Foto: Cesar Grecco (AG. Palmeiras/ Divulgação)

A demissão do técnico Luiz Felipe Scolari, na noite dessa segunda-feira, gerou uma série de posts por parte do elenco palmeirense. Jogadores como Dudu, Felipe Melo, Luan, Willian Bigode, Hyoran, Diogo Barbosa, Victor Luis, Ramires e Deyverson se manifestaram em suas redes sociais e o tom foi unânime: gratidão a Felipão e aos auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli.

Em um dos textos mais emocionados, Felipe Melo agradeceu o ex-técnico do Palmeiras pela troca de experiências e disse que, graças a Felipão, evoluiu como pessoa e como profissional:

"Obrigado, professor. Como aprendi na convivência com o senhor. Sua experiência me ajudou, e muito, a crescer como pessoa e como profissional. A vida é sempre um aprendizado, e com o senhor aprendia a cada dia. Taticamente, me ensinou muito!"

Felipe ainda se disse grato pelos momentos em que Felipão teve que ser duro:

"Aliás, todos vocês me fizeram crescer. Puxou minha orelha, quando teve que puxar. Me abraçou, quando precisou me abraçar e choramos, juntos, quando se fez necessário chorar. Muito, muito obrigado a todos vocês. Não é por acaso, professor, que o senhor é um dos maiores vencedores do futebol mundial e o treinador atual campeão do Brasil. Títulos do tamanho do seu caráter e da sua essência".

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Obrigado, professor. Como aprendi na convivência com o senhor. Sua experiência me ajudou, e muito, a crescer como pessoa e como profissional. A vida é sempre um aprendizado, e com o senhor aprendia a cada dia. Taticamente, me ensinou muito! Tinha o sonho de voltar ao Brasil, para uma grande equipe, e conquistar mais um título importante na carreira, e o senhor, junto com o Carlão e o Paulo Turra, comandou o grupo que proporcionou esta conquista. Aliás, todos vocês me fizeram crescer. Puxou minha orelha, quando teve que puxar. Me abraçou, quando precisou me abraçar e choramos, juntos, quando se fez necessário chorar. Muito, muito obrigado a todos vocês. Não é por acaso, professor, que o senhor é um dos maiores vencedores do futebol mundial e o treinador atual campeão do Brasil. Títulos do tamanho do seu caráter e da sua essência. O senhor deixa o clube, mas seu nome jamais deixará de ser forte na história do Palmeiras. Um forte abraço e até breve. #professorFelipao #PauloTurra #Carlao #OBRIGADO

Uma publicação compartilhada por felipe (@felipemelo) em 2 de Set, 2019 às 6:37 PDT

O zagueiro Luan também agradeceu pelo aprendizado com o ex-comandante:

"Uma das pessoas mais incríveis que ja conheci. Obrigado por tudo que fez por mim e por nós. Lembrarei com carinho de todos os momentos que passamos juntos!

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Serei eternamente grato ao Senhor, Professor! Uma das pessoas mais incríveis que ja conheci. Obrigado por tudo que fez por mim e por nós. Lembrarei com carinho de todos os momentos que passamos juntos! Que Deus abençoe sua vida e sua caminhada, sempre estarei torcendo por ti. Obrigado, Felipão, Paulo Turra e Carlão.

Uma publicação compartilhada por Luan Garcia (@luangarciaa) em 2 de Set, 2019 às 5:38 PDT

Homem de confiança na campanha do Deca, Willian Bigode se disse honrado por ter trabalhado com Felipão e agradeceu o apoio do treinador em sua recuperação:

"Para mim, foi uma honra poder ter trabalhado e aprendido com o senhor. Você sempre esteve ao meu lado em um dos momentos mais difíceis da minha carreira. Sempre me apoiou e me deu confiança durante toda a minha recuperação! Serei eternamente grato."

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Professor, muito obrigado por esse tempo em que convivemos e vencemos juntos. Para mim, foi uma honra poder ter trabalhado e aprendido com o senhor. Você sempre esteve ao meu lado em um dos momentos mais difíceis da minha carreira. Sempre me apoiou e me deu confiança durante toda a minha recuperação! Serei eternamente grato. Parabéns por toda a sua brilhante e vitoriosa história, que continuará aonde quer que vá. Que Deus te abençoe em sua trajetória profissional e pessoal.

Uma publicação compartilhada por Willian Gomes De Siqueira (@williandubgod) em 2 de Set, 2019 às 7:34 PDT

Com seu sorriso característico e uma foto do dia da entrega da taça do Deca, Hyoran se despediu de Felipão:

"É um dos grandes nomes do nosso futebol, merece acima de tudo respeito… Obrigado pelos ensinamentos e que Deus te abençoe sempre! 🙌🏻"

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Foi uma honra ter sido treinado por você e ter sido campeão brasileiro sob seu comando no Palmeiras… é um dos grandes nomes do nosso futebol, merece acima de tudo respeito… obrigado pelos ensinamentos e que Deus te abençoe sempre! 🙌🏻

Uma publicação compartilhada por Hyoran Kaue Dalmoro (@hyoran_28) em 2 de Set, 2019 às 6:55 PDT

Diogo Barbosa, titular na lateral com o ex-comandante, se disse fã de Felipão e que a consideração pelo profissional aumentou com a convivência no Verdão:

"Obrigado por todo ensinamento diário, todas alegrias vividas juntas! Ja era um fã, depois dessa experiencia de ser treinado e poder ter conhecido a pessoa que o senhor é, aumentou ainda mais a minha admiração!"

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Obrigado por tudo professor! Eternamente grato por ter trabalhado com um dos maiores treinadores! Obrigado por todo ensinamento diário, todas alegrias vividas juntas! Ja era um fã, depois dessa experiencia de ser treinado e poder ter conhecido a pessoa que o senhor é, aumentou ainda mais a minha admiração! Que Deus o abençoe mais, o Senhor merece o melhor desse mundo!

Uma publicação compartilhada por D.B (@diogobarbosa36) em 2 de Set, 2019 às 8:36 PDT

Torcedor do Palmeiras, Victor Luis seguiu o discurso de Felipe Melo e disse que Felipão o fez melhorar como pessoa e como profissional:

"Muito obrigado por todas as experiências vividas, tenho absoluta certeza que pude evoluir ao seu comando não somente profissionalmente, mais me fez me tornar uma pessoa melhor também!! Pude realizar um grande sonho de te ver das arquibancadas trazendo títulos ao nosso PALMEIRAS, e pude me tornar um jogador a comemorar um título ao seu lado e ao seu comando!"

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Foi um enorme prazer e um grande sonho ter trabalhado, ter sido comandado por uma pessoa tão vitoriosa quanto o senhor Professor!! Muito obrigado por todas as experiências vividas, tenho absoluta certeza que pude evoluir ao seu comando não somente profissionalmente, mais me fez me tornar uma pessoa melhor também!! Pude realizar um grande sonho de te ver das arquibancadas trazendo títulos ao nosso PALMEIRAS, e pude me tornar um jogador a comemorar um título ao seu lado e ao seu comando!! Obrigado por tudo professor Felipão. Que Deus te abençoe sempre!! Obrigado Carlão e muito obrigado Paulo turra!!

Uma publicação compartilhada por Victor Luis Chuab Zamblauskas (@victor.luis16) em 2 de Set, 2019 às 9:02 PDT

Conhecido dos tempos de Seleção Brasileira, Ramires disse que Felipão estava esperando o momento certo para coloca-lo na equipe e que espera reecontrar o treinador no futuro:

"Sei que você estava preparando as melhores condições de começar a me colocar na equipe e que esse momento estava bem próximo chegar, mas pode ter certeza de que será lembrado por mim em cada uma das muitas alegrias que, se Deus quiser, eu terei vestindo a camisa do Palmeiras."

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Sei que você estava preparando as melhores condições de começar a me colocar na equipe e que esse momento estava bem próximo chegar, mas pode ter certeza de que será lembrado por mim em cada uma das muitas alegrias que, se Deus quiser, eu terei vestindo a camisa do Palmeiras. Que seja apenas um até logo e que possamos estar juntos novamente no futuro, seja no campo ou fora dele. Obrigado por tudo! Estarei sempre torcendo por você, onde quer que esteja! 😞

Uma publicação compartilhada por Rami7oficial (@rami7oficial) em 2 de Set, 2019 às 7:41 PDT

Por fim, Deyverson, contestado por suas expulsões e bancado por Felipão, agradeceu os "puxões de orelha" e os conselhos dados por Felipão e sua comissão técnica:
"Gostaria de agradecer ao professor Felipão, ao Carlão, e ao Paulo Turra, que trabalharam com a gente por esse período, por tudo que fizeram por nós. Meu muito obrigado por cada conselho dado, cada orientação, puxão de orelha, mas principalmente por todo apoio que sempre tive de vocês! Ficarão marcados para sempre na minha vida!"

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Hoje se encerra um ciclo, de grandes profissionais que nós, atletas do Palmeiras, tivemos a honra de fazer parte. Gostaria de agradecer ao professor Felipão, ao Carlão, e ao Paulo Turra, que trabalharam com a gente por esse período, por tudo que fizeram por nós. Meu muito obrigado por cada conselho dado, cada orientação, puxão de orelha, mas principalmente por todo apoio que sempre tive de vocês! Ficarão marcados para sempre na minha vida! Sou eternamente grato por ter convivido com vocês, grandes profissionais e grandes seres humanos! Fica aqui novamente meu muito obrigado.

Uma publicação compartilhada por Deyverson Oficial (@deyversonoficial) em 2 de Set, 2019 às 9:05 PDT

Além dos nove jogadores citados, São Marcos e Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, também se manifestaram sobre a demissão de Felipão.

O goleiro criticou a demissão do treinador:
"Foi o último que defendeu nossas cores com mais amor e menos profissionalismo, a cada dia, o DNA Palmeiras no coração vai ficando no passado!"

Já Nobre, em sua conta no Twitter, agradeceu Felipão pelo trabalho e por suas conquistas no Palmeiras:
"Nos títulos da Copa do Brasil de 2012 bem como no Brasileirão de 2018, o seu peso na conquista foi simplesmente fundamental! Boa sorte e nosso eterno respeito!"

Mano Menezes, ex-treinador do Cruzeiro, assumirá o posto de Felipão. O anúncio da contratação deve ser feito nesta terça-feira.

(Foto: Cesar Grecco)

O zagueiro Luan chegou ao Palmeiras na temporada passada. Se recuperando de uma lesão, o jogador não pôde estar em muitos jogos em 2017. Ao todo no Palmeiras, são 45 jogos e quatro gols.

A sua saída de bola, inteligência e bom jogo aéreo ajudaram na conquista do décimo título brasileiro. Formando dupla na zaga com o Gustavo Gomez, Luan foi campeão com o Verdão na casa dele, em São Januário, lugar em que foi criado e moldado para o futebol.

Elogiado e com a confiança do Felipão desde a chegada do técnico, o camisa 13 ganhou espaço no time e voltou a jogar bem. Em cada bola que tirou da grande área, ajudou o time a alcançar a marca de 23 rodadas sem perder. E, ainda, no final do Campeonato o zagueiro resolveu marcar gols. Marcou o último contra o Fluminense e marcou o primeiro contra o América-MG que tinha tudo para ser o jogo do Deca.

Não foi naquele jogo, mas o Deca veio e Luan, obrigada por cada defesa. Obrigada por esse título. Que ano que vem seja tão bom quanto esse.

Foto: César Greco

O Dudu era um garoto alucinado pelo Palmeiras que foi pego pela TV chorando demais numa dolorida eliminação. Poderia ser o camisa 7 perdendo a cabeça e o peito no árbitro na final do SP-15. Mas era o Dudu Bugan chorando moleque de tudo no Pacaembu, depois da virada na Sul-Americana de 2010 para o Goiás de Rafael Moura. O centroavante do América que o Palmeiras não deixou chutar uma bola na meta de Weverton, nos 4 a 0 no Allianz Parque que deixou o Palmeiras a uma vitória (ou dois empates) nos dois jogos finais para ser deca.

Naquela noite perdida que parecia ganha depois da vitória em Goiânia em 2010, o Palmeiras de Felipão fizera 1 a 0 num belo gol de Luan. O mesmo camisa 11 americano no Allianz que faria parte da campanha do enea. Xará do zagueiro que deu a volta por cima no Palmeiras em 2018 e fez 1 a 0 aos 13, depois de uma bola carambolada. Sorte de campeão. Também de um time que criou 14 chances e só concedeu uma bola espirrada por Weverton na primeira etapa.

Dudu estava infernal mais uma vez. Aberto pela direita ou atrás de Willian e do centroavante, ele foi o nome do jogo como está sendo do BR-18. Deu gol a todos os companheiros. Borja isolou um gol que não se perde aos 43. Deyverson entrou no intervalo e com 34 segundos marcou impedido. Willian faria o dele aos 30. Recebendo de Dudu. Dudu que receberia a graça do terceiro golaço aos 32. Antes de receber as palmas (quando substituído) que o Palmeiras na final do BR-15 queria palmadas no menino mimado. Ou vaias em 2018 quando não estava bem e pensou (com razão) na China.

Mas o baixola cada vez maior é emoção. Como foi Deyverson que tanto usa bem a cabeça na bola (nem sempre fora dela) para fazer o quarto, aos 37. Sete minutos e três gols no plano inclinado do Gol Sul. Homenagem ao Dudu que repintou o sete na história do Palmeiras.

Dudu como o menino que chorou no Pacaembu em 2010 como vários marmanjos que viam então mais uma eliminação inexplicável de um time que não tinha futuro. E que hoje é o melhor presente que todos os Dudus merecem.

O menino cresceu. É o da foto no Allianz. Carregando no ombro como foi carregado pelo pais.

Naquela noite triste de 2010 que a Globo o flagrou e virou exemplo de dias derrotados, ele voltou a pé pra casa perto da Paulista. Era assim em derrota. Como saiu de casa no BR-16 para celebrar o enea. Quando chorou como “havia muito tempo que não chorava por futebol”.

Dudu cresceu. Cresceram. O Dudu símbolo da torcida sofrida em 2010 que agora canta e vibra e sempre sofre até quando goleia esperando o empate que o Flamengo fez vitória contra o Grêmio, no Rio. O Dudu ídolo dessa gente que corneta e teme até quando tudo parece Palmeiras. Na derrota de 2010 e na goleada de 2018.

O Palmeiras tem o Dudu valente volante das Academias que é busto desde 2016 por tudo que fez de 1964 a 1976. Teve em 2010 o Dudu Bugan como símbolo do que parecia se perder como sonho de criança de todas as idades. Mas que sabia exatamente por aquele amor em lágrimas do pequeno Dudu contra o Goiás no Pacaembu que a alma estava conquistada pro futuro que desde 2015 o gigante Dudu simboliza: a virada do jogo de se tirar o chapéu.

A angústia do torcedor palmeirense com a recuperação de Gustavo Scarpa é gigante. Nas redes sociais, basta escrever qualquer texto sobre o Palmeiras que algum torcedor pede uma atualização sobre o retorno do meia. A informação que recebi é de que o atleta está em boa recuperação sob os cuidados do Núcleo de Saúde e Performance do clube em processo que requer bastante atenção, dada a raridade da lesão no calcanhar. A expectativa é positiva para que ele inicie o processo de transição física em breve. Chegando a sua sexta semana de recuperação, existe a expectativa de que ele possa iniciar o processo de transição dentro do prazo imaginado.

Quanto ao zagueiro Luan, há chance de Felipão colocá-lo em campo no duelo contra o Sport Recife, já nesse domingo, às 18hrs, na Ilha do Retiro. Ainda se recuperando das dores, ele encontrará a delegação em Pernambuco e pode até entrar em campo dependendo de sua condição no dia da partida. Caso Luan não possa iniciar entre os onze, provavelmente ao lado de Gustavo Gómez, Felipão tem Antônio Carlos e Edu Dracena, titulares contra o Colo Colo, além de Nico Freire e Pedrão, que ainda não fizeram sua estreia pelo Palmeiras.

Em terceiro lugar no Brasileirão, o Palmeiras tem a chance de assumir a liderança no domingo, desde que o São Paulo perca para o América-MG no Morumbi e o Internacional tropece diante do Corinthians na Arena Corinthians. Para essa partida, o técnico Luiz Felipe Scolari não tem nenhum atleta suspenso.

O Palmeiras voltou de Salvador com um ponto na bagagem e uma dúvida em relação a Luan. Por conta de dores na panturrilha, o zagueiro deixou duelo contra o Bahia, na Fonte Nova, para a entrada de Antônio Carlos ainda no primeiro tempo. Como é praxe, ele seria reavaliado pelo Núcleo de Saúde e Performance do clube nessa segunda-feira, mas o atleta foi liberado por conta da triste notícia do falecimento de seu avô ainda no último domingo.

Caso os exames de Luan detectem uma lesão que o tire por ao menos uma semana de combate, Felipão pode promover a estreia de mais um atleta do elenco profissional dentro de sua gestão. O uruguaio Nico Freire e o jovem Pedrão, que ainda não disputaram nenhum jogo oficial pelo clube na temporada, brigariam por uma vaga ao lado de Gustavo Gómez, que majoritariamente disputa o Brasileirão, contra o Sport, na Ilha do Retiro, no próximo domingo. Isso porque Antônio Carlos e Edu Dracena formam a dupla de zaga das competições de mata-mata e possivelmente terão atuado no Chile, contra o Colo-Colo, na quinta-feira.

Contratado em 2017, Luan não conseguiu engrenar uma sequência até a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari, que montou duas bases diferentes de escalação para dividir entre a disputa do Brasileirão e a briga pelos campeonatos eliminatórios. Titular nos pontos corridos, Luan recuperou a confiança, o prestígio e foi até o capitão do time contra Chapecoense e Corinthians.

Eu queria que a caneta de Willian acabasse em gol no final de jogo. Ou que o jogo todo ela passasse em looping. Trocaria o gol do Deyverson (que tanto merecia o gol quanto uns 16 cartões e 18 puxões de orelha) pelo lance sensacional do Bigode num duelo de ex. Como também preferia que a jogadaça de Dudu que explodiu no travessão do ajoelhando Cássio tivesse sido o gol da vitória justa mais do que o gol que fez piscar o que deve e o que não pode.

Mas o que é mesmo justo no jogo?

Aquela cabeçada no final de Thiago Santos na decisão do SP-18 merecia ter entrado. Não deu. Talvez se tivesse sido campeão estadual, Roger Machado teria continuado – o que não seria problema. Mas certamente não teria chegado Felipão – a solução que nem ele sabe como consegue fazer tão certo no Palmeiras.

O que parece justo nem sempre é certo.
Até as críticas. Dudu foi detonado além da conta e vai pagando os débitos com belas atuações. O Deyverson que não queríamos nem pintado de verde agora é incensado em vez de incinerado mesmo com suas patuscadas. Lucas Lima se recupera. Moisés volta ao nível de 2016. Luan enfim estreia. Todo o time está bem. Seja o titular ou o alternativo, não alterna mais. Mantém-se em pé. Firme. Forte. Feliz.

Eu queria o golaço de Dudu. Eu queria outro gol no lance do Willian. Mas não podemos querer tudo na vida.

Ou podemos querer?

Claudiomiro, o Bigorna, morreu na sexta-feira. Primeiro a fazer um gol na inauguração do Beira-Rio, em 1969. Maior artilheiro colorado desde então (210 gols), terceiro maior goleador do Inter. No clássico em que o Inter o homeneageou de luto, e com o terceiro uniforme cinza "da cor do cimento" que o fez irreconhecível, as duas camisas ficaram mais parecidas do que se fossem vermelhas e verdes. Tanto que o Palmeiras voltou de branco para a segunda etapa. E seguiu muito perigoso em um jogo que terminou sem gols por méritos de um Palmeiras que não spfre gols há 9 jogos contra um Inter que não leva há 6 partidas. E que, no caso, talvez tenha ficado mesmo no zero em homenagem involuntária a Claudiomiro. Aquele que fez o primeiro gol no Beira-Rio num cruzamento de Valdomiro. Rima que era seleção e que chegou até a vestir a camisa amarela de tanto que fizeram com a vermelha e com a branca que agora virou cinza.

Mas quem foi melhor e criou mais oportunidades em Porto Alegre foi o aniversariante Palmeiras. Foi bem melhor até 40 do primeiro tempo com apenas Weverton (que não quis sair mesmo depois de ser atendido três vezes pelo médico, e uma delas com ele mesmo pedindo a troca) e Moisés (de ótima partida, inclusive sem a bola, como mais uma vez foram muito bem Thiago Santos, Gómez e Luan, e o surpreendentemente disposto Lucas Lima). Um pouco mais de capricho nas finalizações poderia ter feito a diferença. Como fez Deyverson até fora da área, com belos toques de calcanhar.

Na segunda etapa, as trocas de Odair fizeram o Inter sair mais e melhor para o jogo. Mas quem foi mais eficiente no contragolpe foi o time de Felipão, com seu futebol mais produtivo. E cada vez melhor. Criou 7 chances e condeceu apenas 3 contra o Colorado em 90 minutos. Partida para servir de exemplo para o Palmeiras até o final do ano, e para alertar o Inter das durezas do front único no BR-18.