Arquivos tag-Taça Brasil-67 - Nosso Palestra https://nossopalestra.com.br/assunto/tag-taca-brasil-67/ Palmeirenses que escrevem, analisam, gravam, opinam e noticiam o Palmeiras. Paixão e honestidade. Sun, 26 Aug 2018 17:07:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Amarcord: Internacional 0 x 1 Palmeiras, BR-16 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/#respond Sun, 26 Aug 2018 17:07:25 +0000 https://nossopalestra.com.br/2018/08/26/amarcord-internancional-0-x-1-palmeiras-br-16/

https://www.youtube.com/watch?v=bclMlLu_ptg Eram 20 anos sem vencer o Corinthians no Pacaembu: 1 a 0 Palmeiras, gol de tirar o chapéu de Dudu, no Paulista de 2016. Eram 19 anos sem vencer o Inter em Porto Alegre: 1 a 0 para o líder, gol de Erik, em outro lance rápido e bem construído pelo ataque. Eram 22 […]

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Eram 20 anos sem vencer o Corinthians no Pacaembu: 1 a 0 Palmeiras, gol de tirar o chapéu de Dudu, no Paulista de 2016. Eram 19 anos sem vencer o Inter em Porto Alegre: 1 a 0 para o líder, gol de Erik, em outro lance rápido e bem construído pelo ataque. Eram 22 anos sem 15 jogos tão pontuados no Palestra no BR-16. Desde o último ano em que o Palmeiras entrou tão forte, e jogando tão bem, como faz quase sempre em todos os inícios de jogos neste Brasileiro.
Não é acaso. É treino. Cuca monta o Palmeiras para sufocar. Assim fez na estreia de Falcão no Beira-Rio. Criamos as melhores chances, e pouco deixamos para eles. Mesmo sem Moisés (lesionado) no meio, e com Dudu guardado para a segunda etapa.
Thiago Santos, Vítor Hugo, Edu Dracena e Zé Roberto fizeram partida notável no desarme e no cadeado defensivo. Tão boa era a fase alviverde que nem o único erro de Zé foi determinante. No final do jogo, cometeu pênalti infantil em Ariel, não marcado pela arbitragem. Prass não praticou defesas no último jogo dele e de Gabriel Jesus antes da Olimpíada que o goleiro, por lesão no cotovelo, acabou não sendo dourado. Perderíamos muito dentro e fora de campo sem ele. O goleiro Vagner ainda não havia sido testado e nem estreara no clube. Na frente, eram boas as opções para substituir o artilheiro Gabriel Jesus, mas nenhuma à altura. A fase dele era tão boa que seguia perdendo quase que um gol cara a cara por jogo. Mas todo mundo seguia correndo atrás dele a cada jogo. Dele e do Palmeiras, que de novo abriu três pontos à frente do Corinthians.
E que foi, como em 2015, ganhando os jogos grandes. Como sempre fez como time de chegada. Na Taça Brasil de 1967, na semifinal do torneio que começou para nós em dezembro, os campeões de Rio e São Paulo entravam apenas na fase semifinal. Mas pegavam pedreiras como o Grêmio. No primeiro jogo, no Sul, eles venceram por 2 a 1. Na volta, no Pacaembu, devolvemos com juros e correção futebolística: 3 a 1. Mas não valia o saldo. Teria um terceiro jogo, apenas dois dias depois: mais um show de César. Dois a um no Grêmio. O mesmo placar da final do primeiro Robertão, no mesmo anono mesmo Pacaembu, com o mesmo artilheiro: César.
Na decisão contra o Náutico, 3 a 1 lá, mas bobeamos e perdemos por 2 a 1 aqui, em 27 de dezembro de 1967, depois do Natal. Dois dias depois, antes do peru de fim de ano, 2 a 0 para nós no Maracanã. O Recreio dos Bandeirantes viu a nossa terceira volta olímpica brasileira. A segunda no segundo semestre de 1967.
Em 1968 também teve Robertão e Copa do Brasil. Isto é, dois campeões nacionais (como a Argentina teve por muito tempo antes e depois, como já aconteceu em alguns estaduais, e também em 2000 no Mundial). Só que só o Palmeiras “unificou” cinturões, em 1967. Em 1968 seria impossível: os paulistas não jogaram a Taça Brasil. O Santos ganhou o Robertão, o Botafogo, a última Taça Brasil.
Só o Palmeiras ganhou dois nacionais em um ano. O mimimi é de quem nunca nem jogou a Taça Brasil que, diferente da Copa do Brasil, nunca aceitou convidados. Só campeões. Só o Palmeiras, caros coirmãos.
E ganhou o primeiro Robertão disputando duríssimo quadrangular decisivo. Venceu o Inter por 2 a 1 em Porto Alegre, empatou por 2 a 2 com o Corinthians, e buscou o empate por um gol de João Daniel (o Betinho daquela campanha) contra o Grêmio, no Sul. No returno, empate sem gols com o Inter, vitória de praxe com gol de César contra o fiel rival, e o 2 a 1 decisivo contra o Grêmio. Dois de César.
Campeonato muito mais difícil e melhor disputado que muitos campeonatos brasileiros desde 1971. Mas muita gente que acha que a vida na galáxia começou em 1990 não tem a menor ideia do que seja.

INTERNACIONAL 0 X 1 PALMEIRAS
17/07/2016 (domingo)
16h (Brasília)
Estádio Beira-Rio
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF) Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e José Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Cartões amarlos: Raphinha, Paulão, Ariel (INT); Gabriel Jesus (PAL) Gols: Erik, aos 10 minutos do primeiro tempo.
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; William, Paulão, Ernando e Raphinha; Rodrigo Dourado E Fernando Bob (Ariel); Eduardo Sasha, Gustavo Ferrareis (Anderson) e Vitinho; Andrigo (Valdívia). Técnico: Paulo Roberto Falcão
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos e Tchê Tchê; Róger Guedes (Leandro Pereira), Cleiton Xavier (Dudu) e Erik (Rafael Marques); Gabriel Jesus.
Técnico: Cuca

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Campeão único: Palmeiras 2 x 0 Náutico, campeão da Taça Brasil-67 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeao-unico-palmeiras-2-x-0-nautico-campeao-da-taca-brasil-67/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/campeao-unico-palmeiras-2-x-0-nautico-campeao-da-taca-brasil-67/#respond Fri, 29 Dec 2017 13:45:51 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/29/campeao-unico-palmeiras-2-x-0-nautico-campeao-da-taca-brasil-67/

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Veja no YouTube as imagens do CANAL 100, editadas por Thiago Uberreich, na Jovem Pan

O pai-de-santo Edu estava irritado. Desde a semifinal, quando o Náutico eliminou o favorito e então campeão da Taça Brasil Cruzeiro, ninguém do clube ou comissão técnica o procurara. Ele o não trabalhara pelo Náutico na derrota por 3 a 1 na primeira partida decisiva, na Ilha do Retiro. Mas ele disse a O ESTADO DE S.PAULO ter sido “fundamental” na vitória por 2 a 1 no Pacaembu que poderia ter sido o jogo do bicampeonato do Palmeiras. Para a finalíssima, arestas aparadas e contas acertadas com a direção do Náutico, Edu estava escalado por Duque. E acreditava no título pernambucano.

Mas não era só em outros campos que vinha a força do Timbu. Duque armara um time fisicamente muito resistente. Rápido. E de técnica considerável. Sem craques. Mas homogêneo. Rival forte para um Palneiras técnico e competitivo. Time que não se afobava. “Nosso time é muito frio”, dizia o nosso treinador. Chegava a irritar por certa lentidão. Mas se perdera na derrota dois dias antes no Pacaembu pela pressa que levara a decisão ao Maracanã.

O Palmeiras de Mário Travaglini também não atuara bem na segunda partida pela audiência de Ademir nos primeiros 41 minutos. O treinador achava que o Divino estava desfocado na quarta-feira em São Paulo por ter se casado no civil no domingo, no Chile, e se casaria no religioso na quinta-feira, na Igreja Santa Cecília, em Bangu, na véspera do terceiro jogo. Nenhum atleta foi liberado por Travaglini para a celebração.

A lua-de-mel de Ademir não foi com Ximena no Hotel Plaza. Foi com César Maluco na concentração no Rio de Janeiro.

Moral de Ademir com Dom Mário não estava das melhores por aqueles dias. Tanto que o Divino foi o camisa 8 e o grande Dudu foi o 10 de verde (e meias também verdes) na decisão.

O Náutico vinha com uma mudança. O goleiro Válter que terminara o jogo em São Paulo seguia na meta. O titular Lula machucara o dedo e nem para o Rio viajou. A direção do clube teve de trazer às pressas o terceiro goleiro Aloísio Linhares para a suplência de Válter.

O Palmeiras repetiu o time dos 3 a 1 no Recife. Servílio não tinha condições de jogo pela lesão muscular. Rinaldo foi desaconselhado a atuar. O clube temia que sua inscrição apenas para a decisão pudesse ser contestada. O nubente Ademir reassumia suas funções no meio. Um pouco mais ofensivas pela ausência de Servílio e pela presença de Zequinha mais atrás, com Dudu saindo mais para o jogo.

No banco, Travaglini tinha os históricos Valdir e Djalma Santos ao lado do zagueiro Osmar, do volante Júlio Amaral (pai do atacante Leandro Amaral que atuaria no Palmeiras em 2003), Toninho e o ponta Dorval, ex-Santos.

A bola rolou 21h, 15 minutos mais cedo que o horário habitual na Taça Brasil. O palmeirense em São Paulo acompanhou a partida pelo rádio. Ela só foi exibida em videotape no dia seguinte, no sábado: a Excelsior (canal 9) exibiu 13h; a Tupi (4) passou 16h; a Bandeirantes, em seu primeiro ano no ar, só 20h.

Como o Palmeiras tinha saldo de gols maior nos dois confrontos, tinha a vantagem do empate. Mas só depois dos 30 minutos de prorrogação.

Não necessários. Com 7 minutos, o mesmo tempo do belo gol de Ladeira no Pacaembu, César abriu o placar no Maracanã do mesmo modo. Depois de escanteio batido por Lula pela esquerda, Fraga desvia a bola no pé do Maluco. Uma pancada forte, no alto, da entrada da área, quase no bico direito dela. Desta vez no canto esquerdo do goleiro Válter, vencido também pelo desvio da bola no lateral Clóvis (que fizera parte do elenco campeão da Taça Brasil-60 pelo Palmeiras).

O Palmeiras não parou de atacar. Assim como a chuva forte no Rio não parou durante a final. O público baixo na decisão se justificava: pouco tempo de um jogo a outro (inesperado) para a logística de viagem muito mais complicada naquela época; chuvas fortes desde a véspera; final do mês; quatro dias depois do Natal. Não tinha como levar muita gente mesmo ao maior do mundo de então. Apenas 16.577 foram os presentes. Quase todos os torcedores dos clubes cariocas torcendo pelo Náutico. A arquibancada não era “neutra”. Era Náutico.

César poderia ter ampliado logo depois, aos 19. Quando driblou Válter, ajeitou o corpo e, com Clóvis sobre a linha, resolveu colocar no canto esquerdo a bola que explodiu na trave. Talvez o gol mais fácil desperdiçado pelo maior goleador do clube desde a mudança de nome, em 1942.

A chuva forte atrapalhou demais a qualidade do jogo. Mas não a de Ademir. O camisa 8 foi 10. Como sempre. Ainda mais em finais. Só não fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo porque Fraga salvou. Duque mexeu na equipe pouco antes do intervalo. Paulo Choco no lugar de Ladeira.

Mas não mudou o jogo para a segunda etapa. O Palmeiras sempre melhor. Embora o Náutico tenha chegado mais. Pérez fez grande defesa aos 7, evitando o empate em chute de Nino. Paulo Choco teve ótima chance aos 10, mas não soube completar. Diferentemente do nubente Divino.

Aos 33, o capitão Dudu fez a tabela e tocou para Ademir na entrada da área. Ele passou por Fraga como quis e, na saída de Válter, bateu cruzado e forte. 2 x 0 Palmeiras.

César perderia outra chance na cara do gol aos 42, jogando por cima. Aos 44, Tupãzinho estava pra fazer o terceiro quando Armando Marques marcou saída de bola no cruzamento de Ademir, depois de grande jogada do Divino, que mandou a bola quase sem ângulo na trave pernambucana.

Ademir foi o craque do jogo. Dudu, Tupãzinho, Baldocchi e César (“mesmo perdendo cinco grandes chances” na visão do ESTADÃO) foram outros nomes da conquista do segundo título nacional do Palmeiras em 1967, depois do primeiro Robertão, em junho.

O time fez festa no gramado dando a volta olímpica com a bandeira do Brasil. Como fizera na conquista da Copa Rio de 1951. Outros jogadores também carregaram a bandeira do Estado de São Paulo. “O Maracanã é nossa casa. Aqui é mesmo o Recreio dos Bandeirantes”, disse o treinador, que sete anos depois seria campeão brasileiro pelo Vasco no mesmo palco.

O elenco permaneceu dia 30 de dezembro no Rio para celebrar o título e o casamento de Ademir e Ximena. Travaglini e a direção do clube então liberaram a festa. O Divino não precisaria mais dormir com César Maluco.

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Troco pernambucano: Palmeiras 1 x 2 Náutico, Taça Brasil-67 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/troco-pernambucano-palmeiras-1-x-2-nautico-taca-brasil-67/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/troco-pernambucano-palmeiras-1-x-2-nautico-taca-brasil-67/#respond Wed, 27 Dec 2017 09:55:05 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/27/troco-pernambucano-palmeiras-1-x-2-nautico-taca-brasil-67/

Os gols do Náutico no Pacaembu, nas imagens da Bandeirantes RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira fase da Copa do BrasilPalmeiras conta com bom retorspecto no Allianz Parque para vencer Grêmio NovorizontinoPalmeiras recebe ata da Fifa traduzida que atesta clube como primeiro campeão mundialO Palmeiras só precisava do empate no jogo de volta em 27 […]

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Os gols do Náutico no Pacaembu, nas imagens da Bandeirantes

O Palmeiras só precisava do empate no jogo de volta em 27 de dezembro no Pacaembu para conquistar a segunda Taça Brasil do clube, e o segundo título nacional em 1967, depois do Robertão-67, em junho. Mas o Náutico quis mais jogo. Venceu por 2 a 1 em São Paulo, devolvendo a derrota por 3 a 1 em Pernambuco, e forçou o jogo-extra dois dias depois, no Maracanã.

 

O elenco palmeirense treinou na tarde de 25 de dezembro para a partida de volta. Os atletas haviam recebido 500 cruzeiros novos pela vitória no Recife. Se ganhassem o título, o bicho seria triplicado.

 

Nos poucos treinamentos da semana o Palmeiras teve o desfalque de Ademir da Guia. Em agosto, dois meses depois da conquista do Robertão-67, ele marcou o casamento com Ximena, sua noiva chilena. A cerimônia no civil foi em Santiago, domingo, antes do Natal. A religiosa seria no Rio. Quinta-feira ou sexta. Dependendo da possibilidade do terceiro jogo acontecer.

 

Rinaldo enfim estava com a situação regularizada e à disposição de Mário Travaglini. Servílio estava recuperado da lesão muscular. O goleador César seguia muito bem. Mas não sabia se continuaria no clube. O Flamengo queria o zagueiro Djalma Dias, sem contrato com o clube desde o primeiro semestre. Propunha a troca por César. Ele pretendia ficar. Mas queria ganhar “um dinheirinho” na negociação. Ou mesmo trocar de clube para receber mais.

 

O Náutico foi a campo com duas mudanças na equipe derrotada na partida anterior. Um time desgastado fisicamente como o Palmeiras pelo excesso de jogos. E pelo atraso de mais de seis seis horas para o avião decolar dois dias antes, do Recife.

 

Ademir da Guia chegou a tempo do Chile, ainda que atrasado no horário marcado. Mas Travaglini optou por começar com Servílio. Não era só questão tática ou física. O treinador não gostou muito de possível falta de foco ou interesse do Divino…

 

O pecado foi capital. Deu Náutico.

 

A charanga do Mingo comandou a festa com milhares de bandeiras no Pacaembu. Mas o time desandou. Nervoso, e sem Ademir para acalmar, a equipe sentiu o peso do título que parecia encaminhado. Mais ou menos como dias antes o São Paulo perdera um título “ganho” contra o Santos, no mesmo palco.

 

Travaglini trocou o Divino por Servílio, mantendo Zequinha e Dudu no meio-campo. Lula continuou na ponta-esquerda. Mas o time não andou. Errando passes desde o começo, com menos de cinco minutos a torcida já cornetava pedindo Ademir da Guia. Não que estivesse errada. Mas deu tudo ainda mais errado.

 

Aos 7, Ladeira arriscou da entrada da área e abriu o placar, acertando o ângulo direito de Pérez. O Palmeiras entrou em parafuso de novo. Servílio e Lula estavam muito mal. Tupã voltava para armar com Dudu e Zequinha mas não encontrava Servílio e nem César, que afunilava demais.

Ainda assim o Palmeiras chegava mais. Perdia gols imperdíveis até Servílio e Fraga perderam a cabeça e serem expulsos depois de troca de pontapés. Duque tirou o ponta-esquerda Lala e escalou Limeira na zaga, deixando o 4-2-4, e passando a adotar um 4-2-3. Semelhante ao do Verdão sem Servílio.

O problema é que César e Lula estavam mal tecnicamente. Tupãzinho já não tinha companhia para voltar, armar e ainda finalizar. Passou da hora de apostar no Divino. Ademir entrou ainda aos 41 do primeiro tempo no lugar de Lula (que também fraturou o dedo médio da mão direita). Zequinha guarnecia a área, Dudu começava o jogo e Ademir orquestrava, com César e Tupã na frente.

Mas não deu um minuto e o Náutico ampliou, em contragolpe. Miruca passou por Ademir, Ferrari e Minuca, serviu Nino, que driblou Baldocchi, e, de canhota, bateu cruzado no canto de Pérez. Náutico 2 x 0. Um golaço. Duas chances, dois gols. Dois belos gols.

Duque voltou para o segundo tempo isolando Nino na frente e todo o Náutico atrás da linha da bola. Travaglini respondeu segurando Zequinha, liberando Dudu para cair até pela ponta-esquerda (onde iniciara a carreira na Ferroviária, em 1959), com Ademir articulando e dando bolas para César e Tupã. O Palmeiras melhorou.

Aos 17, Arnaldo expulsou Baldocchi e Ladeira. O Náutico recuou até Nino para a área. O Verdão abusou dos chuveirinhos. Mas, num deles, aos 36, Dudu colocou Tupãzinho em condição de marcar.

O gol animou até a murcha torcida no Pacaembu. O Palmeiras cresceu e na base do bumba-meu-periquito teve a bola do jogo com Ademir da Guia, aos 44. Ele recebeu livre na pequena área, ajeitou e fuzilou em cima de Válter (que substituíra o lesionado Lula). O goleiro pernambucano fez grande defesa que levou o palmeirense a vaiar o Divino!?!?!?

Não era mesmo noite de Palmeiras.

Ademir, Dudu e Tupãzinho foram os melhores pameirenses. Mas abaixo da média habitual.

A derrota no Pacaembu levava a decisão da Taça Brasil para o Maracanã, 48 horas depois.

24 horas depois do casamento de Ademir da Guia no Rio de Janeiro

 

PALMEIRAS 1 X 2 NÁUTICO, segundo jogo final da Taça Brasil-67

Data: quarta-feira, 27/dezembro (noite)

Estádio: Pacaembu

Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)

Renda: NCr$ 98 632 00

Público: não disponível

PALMEIRAS: Pérez; Geraldo Escalera, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Dudu e Zequinha; César, Servílio, Tupãzinho e Lula (Ademir da Guia). Técnico: Mário Travaglini

NÁUTICO: Lula (Válter); Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivã; Miruca, Ladeira, Nino e Lala (Limeira). Técnico: Duque.

Gols: Ladeira 7 e Nino 42 do 1º; Tupãzinho 36 do 2º

Expulsões: Servílio e Fraga 31 do 1º; Baldocchi e Ladeira 17 do 2º

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Rumo ao título: Náutico 1 x 3 Palmeiras, Taça Brasil-67 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/rumo-ao-titulo-nautico-1-x-3-palmeiras-taca-brasil-67/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/rumo-ao-titulo-nautico-1-x-3-palmeiras-taca-brasil-67/#respond Thu, 21 Dec 2017 10:12:33 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/21/rumo-ao-titulo-nautico-1-x-3-palmeiras-taca-brasil-67/

  Depois de eliminar em três jogos o Grêmio hexa gaúcho na semifinal da Taça Brasil-67, o Palmeiras enfrenta na decisão nacional o pentacampeão pernambucano. Náutico que seria hexa estadual em 1968 com a melhor equipe de sua história. Belo time que havia eliminado em três partidas na semifinal de 1967 o Cruzeiro de Tostão […]

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Depois de eliminar em três jogos o Grêmio hexa gaúcho na semifinal da Taça Brasil-67, o Palmeiras enfrenta na decisão nacional o pentacampeão pernambucano. Náutico que seria hexa estadual em 1968 com a melhor equipe de sua história. Belo time que havia eliminado em três partidas na semifinal de 1967 o Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes, campeão da Taça Brasil de 1966.

O primeiro jogo foi no Recife, dia 20 de dezembro. A volta seria no dia 23, no Pacaembu. Mas as duas equipes e federações estaduais enviaram solicitação a João Havelange, presidente da CBD, para que fizesse a partida depois do Natal. Para não atrapalhar as festas dos atletas do Náutico e Palmeiras.

 

A delegação paulista foi de Electra da Varig para Recife. Náutico não queria Armando Marques apitando. Pretendia Antônio Viug. FPF era contra. CBD teria de definir. Como mandava o bom senso que nem sempre comandou o futebol brasileiro.

Cardosinho, em grande fase, não poderia jogar pela ponta-esquerda. Servilio também não. Mesmo motivo: lesão muscular. Jair Bala seguia fora. A boa nova eram os retornos de Suingue e Rinaldo do empréstimo ao Fluminense. Eles estavam inscritos para a fase final. Porém, a papelada atrasou no Rio, na CBD, e não tiveram condição regular de jogo para a primeira partida. Valdir e Djalma Santos seguiam entre os reservas por opção de Mário Travaglini. Eles foram titulares do time alternativo do Palmeiras que venceu por 2 a 1 o Juventus, no domingo à noite, no Pacaembu (com o menor público de todo o SP-67). O Verdão terminou o SP-67 no quarto lugar. O título estadual seria vencido pelo Santos na quinta seguinte, em jogo-extra contra o São Paulo. O clube do Morumbi ficaria mais um ano na fila por ter levado no domingo um gol do corintiano Benê faltando 30 segundos para acabar o Majestoso. O 1 x 1 levou o São Paulo à partida-desempate que deu o título de 1967 ao Santos.

A bola rolou 21h15 na Ilha do Retiro. Travaglini optou pelo retorno de Lula na ponta. E foi muito feliz. O jogador emprestado pelo Fluminense foi quem definiu o placar de 3 x 1 Palmeiras. No meio-campo, O pernambucano Zequinha voltou à equipe, liberando o Divino para atuar mais próximo de Tupãzinho. Cadenciando o jogo e ajudando o Palmeiras a realizar a melhor partida dos últimos meses.Fala Dudu: “não fizemos um bom Paulista. O time não estava se acertando. Mas aquela vitória em Pernambuco mudou tudo”.

O Náutico fez 1 a 0 quando era dominado pelo campeão paulista de 1966, que já desperdiçara duas chances com Tupãzinho. Aos 17, em posição de impedimento, Nino fez o gol de sem pulo para o dono da casa.

O Palmeiras manteve o pique e empatou logo aos 23. Lindo lançamento de Ademir para César. O goleiro Lula dividiu com o atacante. No rebote, Scalera acreditou e, da linha de fundo, colocou a bola na cabeça do Maluco.

Dudu e Ademir continuavam muito bem, mais à frente. O gol da virada foi do cabeça de área Zequinha. Ele avançou por dentro e, sem marcação, chutou de longe. O bom goleiro Lula aceitou. 2 a 1 Palmeiras, aos 37.

 

O treinador Duque resolveu equilibrar o jogo deixando o Náutico mais ofensivo com Paulo Choco no lugar de Salomão, ainda no final do primeiro tempo. Mas não deu nem pro primeiro minuto na volta do vestiário. Com 14 segundos, Lula recebeu lançamento na ponta, ganhou na corrida de Fernando (substituto do titular Gena, que estava lesionado), e bateu cruzado. O goleiro Lula deu rebote, e o xará ampliou. 3 a 1.

O Náutico só levou perigo em cobrança de Paulo Choco, aos 11. Pérez fez defesa sensacional. Mesmo tirando o pé do acelerador, o Palmeiras teve mais chances até o final do que o Náutico oportunidades para diminuir o placar.

Ademir, Dudu, César e Lula foram os destaques no Recife. Na volta, no jogo remarcado para o dia 27, no Pacaembu, o Palmeiras jogava pelo empate para conquistar o segundo título nacional em 1967.

 

NÁUTICO 1 X 3 PALMEIRAS, primeiro jogo da final da Taça Brasil-67

Quarta-feira, 20/dezembro (noite)

Estádio: Ilha do Retiro.

Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)

Renda: NCr$ 91 510

Público: 23.335 pagantes

NÁUTICO: Lula; Fernando, Mauro, Fraga e Clóvis; Salomão (Paulo Choco) e Ivã; Miruca, Ladeira, Nino e Lala. Técnico: Duque.

PALMEIRAS: Pérez; Geraldo Scalera, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Dudu, Zequinha e Ademir Guia; César, Tupãzinho e Lula. Técnico: Mário Travaglini.

Gols: Nino 17, César 23 e Zequinha 37 do 1º; Lula 14 segundos do 2º.

 

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Revanche verde: Palmeiras 3 x 1 Grêmio, Taça Brasil-67 https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/revanche-verde-palmeiras-3-x-1-gremio-taca-brasil-67/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/revanche-verde-palmeiras-3-x-1-gremio-taca-brasil-67/#respond Mon, 18 Dec 2017 16:45:59 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/18/revanche-verde-palmeiras-3-x-1-gremio-taca-brasil-67/

O Palmeiras devolveu com juros e correção futebolística a tumultuada derrota por 2 a 1 uma semana antes, em Porto Alegre. O time de Mário Travaglini perdeu cinco jogadores expulsos na partida de ida da semifinal da Taça Brasil. Quatro deles por reclamação de impedimento no gol de Joãozinho. RelacionadasVeja quem Palmeiras enfrenta pela terceira […]

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O Palmeiras devolveu com juros e correção futebolística a tumultuada derrota por 2 a 1 uma semana antes, em Porto Alegre. O time de Mário Travaglini perdeu cinco jogadores expulsos na partida de ida da semifinal da Taça Brasil. Quatro deles por reclamação de impedimento no gol de Joãozinho.

Não havia suspensão automática. Os cinco foram a campo na revanche no Pacaembu. E o Palmeiras respondeu na bola: 3 a 1. Resultado que levaria à realização da terceira partida, também no Pacaembu, dois dias depois. Com vantagem de empate para o Palmeiras, depois da prorrogação, pelo saldo melhor no confronto.

Apesar de problemas no gramado no Olímpico e também nas tribunas com cartolas alviverdes, os dirigentes palmeirenses recepcionaram a delegação gaúcha no aeroporto de Congonhas e ofereceram um jantar no restaurante Locanda. O Grêmio vinha muito confiante. Conquistara o hexacampeonato gaúcho três dias antes da vitória por 2 a 1 na Taça Brasil. Tinha Alcindo (da Seleção na Copa-66) e Everaldo (titular do Brasil na Copa de 1970). E jogava pelo empate em São Paulo.

Mário Travaglini tinha dúvidas até a hora do jogo. Mas não pretendia usar o esquema mais cauteloso com Zequinha na cabeça da área. Queria escalar uma equipe mais próxima de um 4-2-4. Foi o que fez. César foi mantido na ponta-direita, cortando bastante como centroavante. Servílio faria a dele, como meia-atacante, mas chegando bastante em Tupãzinho, mais uma vez como centroavante. Cardosinho voltava ao ataque, depois de lesão. Mas na ponta-esquerda.

Jair Bala estava lesionado. Valdir e Djalma Santos eram reservas desde novembro.

O Grêmio repetiu a mesma equipe do Olímpico. Só que num 4-4-2, com apenas Alcindo e Volmir na frente. Mas não bisou o desempenho. Aos 17 minutos já estava 1 a 0 Palmeiras. Ferrari converteu o pênalti muito discutível em Servílio não cometido por Paulo Sousa, mas marcado por Airton Vieira de Morais, apelidado de Sansão (o mesmo árbitro da não menos polêmica partida de ida). Ademir da Guia organizou o campeão do Robertão-67 para imprensar o Grêmio. Servílio encostou bastante em Tupãzinho, com César e Cardosinho bem abertos. Era praticamente um 4-2-4.

Cardosinho vivia grande fase. No primeiro lance, aos 5, quase abriu o placar, depois de passar por três. Raspou a trave aos 15, depois de outra ótima finalização de longe de Dudu, aos 10. O Palmeiras mandava no clássico. Ainda assim o Grêmio quase marcou, aos 16, depois que Pérez largou bola fácil aos pés do artilheiro Alcindo. Minuca salvou o gol certo.

O pênalti de Ferrari abriu o Grêmio. O Palmeiras seguiu mandando até ampliar, aos 37, em belo toque de Tupãzinho, depois de grande tabelinha com Servílio. Aos 41 outro belo gol; Ademir, Servílio, Tupãzinho pela direita, César aproveitando o cruzamento e a troca incessante de posições na frente. 3 a 0 Palmeiras.

Na segunda etapa, com o jogo-extra dois dias depois parecendo inevitável, o Palmeiras resolveu se poupar. O Grêmio se abriu e atacou no 4-2-4. Mas só diminuiu aos 29 por falha de Baldocchi e Pérez, que foram na mesma bola. Joãozinho aproveitou a hesitação e fez o único gol gaúcho.

No final da partida, repetindo a baixaria vista no Olímpico, torcedores do Palmeiras jogaram de tudo no banco gremista. O treinador Carlos Froner só não jogou um banquinho de volta por ter sido contido. Saindo do gramado, empurrou um radialista. Antes de a bola rolar, o árbitro Sansão deu uma espécie de volta olímpica no gramado inspecionando a situação. Além de vaiado e chamado de “ladrão” pela má atuação no Sul, recebeu um rojão que passou perto dos pés dele (e nada fez e nem relatou – fogos de artifício estavam proibidos nos estádios). Mandou seguir o jogo que demoraria a iniciar porque ele queria retirar repórteres e fotógrafos atrás das metas. Só foi convencido depois de algum tempo por Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória, que daria nome ao estádio do Pacaembu.

Tupãzinho, Servílio, Ademir, Dudu e Cardosinho foram os melhores palmeirenses. Com a vantagem de dois gols, o Palmeiras jogaria dois dias depois pelo empate – na prorrogação – para ser finalista da Taça Brasil (eliminando assim o critério de sorteio na moedinha se houvesse empate no tempo normal e também no tempo extra).

PALMEIRAS 3 X 1 GRÊMIO (segundo jogo semifinal da Taça Brasil-67

Data: quarta-feira, 13/dezembro (noite)

Pacaembu

Juiz: Aírton Vieira de Moraes (SP)

Renda: NCr$ 60 902

Público: 17 621

PALMEIRAS: Pérez; Geraldo Scalera, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; César, Servílio, Tupãzinho e Cardosinho (Lula) . Técnico: Mário Travaglini

GRÊMIO: Arlindo; Altemir, Paulo Sousa, Áureo e Everaldo; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Alcindo e Volmir. Técnico: Carlos Froner.

Gols: Ferrari 17, Tupãzinho 36 e César 39 do 1º; Joãozinho 30 do 2º

 

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Baixaria na estreia na Taça Brasil-67: Grêmio 2 x 1 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/baixaria-na-estreia-na-taca-brasil-67-gremio-2-x-1-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/baixaria-na-estreia-na-taca-brasil-67-gremio-2-x-1-palmeiras/#respond Sun, 17 Dec 2017 15:08:34 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/12/17/baixaria-na-estreia-na-taca-brasil-67-gremio-2-x-1-palmeiras/ Campeão do primeiro Robertão em junho de 1967, o Palmeiras estreou na Taça Brasil em 6 de dezembro, na fase semifinal do torneio que vencera em 1960. A Taça Brasil ainda definia os dois brasileiros na Libertadores-68. O primeiro Robertão (1967) foi organizado por Ferj e FPF. A CBD desde 1959 cuidava da Taça Brasil, […]

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Campeão do primeiro Robertão em junho de 1967, o Palmeiras estreou na Taça Brasil em 6 de dezembro, na fase semifinal do torneio que vencera em 1960. A Taça Brasil ainda definia os dois brasileiros na Libertadores-68. O primeiro Robertão (1967) foi organizado por Ferj e FPF. A CBD desde 1959 cuidava da Taça Brasil, que teria sua última edição já esvaziada em 1968. Por isso o campeão e vice da Taça Brasil de 1967 seriam os brasileiros na Libertadores.

 

No último ano com a participação dos paulistas, o Palmeiras acabaria campeão. Bicampeão da Taça Brasil. Torneio que em 2010 seria considerado pela CBF como título brasileiro.

 

A Taça Brasil só aceitava campeões estaduais e ainda o campeão da edição anterior do torneio. O Palmeiras disputou o campeonato de 1967 como campeão paulista de 1966. Não havia convidados. O critério do campeonato era técnico. Clubes como Corinthians e São Paulo jamais disputaram a competição, por não terem conquistado títulos estaduais no período. E nem mesmo vice-campeonatos nos anos em que o Santos vencia tudo. Ou quase tudo.

Os clubes paulistas e fluminenses tinham a regalia política e esportiva de entrar direto na fase semifinal. Jogavam menos partidas que os rivais. Mas todas mais que decisivas.

Eles não estavam ali apenas por fatores extracampo. Eram campeões estaduais. Não estavam de favor.

Como muitos torneios importantes, não eram muitos jogos disputados pelos campeões. Mas para chegar lá era preciso ser campeão.

Era preciso ser preciso como mais uma vez seria o Palmeiras em 1967. O ano dos dois títulos brasileiros. Incontestáveis. De fato e de direito.

Mas isso era Brasil. E a estreia em Porto Alegre acabou antes da hora. Aos 43 do segundo tempo no Olímpico, na confusão depois do gol da vitória do Grêmio por 2 a 1, o árbitro Aírton Vieira de Moraes encerrou a partida por não ter condições disciplinares de prossegui-la. Expulsou quatro atletas paulistas e o time ficou com seis em campo.

Quando Joãozinho fez 2 a 1, os palmeirenses reclamaram com o bandeirinha Arnaldo César Coelho de impedimento do atacante rival. Reservas gremistas entraram na confusão com o policiamento e não teve mais jogo.

O Palmeiras já estava com 10. Tupãzinho (que em 1969 jogaria no Grêmio) foi expulso aos 24 do segundo tempo, por revidar falta feia de Altemir. Na saída para o vestiário, depois de alguns minutos de catimba, foi agredido por outro reserva do Grêmio e por pessoas não identificadas que estavam no gramado.

O Palmeiras de Mário Travaglini (que assumira o time depois da saída de Aymoré Moreira em 17 de setembro de 1967) não tinha o ponta-direita Cardosinho (lesionado). Valdir de Morais seguia na reserva do goleiro Pérez, que se aproveitara da lesão do titular no quadrangular final do Robertão para seguir na meta. Outros craques como Djalma Santos e Dorval (ex-Santos) estavam no banco, ao lado do preparador físico Financial, do médico Nelson Rossetti e do massagista Reis.

Por opção de Travaglini, Djalma e Valdir tinham perdido a titularidade no começo de novembro. Pérez e Scalera (ex-Ferroviária, na foto) assumiram a meta e a lateral-direita. Mas a equipe ainda oscilava. Perdera a chance do bicampeonato paulista para o Santos de Pelé. E já planejava 1968: o Palmeiras queria o retorno dos emprestados Ademar Pantera (centroavante do Flamengo), Rinaldo (ponta do Fluminense essencial na conquista do Robertão, no primeiro semestre), Suingue (meio-campista no Flu) e o meia-atacante Jair Bala (Cruzeiro).

Para a estreia na Taça Brasil em Porto Alegre, Servílio retornou de lesão para jogar como centroavante na função de César Maluco. Sem Cardosinho, o Maluco voltou a ser deslocado para a ponta-direita, com Tupãzinho na esquerda. O meio-campo no 4-3-3 de Travaglini era mais cauteloso: Zequinha mais plantado, Dudu e Ademir da Guia. Todos entre os 50 melhores jogadores da história alviverde.

Na mudança tática (em parte usada no empate sem gols com o São Paulo pelo SP-67), Ademir tinha de abrir muito pela esquerda, quase como um ponta ao lado de Tupãzinho. César entrava bastante por dentro, cortando em diagonal.

O jogo foi duro desde o início no Sul. Muita pancadaria dos dois lados. Alcindo (centroavante do Brasil na Copa-66) fez 1 a 0 Grêmio, aos 10, aproveitando de cabeça cruzamento de Babá. Aos 18, o volante Cleo empatou, marcando contra, depois de tiro livre indireto cobrado por Tupãzinho. Ele e Servílio fizeram belos lances depois, mas o goleiro Arlindo estava inspirado.

Na segunda etapa, o Grêmio foi melhor. Pressionou mais, e com a vantagem de um homem a mais nos últimos 20 minutos, chegou à vitória. Chute de Joãozinho (impedido) quicou no gramado e enganou Pérez.

A confusão no final acirrou ainda mais os ânimos. Pérez, Ademir da Guia, Ferrari e Dudu foram expulsos pelo árbitro. Com apenas seis atletas do Palmeiras, não tinha mais como haver jogo.

Não havia por regulamento suspensão automática. Sorte nossa. Estavam todos liberados para o jogo de volta.

A delegação palmeirense só deixou o estádio depois de uma hora da manhã.

Servílio e Tupãzinho foram os melhores do Palmeiras no Sul. Teriam de ser ainda melhores na volta, na outra quarta-feira, no Pacaembu. O Verdão teria de vencer por qualquer contagem para levar a decisão por uma vaga na final da Taça Brasil de 1967 para o terceiro jogo. Dois dias depois, no Pacaembu.

GRÊMIO 2 X 1 PALMEIRAS – SEMIFINAL DA TAÇA BRASIL-67

Data: quarta-feira, 6/dezembro (noite)

Estádio: Olímpico, Porto Alegre (RS)

Juiz: Aírton Vieira de Moraes (SP)

Renda: 61,313 cruzeiros novos.

GRÊMIO: Arlindo; Altemir, Paulo Sousa, Áureo e Everaldo; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Alcindo e Volmir. Técnico: Carlos Froner.

PALMEIRAS: Pérez; Geraldo Scalera, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Zequinha, Dudu e Ademir da Guia; César, Servílio e Tupãzinho. Técnico: Mário Travaglini.

Gols: Alcindo 10 e Áureo (contra) 18 do 1º; Joãozinho 43 do 2º

Expulsão: Tupãzinho 24 do 2º; Ademir da Guia, Dudu, Ferrari e Pérez, aos 44

 

 

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A estreia divina no Robertão-67: Fluminense 2 x 4 Palmeiras https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/estreia-divina-no-robertao-67-fluminense-2-x-4-palmeiras/ https://nossopalestra.com.br/palmeiras/noticias/estreia-divina-no-robertao-67-fluminense-2-x-4-palmeiras/#respond Mon, 11 Sep 2017 11:55:32 +0000 https://nossopalestra.com.br/2017/09/11/estreia-divina-no-robertao-67-fluminense-2-x-4-palmeiras/

    “Palmeiras começa bem” foi a manchete da Folha de S.Paulo em 6 de março de 1967. No domingo, dia 5, o Verdão de Aymoré Moreira estreou no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no Maracanã. O primeiro da história. O primeiro dos dois que ganhamos em quatro disputados. Em todos eles o Palmeiras foi finalista […]

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O 4-2-4 que se convertia em 4-3-3 com o recuo de Servílio. O esquema de Aymoré era parecido com o de Mario Travaglini, campeão estadual de 1966, A diferença era César no lufar de Pantera

 

 

“Palmeiras começa bem” foi a manchete da Folha de S.Paulo em 6 de março de 1967. No domingo, dia 5, o Verdão de Aymoré Moreira estreou no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no Maracanã. O primeiro da história. O primeiro dos dois que ganhamos em quatro disputados. Em todos eles o Palmeiras foi finalista do quadrangular final. Do campeonato onde atuaram os atletas tricampeões mundiais pelo Brasil. Um dos torneios mais técnicos e competitivos da história.

 

Como foi o Palmeiras, campeão paulista de 1966, na estreia no Robertão, o pai do Brasileiro como se vê desde 1971. O antigo Rio-São Paulo ampliado com clubes do Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. O primeiro dos dois títulos nacionais conquistados pelo Palmeiras em 1967. Exceto Djalma Santos, que não jogou na lateral por estar gripado e permaneceu no Hotel Novo Mundo, o Palmeiras foi o mesmo time-base do final de 1966. Com César no lugar de Ademar Pantera no comando de ataque.

 

 

Os gols do clássico, pelo CANAL 100

 

Nos primeiros 20 minutos, o Flu chegou quatro vezes com perigo. Valdir, em sua penúltima temporada na meta que defendia desde 1959, fez pelo menos duas grandes defesas. O Palmeiras teve duas boas chances. Até que Ademir da Guia resolveu manejar os tempos e o campo. Ele o volante Zequinha apareceram várias vezes na área carioca, nos espaços abertos pelo artilheiro César (futuro Maluco, em sua primeira partida oficial pelo clube) e o ponta-de-lança Servílio. Todos jogaram Copas. Menos Servílio, melhor jogador da Seleção um mês antes de ser cortado inexplicavelmente em 1966.

 

Servílio armou o lance do primeiro gol, aos 31. Lançou longo para Ademir ajeitar com inteligência para o ponta Rinaldo fuzilar Jorge Vitório, que tentava fechar a meta da desarranjada zaga tricolor.

 

Aberta a porteira. Em nove minutos, 3 a 0 Palmeiras. Aos 38, o ponta Gildo cortou por dentro e serviu César, que bateu de direita e fez 2 a 0. O primeiro gol do maior artilheiro da Era Palmeiras.

 

Dois minutos depois, o zagueiro Caxias tentou driblar Ademir da Guia dentro da área… A blasfêmia resultou no terceiro gol. O Divino o desarmou e ainda desarrumou o goleiro tricolor com lindo toque de cobertura.

 

 

O Flu diminuiu aos 42. Bela cobrança de falta de Amoroso (tio do atacante da Seleção nos anos 90-00). No segundo tempo, o Tricolor chuveirou tudo que não podia na área de Valdir. Aos 15, Mário aproveitou bom lançamento de Samarone e bateu sem chance para Valdir. O Flu voltava ao jogo. O Palmeiras recuara demais. Complicara mais uma vez um jogo fácil, como vinha acontecendo naquele início de temporada.

 

Mas o futuro campeão acharia o quarto gol aos 31. Rinaldo caiu por dentro como gostava e cavou falta em contato com Roberto Pinto. O próprio ponta bateu forte, rasteiro, no meio da barreira que abriu. O bom goleiro Jorge Vitório aceitou. 4 a 2.

 

Ademir foi o craque do jogo. Valdir, Rinaldo, César e Servílio também fizeram boa partida inaugural.

 

Tupãzinho foi reserva no ataque. Contrato terminava no final do mês. Seria renovado para brilhar em 1968.

 

Aymoré gostou da atuação. Servílio disse que agora o time marcou os gols que criava mas não fazia nos jogos decepcionantes no início de 1967. O novo treinador substituíra Mário Travaglini no comando da equipe campeã paulista. O Palmeiras perdeu os dois primeiros jogos de 1967 em Minas. Julinho Botelho se aposentou em fevereiro. Na excursão ao Peru, um empate e uma derrota, na estreia do jovem atacante César, que veio do Flamengo. Ele estreou como titular no jogo seguinte, na derrota por 2 a 0 para o River Plate, em Buenos Aires.

 

 

Para o tricolor Nelson Rodrigues, em “O Globo”, o time dele “nem ao menos teve o desespero que dramatizaria a humilhação”.

 

 

O maior time da história do Robertão começava como Palmeiras. Vencendo bonito na casa do adversário que tinha o bicampeão mundial Altair e o volante titular da Copa de 1966 – Denilson. Além de nosso futuro ponta Lula. Derrrotados pelo Palmeiras que escalou oito jogadores com passagem pela Seleção.

 

 

A escalação na estreia, pelo jornal O GLOBO

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