiras tem um meio-campo que joga por música. Ademir e Dudu já estão tão entrosados que adivinham erros e acertos um do outro".

Saldanha foi o primeiro a convocar Leão para a Seleção, em 1969, com apenas 19 anos. "Tem um goleiro que cada dia está mais experiente e uma linha de zagueiros altamente categorizada. O Luís Pereira sabe muito".

Sobravam elogios para o ataque, mesmo sem César (que tivera sua liminar cassada e seguia suspenso por agredir um árbitro). "Leivinha correndo sempre, Edu com um chute violento e muita velocidade – que às vezes o atrapalha, porque passa da bola – e este crioulinho baixinho chamado Nei, que é capaz de dar um drible em cima de um lenço".

Saldanha também elogiou bastante Madurga. O melhor mesmo foi o que falou a respeito depois do clube: "o Palmeiras tem um timaço, por sinal tradição da casa desde que foi fundado. A luta interna do clube, que foi sempre foi um grande adversário, anda sossegada". Retrato fidedigno de sempre.

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Bola rolando no estádio Presidente Vargas, o primeiro tempo foi equilibrado. Sem o Divino, Dudu saiu um pouco mais para armar. Boa equipe o Ceará, classificada para a próxima fase, esperou um Palmeiras que só chegou mesmo na segunda etapa. Estratégia de Brandão para não desgastar ainda mais o time.

Nei fez o primeiro gol aos 3 do tempo final. Edu, aos 12, e Fedato, aos 35, garantiram mais um ótimo placar. O Palmeiras manteve com a vitória a liderança isolada do Grupo B e a geral como melhor campanha do BR-72.

JOGO 2 683
CEARÁ 0 x 3 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Quarta-feira, 29/novembro (noite)
Presidente Vargas
Juiz: Armando Marques (SP)
Renda: Cr$ 108 395
Público: 17 794
PALMEIRAS: Raul Marcel; Eurico, João Carlos, Alfredo e Zeca; Dudu (Polaco) e Zé Carlos; Edu, Madurga, Fedato e Nei (Pio)
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Nei 3, Edu 12 e Fedato 35 do 2º

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Especial BR-72 – Edu de volta: Palmeiras 4 x 1 Bahia https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/#respond Mon, 25 Nov 2019 03:21:00 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/11/25/especial-br-72-edu-de-volta-palmeiras-4-x-1-bahia/

https://youtu.be/RxB1cz7IurY Goleada e ótima atuação no Palestra. Em sua coluna em O GLOBO, João Saldanha disse que o "Palmeiras está jogando uma bola linda e vai ganhando como quem chupa laranjas, sem fazer força". RelacionadasAbel Ferreira festeja título do Paulistão e se declara para torcida do Palmeiras: ‘Dizem que sou um deles, sou mesmo’EXCLUSIVO: Presidente […]

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https://youtu.be/RxB1cz7IurY

Goleada e ótima atuação no Palestra. Em sua coluna em O GLOBO, João Saldanha disse que o "Palmeiras está jogando uma bola linda e vai ganhando como quem chupa laranjas, sem fazer força".

Méritos do elenco. E também do seu treinador. Brandão deu a letra e o tom na véspera para o Palmeiras já classificado para a próxima fase do BR-72: "quero meu time jogando sério e muito bem contra os baianos para ninguém dizer que facilitamos a vida deles só para tirar o São Paulo da próxima fase".

Ainda assim o treinador pretendia mexer mais na equipe. As longas viagens pelo país no segundo Brasileirão ampliado já desgastavam o elenco. "Só não mudo mais atletas porque a fonte de renda deles também depende dos bichos que recebem por jogo. Esses prêmios eles não querem abrir mão. Então acabo jogando muitas vezes com força máxima para não os prejudicar", explicou o velho mestre.

Sem Eurico (o mais desgastado), Alfredo (suspenso) e Ronaldo (liberado pela morte da mãe), Brandão voltou com João Carlos na lateral, Polaco na zaga e Edu mantido na ponta. Tinha jogado bem contra o São Paulo. Mandado duas bolas na trave. Só lamentava a falta de sorte: "duas na trave no Choque-Rei, mais duas na trave contra o Corinthians… Acho que posso dizer que estou com azar".

O Palmeiras, porém, tinha a felicidade de o ter de volta. Ele abriu a goleada contra o Bahia, aos 12. De falta, claro. Uma bomba da meia-esquerda que entrou no ângulo esquerdo da baliza das piscinas. Golaço. As duas que bateram na trave no clássico desta vez venceram Buttice. Goleiro que não tinha sorte contra o Palmeiras – como quase todos os rivais naqueles anos: o goleiro argentino seria o camisa um corintiano na decisão do SP-74, quando o rival completou 20 anos de fila sem títulos.

O Bahia tentou buscar o empate depois do gol e concedeu espaços ainda mais generosos atrás. Em mais uma bela ação combinada entre Ademir e Nei, o Divino avançou pela esquerda e deu para Madurga aparecer livre para ampliar, aos 32.

Até Dudu faria o dele, aos 14, chutando de fora da área uma bola que desviou na zaga tricolor. O zagueiro Roberto Rebouças diminuiu de penalti cometido por Luís Pereira, aos 21. Nei fechou a conta. 4 a 1, aos 40, depois de boa enfiada de Madurga para Fedato, que se atrapalhou com a bola que bateu na trave, ele pegou o rebote e bateu para o ponta completar.

PALMEIRAS 4 X 1 BAHIA
Campeonato Brasileiro/Primeira Fase
Sábado, 25/novembro (tarde)
Palestra Italia
Juiz: José Luís Barreto (RS)
Renda: Cr$ 100 940
Público: 10 815
PALMEIRAS: Leão; João Carlos, Luís Pereira, Polaco e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Madurga, Leivinha (Fedato) e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Edu 12 e Madurga 32 do 1º; Dudu 14, Roberto Rebouças (pênalti) 21 e Nei 40 do 2º

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