Arquivos tag-SP-93 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-sp-93/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Fri, 21 Jun 2019 18:41:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Luís Pereira, 70 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/luis-pereira-70/#respond Fri, 21 Jun 2019 18:41:44 +0000 https://nossopalestra.com.br/2019/06/21/luis-pereira-70/

Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo. Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado. RelacionadasLuís […]

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Já contei que tive uma infância feliz como o que veio depois dela na vida. Sou sortudo com quem amo, com o que amo, com o que faço, com o que falo.

Tão feliz e afortunado que a primeira perda da minha vida foi pelo futebol. Nem foi uma derrota ou título não conquistado.

Foi uma partida. Dupla.

Eu tinha 9 anos e um dia quando Luís Pereira e Leivinha foram vendidos para o Atlético de Madrid. Exatos e incertos três anos do primeiro título que lembro. O Paulista de 1972.

3 de setembro de 1975. O fim da Segunda Academia sem Leiva e sem Luisão. 18 de agosto de 1976 o Dudu já treinava o melhor Ademir da Guia campeão paulista de 1976. Com Leão na meta, ainda Edu e Nei nas pontas. Tinham chegado Jorge Mendonça, Toninho e Rosemiro.

Mas não era a mesma coisa. Não seria. Não seríamos campeões até 12 de junho de 1993. Dia da Paixão Palmeirense. Meu primeiro documentário. Quando entrevistando Leivinha eu chorei ao lembrar 3 de setembro de 1975.

Ele chorou junto como está na foto.

Desde que tem número em camisa, no final dos anos 1940, e mesmo desde 1914, ninguém vestiu essa camisa 3 como ele. Hoje Luís Pereira faz 70 anos. Nessa década de 70 ninguém jogou mais. Até hoje também não.

Eu diria ainda mais parabéns. Além de obrigado por tudo desde que chegou do São Bento, em 1968, até a partida em 1975. Desde que voltou em 1981 até ser partido em 1984.

Mas tem tanta coisa que vi e senti com Luisão que não tenho as palavras que vou escrever na biografia que estamos fazendo. Ele foi o primeiro palmeirense que vi em campo na minha estreia, em 1973, pela fresta do portão do Pacaembu. Ele será sempre o eterno defensor que vou querer ver.

Até porque quando ele e Leivinha saíram em 1975, chorei pela primeira vez por causa do Palmeiras. Chorei pela primeira vez de saudade que eu não sabia o que era quando eles partiram.

Desde então já chorei muito pelo Palmeiras. Por muitos que partiram.

Mas só de saber que hoje meus ídolos são amigos, que eles são pessoas tão boas como foram craques, a dor daquela saudade infantil hoje é adulta nostalgia.

Eu tinha mesmo razão em lamentar a partida deles. Porque eles vão sempre jogar nos sonhos das crianças de todas as idades.

Parabéns pelos seus 70, Luisão.

Obrigado pelos nossos 104 anos de Palestra.

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12/06/1993: 25 anos que valem por 16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/#respond Tue, 12 Jun 2018 09:43:35 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/06/12/12-06-1993-25-anos-que-valem-por-16/

25 anos depois parecem menos tempo do que os 16 anos-trevas antes de 12 de junho de 1993. A vida anda mais corrida e impaciente que nossa torcida. Voltamos a ganhar quase tudo desde então. Caímos feio e levantamos lindo nesses 25 anos. Mas em 103 não teve pênalti como o de Evair. Gol como […]

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25 anos depois parecem menos tempo do que os 16 anos-trevas antes de 12 de junho de 1993. A vida anda mais corrida e impaciente que nossa torcida. Voltamos a ganhar quase tudo desde então. Caímos feio e levantamos lindo nesses 25 anos.

Mas em 103 não teve pênalti como o de Evair. Gol como o de Zinho. Vitória como aquela. Contra aqueles. Os rivais que deixamos na fila em 1974 e saímos dela em 1993. Com erros de arbitragem de fato – não de direito. Edmundo tinha de ser expulso por revidar entrada feia de Paulo Sérgio. Tonhão não tinha de ser expulso. Henrique demorou para ser expulso quando estava 1 a 0. Os quatro gols foram legais. O quinto de Edmundo foi mal anulado – pelo mesmo bandeirinha que hoje é presidente da comissão de arbitragem que conversa com árbitro em campo…

O árbitro errou para os dois lados. O lado verde da força ganhou como jamais um colosso saiu da fila: em 18 meses conquistou cinco canecos. Três deles contra o maior rival.

Como o gol de Basílio em 1977 contra a Ponte Preta, o de pênalti de Evair (o quarto) e o primeiro de Zinho fazem desta a maior data de celebração palmeirense.

Não por acaso o primeiro documentário oficial do Palmeiras (e meu e de Jaime Queiroz) é 12 de JUNHO DE 1993 – O DIA DA PAIXÃO PALMEIRENSE. Não por acaso o do Corinthians foi sobre 1977. Fila ninguém quer. Mas sair dela não tem como não querer mais. E não tem como querer algo melhor do que 1993. 60 anos depois dos 8 x 0 no Palestra. 19 depois dos “zum, zum, zum, é o 21”. 6 antes da canonização de Marcos. 7 antes daquele pênalti.

São 25 anos. E todos eles valem por aquele sábado. E até os 16 anos sem títulos valeram só pra ganhar aquele jogo. Contra aquele rival. Com o Palmeiras sendo Palestra. No Dia do nosso primeiro amor.

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Amarcord: Palmeiras 3 x 0 Corinthians, SP-86 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/#respond Sun, 08 Apr 2018 05:15:30 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/08/amarcord-palmeiras-3-x-0-corinthians-sp-86/

Quando acabou o tempo normal, antes da prorrogação em que o Palmeiras atuava pelo empate contra o Corinthians, os alviverdes berraram tanto “Justiça!” quanto o novo grito de guerra “E dá-lhe, porco!”, que a Mancha Verde, fundada três anos antes, ajudou a propagar. Nada mais justo e correto depois de uma das mais injustas e […]

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Quando acabou o tempo normal, antes da prorrogação em que o Palmeiras atuava pelo empate contra o Corinthians, os alviverdes berraram tanto “Justiça!” quanto o novo grito de guerra “E dá-lhe, porco!”, que a Mancha Verde, fundada três anos antes, ajudou a propagar.

Nada mais justo e correto depois de uma das mais injustas e erradas arbitragens do Derby. Corinthians 1 x 0 Palmeiras no jogo de ida das semifinais do Paulista de 1986: um gol mal anulado de Vagner Bacharel, uma expulsão discutível de Edu Manga, um pênalti não marcado de braço na bola do zagueiro rival Edvaldo, uma discutível posição de impedimento no início da jogada do gol corintiano. A direção palmeirense pagou bicho de vitória mesmo na derrota causada pela arbitragem de Ulisses Tavares da Silva Filho.

Era um Palmeiras de viradas de placar e humor em 1985-86. No Brasileiro do ano anterior, no Pacaembu, o São Paulo tinha um pênalti no fim do jogo. Ganhava por 4 a 3. Careca bateu no travessão, o Palmeiras foi ao ataque e empatou o jogo mais que perdido. Em 1986, o time de Carbone perdeu por 5 a 1 para o São Paulo. Mas, em seguida, ganhou do Corinthians pelo mesmo placar.

Na partida de volta da semifinal, em 27 de agosto, precisava vencer o Derby e, se preciso, até a arbitragem. No primeiro tempo, o Palmeiras foi melhor, mais uma vez. O Corinthians, com notável atuação de Casagrande, se salvava como podia.

O Palmeiras criava, mas finalizava pouco ou mal. Mandou uma bola na trave, com Ditinho, aos 22 minutos, e outra no travessão, com Eder, aos 33. Até uma falta pela meia-direita para Jorginho levantar na área, aos 42 minutos: ele cruzou no segundo pau. Diogo cabeceou de qualquer jeito, o goleiro Carlos (titular da Seleção, futuro palmeirense, em 1992) espalmou e ainda mais de qualquer jeito Mirandinha, que entrara no segundo tempo, empurrou para dentro.

Jorginho saiu correndo e se aliviou na escada do vestiário do Corinthians. Os palmeirenses que não desmaiaram ficaram sem voz e sem ar. Para muitos, o gol mais celebrado da história, pelo tempo de jogo. Para todos, mais uma vitória por todos os tempos no Derby.

Mas tinha mais! Na prorrogação, Mirandinha escapou em um contragolpe, aos 4 minutos, depois de falha de Edvaldo. Passou pelo zagueiro Paulo e bateu de canhota. 2 a 0. Ou 1 a 0 na prorrogação.

Aos 13 minutos, Éder Aleixo bateu um escanteio da ponta direita, Carlos pulou e não achou, e o gol olímpico fechou o placar. Três a zero.

Palmeiras na final do Paulista de 1986. Derrota doída para a Inter de Limeira na sequência. Mas que deixou ainda mais saboroso o Dia dos Namorados de 1993.3

Palmeiras 3 x 0 Corinthians

Paulista de 1986

Data: 27/08/1986

Local: Morumbi

Renda: Cr$ 2.919.660,00

Público: 92.982

Juiz: José de Assis Aragão

Gols: Miradinha (87’ e 4’ da prorrogação) e Éder (13’ da prorrogação)

PALMEIRAS: Martorelli; Ditinho, Márcio, Vagner Bacharel e Diogo; Lino, Gerson Caçapa e Mendonça (Barbosa); Jorginho, Edmar (Mirandinha) e Éder

Técnico: Carbone

CORINTHIANS: Carlos; Édson, Paulo, Edvaldo e Jacenir; Wilson Mano, Biro-Biro, Cristóvão e Casagrande; Cacau (Dicão) e Lima (Ricardo)

Técnico: Rubens Minelli

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O jogo da minha vida – por Diego Iwata Lima https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-minha-vida-por-diego-iwata-lima/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/o-jogo-da-minha-vida-por-diego-iwata-lima/#respond Fri, 06 Apr 2018 19:35:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/06/o-jogo-da-minha-vida-por-diego-iwata-lima/

ESCREVE DIEGO IWATA LIMA Por Diego Iwata Lima – @DiegoMarada RelacionadasEm carta para irmão, Endrick narra infância difícil e luta do pai: ‘Dormiu na bilheteria do Palmeiras’Diego Souza relembra fala de Luxemburgo que foi fundamental para título paulista em 2008Leandro Pereira se declara ao Palmeiras e projeta duelo pelo Paulistão: ‘Sentimento muito forte’Às vésperas da […]

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ESCREVE DIEGO IWATA LIMA

Por Diego Iwata Lima – @DiegoMarada

Às vésperas da primeira finalíssima entre Palmeiras e Corinthians que verei in loco na vida (meu pai não quis me levar em 1993 e 1994), milhares de lembranças da rivalidade têm me visitado nos últimos dias. Afinal, eu fui criado dentro de um Dérbi.

Quando nasci, em 1980, de uma mãe alvinegra e um pai alviverde, o Palmeiras não era campeão há quatro dos 16 anos que ficaria sem troféus. E o Corinthians, há três, havia saído de seus 22 anos de fila. De modo que argumentos racionais, dos dois lados, eram válidos, àquela altura, para que uma negociação me levasse para um ou outro lado da Força.

Mas não houve negociação. (FOTO DO AUTOR NO COLO DO PAI, EM 1980). Porque, no fundo, minha mãe sabia que não havia como. Sempre fui tão palmeirense quanto tenho dois braços e cinco dedos em cada pé. Mas cresci com uma corintiana em casa. Que calhou de ser, simplesmente, a minha mãe.

Para não dizer que ela nunca tentou, houve algo, há 34 anos, do qual me lembro como se fosse hoje. O que nem é surpreendente, se for levado em conta o fato de que esse episódio definiu o restante da minha vida.

Por uns dez minutos, mais ou menos, eu fui corintiano. Pera. Deu até arrepio escrever isso, vou explicar melhor. Em 1985, quando eu tinha quatro ou cinco anos, minha mãe me convenceu de que eu poderia torcer para os lados dois times ao mesmo tempo. Esse foi o tempo que demorou para o meu pai voltar do bar da frente, aonde deve ter ido para comprar um maço de Carlton e uma Coca-Cola, para o almoço.

– Pai, eu também torço pro Corinthians – informei, quando ele voltou.

Meu pai levantou o olhar até a minha mãe, que estava no fogão. Eu também virei a cabeça na direção dela e a vi com aquele sorriso característico, meio envergonhado, que ela faz quando sabe que aprontou alguma ou falou algo engraçado. O velho soltou a risada meio sarcástica, que surge sempre que ele está começando a ficar nervoso, mas não quer dar o braço a torcer.

– Ah, tudo bem, então. Mas aí, como é que você vai ao clube e aos jogos do Palmeiras, se também for corintiano?

Senti meu coração parar por uns instantes. Para agradar minha mãe, eu até topava estar meio “errado”. Mas eu não poderia jamais estar feliz afastado do Palmeiras.

– Então, eu não quero ser corintiano – cravei, convicto.

Essa foi a primeira vez que eu afirmei meu palmeirismo voluntariamente. E nunca mais parei.

* * *

O amor e a proximidade com uma torcedora rival nunca impediram que eu seguisse o rumo natural e nutrisse aquele saudável desapreço pelo arquirrival, tão necessária e prazerosamente inerente à condição palestrina. Mas também me ensinou algumas coisas sobre como eles se comportam, sobre o que pensam. Sou um palmeirense que sabe entender e respeitar o que o corintiano sente pelo time dele – e, especialmente, sobre o nosso.

Eles nos respeitam. Muito. Eles sabem que nossa camisa pesa demais. Sabem do que somos capazes, em especial contra eles. Mas também é verdade que eles sempre acreditam que podem virar o jogo.

E a gente também sabe que tudo pode acontecer nessa derradeira final. É um Palmeiras X Corinthians que vale título. O que faz com que esse jogo, na realidade, valha mais do que um campeonato. Como também valeram mais que troféus as eliminações deles nas Libertadores de 1999 e 2000.

Se eu pudesse dizer algo aos jogadores, seria para que tivessem em mente esse respeito e essa história, sim. Mas que soubessem que vencer é mais do que possível: é fundamental.

Queiram isso, jogadores. Queiram ser campeões. Nenhum de vocês já conquistou um título em uma final contra o Corinthians vestindo a camisa do Palmeiras.

O Dérbi já é o jogo da minha vida. Também pode ser o de vocês.

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“Clima de já ganhou” no Palmeiras mostra que parte da mídia já se perdeu https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/clima-de-ja-ganhou-no-palmeiras-mostra-que-parte-da-midia-ja-se-perdeu/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/clima-de-ja-ganhou-no-palmeiras-mostra-que-parte-da-midia-ja-se-perdeu/#respond Sun, 01 Apr 2018 22:37:41 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/04/01/clima-de-ja-ganhou-no-palmeiras-mostra-que-parte-da-midia-ja-se-perdeu/

(Nota de esclarecimento: a pedido de boa parte de gente que trabalha na emissora e não concorda com minha generalização, vou retirar o “BAND” do texto. Mas não do contexto. Não posso generalizar o esporte da emissora que ainda é e sempre será uma casa querida por um erro do gerador de caracteres que quase […]

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(Nota de esclarecimento: a pedido de boa parte de gente que trabalha na emissora e não concorda com minha generalização, vou retirar o “BAND” do texto. Mas não do contexto. Não posso generalizar o esporte da emissora que ainda é e sempre será uma casa querida por um erro do gerador de caracteres que quase sempre é um gerador de infelicidades infantis e vazias).

Enfim, volta do ao tema:

Gerador de caracteres (letreiro) vive clima de já que perdemos primeiro jogo precisamos criar algo que não existe para ver se cola e o time que ganhou o primeiro jogo possa se perder e achar o que não está se achando para que nosso time tenha mais chances em um duelo que segue equilibrado e…

Estamos perdidos. E nos perdendo.

Ninguém no Palmeiras está se perdendo como o Corinthians se perdeu pela boca ao vencer o primeiro jogo do SP-93, em falta cobrada pelo craque Neto para o artilheiro Viola marcar o Gol Porco e começar a incendiar a reconquista do Palmeiras. Quando durante quase toda a semana o Corinthians se perdeu em declarações que ajudaram a perder o título paulista que o rival não vencia desde 1976.

Quando o time bem defendido por Ronaldo Giovanelli não conseguiu aguentar o tranco e foi derrotado por 4 a 0, depois de arbitragem polêmica de José Aparecido de Oliveira. Ele demorou para expulsar o zagueiro Henrique, avermelhado apenas aos 39 do primeiro tempo, quando já estava 1 a 0. Deveria ter expulsado Edmundo dois minutos depois. Como não deveria ter expulsado Tonhão aos 15 do segundo tempo. E nem anulado lance de gol legal de Edmundo na prorrogação, quando já estava 4 a 0 Palmeiras.

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É hoje: Corinthians x Palmeiras, decisão do SP-18 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/#respond Sat, 31 Mar 2018 10:36:40 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/03/31/e-hoje-corinthians-x-palmeiras-decisao-do-sp-18/

É hoje, não. É desde maio de 1917. Para não dizer desde 25 de janeiro de 1554. Ou 22 de abril de 1500. Ou 39 minutos antes do nada (para respeitar os 40 minutos regulamentares do Fla-Flu do Nelson Rodrigues). RelacionadasPalmeiras pode ter apenas três jogos em intervalo de dezessete diasLeandro Pereira se declara ao […]

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É hoje, não.

É desde maio de 1917. Para não dizer desde 25 de janeiro de 1554. Ou 22 de abril de 1500. Ou 39 minutos antes do nada (para respeitar os 40 minutos regulamentares do Fla-Flu do Nelson Rodrigues).

Hoje é em Itaquera que em um ano enfim virou a casa deles. O que não significa que não vire o que foi na semifinal do SP-15. No returno do BR-16. Quem sabe, e esse Palmeiras pode, a primeira perna da decisão do SP-18.

Mas que ninguém fique perna se der Palmeiras. Mesmo um empate não se pode espernear. Em casa a gente conversa. Mas para ter bom papo e não ficar cheio de papo e prosa, essencial um bom resultado com os pés no chão e no lugar. Cabeça em pé e não queixo erguido. Corações ao alto.

Uma eventual derrota não é o fim do mundo e nem do Paulista. Mas complica. Esse Corinthians sabe sofrer. Sabe ser reativo. Duro fazer gol neles. Mesmo com o melhor ataque e time e campanha do SP-18.

Quase tudo aquilo que o Palmeiras não foi na fase inicial na Arena Corinthians. Num jogo que era ruim até o golaço de Rodriguinho. Num Derby que ainda era possível até o pênalti e a expulsão de Jailson. E aí não deu mais.

Agora dá. São 180 minutos. A volta no Allianz Parque. Quem sabe pênaltis. E parece mesmo o palpite mais provável.

O Corinthians jogou mal os dois jogos contra o São Paulo. Mas o modo como se classificou o fortalece e compensa o desgaste de um dia a menos de preparação para este Derby. Na volta, porém, terão semana cheia. O Palmeiras terá Alianza no Allianz. Libertadores que importa mais.

Também por isso o ótimo resultado hoje é essencial. Só não sei se com o retorno do artilheiro do SP-18 Borja. Keno eu não tiro da ponta-esquerda. Dudu eu mantenho na direita. Não sei se retorno com Borja na frente. Ou se sou mais dinâmico com Willian pro contragolpe. Não sei.

Torço pela escolha que dê certo para Roger. Torço demais por uma partida que ainda não vi em 2018 de Thiago Martins. Pelo retorno de Marcos Rocha. Pela volta para casa de todos os torcedores de boa vontade.

E pelo nosso retorno ao Allianz como em 1936, 1974 e 1993.

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Palmeiras precisa vencer tudo e a si próprio e não se perder em desculpas – mesmo as justas https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/#respond Sun, 25 Feb 2018 13:28:27 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/25/palmeiras-precisa-vencer-tudo-e-a-si-proprio-e-nao-se-perder-em-desculpas-mesmo-as-justas/

Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942. Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível […]

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Não, capitão. Um lance discutível de pênalti marcado contra o Palmeiras não pode e não deve levar a equipe a deixar o campo como tentou fazer e nem isso conseguiu o São Paulo na nossa Arrancada Heroica, em 1942.

Não, amigos, o Palmeiras já mostrou em 2015 duas vezes e em 2016 que é possível porque é Palmeiras ganhar em Itaquera. Nos pênaltis e na bola. Na história que é mais Palmeiras que Corinthians em qualquer lugar. Principalmente nas casas deles. Ganhamos mais jogos somados na Ponte Grande, Parque São Jorge e Itaquera do que os rivais.

Só não podemos nos perder nas reclamações como tantas vezes os dois lados se perderam assim. O Palmeiras não pode achar que será sempre assim como o Corinthians não pode reclamar de Esquema Crefisa como fazia no chororô do Esquema Parmalat como não podem abusar todos os adversários do mimimi do “apito amigo corintiano”. Um pouco mais de maturidade e menos troller de rede social é necessário. Se achar que toda vez será “esbulhado” como visitante é melhor nem sair de casa. Se em caso de derrota jogar tudo na arbitragem, ainda que com algumas razões, estaremos todos perdidos antes mesmo de entrar em campo. Qualquer campo.

Como vamos contar aqui só o que eu vi, de 1974 pra cá, dos erros de arbitragem em Derbys importantes (como são todos…). O que não significa dizer que é a “verdade absoluta” dos fatos. Apenas uma interpretação deles.

SP-74: o lado de lá reclama da falta que Luís Pereira fez mesmo em Rivellino antes do contragolpe que deu no gol de Ronaldo, o do título paulista. O lado de cá lembra o gol mal anulado por impedimento inexistente do mesmo Ronaldo, aos 40 do segundo tempo. Elas por elas. Mais um ano na fila do rival, em arbitragem discutível do excelente Dulcídio Wanderley Boschillia.

SP-79: Vicente Matheus conseguiu melar na Justiça comum a fase final e jogar a decisão do Paulista do fim de novembro de 1979 para o início de fevereiro de 1980. O Palmeiras de Telê que havia vencido os três turnos perdeu o embalo, Jorginho (na Seleção de Novos), e foi eliminado na semifinal pelo Corinthians, que manobrou bem demais nos bastidores. E nós batemos palmas com bananas de plástico pela tolerância de nossos cartolas.

SP-83 – Na semifinal, um pênalti de Leão em Baltazar não foi marcado pela má é discutível arbitragem de José de Assis Aragão. Mas Sócrates, no único lance em que não foi marcado por Márcio Alcântara, se livrou da pegada individual e eliminou o Palmeiras.

SP-86 – Primeiro jogo da semifinal. Vágner Bacharel se antecipou a Edvaldo e de cabeça fez 1 a 0 Palmeiras. O árbitro Ulisses Tavares da Silva conseguiu marcar “falta” do zagueiro palmeirense que estava à frente do corintiano, aos 42… O lateral Denys levou o terceiro cartão amarelo e foi suspenso do jogo seguinte em falta normal, aos 7 do segundo tempo. O meia Edu Manga foi reclamar e foi expulso injustamente. Aos 27, Edvaldo salvou com o braço direito um chute de Mirandinha. A marca da bola ficou na camisa do zagueiro alvinegro. O árbitro nada marcou. Aos 40, em posição discutível, Edson Abobrão recebeu a bola que daria no gol de Cristóvão. 1 a 0 Corinthians. Mais de 10 minutos de jogo parado. Nossos reservas Zetti e Amarildo foram expulsos. Nosso craque Jorginho agrediu o bandeirinha Antônio de Paula e Silva com um chute. Mas nem por isso foi expulso pela arbitragem péssima e frouxa. Segundo o presidente em exercício da FPF, o são-paulino Constantino Cury, ela foi “catastrófica”. Tanto que o Palmeiras pagou bicho de vitória mesmo com a derrota para o apito armado. Tanto que, no jogo de volta, no intervalo entre o tempo normal (1 a 0 Palmeiras) e a prorrogação (mais dois gols do Verdão), a torcida palmeirense gritou “justiça”. Com toda ela de razão.

SP-93 – O Corinthians reclama de Esquema Parmalat desde as finais daquele estadual – e até hoje. No primeiro jogo, vitória corintiana por 1 a 0 (gol de Viola depois de falta inexistente cobrada por Neto), a bronca alvinegra foi por conta da expulsão do meia Moacir (então o melhor do time), que saiu expulso em treta com Amaral. Lance polêmico de fato. Só não foi discutível a entrada criminais do lateral Leandro Silva em César Sampaio. Era para expulsar e quase tirou o capitão do Palmeiras do jogo final.

No 12 de junho de 1993, a partida de volta, o Corinthians queria Oscar Roberto Godói apitando. O Palmeiras, João Paulo Araujo. A FPF escalou José Aparecido de Oliveira. Árbitro enérgico que errara na partida que eliminara o São Paulo e classificara o Corinthians na semifinal do SP-93, e que em 1991 recebera uma cusparada de Neto, também em um Derby.

Rigoroso como sempre foi, José Aparecido amarelou de início os zagueiros corintianos. Há como discutir. Mas, pelo critério dele, até demorou para expulsar o corintiano Henrique. Aos 15 minutos já merecia o segundo amarelo (o primeiro recebera aos 3). Só foi expulso com justiça e atraso aos 39, quando Zinho já havia aberto o placar, três minutos antes. Aos 41, o maior erro do árbitro foi não expulsar Edmundo, que deu uma voadora animal em Paulo Sérgio (revidando entrada feia do corintiano minutos antes). Aos 17 do segundo tempo, o outro erro feio do árbitro foi expulsar Tonhão, que nada fez em Ronaldo, goleiro merecidamente expulso depois de atingir Edmundo. Todos os quatro gols palmeirenses foram legais. Inclusive o que seria o quinto, de Edmundo, em posição legal, já na prorrogação.

BR-94 – O Corinthians fora goleado na final do SP-93 deixando o Palmeiras sair da fila. Perdera a final do Rio-São Paulo-93 com o time completo contra o misto alviverde. E perderia também o Brasileirão de 1994. Todos por conta do Esquema Parmalat? Pelo menos dois lances polêmicos envolvendo o zagueiro Cléber poderiam ter sido pênaltis para o Corinthians nos jogos finais. Claro que poderiam mudar o rumo do troféu. Mas era só “esquema” da cogestora do Palmeiras ou foram três títulos seguidos da equipe que era muito melhor que a rival?

Libertadores-99 – No primeiro jogo da fase de grupos, a falta que originou o gol de Arce é discutível. Gamarra teve intenção de recuar a bola para o goleiro alvinegro Nei? Depois houve um gol mal anulado de Marcelinho Carioca, que estava em posição legal e não impedido. O Corinthians foi prejudicado no primeiro clássico.

SP-06 – Golaço de Tevez no empate por 1 a 1 foi anulado pela arbitragem que testava intercomunicação naquele Derby. Em vez de levantar a bandeira e sinalizar a falta (que eu não marcaria no estádio, mas marcaria revendo pela TV) de Tevez na origem da jogada, o assistente Evandro Luís Silveira avisou o árbitro Cléber Abade pela intercomunicação. Ele não ouviu. O lance seguiu e Tevez fez o belo gol. Só então a outra assistente, Ana Paula de Oliveira, conseguiu alertar o árbitro da infração na origem da jogada e o lance foi anulado. A trapalhada também demorou um tempão para ser corrigida. Ou não.

BR-15 – Mais polêmicas recentes no Allianz Parque no Derby que terminou 3 x 3. Para mim, o árbitro Raphael Claus acertou ao não marcar o impedimento pedido de Vagner Love no segundo gol corintiano, acertou ao não marcar falta de Alecsandro em Love no terceiro gol palmeirense, e ao não marcar pênalti de Cássio em Gabriel Jesus.

BR-16 – No último lance do Derby do turno no Allianz Parque, Raphael Claus marcou falta que eu não marcaria do zagueiro corintiano Felipe em Fernando Prass, no lance que acabaria em gol do visitante. Ele errou – na minha interpretação. Mas acabou “acertando” porque na origem da jogada havia impedimento do corintiano. Acertou por linhas tortas.

SP-17 – Thiago Duarte Peixoto foi muito mal ao expulsar o corintiano Gabriel que não cometeu a falta para amarelo de Maycon em Keno, na Arena Corinthians, quando o jogo ainda estava empatado, na vitória do mandante por 1 a 0.

BR-17 – Na vitória que encaminhou o hepta corintiano por 3 a 2, Romero abriu a contagem em posição de impedimento não visto pelo trio comandado por Anderson Daronco. O segundo gol alvinegro foi de pênalti discutível de Edu Dracena em Jô. E teve o retorno a campo sem autorização de Gabriel que poderia ter sido expulso quando já estava 3 a 2 Corinthians, em mais um lance polêmico.

SP-18 – Raphael Claus demorou 23s para marcar o pênalti que aconteceu de Jailson em Renê Júnior. Ele foi “esperto” ao só marcar a falta depois de ver as marcas da chuteira do goleiro palmeirense na coxa do volante corintiano e ter a “convicção” que ele não tinha até então. Não é a praxe. Mas pode ser usada a “estratégia”. No primeiro tempo o árbitro usou outro critério ao deixar correr o lance que o Palmeiras desperdiçou, depois de falta de cartão amarelo de Balbuena em Lucas Lima.

Dá para o torcedor reclamar. Mas o atleta profissional não pode achar que está tudo armado contra. Que não tem como vencer em Itaquera como já fez o Palmeiras outras vezes. E fará ainda mais se não seguir jogando no apito todos os nossos erros.

Na Arena Corinthians já teve gol marcado com a mão por Jô. Como teve um dos impedimentos mais mal marcados da história anulando um lance de gol do mesmo Jô, no mesmo

BR-17.

“Apito amigo” é pauta pra imprensa clubista e para papo de boteco. Não pode servir de desculpa para o Palmeiras. Deve apenas atiçar os ânimos. Não arriar as chuteiras.

Palmeiras precisa se pilhar para ganhar os clássicos. Não para se perder em reclamações como os rivais fizeram na época da Parmalat e estão fazendo novamente.

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Amarcord: Corinthians 2 x 2 Palmeiras, 5 x 6 nos pênaltis, SP-15 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/#respond Sat, 24 Feb 2018 11:13:56 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/24/amarcord-corinthians-2-x-2-palmeiras-5-x-6-nos-penaltis-sp-15/

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O JOGO COMPLETO

Os melhores momentos

“Sabe quem a imprensa achava que era favorito em 2000, na Libertadores? Perguntem pro São Marcos o que ele fez com nosso maior rival.

Um ano antes, sabem quem era o favorito pra todo mundo na Libertadores de 1999? O Marcão também lembra muito bem.

Sabe quem iria ganhar o Rio-São Paulo de 1993 com o time titular do Corinthians? Pergunte ao Edmundo, que acabou com o favoritismo deles liderando o nosso time misto.

Sabe quem a imprensa dizia que iria deixar o nosso time na fila, lá em 1993? O Evair soltou a voz naquele dia. Pergunte a ele quem foi campeão.

Em 1974 tinham 100 mil corintianos no Morumbi para ver o fim da fila de 20 anos sem títulos deles. Sabe quem ganhou mais um Paulista? O Ademir da Guia sabe. O Divino sabia tudo.

Sabe quem ganhou o primeiro clássico em 1917? Sabe quem tem mais vitórias no Derby?

Sabe quem pra sempre será lembrado por eliminar o time de melhor campanha em 2015?

São vocês! O Palmeiras! O Alviverde inteiro!!!

Toda essa história que é só nossa foram aqueles campeões que vestiram a nossa camisa que conquistaram e venceram.

São os palmeirenses como vocês. Eles que fizeram história. Os que venceram o maior rival. Ou melhor: os que ganharam dos favoritos. Os rivais que eram mais badalados e bajulados.

O Palmeiras é grande, já falou na estreia o nosso Zé Roberto. E o Verdão é enorme porque monstros como vocês fizeram o Palmeiras do tamanho da nossa paixão.

Vocês são campeões porque vocês são Palmeiras. E vocês vão ser ainda mais Palmeiras porque vocês serão campeões hoje e nas finais.

Muitos de vocês chegaram agora ao clube. Aqui no Palmeiras todos foram recebidos de braços e coração aberto. Parece até que vocês nasceram aqui. Porque vocês merecem esse carinho. Vocês têm mostrado pra todos que vocês dariam até a vida pelo nosso time.

Todas essas conquistas que eu contei são históricas. A de hoje será heróica!!!

Vocês são os caras do Palmeiras! Vocês são a alma do Verdão!

Vão pra campo agora! É só voltem para cá como vocês são! Campeões!!!

Só voltem a este vestiário ainda maiores do que vocês já são!!!

Quando vocês chegarem de volta saibam que não apenas conquistaram um lugar na final do campeonato! Vocês todos ganharam um lugar na história centenária do Palmeiras!

Vamos lá dentro ser Palmeiras!

Vamos Palmeiras! ”

Esse foi o texto que escrevi a pedido do Palmeiras para ser lido pelo ator Eduardo Semerjian, em vídeo apresentado ao elenco antes de Corinthians 2 x 2 Palmeiras, semifinal única do SP-15, em Itaquera. O rival era favorito pela melhor campanha no Paulista. A gente reconstruía o elenco e moral de anos pouco palmeirenses.

Eu não pude comentar o jogo pela Jovem Pan. Estava gripado e sem voz. Fiquei em casa para ver o Derby com meu primo, filhos, mulher e filhota. Como eu não via um clássico com eles sem estar trabalhando desde… Desde… Não lembro.

O texto que escrevi no meu blog no LANCE!, naquele 19 de abril de 2015 está abaixo:

“É só uma semifinal de Paulista?!”. Você não sabe o que é futebol, amigo.

“Tanta festa só pra isso?!”. Você lembra a folia que o corintiano fez quando acabou com o jejum de 10 anos sem vitórias contra o Santos de Pelé, em 1968 (e era um tabu só pelo estadual)?

“Parece que conquistaram o mundo!”. E o mundo sabe o que o corintiano fez na invasão do Maracanã, em 1976. Quando a maior vitória não era nem vencer o campeonato que seria perdido para o Internacional – como também foi o Paulista de 1968. A grande vitória, amigo, era ter estado lá, no Rio, dividindo o estádio com o Fluminense.

Como foi épico para os palmeirenses que foram a Itaquera ver o melhor time do SP-15 cair nos pênaltis mais uma vez para o rival. O Timão que será terceiro lugar invicto no Paulistão. O Corinthians que segue sem perder na Arena. Segue como grande favorito na Libertadores. Mas não segue mais no SP-15.

Acontece, como ocorreu também nos pênaltis, no Pacaembu, no SP-11. O Palmeiras tinha melhor campanha e foi eliminado pelo Corinthians que acabaria vice paulista para o Neymar do Santos. Mas, no final daquele 2012, seria penta brasileiro. Iria para a Libertadores ser invicto campeão, e fecharia o ano em que “acabaria o mundo” reconquistando o planeta salvo.

Foi então tudo aquilo o Timão de Tite (e depois de perder para a Ponte o SP-12, nas quartas-de-final…). Pode ir além agora o Corinthians-15 que sofreu o primeiro gol do Verdão do reserva Victor Ramos, buscou a virada com o reserva de moral e decisão Danilo, e virou com o Romarinho-2015 Mendoza, em petardo de longe, no mesmo canto onde Prass não defendeu aquela bola. Mas defenderia outra ainda mais decisiva.

Feliz o corintiano que pode ter reservas como Danilo e Mendoza. Nem tanto Love. É fato que o  ex-palmeirense poderia ter feito o terceiro de cabeça, não fosse Prass, já no segundo tempo. Do mesmo modo como Oswaldo foi feliz ao, na dúvida, e nas dívidas de um elenco ainda em formação, e com os melhores do time longe de estarem 100% (Valdivia e Cleiton Xavier), atirar o time dele ao ataque.

O Palmeiras só não empatou um pouco antes em belo lance de Rafael Marques para Dudu por Cássio ser grande. E grande goleiro, também, ao desviar a bola que bateu na trave.

Felicíssimo Tite que pode, no Derby difícil pelo crescimento palmeirense, escalar Renato Augusto e depois Elias na maratona insana. Equilibrado um jogo que foi mais verde depois pelo time que era só gente de frente. Gente grande como foi Dudu para jogar na cabeça de Rafael Marques o empate.

Placar justo pelos 90 minutos de qualidade, equilíbrio, intensidade e nervosismo.

Talvez injusto pela campanha corintiana no campeonato. Mas certamente bonito pelo que o Palmeiras está fazendo. E se refazendo.

Palmeirenses fazendo merecido barulho pelas ruas antes desertas de tudo. Não de coração. Mas de gente de dentro e de fora que insistia em enterrar o clube numa vala incomum para o colosso que é. Querendo sepultar 100 anos como indigente. Por mais indignos que tenham sido alguns dirigentes e gerentes de uma massa que não é falida, embora falha. Os indigitados que tentaram executar execrando as exéquias palmeirenses muitas vezes foram apenas paus mandados de fígados e cotovelos doloridos. Ignaros concursados ou ignóbeis ignorantes terceirizados que vivem de matar a nossa paixão.

Essa turma que chamava o Santos de viúva de Pelé. O Palmeiras de ex-grande. Mesmo o Corinthians, quando rebaixado técnica e moralmente por escândalos políticos e administrativos de um 1-0-0 número de maracutaias e joorabchianadas de 1997 até o ocaso de Dualib e a queda para a Segundona dos infernos, em 2007. Esses coveiros de plantão de fim de semana de redação e de plantação de futricas fedidas que infestam a nossa mídia abaixo da média.

“Acabaram” com o Palmeiras como “acabaram” com o Corinthians e, agora, provavelmente, vão “acabar” com o São Paulo.

Não adianta pedir à essa turma que estude minimamente a história de idas e vitórias, derrotas e vindas de nossa vida.

Eles não vão entender.

E, por isso, vão achar que não valeu “nada” a invasão corintiana em 1976. Nem a virada corintiana por 4 a 3 contra o Palmeiras, em 1971. Nem o fim do “tabu” que não era tabu em 1968.

Perdoai-os, Rivellino. Eles não sabem nada.

Talvez eles não perdoem Elias, o melhor corintiano em 2015, que chutou o pênalti que definiria a classificação para a decisão nas mãos de Prass. Repetindo a sina de um camisa sete alvinegro batendo o último pênalti decisivo contra um goleiro palmeirense.

Os mesmos infiéis de todas as cores e credos que talvez detonassem Robinho, o melhor palmeirense em 2015, por isolar o primeiro pênalti cobrado e perdido como a bola em Itaquera.

Mas tudo ficou mesmo empatado no último chute de Elias. Equilíbrio no tempo normal de um grande Derby e também na primeira série de pênaltis.

Kelvin (o atacante que mal atuara, e foi bem improvisado na lateral-esquerda que não tinha as quatro opções do elenco), subiu a temperatura e fez o dele. Gil empatou 5 a 5. Jackson, outro reserva palmeirense, fez 6 a 5.

Petros, que foi um cara de tirar o chapéu em 2014, até no gol do primeiro Derby na Arena Corinthians, bateu bem, forte, no canto esquerdo de Prass.

Mas, daí, e logo depois, o que se viu depois da excepcional defesa foram os dedos erguidos para cima de Marcos Prass. Fernando Prass. O cara que defendeu e ajoelhou e confirmou a profecia-palpite de Evair, antes do jogo:

– Vai dar Palmeiras. Nos pênaltis.

Foi o torpedo que o nosso amigo em comum Álvaro mandou antes do jogo.

Quando o árbitro (que foi bem) encerrou o clássico, eu então torpedeei Marcos e Evair:

– Agora é com vocês. Foi assim em 2000, 1999, 1994, 1993.

E tinha de ser em 2015. Como foi.

Gripado, eu não estava nem no Fox Sports e nem trabalhando pela Jovem Pan. Onde havia palpitado que a decisão seria nos pênaltis. Mas seria corintiana…

Estava com meus filhos, minha mulher, minha filhota, e meu primo Calabar, com as duas palmeirenses de Piracicaba dele.

Eu só lembro de ter comentado com ele antes do dérbi:

– Hoje o dia está nublado…

Como no SP-74. Como no SP-93.

Ele apenas sorriu.

E não lembramos a última decisão que vimos juntos do Palmeiras.

De fato, ele lembrou. Mas não falou.

Eu também sabia. Mas não queria falar antes dos pênaltis. Quando eu não conseguia falar pela tosse e rouquidão. Ou pelo pavor mesmo que consome qualquer um que não esteja comentando pelo rádio ou pela TV.

Claro que eu sabia qual a última decisão que tinha visto com meu primo. Foi em 1986. Com mais 40 amigos.

No dia que seria maldito por 12 anos: 3 de setembro. De 1986.

Derrota para a Inter de Limeira, no Morumbi.

Aquela.

Mas os nossos dias são como os jogos de um time grande. Tem vez, muitas vezes pro meu gosto, que ele até parece pequeno. Mas ele é grande. Ele é a nossa vida. Ele vira o jogo. E a história.

Doze anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 1998, nasceu o meu Luca, meu filho mais velho, irmão do caçula Gabriel.

Dezesseis anos depois de 3 de setembro de 1986, em 3 de setembro de 2002, nasceu a Luna, a filha mais velha do meu primo Calabar, irmã da Isabel, e meia-irmão do Theo.

Por isso que, em 19 de abril de 2015, Dia do Índio, em Itaquera (“pedra-dura” em Tupi-Guarani – que não é o de Campinas e nem o “da capital”…), eu, meu primo, e milhões que sabem que 1974, 1993 e tudo que se faz desde 1914 é eterno, todos nós pudemos mais uma vez sentir que, como diz um cara que deve estar ainda mais insuportável lá em cima, é “simplesmente impossível a quem não é palmeirense”.

E faltou dizer então:

Prass defendeu o chute de Petros.

O que lembro é de sair pela casa e pular na piscina. Sem voz e com gripe na tarde fria de São Paulo. O que jamais vou esquecer é que todo mundo pulou junto.

Frio? Gripe?

Você não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians.

CORINTHIANS 2 x 2 PALMEIRAS

SEMIFINAL SP-15.

Arena Corinthians

19 de abril de 2015, domingo, 16h

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto

Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro

Público: 39.055 torcedores (38.457 pagantes)

Renda: R$ 3.194.302,50

Cartões amarelos: Fagner e Felipe; Lucas e Arouca.

GOLS: Victor Ramos, aos 15 minutos, Danilo, aos 33, e Mendoza, aos 44 do 1º tempo;

Rafael Marques, aos 29 do 2º tempo

PÊNALTIS:

CORINTHIANS: Fábio Santos, Renato Augusto, Fagner, Ralf e Gil; Elias e Petros perderam

PALMEIRAS: Rafael Marques, Victor Ramos, Cleiton Xavier, Dudu, Kelvin e Jackson; Robinho perdeu

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Fábio Santos; Ralf e Bruno Henrique (Petros); Jadson (Renato Augusto), Danilo e Mendoza; Vagner Love (Elias). Técnico: Tite

PALMEIRAS : Fernando Prass; Lucas (Cleiton Xavier), Victor Ramos, Jackson e Wellington (Kelvin); Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia e Dudu; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira

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Evair, 53 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/evair-53/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/evair-53/#respond Wed, 21 Feb 2018 15:40:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/02/21/evair-53/

Dezesseis anos e nove meses se passaram naqueles seis segundos entre o apito de José Aparecido de Oliveira e a bola ultrapassando a linha fatal do goleiro deles, o Wilson. (A frase que você acabou de ler levou o mesmo tempo que Evair Aparecido Paulino gastou para perceber a autorização do árbitro, correr para a […]

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Dezesseis anos e nove meses se passaram naqueles seis segundos entre o apito de José Aparecido de Oliveira e a bola ultrapassando a linha fatal do goleiro deles, o Wilson. (A frase que você acabou de ler levou o mesmo tempo que Evair Aparecido Paulino gastou para perceber a autorização do árbitro, correr para a bola, deslocar o goleiro deles, e entrar para a história).

Fosse um dos não poucos bagrecéfalos que infestaram o manto verde nos anos de fila, o palmeirense poderia, naqueles momentos, estar mais amargurado que aquela torcida que foi deixada na fila pelo Palmeiras, em 1974, e que, naquele 12 de junho de 1993, ajudava o rival figadal a sair do jejum de títulos para entrar na antologia.

Mas, não. Era Evair. Ele soltou o pé que por 18 vezes balançara a rede naquele Paulistão de 1993. Era um ritual esperado e sacramentado. Gol de pênalti de Evair. Três pontos finais. Nada mais natural, nada mais palmeirense. Mas, mesmo nas coisas mais simples e especiais, mais esperadas e consagradas, há uma emoção que não se consegue descrever. Não se consegue deter.

Tente você, palmeirense, lembrar daqueles seis segundos de 25 anos atrás. Tente imaginar o que você pensou – se pensou; o que chorou – como chorou; o que gritou – e como berrou, naquela bola que entrou no canto direito do gol, no lado esquerdo do peito. Se é que você, palmeirense, viu mesmo aquela bola entrar, lá no Morumbi; se é que você, palestrino na televisão, conseguiu olhar para aquela tela que tantas vezes amaldiçoou por 16 anos; se é que você, verde de ouvido no rádio, conseguiu ouvir alguma palavra metralhada na imaginação dos narradores; se é que você, palestrino como o meu pai, o velho Joelmir, que não tinha coração para ver e ouvir o jogo, com Mozart no fone de ouvido do quarto de casa, viu alguma coisa quando o matador matou o jogo, eles, e a fila.

Matador? Eu, como jornalista esportivo, palmeirense e gente de paz, não necessariamente nessa ordem, nunca gostei do termo. Mas o Evair cai como chuteira nessa acepção. Cirúrgico, preciso, eficiente, frio, disciplinado, objetivo, profissional, equilibrado, Evair fez da vida de jogador um filme. A história dele no Palmeiras é de cinema. Chegou quase como contra-peso de Careca Bianchezi em 11 de junho de 1991 (quase dois anos de O Dia), foi afastado sem motivo e sem razão por Nelsinho Batista em abril de 1992 (justamente o treinador deles, na decisão de 1993), esteve estourado na fase decisiva do campeonato.  Mesmo baleado, o matador voltou à trincheira no duelo final.

Parece roteiro de novela mexicana. Mas é um clássico palmeirense de superação. “Boi, boi, boi, boi do Maranhão/ Viola artilheiro, Evair campeão”, pedia e gritava o palmeirense pelo Morumbi, por São Paulo e pelo Brasil naquela gelada tarde de sábado, ótima para namorar, maravilhosa para amar a primeira paixão das nossas vidas.

Você não nasceu amando uma cidade, um país, um filme, uma canção, uma mulher, um político, um partido, um ator, um autor, um músico, um macarrão, um cigarro. Você cresceu amando a sua família. Você nasceu torcendo pelo seu time. Você pode trocar de partido, de político, de mulher, de sexo, de carro, de tudo – mas não troca de paixão. Você nasceu Palmeiras, vai morrer Palmeiras. Como meus filhos Luca e Gabriel. Como meu amor Silvana e minha filhota Manoela.

Evair, profissional da bola e do gol, é um que pode trocar de paixão pela vida que levou. E a vida o levou ao Palmeiras. E ele vai levar o Palmeiras da vida. Mas só quando em Crisólia resolver sair deste campo. Porque o palmeirense não vai deixar Evair sair de nossa vida.

Evair fez, naqueles seis segundos de 12 de junho de 1993, toda a vida verde valer a pena. Cada ano vazio dos 16 valeu por aqueles instantes de Palmeiras. Todas as derrotas do mundo, do Brasil e de São Paulo acabaram valendo o pesar só para que o palmeirense pudesse sair da fila contra eles. Obrigado, Guarani-78, XV de Jaú-85, Inter de Limeira-86, Bragantino-89, Ferroviária-90. Todos vocês nos ajudaram a ser o Palmeiras-93. A Via Láctea da Parmalat. O time de Evair.

Ele mal tinha condições de suportar 90 minutos. Ficou 101 em campo. Estará eternamente em nosso campo dos sonhos. Fora do time, Evair continuou com a alma no gramado, ali no fundo do campo, chutando cada bola como se fosse a última, como se fosse você, como se fosse eu, como se fosse o alviverde inteiro. Gritando para os adversários as mesmas palavras que qualquer torcedor urrava. Se é que ele e o palmeirense ainda tinham voz.

Evair não nasceu palmeirense. Mas virou palmeirense, como ele virou o palmeirense em 1993, como ele virou a nossa vida naqueles seis segundos. O time todo foi maravilhoso naquele jogo. De Sérgio a Zinho, o grande Zinho, de Antonio Carlos e César Sampaio, o enorme capitão com uma bola no tornozelo inchado, de você a eles, todos foram imensos. Campeões. Palmeirenses.

Mas nenhum foi Evair. Com todo o respeito a César, a Heitor, a Mazola, a Romeu Pelliciari, a Vavá, grandes craques de grandes gols, grandes craques-bandeiras, Evair é Evair. Basta.

Nenhum outro desses tantos mitos teve tanta pressão num só lance, num só chute. Ele pareceu correr em 1976 e só chegar à bola em 1993. “Quando eu corri pra bola, eu não ouvia nada, e enxergava tudo. Quando ela saiu do meu pé, ouvi todos, e não enxerguei mais nada”.

O empate era nosso. Se não saísse aquele gol, naquela hora, eles, os rivais, com dois a menos, não teriam mais pernas (os pés eles já não tinham desde antes da decisão). Outro minuto o Palmeiras faria o gol do título. Claro. Mas estava escrito naquela constelação: o gol do título, o gol da sagração, o gol da redenção, será daquele que irá levantar os braços, olhar para o céu, e agradecer a Ademir da Guia pela graça concedida.

Graça que veio, que viu, que venceu, que Evair! Um César imperador, como um herdeiro de César Lemos, o Maluco, o santo César que amava o sereno das madrugadas nas glórias das Academias do Palestra Itália.

Evair tanto sabia de bola, tanto sabia de gol, que fez questão, na corrida do título, na carreira de seu caminho para o panteão palmeirense, de olhar o tempo todo para o canto direito baixo, ou melhor, rasteiro, da meta deles. Evair não desgrudou o olho do canto onde chutou. Como se dissesse ao estádio que era nosso: “é aí que vou mandar a bola do campeonato; é aí que vai acabar o jejum; é aí que vai surgir o Palmeiras; é aí que não vai haver dúvida; é aí que vocês podem pular que não vão alcançar; é aí que a bola vai entrar; é aí que é o gol; é aí, Evair”.

Foi ali, Evair, no canto cantado com os olhos. O nove de todos os noves do Palmeiras deu nove passos até chutar a bola da vida. Todos eles com os olhos vidrados no canto onde bateu, no canto onde não estava Wilson, onde não esteve nenhum rival, onde só esteve o campeão.

Do impacto na bola até ela cruzar a linha foram uns 50 centésimos de segundos. As meias e os calções brancos sujos da lama da tarde, a camisa verde e branca limpa da bola brilhante jogada, a grama pisada por aquele time histórico, o choro histérico de uma arbitragem de fato discutível, mas… Um ponto, até as vítimas não discutem: o matador.

Evair bateu o pênalti. Não preciso contar o resto da história. Só preciso contar aos filhos e netos de Evair que ele ainda não sabe o que foi para o Palmeiras.  O que é. O que será para sempre.

Obrigado, único matador que deu a vida.

Obrigado por, 25 anos depois, a nos dar esta história tão linda que parece ficção. A esta epopeia tão perfeita que parece Palestra. A esta história de amor no Dia dos Namorados tão maravilhosa que parece Palmeiras.

E foi.

E é.

Evair!

Parabéns pelos seus 53 anos. Parabéns pelos nossos 27 anos de idolatria.

E nem precisei aqui contar tudo que você fez por nós em 1999.

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Especial Libertadores-99: Evair era mais que voltava para a Via Láctea da Parmalat em 20/01/99 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-evair-era-mais-que-voltava-para-a-via-lactea-da-parmalat-em-200199/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/especial-libertadores-99-evair-era-mais-que-voltava-para-a-via-lactea-da-parmalat-em-200199/#respond Sat, 20 Jan 2018 14:30:50 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/01/20/especial-libertadores-99-evair-era-mais-que-voltava-para-a-via-lactea-da-parmalat-em-200199/

Era para ser apenas a apresentação do terceiro reforço para 1999, o zagueiro Rivarola, ex-Grêmio, que alugara o passe até dezembro. Mas o Palmeiras acertou (e como acertou!) o retorno do Matador Evair, que defendera o clube de 1991 a 1994, e fizera ótima temporada na Portuguesa em 1998. RelacionadasRaphael Veiga iguala Dudu e se […]

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Era para ser apenas a apresentação do terceiro reforço para 1999, o zagueiro Rivarola, ex-Grêmio, que alugara o passe até dezembro. Mas o Palmeiras acertou (e como acertou!) o retorno do Matador Evair, que defendera o clube de 1991 a 1994, e fizera ótima temporada na Portuguesa em 1998.

O anúncio da contratação foi uma surpresa. Corinthians e São Paulo já haviam sondado o artilheiro. Felipão queria mais um centroavante. Jardel, Luizão e Christian eram inviáveis. Evair foi a solução.

Rivarola foi apresentado na sala de troféus do clube no final da manhã. Quando iria começar a entrevista depois das fotos, o diretor de futebol Sebastião Lapolla disse que, antes, tinha uma “surpresa” para a torcida. Era Evair.

– Meu procurador me telefonou pela manhã e disse para eu vir para o Palmeiras para ser apresentado. Foi uma surpresa e é uma alegria muito grande voltar para a minha casa.

(Evair alugou o passe até o final da Libertadores-99. Mas ficaria até o final do ano.)

O Real Madrid acabou aceitando os 7 milhões de dólares oferecidos pelo Palmeiras por Rodrigo Fabbri. Mas o Flamengo não queria liberar o meia. Ele tinha contrato de empréstimo até junho de 1999.

Velloso seguia sem renovar. O Palmeiras não ofereceu um salário maior. O volante Rogério também não chegara a um acerto. Os jogadores que pertenciam ao clube e não à cogestora Parmalat tinham um teto salarial. E Mustafá não abria o cofre para eles. Mais um dos motivos de atrito entre clube e a multinacional italiana, entre o presidente e o treinador.

Corinthians, rival na primeira fase da Libertadores-99, apresentava novo patrocinador. Batavo. Empresa de laticínios associada à Parmalat, que comprou 51% das ações por 150 milhões de reais. A multinacional italiana cogitava empestar o atacante Viola ao Corinthians. Ele estava empestado ao Santos.

A Batavo assinara contrato por dois anos com o Corinthians.

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